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Aumento dos índices de ansiedade no Brasil – Se possível, corrigir com o modelo Enem
Le.Le.Lê
Introdução [2]: "Deve haver vírgula antes e após o conectivo." Não seria somente vírgula antes? "...uma crítica à sociedade de classes, na qual as mazelas sociais são consequências..." Além disso, outra dúvida. D1 [1]: "O parágrafo inicia a argumentação sobre a negligência estatal. Use conectivos coLeia mais
Introdução [2]: “Deve haver vírgula antes e após o conectivo.”
Não seria somente vírgula antes? “…uma crítica à sociedade de classes, na qual as mazelas sociais são consequências…”
Além disso, outra dúvida.
D1 [1]: “O parágrafo inicia a argumentação sobre a negligência estatal. Use conectivos como ‘A priori’.”
Você se importaria de me explicar o motivo dessa troca?
E uma correção boba, mas, em D1 [5], acredito que o nome do acento que marca crase seja grave.
See lessTema: Os efeitos do preconceito racial na sociedade brasileira – Enem
Le.Le.Lê
Olá! Espero que esteja bem. Introdução: Na série “As visões da Raven” protagonizada por Raven(1) Symoné, em um dos episódios a personagem Raven(1),(2) perde uma vaga de emprego em uma loja pelo fato de ser negra. Fora da esfera ficcional, vê-se que a obra adota o preconceito racial no Brasil, fatoreLeia mais
Olá! Espero que esteja bem.
Introdução:
Na série “As visões da Raven” protagonizada por Raven(1) Symoné, em um dos episódios a personagem Raven(1),(2) perde uma vaga de emprego em uma loja pelo fato de ser negra. Fora da esfera ficcional, vê-se que a obra adota o preconceito racial no Brasil, fatores evidenciados tanto no enraizamento do estigma às pessoas negras, quanto na negligência governamental.
(1) Achei que você repetiu muitas vezes o nome “Raven”. Poderia ter escrito dessa forma:
“Na série ‘As visões da Raven’, em um dos episódios a protagonista perde uma vaga de emprego em uma loja pelo fato de ser negra.”
(2) É um grave erro gramatical separar o sujeito (a personagem) do verbo da oração (perde). O correto seria sem a vírgula: “a personagem perde uma vaga de emprego em uma loja pelo fato de ser negra”.
Afora isso, ótima contextualização, “linkando” com o cenário brasileiro e antecipando os argumentos. Além disso, o uso do conectivo “tanto …, quanto …” é bem promissor, incentivo que continue utilizando.
D1:
“Diante desse cenário, vale destacar que o legado histórico agrava esse panorama caótico na conjuntura brasileira. Esse estado habitual é grave, visto que se veerbera(3) desde os séculos passados até o Brasil hodierno e afeta diretamente as classes sociais menos favorecidas, criando um cenário social, intelectual e político propício à propagação do racismo estrutural. Sob esse viés, é fulcral destacar o pensamento do físico alemão Albert Einstein, o qual afirma que,(4) é mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito. Mostra-se (5) assim, que essa chaga é um problema com raízes históricas.”
(3) veerbera => reverbera
(4) Uso inadequado da vírgula, separando o verbo (afirma) do seu objeto direto (que é mais fácil […]).
(5) É necessário separar o conectivo do restante da frase por vírgula. “Mostra-se, assim, que essa chaga é um problema com raízes históricas.”
Salvo esses detalhes, gostei bastante da estruturação do seu desenvolvimento. Boa escolha de conectivo “Diante desse cenário”. Tópico frasal adequado. Achei bem interessante o uso de repertório com Einstein, desperta a curiosidade e passa uma boa impressão ao seu corretor.
D2:
“Outrossim, é essencial citar a omissão estatal como um dos principais fatores da propagação da discriminação racial. Nesse sentido, Gilberto Dimenstein, em sua obra ‘O cidadão de papel’, o qual(6) afirma que a atuação do governo em sua legislação,(7) aparenta ser completa na teoria, muitas vezes não é concretizada na prática, deixando os direitos do cidadão apenas no ‘papel’. Sob essa lógica, o preconceito racial,(8) representa um assunto negligenciado, tal como denunciou Dimenstein(9) haja visto(10) a ausência de orientações e punições acerca, por exemplo, do cyberbullying – uma das formas encarnadas pelo racismo. Assim, enquanto a carência de ações do governo se mantiver, a nação verde-amarela será obrigada a conviver com uma grande miséria contemporânea: o preconceito racial.”
(6) Não necessitava escrever “o qual” aqui, como a colega Geovanna já citou.
(7) Suponho que você tenha desejado escrever: “a atuação do governo em sua legislação, que aparenta ser completa na teoria, muitas vezes não é concretizada na prática, deixando os direitos do cidadão apenas no ‘papel’.”
(8) A vírgula está separando sujeito (preconceito racial) do verbo (representa). Isso é incorreto, não deve haver vírgula ali.
(9) Aqui deveria ter colocado vírgula, para preceder a explicação “haja vista…)
(10) “Haja vista” é uma locução verbal invariável, que não admite flexão de gênero nem de número, qualquer que seja o elemento a que se refira.
No restante, a estrutura está muito boa. Tópico frasal, repertório, argumentos, conectivos e conclusão bem elaborados.
Conclusão:
“Portanto, é imprescindível superar os danos do preconceito racial no Brasil. Diante disso, cabe ao Ministério da Igualdade Racial – órgão importante na equidade dos cidadãos – em união ao Ministério da Educação criar um projeto de base educacional intitulado ‘Irmãos do Brasil’. Tal projeto deverá (11) por meio de cursos e palestras nas escolas desde o ensino fundamental, apresentar e incentivar a igualitarização da raça, a fim de frear as heranças históricas deixadas pelo preconceito. Esse projeto diminuirá o racismo no Brasil. Afinal, como em “As visões da Raven”, toda e qualquer pessoa merece o respeito e a igualdade como direitos universais.”
(11) Vírgula deve preceder “por meio de”, já que isso indica oração explicativa.
Excelente conclusão! Agente, ação, meio, finalidade e detalhamento estão todos aí, além do tópico frasal e conclusão retomando a contextualização inicial. Perfeito!
Nota que eu daria de acordo com as cinco competências do ENEM.
I: 160 pontos
Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita.
II: 160 pontos
Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.
Apenas tome cuidado: o tema da redação é a frase inteira “Os efeitos do preconceito racial na sociedade brasileira”, e não somente “O preconceito racial na sociedade brasileira”. Você falou muito mais sobre as causas do que sobre os efeitos, e não teria problema, se a palavra “efeitos” não estivesse na frase temática. Preste atenção a cada palavra dessa frase, e tente repeti-las ao longo do texto com sinônimos, para garantir que não fugirá do tema e para evidenciar ao corretor que você está tratando do assunto solicitado.
III: 200 pontos
Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, em defesa de um ponto de vista. Coerência e plausibilidade entre as ideias apresentadas no texto, o que é garantido pelo planejamento prévio à escrita, ou seja, pela elaboração de um projeto de texto.
O texto deve apresentar, claramente, uma ideia a ser defendida (tese, na introdução) e os argumentos que justifiquem a posição assumida em relação à temática da proposta da redação. No primeiro parágrafo, é super recomendável antecipar os argumentos do D1 e D2, mas eu recomendo que não faça disso a sua tese (posso estar errada quanto a isso). Sugiro que elabore uma frase e então os argumentos servirão para justificá-la.
IV: 200 pontos
Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos (conectivos). Unicamente houve repetição do termo “assim” no fechamento dos dois parágrafos de desenvolvimento, mas talvez os corretores nem considerassem isso significativo. Eu recomendaria trocar o segundo “assim” (no D2) por “Dessa forma”.
V: 200 pontos
Elabora muito bem proposta de intervenção, de forma detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
Nota final: 920. Parabéns!
See lessJovens e os vicios em tecnologia
Le.Le.Lê
Olá! Eu reescrevi sua redação, usando as informações que você trouxe, mas reorganizando-as na estrutura do texto dissertativo-argumentativo. Dissertar quer dizer expor, trazer dados, explicar; enquanto que argumentar significa interpretar esses conhecimentos, utilizando-os para defender um ponto deLeia mais
Olá! Eu reescrevi sua redação, usando as informações que você trouxe, mas reorganizando-as na estrutura do texto dissertativo-argumentativo. Dissertar quer dizer expor, trazer dados, explicar; enquanto que argumentar significa interpretar esses conhecimentos, utilizando-os para defender um ponto de vista.
O artigo 227 da Constituição Federal afirma ser dever da família, da sociedade e do Estado garantir a segurança da criança e do adolescente. Isso pode ser interpretado, no contexto atual, como a necessidade desses agentes, dentre outras atitudes, fornecerem orientação para que o público infantil possa utilizar as tecnologias de forma consciente e saudável. É evidente que o mau uso das mídias digitais pode ocasionar malefícios à saúde, sobretudo para as pessoas mais jovens. Dessa maneira, é crucial entender quais são esses males e como combatê-los.
Primeiramente, assim como a tecnologia pode facilitar a vida da sociedade, ela também é capaz de prejudicar o equilíbrio físico, mental e psicológico dos adolescentes. Nesse sentido, o excesso de exposição a telas afeta a qualidade da visão, além de reduzir a prática de esportes e demais atividades, contribuindo para as estatísticas crescentes de obesidade infantil no Brasil. Ademais, esses jovens tornam-se reclusos, evitando interagir socialmente com sua família e amigos, preferindo passar seu tempo apenas no mundo do entretenimento. Dessa forma, é urgente pensar em formas de cuidar das pessoas que adquirem esse vício.
Esse foi o trecho que escrevi com as informações que você trouxe. Notei que você tem boas ideias, só precisa estudar mais para aprender a organizá-las. O texto que escrevi ainda está incompleto. No caso do modelo de redação do ENEM, é preciso haver uma proposta de intervenção, ou seja, uma solução para os problemas que você levantou ao longo do texto. Antes de escrever essa proposta, eu sugiro mais um parágrafo de desenvolvimento, criticando a ação atual da família, da sociedade ou do governo (o agente que você for mobilizar na sua conclusão como responsável por tomar uma atitude).
Então, vamos pensar nos elementos que eu já coloquei nesse texto. O que precisa ter na introdução? É bem bacana começar com uma contextualização. Se o seu tema é “jovens e os vícios em tecnologia”, você pode trazer um artigo da constituição que fale algo sobre “jovens” ou “tecnologia”, como você fez. Além disso, é possível trazer o conceito de algo, mais ou menos como se você precisasse explicar para alguém o que significa “vício”. Mas não é só isso, você também pode usar uma música, um filme ou livro que aborde o tema, isso não é interessante?
A sua introdução também precisa demonstrar de forma clara qual é a sua opinião sobre o tema. Chamamos isso de tese. Será o ponto de vista que você vai defender e sustentar ao longo de todo o texto, então escolha bem. No texto acima, usamos como tese: “É evidente que o mau uso das mídias digitais pode ocasionar malefícios à saúde, sobretudo para as pessoas mais jovens”. Ao final da introdução, é bom que você apresente uma antecipação do que você vai desenvolver, uma pequena síntese do que você pretende discutir e argumentar no restante da redação. Costumamos trazer umas palavras que resumam o que estará no primeiro parágrafo de desenvolvimento e outras palavras que tragam um resumo do segundo parágrafo de desenvolvimento. Eu escrevi isso nesse exemplo: “Dessa maneira, é crucial entender quais são esses males e como combatê-los”, o que quer dizer que vou escrever um parágrafo explicando “quais são esses males”, e outro parágrafo explicando “como combatê-los”.
Depois da introdução, iniciamos nosso desenvolvimento. Ele precisa começar com um resumo do que você vai defender no parágrafo. Chamamos isso de tópico frasal. “Primeiramente, assim como a tecnologia pode facilitar a vida da sociedade, ela também é capaz de prejudicar o equilíbrio físico, mental e psicológico dos adolescentes.” Isso indica qual é o assunto do parágrafo. Depois, nós trazemos um repertório, ou seja, uma pesquisa, uma entrevista, um filme, um livro, qualquer apontamento de outras pessoas que já tenham abordado esse assunto. É importante não apenas expor os dados de outra pessoa, mas colocar a sua tese, o seu ponto de vista, em evidência. Você precisa argumentar em cima desse repertório.
É legal trazer uma frase conclusiva ao final do parágrafo de desenvolvimento, podendo ser uma problematização ou uma breve solução. “Dessa forma, é urgente pensar em formas de cuidar das pessoas que adquirem esse vício.” Isso quer dizer que, a partir da leitura de todo o parágrafo de desenvolvimento, é possível concluir que precisamos cuidar dessas pessoas, entendeu?
O segundo parágrafo de desenvolvimento não é obrigatório, mas é recomendável caso você queira obter uma nota maior. Ele segue a mesma estrutura do primeiro: tópico frasal, repertório, argumentação, síntese/conclusão.
A conclusão, no estilo ENEM, também se inicia com um tópico frasal, normalmente uma frase do tipo: “Portanto, medidas precisam ser tomadas para sanar a questão acima discutida”. Depois disso, vem a sua proposta de intervenção, que é muito importante pois representa uma parcela considerável da sua nota final. Primeiro, pense em qual ação pode solucionar o problema do vício dos jovens. Depois, pense em quem vai executar essa ação; será a família, o governo, a sociedade, ou outros? Também é importante destacar de que modo isso será feito: verbas de algum ministério, compra de algum recurso, envio de profissionais… E, por fim, o objetivo disso tudo, qual é a finalidade? Você quer fazer isso para que os jovens sejam mais saudáveis? Ok, isso pode ser um objetivo. Não se esqueça de também apresentar detalhes de um desses outros quatro elementos: agente, ação, meio ou finalidade.
Eu sei que são muuuitas informações. Eu vou resumir elas aqui embaixo:
Estrutura do texto dissertativo-argumentativo; modelo da redação ENEM.
Introdução (+ ou – 5 linhas):
-Contextualização;
-Tese;
-Antecipação dos argumentos.
Desenvolvimento (dois parágrafos de + ou – 9 linhas cada)
-Tópico frasal;
-Repertório;
-Argumentação;
-Síntese.
Conclusão (7 ou 8 linhas, aproximadamente)
-Frase inicial indicando a necessidade de resolver o problema;
-Ação, agente, meio, finalidade e detalhamento (não necessariamente nessa ordem);
-Fechamento (pode ser uma retomada do exemplo que você usou como contextualização lá em cima, na introdução, por exemplo: “Assim, o dever assumido na Constituição Federal poderá ser cumprido”)
Espero ter ajudado, bons estudos e boa sorte na sua jornada! Não desanime, seu esforço será recompensado mais rápido do que você pensa ;-)
See lessDesafios Atuais das Grandes Cidades Brasileiras
Le.Le.Lê
Olá! Estou impressionada com a sua redação, ficou incrível! Eu procurei bastante algo para sugerir melhoria, mas não encontrei. Acredito que, com esse texto, você conseguiria nota 1000 no ENEM (ou, pelo menos, algo bem próximo disso). Depois de reler, eu percebi alguns detalhes, mas eles provavelmenLeia mais
Olá! Estou impressionada com a sua redação, ficou incrível! Eu procurei bastante algo para sugerir melhoria, mas não encontrei. Acredito que, com esse texto, você conseguiria nota 1000 no ENEM (ou, pelo menos, algo bem próximo disso).
Depois de reler, eu percebi alguns detalhes, mas eles provavelmente não descontariam pontos por não serem recorrentes.
“Esses casos provocam, consequentemente, um desestímulo à mobilização brasileira, pois *torna* inviável ocupar regiões diversas que carecem de estrutura, o que deve ser tratado.” (D1, L12)
“Esses casos […] tornam inviável…”
“Não menos importante, o* esse órgão deverá elaborar…” (C, L22)
“Não menos importante, esse órgão deverá elaborar…” (acredito que tenha sido apenas um erro de digitação)
“…de maneira que os comércios e *indústrias passem a migrar…” (C, L23)
“…de maneira que os comércios e as indústrias passem a migrar…” (paralelismo)
Eu vi que sua redação aproveitou muito bem as linhas, repleta de informação. Eu não sei se você já tem feito isso, mas procure o modelo de folha de redação que vai usar no dia da sua prova, e procure escrever nessas folhas, para verificar se você consegue colocar todas essas coisas com a sua letra manuscrita.
Parabéns pelo trabalho!
See lessA resiliência frente os desastre naturais
Le.Le.Lê
Perdoe minha redundância no trecho: "as exigências que esse estilo de texto exige".
Perdoe minha redundância no trecho: “as exigências que esse estilo de texto exige”.
See lessA resiliência frente os desastre naturais
Le.Le.Lê
Olá! Espero que esteja bem. Na primeira frase, há um erro de concordância "A condição do ser humano em aceitar ou passar por uma situação de extrema violência ou catástrofe é *conhecido* como resiliência." A palavra "conhecido" refere-se à palavra "condição", então também deveria estar no feminino.Leia mais
Olá! Espero que esteja bem.
Na primeira frase, há um erro de concordância
“A condição do ser humano em aceitar ou passar por uma situação de extrema violência ou catástrofe é *conhecido* como resiliência.”
A palavra “conhecido” refere-se à palavra “condição”, então também deveria estar no feminino.
“A condição do ser humano […] é conhecida como resiliência.”
Além disso, reparei que você costuma colocar uma vírgula antes da palavra “que”; na verdade, nem sempre é necessário. Isso acontece de forma errônea nos seguintes trechos da introdução:
“Pode-se dizer, que essa palavra é entendida…”
Aqui, você separou o verbo do seu objeto direto, aquilo que complementa o sentido do verbo, porque quem diz, diz algo, e esse “algo” é fundamental para o entendimento da frase, não podendo ser separado por vírgula do seu verbo.
“Haja vista, que tais situações são vivenciadas…”
Nesse caso, também é melhor não colocar a vírgula. Não precisamos nem pensar muito em gramática, basta tentar ler em voz alta para reparar que uma pausa ali fica estranha. Também penso que você não deveria ter começado a frase com “haja vista”, teria sido melhor substituir o ponto final por uma vírgula, deixando assim:
“Pode-se dizer que essa palavra é entendida, mas não compreendida pelas vítimas dessas situações, as quais levam o ser ao extremo de sua existência, haja vista que tais situações são vivenciadas devido à negligência do corporativismo privado e do sistema educacional aos quais a sociedade é submetida.”
Por outro lado, houveram momentos do seu desenvolvimento em que você deveria ter posto vírgula e não o fez.
“A princípio* podemos citar o desastre de Brumadinho”. Sempre coloque uma vírgula após usar “A princípio, …” para iniciar uma frase, o mesmo vale para “Portanto, …” na sua conclusão.
“Outro agravante foi a falha do sistema educacional * que não forneceu informações…”
Repare que a oração “Outro agravante foi a falha do sistema educacional” já tem um sentido completo, e a oração que vem depois busca aprofundar, adicionar mais informações, explicando, então deve ser antecedida por vírgula.
Ao final do desenvolvimento, mais um detalhe gramatical: “…os riscos *que* estavam sendo submetidos”. Aqui o certo seria “…os riscos aos quais estavam sendo submetidos”. Isso porque quem é submetido, é submetido a algo. Submeter é um verbo que exige objeto indireto, um complemento com conjunção (nesse caso, a conjunção “a”).
“Portanto o governo federal* por meio dos estados e dos municípios* devem empregar ações de incentivo fiscal”
“Portanto o governo federal, por meio dos estados e dos municípios, deve empregar ações de incentivo fiscal”
“devem” é um verbo que refere-se ao sujeito “governo federal”, que está no singular, então não tem porque o verbo estar no plural.
afim => troque por “a fim”
“Portanto, o governo federal, por meio dos estados e dos municípios, deve empregar ações de incentivo fiscal, a fim de motivar as empresas a colocar em prática as normas de segurança e prevenção. Além disso, o governo deve, juntamente com as secretarias da educação, providenciar campanhas educativas para orientar e educar a sociedade.”
No geral, a sua redação está boa, você só precisa praticar e estudar mais as exigências que esse estilo de texto exige. Para o ENEM, por exemplo, apesar de seu raciocínio estar ok, está muito sucinto, demasiado resumido. É preciso que você demonstre conhecimento, domínio do assunto, e isso você só pode demonstrar se seu texto se aprofundar um pouco mais, tiver mais linhas. Também não adianta “escrever por escrever”, quantidade não quer dizer, necessariamente, qualidade; porém, parece-me que você tem um grande potencial, ideias boas. Aqui vai um “esqueleto”, uma espécie de estrutura na qual eu penso antes de fazer minhas redações.
Introdução:
-Contextualização: fato histórico, filme, música ou significado de algum termo (como você fez, trazendo o conceito de resiliência). Pode escolher um desses elementos para fazer o leitor (ou corretor) se situar no assunto, assim como se interessar pelo que você tem a dizer. Não se esqueça, essa é a primeira impressão do seu texto e, como dizem, “a primeira impressão é a que fica”.
-Tese: o ponto de vista que você vai defender “com unhas e dentes” ao longo do seu texto. É a sua opinião sobre o tema resumida em uma frase. No seu texto, parece que a tese que você escolheu foi: “Pode-se dizer que essa palavra é entendida, mas não compreendida pelas vitimas dessas situações, as quais levam o ser ao extremo de sua existência”
-Antecipação dos argumentos que você vai defender: é bem interessante colocar, já na introdução, um pequeno trecho que já sugira o que você vai comentar no desenvolvimento. Na sua redação, poderíamos exemplificar a antecipação dos argumentos no trecho: ” tais situações são vivenciadas devido à negligência do corporativismo privado e do sistema educacional aos quais a sociedade é submetida”. Nesse caso, o ideal seria você desenvolver um parágrafo argumentando sobre “a negligência do corporativismo privado” e outro parágrafo sobre “a negligência do sistema educacional”, porque você citou elas na sua introdução.
Desenvolvimento:
-Normalmente, nas redações bem avaliadas, consiste em dois parágrafos, apelidados de D1 e D2.
-Tópico frasal: uma frase resumindo o que você vai abordar no parágrafo.
-Referencial: algo que relacione seu argumento à realidade. Pode ser um filósofo, sociólogo, político… mas também pode ser uma música ou um filme que fale do tema.
-Conclusão: pode ser uma síntese do raciocínio, o que todos os seus argumentos daquele parágrafo levam a pensar. Pode ser ressaltar que aquilo é um problema, ou trazer uma breve solução.
Conclusão:
-Tópico frasal (de novo)
-Proposta de intervenção (para o ENEM). Comece pensando na ação que poderia resolver o problema; depois, quem vai fazer isso? De que modo? Com qual objetivo? Tudo isso deve constar na sua proposta de intervenção. Resumimos nos seguintes itens: ação, agente, meio, finalidade e detalhamento (de qualquer um dos outros quatro elementos), não necessariamente nessa ordem. A sua redação apresenta agente (governo federal), ação (empregar ações de incentivo fiscal) e finalidade (a fim de motivar as empresas…). Faltou explicar melhor de que jeito o governo federal faria isso; poderia ser uma lei. Se você, ainda, trouxesse um nome para a lei, já contaria como um detalhamento. Fácil, não?
Uma vez, as pessoas faziam duas propostas de intervenção na conclusão, uma para resolver o problema de cada parágrafo do desenvolvimento. Isso não é mais necessário, você pode escrever apenas uma proposta que englobe tudo o que você discutiu (ou a maioria).
Dica extra: CONECTIVOS, se for para o ENEM, eles são essenciais, dê uma pesquisada sobre e comece praticamente todas as frases com um conectivo.
Eu vou tentar te dar uma nota de acordo com os critérios do ENEM, porque eu, pelo menos, fico ansiosa para receber notas e avaliar meu desempenho. Mas vou logo avisando, eu sou uma estudante, como você, e não tenho nenhuma capacitação que me qualifique a dar notas totalmente confiáveis… Então, vamos lá às minhas estimativas.
Lembrete: a redação do ENEM tem peso 1000, dividido em cinco competências, valendo 200 pontos cada uma.
Competências:
1) 100/200
Demonstra domínio insuficiente da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa, com muitos desvios gramaticais, de escolha de registro e de convenções da escrita.
2) 100/200
Apresenta o assunto, quase tangenciando o tema. Demonstra domínio insuficiente do texto dissertativo-argumentativo.
3) 100/200
Apresenta poucas informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de modo desorganizado ou contraditório.
4) 100/200
Articula as partes do texto, de forma mediana, com inadequações, e apresenta repertório pouco diversificado de recursos coesivos.
5) 120/200
Elabora, de forma mediana, proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
Total: 520
Espero ter ajudado, e desculpe se detive minha atenção a tantos detalhes. Não desista da sua jornada!
See lessAtual cenário da leitura no Brasil – Corrigir com os padrões Enem, se possível.
Le.Le.Lê
Lembre-se, as cinco competências têm peso 200 cada uma, totalizando uma nota com peso 1000.
Lembre-se, as cinco competências têm peso 200 cada uma, totalizando uma nota com peso 1000.
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Le.Le.Lê
Olá! Espero que esteja bem. Devo salientar que sou uma estudante, como você, e embora venha me familiarizando com as redações do ENEM, não tenho nenhuma competência profissional para julgar o seu texto. Vou dar o meu melhor de acordo com o que aprendi até agora. Para isso, vou separar minha análiseLeia mais
Olá! Espero que esteja bem. Devo salientar que sou uma estudante, como você, e embora venha me familiarizando com as redações do ENEM, não tenho nenhuma competência profissional para julgar o seu texto. Vou dar o meu melhor de acordo com o que aprendi até agora. Para isso, vou separar minha análise em trechos, na ordem em que aparecem no seu texto, colocando entre aspas as partes que foram escritas por você. Espero ajudá-la!
Introdução:
“…sociedade de classes onde as mazelas sociais…”
Nessa frase, o ideal não é usar “onde”, pois essa palavra é um advérbio de lugar, sendo usado quando estamos retomando sujeitos como um parque, uma cidade, etc. Como “onde” aparece no seu texto se referindo à sociedade, ao meu ver ficaria melhor substituir por “…sociedade de classes na qual as mazelas sociais…”
“…as mazelas sociais é consequência do comportamento populacional.”
Nesse trecho, houve um erro de concordância, tome cuidado com isso. Note que as palavras “as mazelas sociais” estão no plural, portanto é incorreto escrever em seguida “é consequência”, que está no singular. O correto seria “…as mazelas sociais são consequências do comportamento populacional.”
*”conteporaneidade” => contemporaneidade (faltou a letra “m”)
“o atual cenário da leitura no Brasil, que é um problema ocasionado, principalmente pela displicência social.”
Eu trocaria por:
“o atual cenário da leitura no Brasil, um problema ocasionado, principalmente, pela displicência social.” ou
“o atual cenário da leitura no Brasil, um problema ocasionado principalmente pela displicência social.”
É melhor evitar utilizar “que” quando não for necessário, já que costumamos repeti-lo sem perceber, e isso pode prejudicar nossa nota. Além disso, você separou o complemento do verbo nesse pedaço “problema ocasionado, principalmente pela displicência social.”, então essa vírgula está mal colocada. Eu fico em dúvida entre qual das duas formas acima é melhor (duas vírgulas, isolando o advérbio de modo, ou nenhuma), mas penso que colocar uma vírgula só esteja incorreto nesse caso.
Elogio:
“Desse modo, constata -se um impacto motivado não só pela negligência governamental, mas também pela ineficiência midiática.”
É muito bom usar como conectivo “não só … mas também”, tenho a impressão de que os corretores de redação do ENEM apreciam essa escolha.
D1
De modo geral, parece muito bem escrito, mas, por outro lado, assemelha-se muito àquele modelo de redação padrão, ou “coringa”. Apesar de isso funcionar várias vezes, é ruim quando você escreve de um jeito geral demais, porque o desenvolvimento precisa ser bem delimitado (afunilado).
É importante que você use palavras relacionadas ao tema e as utilize com forte argumentação, defendendo seu ponto de vista sem escapar da proposta. As redações nota mil costumam ter entre 7 a 20 palavras da frase temática distribuídas ao longo do texto, evitando repetição próxima, para evitar tangenciar o tema.
“As autoridades, contudo, vão de encontro com a ideia de Hobbes, uma vez que possuem papel inerte em relação aos índices de desenvolvimento da leitura brasileira. Porém, esse cenário decorre do fato das autoridades, ao se orientar por um viés individualista…”
Aqui você não deveria ter usado porém, porque essa conjunção é adversativa, dando a ideia de que você irá se opor ao que disse anteriormente (as autoridades possuem um papel inerte). Na verdade, você está reafirmando o que disse na frase anterior, porque você vai argumentar que as autoridades agem com negligência. Você poderia só suprimir o “porém” e começar a frase com “Esse cenário…”.
“ao se orientar por um viés individualista, perfaz negligenciando suas responsabilidades, o que acarreta a situação da leitura em território nacional.”
Esse trecho ficou bem confuso, não foi possível entender com clareza o que você quis dizer. Lembre-se, você não precisa usar palavras “difíceis”, sobretudo se elas forem desconhecidas por você e se tiver dúvidas sobre como usá-la. Naturalmente, agora é o momento para você testar coisas novas, está aprendendo, porém, no dia da prova, pode optar pelo simples. A linguagem formal não é necessariamente composta de palavras estranhas; a linguagem formal apenas exige de você coisas como gramática correta. É claro que um vocabulário vasto ajuda bastante, desde que bem utilizado.
Eu reescreveria da seguinte forma:
“Porém, esse cenário decorre do fato de as autoridades, ao se orientarem por um viés individualista, negligenciarem suas responsabilidades, acarretando na deplorável situação do acesso à leitura em território nacional.”
“Assim, devido a uma falha na esfera administrativa, a problemática *se* perdura no país.”
“Assim, devido a uma falha na esfera administrativa, a problemática perdura no país.
Não é preciso colocar o pronome “se”. Pronomes servem para substituir um substantivo (o nome), sendo o sujeito da oração. A sua oração já tem um sujeito: a problemática; por isso é incorreto colocar “se”.
D2
“Ademais, a impraticabilidade da mídia é outro fator que perpetua o entrave.”
Aqui, eu não teria usado “impraticabilidade”, porque parece que você está dizendo que a mídia não é praticada no nosso país, sendo que, na verdade, há muita mídia sendo difundida por aí. O problema não é a viabilidade da mídia, mas sim o que ela veicula, o fato de ela não se envolver com esse assunto, quando ela seria um forte propulsor de mudanças sociais. Eu substituiria por algo como:
“Ademais, a indiferença da mídia é outro fator que perpetua o entrave.”
Outras opções: apatia, desinteresse, etc.
“…as instituições, cujo dever é promover a democracia, não deve se converter em instrumento…”
Erro de concordância, o sujeito da oração é “as instituições” (no plural), enquanto que “não deve se converter” está no singular. Ademais, usar o pronome oblíquo “se” antes do verbo não é uma característica da linguagem formal, exigida pelo contexto da redação do ENEM.
“…as instituições, cujo dever é promover a democracia, não devem converter-se em instrumento…”
Conclusão:
*medidas resolutiva => medidas resolutivas (letra “s” ao final do adjetivo quando o sujeito estiver no plural)
“compete ao Ministério da Educação […] incentive os cidadãos”
*incentive => incentivar
Mesmo que você tenha uma oração no meio de outra, você precisa manter a concordância dentro da “oração externa”, que foi interrompida por “cujo dever é organizar o ensino em território nacional”, mas foi retomada com “incentivar os cidadãos a criarem o hábito de ler”.
Na minha opinião, a proposta de intervenção foi escrita numa frase muito longa, que deixa o texto menos fluído. Seria preferível escrever algo mais ou menos desse modo:
“Portanto, torna-se imprescindível a tomada de medidas resolutivas para aumentar a prática de leitura no país. Para isso, compete ao Ministério da Educação, cujo dever é organizar o ensino em território nacional, incentivar os cidadãos a criarem o hábito de ler. Isso pode ser concretizado por meio da construção de bibliotecas públicas com infraestrutura confortável e interativa para todas as idades. A iniciativa teria como finalidade promover o aumento da prática da leitura pela sociedade, assim formando uma realidade diferente da retratada na animação ‘Moriarty: O Patriota’.”
Elogio: é super válido retomar a contextualização que você usou lá na introdução (Moriarty), agora para fechar o texto; foi uma ótima ideia!
Nota de acordo com as competências:
I: 100
Demonstra domínio mediano da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa e de escolha de registro, com alguns desvios gramaticais e de convenções da escrita.
II: 160
Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.
III: 140
Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista.
IV: 160
Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
V: 180
Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
Total: 740
Desculpe se fui excessivamente detalhista, entretanto, isso é fundamental para uma preparação eficiente, afinal, nossa nota é composta da soma de detalhes. Sugiro que reescreva a sua redação de acordo com as sugestões que receber dos usuários aqui nessa postagem, assim você consolidará seu aprendizado. Se possível, poste a nova versão também aqui na plataforma, para vermos sua evolução!
See lessCotas raciais ou desiguais?
Le.Le.Lê
Olá! Espero que esteja tudo bem por aí ;-) Na sua introdução, nas linhas 1 e 2, você escreveu a expressão "após de". Isso está incorreto, a frase deveria ter sido escrita da seguinte forma: "...para encontrar o seu cachorro após um bem-sucedido primeiro encontro". Um ponto positivo na sua escrita foLeia mais
Olá! Espero que esteja tudo bem por aí ;-)
Na sua introdução, nas linhas 1 e 2, você escreveu a expressão “após de”. Isso está incorreto, a frase deveria ter sido escrita da seguinte forma: “…para encontrar o seu cachorro após um bem-sucedido primeiro encontro”. Um ponto positivo na sua escrita foi relacionar a obra citada com o contexto brasileiro (isso é muito importante!). A última frase do parágrafo, entretanto, ficou um pouco estranha no trecho “o lugar dessas pessoas nesses locais”, primeiramente porque você já havia escrito “lugar” duas linhas atrás (e devemos evitar a repetição de palavras), mas principalmente porque o sentido fica vago, já que “lugar” e “local” são sinônimos, então sua frase não ficou objetiva o suficiente. Quando você escreveu “…cotas raciais, nas quais são motivo…” (L6), você deveria ter escrito “…cotas raciais, as quais são motivo…”. A expressão “nas quais” resulta da contração de em+as quais, e não temos necessidade da preposição “em” ali porque você está somente retomando o sujeito.
Além disso, perceba a estrutura do seu texto em relação aos parágrafos. A sua introdução está muito maior do que qualquer outro parágrafo, e isso não é o ideal. O primeiro parágrafo é o mais curto, trazendo a contextualização e a sua tese. É no desenvolvimento que você deve realmente expor seu domínio e repertório, então eles tendem a ser mais longos (contendo cerca de 7 linhas em cada um dos dois parágrafos). A proposta de intervenção também é crucial, afinal, ela representa uma competência inteira (200 dos 1000 pontos!).
A ideia de dividir o desenvolvimento em dois parágrafos está correta. Uma possibilidade é utilizar o primeiro parágrafo para causa e o segundo, para consequência do problema abordado.
No D1 (primeiro parágrafo de desenvolvimento), a sua primeira frase está boa, e a última também, mas faltou algo entre elas, faltou explanar mais sobre o seu ponto de vista, como você chegou nessa conclusão?
Algumas observações ortográficas: “…a educação oferecida pelo Governo a população de baixa renda…” (L8) aqui temos um evento de crase, o correto é “…a educação oferecida pelo Governo à população de baixa renda…”. Uma dica é: quando ficar em dúvida se vai acento grave ou não na letra “a”, tente substituir o substantivo por algo masculino, nesse caso, podemos substituir “população” por “povo”. Perceba que a frase ficaria: “…a educação oferecida pelo Governo ao povo de baixa renda…”. Se, ao fazer esta substituição, “a” virar “ao”, PRECISAMOS colocar o acento grave, afinal ao = a + o, assim como à = a + a (preposição + artigo). Além disso, releia o trecho: “…a qual acarreta a necessidade da existência de cotas…”(L8). O verbo “acarreta” exige preposição “em”, porque alguma coisa acarreta em algo, assim, podemos corrigir para “a qual acarreta na (em + a) necessidade da existência de cotas”.
No seu D2, a citação do caso da Nigéria não ficou bem “linkada”, ou seja, relacionada com o seu texto. Sempre, ao usar um repertório, busque interpretá-lo a favor do ponto de vista que você está defendendo no seu texto. Isso quer dizer que, já na introdução, você precisa se posicionar, mostrar qual é a sua tese; e, ao longo dos desenvolvimentos, você vai trazer repertórios que mostrem que você está certa (mas você precisa convencer o leitor disso, não basta só colocar a citação lá). Qual é o “olhar cuidadoso sobre o assunto” (L12)? Você precisaria ter explicado. Além disso, quando você disse que há um problema nas cotas porque nem todas as pessoas pobres são negras, na verdade, existem cotas para renda baixa, independentemente da etnia, que enquadrariam essa parcela da população.
A proposta de intervenção fica no último parágrafo, que nem você colocou, entretanto, precisa contar com cinco elementos: agente, ação, meio, finalidade e detalhamento. No seu caso, você escreveu da seguinte forma:
Agente (quem): Governo
Ação (o que): investir na educação para a população de baixa renda
Finalidade (porque): de forma que os alunos tenham uma melhor preparação para o ensino superior, sem a necessidade de cotas
Faltou o meio pelo qual o governo vai investir na educação para a população de baixa renda. Poderia ser, por exemplo, por meio da construção de escolas nas periferias. O detalhamento pode ser feito de qualquer um dos outros quatro elementos da proposta: agente, ação, meio ou finalidade. É como se você fosse “enfeitar” a sua ideia para ela parecer melhor aos olhos do corretor, ou para ficar mais claro.
Comentário geral: você está no caminho certo, já entendeu o gênero dissertativo-argumentativo, só precisa continuar treinando para aperfeiçoar os seus textos, precisa explicar melhor a sua tese e defendê-la com mais argumentos ao longo dos parágrafos.
As notas que eu daria em cada competência (mas eu não sou corretora, sou estudante, como você):
I Demonstrar domínio da norma da língua escrita. 100/200 (você cometeu alguns erros ortográficos).
II Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. 100/200
Eu não sei qual era o tema, mas assumindo que fosse algo como “A necessidade de cotas no Brasil”, está ok, você está dentro, mas a sua estrutura dissertativo-argumentativa ainda precisa melhorar.
III Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 120/200 faltou relacionar melhor os repertórios com sua tese.
IV Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 120/200
V Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. 120/200
Nota final: 560
Boa sorte nos estudos! Espero ter ajudado na sua caminhada. <3
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