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O trabalho escravo nos dias atuais (estilo UNESP – sem prop. de intervenção obrigatória)
Mr.Crozma
1 - Cinebiografia. 2 - Clímax argumentativo. 3 - Norma culta. 1. Pra mim, é inusitado ler uma referência histórica que você tinha sendo apresentada como uma referência cultural. Argumentativamente soa mais persuasivo fazer o leitor pesquisar, se necessário, a referência histórica. Chama a atenção, tLeia mais
1 – Cinebiografia. 2 – Clímax argumentativo. 3 – Norma culta.
1. Pra mim, é inusitado ler uma referência histórica que você tinha sendo apresentada como uma referência cultural. Argumentativamente soa mais persuasivo fazer o leitor pesquisar, se necessário, a referência histórica. Chama a atenção, também, que a sua referência seja uma abolicionista norte-americana, considerando todo o nosso passado recheado de figuras heroicas abolicionistas, Luiz Gama sendo a maior delas.
Essas são duas pequenas frustrações, porém, que não sei como a sua banca avalia. Deixo essas reflexões para que você mesma julgue a partir dos filtros que a tornaram uma excelente escritora.
2. Um detalhe que importa para a sua argumentação foi a ordem que escolheu para os seus argumentos. Claramente o racismo tem mais impacto sobre o trabalho análogo à escravidão do que a falta de informação. Não é por desconhecimento legal que as pessoas têm o direito de abusar dos limites laborais de um ser humano, além de termos um outro problema: nos grandes centros urbanos há muita gente submetida a ilegalidades trabalhistas por desconhecimento, mas essas ilegalidades não ultrapassam os limites corporais desses trabalhadores.
Sendo assim, o clímax argumentativo estabelece que o seu argumento mais forte venha depois, por pelo menos dois motivos: a melhor maneira de manter o leitor interessado no texto é não quebrando expectativas, tornando a leitura gradativamente mais interessante; além disso, você precisa provar ao leitor que não travou no meio da leitura e pensou num argumento qualquer para preencher espaço. Por isso, seria mais adequado inverter a ordem dos seus argumentos.
3. Abaixo, alguns raros erros que consegui encontrar:
O filme norte-americano “Harriet” retrata a história de Harriet Tubman, uma das figuras mais relevantes na luta contra o sistema escravocrata na América. Na trama, a protagonista, interpretada pela atriz Cintia Erivo, atua diretamente na concessão do direito à liberdade de diversos indivíduos submetidos a esse regime de segregação, incluindo a si mesma. Hodiernamente, o trabalho escravo não se restringe às cinebiografias, sendo ainda uma realidade no Brasil, potencializada pelo preconceito internalizado e pela falta de informação.
— Perfeito, só com um detalhe sobre o “incluindo a si mesma”, que você poderia trocar para evitar uma ambiguidade aparente quando se associa o “si mesma” ao “regime de segregação”, por causa da preposição “a”.
Em primeiro lugar, faz-se necessário referenciar o livro “A integração do negro da sociedade de classes”(1) de Florestan Fernandes, que trata da discriminação racial no país e de(2) seu papel na dificuldade de inserção da população afrodescendente no corpo social brasileiro. Atualmente, as formas de trabalho análogas à escravidão no território nacional são, em maioria, desempenhadas por minorias, como imigrantes e negros. Na cidade de São Paulo, especialmente, a Secretaria de Inspeção do Trabalho lida frequentemente com a descoberta de cidadãos bolivianos submetidos a condições de ofício desumanas – como baixa remuneração e turnos laborais de longos períodos. Destarte, com a manutenção de práticas de segregação no pais(3), dificulta-se (4) absorção integral de grupos vulneráveis à sociedade, como discutido na obra do sociólogo brasileiro, mantendo-se um ambiente propício à ocorrência de sistemas de trabalho hostis.
1 – Vírgula, porque só há um autor daquele título.
2 – Da discriminação e DO seu papel. Paralelismo.
3 – País.
4 – Esqueceu o artigo. Se só pode ser definido, tem que vir o artigo definido.
— Um detalhe sobre a argumentação. O exemplo dos bolivarianos sugere xenofobia, que devia ser inclusa como argumento.
Outrossim, a carência de informação também atua na permanência da problemática. Segundo a Declaração Universal de Direitos Humanos, todo indivíduo tem direito a condições de trabalho dignas e favoráveis, incluindo proteção contra o desemprego e remuneração adequada. Contudo, apesar do que é afirmado no documento promulgado em 1948 pela Organização Mundial das Nações Unidas, a dignidade do trabalhador no país ainda não é assegurada em sua totalidade, visto que práticas(1) de serviço como a troca de mão-de-obra por moradia ou alimentação, a falta de frequência salarial e as jornadas de trabalho maiores que o estipulado por lei não garantem o bem-estar do proletariado e são formas de ofício atuais da escravidão, ainda pouco discutidas. Assim, sem o conhecimento da população sobre os diversos critérios que incluem o trabalho ilegal no Brasil, este continua a perdurar.
1 – Aqui seriam condições de serviço, em vez de práticas.
Portanto, o preconceito racial e a ignorância popular constituem agentes que influenciam a ocorrência do cenário hodierno. Mesmo com legislações que condenam a escravatura e (1) suas vertentes, esse sistema de trabalho, que deveria ser tido como irrepetível e reprovável, ainda se expressa em seus formatos contemporâneos. Logo, entende-se a necessidade de combate a essa realidade, com atuação direta do Estado e da sociedade civil, visando a(2) promoção do bem-estar coletivo, tal como realizado por Harriet Tubman.
1 – A escravatura e AS suas vertentes. Paralelismo.
2 – Crase.
Acho que não receberia nota máxima, mas por detalhes que nem de longe te tirariam de uma disputa pelas maiores notas do vestibular. Excelente texto!
See lessNecropolítica e poder
Mr.Crozma
1 - Tese suspensa. 2 - A necropolítica brasileira. 3 - Exposição ou argumentação. 4 - Norma culta. 1. Os temas que você está se propondo a fazer são bem mais difíceis do que os da Vunesp, então a ideia é positiva por te manter em contato com conceitos que servirão de base para o seu posicionamento nLeia mais
1 – Tese suspensa. 2 – A necropolítica brasileira. 3 – Exposição ou argumentação. 4 – Norma culta.
1. Os temas que você está se propondo a fazer são bem mais difíceis do que os da Vunesp, então a ideia é positiva por te manter em contato com conceitos que servirão de base para o seu posicionamento na prova. O problema é você se acostumar com isso e montar estratégias a partir daí.
Em temas polêmicos, não há razão para suspender a tese e apresentá-la só ao final do texto. Talvez, inclusive, a suspensão tenha feito com que você não visse a polêmica: necropolítica, o que o Brasil tem a ver com isso?
2. No Brasil, a necropolítica está consolidada na discussão das políticas de segurança pública e do racismo, de forma que eu dificilmente imagino a banca cobrando um tema desses sem oferecer textos de apoio que o direcionassem a esse debate. Nesse sentido, quero manifestar a minha leve frustração ao ler dois argumentos distantes do Brasil tanto no espaço quanto no tempo. Apesar disso, compreendo a dificuldade de interpretar o tema naquele formato do link.
3. Algo que me chama a atenção nos seus argumentos é o caráter expositivo que eles ganharam por se concentrarem em explicar exemplos. Acredito que o seu texto tomou esse formato porque você compreendeu o tema como se tivesse que explicar o conceito do Mbembe, em vez de relacioná-lo à realidade brasileira.
De toda forma, devo dizer que o exemplo não encerra discussões. Eu posso apresentar vários exemplos de busca por dinheiro/poder que não resultaram em genocídio, e o mesmo vale para a formação de ideias discriminatórias, e aí a sua estratégia argumentativa se esvazia. Um exemplo fecha o outro.
O ideal é você pensar o argumento como Tópico Frasal + Explicação do Tópico Frasal + Aprofundamento Argumentativo (com combinação de estratégias argumentativas). O exemplo é o acessório que, em poucas linhas, ilustra aquilo que você esclareceu, que era a razão maior por trás de um mero exemplo.
Porque, explicando a sua declaração (a busca pelo poder e pelo dinheiro causam a necropolítica), você perceberia a brecha que isso tem quando você analisa a democracia. O certo seria mesmo não buscar poder e dinheiro? Não explorar regiões? Então é muito importante tomar o cuidado de não partir para o exemplo e deixar que o leitor tire conclusões precipitadas sobre o que você queria dizer.
Às vezes você estava pensando em como a democracia consegue barrar o autoritarismo pelo sistema de freios e contrapesos institucionais (um Poder fiscaliza o outro), mas o corretor não vai poder presumir o que você sabia porque já na segunda frase havia uma técnica de persuasão. Vai com calma, você ainda tem um bom espaço para escrever.
4. Todos os erros que encontrei:
A necropolítica, termo cunhado pelo pensador camaronês Achille Mbembe, reflete o poder de alguns Estados ao decidir quais indivíduos devem viver e quem deve morrer. Tal fato pode ser explicado nas motivações, geralmente econômicas ou ideológicas.
O primeiro motivo para o problema, fator econômico, é notório,(1) a busca pelo dinheiro e pelo poder que traz(2). Isso pode ser visto, hodiernamente, no atual genocídio cultural uigure, no oeste da China, ligado as(3) riquezas minerais da região, e por este grupo possuir crença e hábitos distintos do resto da China, herdeiros da dinastia Han. Com efeito, esse temor chinês gera a destruição desse grupo(4), seja em razão das execuções ou pela(5) morte cultural, impondo a cultura Han para o povo islâmico.
1 – Aqui caberia o dois-pontos, além de você não precisar explicar o que o corretor teria entendido, que o primeiro motivo era o econômico. Você, inclusive, usa esse “primeiro motivo” para evitar a repetição da palavra.
2 – Quem traz?
3 – Crase. Ligar a algo.
4 – Repetição da palavra ‘grupo’.
5 – Falta de paralelismo: em razão de… e de…
Outro ponto,(1) é que as relações de poder negativas podem ter raízes ideológicas, relacionadas com a formação de maiorias com ideias descriminatórias(2). Um grande exemplo é o Nazismo alemão, cuja crença estava na superioridade da raça ariana. Tal pensamento (3) ligado a(4) difusão do humanismo darwinista, que entendia haver grupos humanos superiores, (5) homem branco. Com efeito(6), realizaram o genocídio mais conhecido em toda a história, o massacre dos judeus.
1 – Vírgula separando sujeito e verbo. Cuidado com a mudança de hábitos coesivos. Nos treinos, essa parte automática é pra diversificar repetidamente. se vai usar “em primeiro plano” e o corretor não reclamou, use-o sempre.
2 – Discriminação, com ‘i’.
3 – Comeu um “era” aqui?
4 – Crase.
5 – Aqui também era uma oportunidade de dois-pontos e era legal usar o artigo “o”.
6 – Esse conectivo não diz nada, é inerte, mas o problema maior não é a improdutividade dele, mas repeti-lo. Há tantos recursos coesivos que a repetição de algum deles é vista com um olhar bem punitivo.
Nesse sentido, é necessário reforçar o papel da democracia nos Estados modernos, além positivar os direitos fundamentais, (1) que todos indivíduos, sem exceção, devem ter acesso.(2) Entender que o modelo democrático liberal não é perfeito, mas é a melhor ferramenta da humanidade frente esses tipos de atrocidades.
1 – A que. Todos os indivíduos devem ter acesso a os direitos fundamentais.
2 – Esse “entender” é uma continuação do “é necessário”, então não podia ser separado por ponto final. Ficaria uma frase gigante e direta, um problema ao qual você deve sempre se atentar.
Seu texto tem qualidades, informações novas, poucos erros e uma quantidade boa de conectivos. Detalhes de aprofundamento temático seriam difíceis de cobrar e, portanto, cabe uma recomendação: não deixe de treinar com algum tema que tenha a estrutura da prova, até para treinar a sua interpretação temática, que é o que me preocupa neste momento contigo.
Valeu, Rodrigo! Mantenha essa pegada que tu vai chegar pra prova.
See lessO sistema carceráde rio brasileiro e seus efeitos no século XXI
Mr.Crozma
1 - Sobre que temas escrever? 2 - Autoria dissertativa. 3 - Defina o problema. 4 - Norma culta Fico preocupado quando os vejo treinando temas que não cairão no Enem. Quando o tema de 2020 usou a palavra "estigma", muitos candidatos a ignoraram e foram escrever sobre doenças mentais. Ora, por que acrLeia mais
1 – Sobre que temas escrever? 2 – Autoria dissertativa. 3 – Defina o problema. 4 – Norma culta
Fico preocupado quando os vejo treinando temas que não cairão no Enem. Quando o tema de 2020 usou a palavra “estigma”, muitos candidatos a ignoraram e foram escrever sobre doenças mentais. Ora, por que acreditaram que o Enem iria cobrar a solução para as doenças mentais, um tema tão técnico, de conhecimento tão inacessível à população não graduada? É o mesmo problema com o tema das prisões: complexo, inacessível e até cínico de ser cobrado.
Com isso, é a obrigatoriedade da proposta de intervenção do Enem que deve servir de norte para você imaginar qual tema estará sendo cobrado. Um outro exemplo de como a proposta importa é que temas com solução única ou recém-lançadas também não podem cair, porque deixariam o candidato sem alternativas. Pense no tema da reforma do Ensino Médio. Ela está sendo posta em prática neste ano, a gente nem sabe quais serão os efeitos a médio prazo, então não cairia um tema pedindo soluções para o Ensino Médio.
Vou lhe indicar, então, que tenha sempre um senso crítico quando pegar temas na internet, e aí lembre-se de que os cursinhos também preparam os seus alunos para vestibulares que não têm proposta obrigatória.
2. Vi que toda a sua redação está montada como se desse voz ao que Foucault falou, em vez de você se posicionar como o dono dos seus pensamentos. É como se você tivesse feito um artigo científico, e não uma dissertação-argumentativa. Se você quer soar persuasivo, a sua redação não pode se servir a explicar um autor. Mais: você está correndo o risco de ter um texto expositivo, como claramente foi na elaboração do segundo parágrafo. Autoridades são um mero suporte para ideias que são suas. São um respaldo, não um objeto de análise.
3. Você não pode se deixar seduzir por citar um autor que não trabalha o problema do seu tema. Chega a ser irônico que a frase-tema venha com o elemento delimitador “no século XXI” e o livro trabalhado no texto venha datado de 1975, para falar de um passado que nós brasileiros sequer conhecemos, e há também o elemento regional, “brasileiro”. Você precisa de técnicas para “ir na retinha”, para não se enrolar. É pensar que há técnicas de introdução e você tem que escolher qual delas você vai usar para vários temas. Vai sempre apresentar um autor original? Teria esse autor original para o tema do registro civil, do ano passado? Pense em estar bem treinado para qualquer tema, e você não pode depender ou se vincular dessa maneira a um autor.
Uma forma de não se perder é definir qual é o problema, como ele acontece, quando, por quais causas… Vou pensar nos efeitos do sistema carcerário superlotado:
1. Estigmatização dos encarcerados
2. Criminalização da pobreza pela seletividade penal
3. Laboratório de doenças
4. Mal-estar social
5. Desrespeito aos direitos humanos de uma parte considerável da sociedade
6. Perda de oportunidades de desenvolvimento humano
7. Prejuízo na relação democrática, entre o Estado e a população
8. Não realização das premissas justificadoras da pena de prisão
9. Sufocamento das soluções reais para os problemas enfrentados pelo Código Penal
Esse é um arcabouço razoável de problematizações que você poderia abordar na apresentação do tema. A banca não quer saber dos suplícios da Idade Média quando pensa nos efeitos do sistema carcerário brasileiro atual. Ela vai querer saber qual é o nível de relevância que você dá aos efeitos possíveis e quais deles são passíveis de solução.
Daí lá pelas tantas você abandona os suplícios e passa a falar do que era pra estar falando desde o início. insalubridade, reincidência, mas falta espaço para desenvolver as suas ideias, porque superlotação é premissa, é apresentação de tema. Você tinha era que manifestar a sua opinião sobre esse cárcere superlotado. Sua tese deveria ser sobre isso, mas cadê a sua tese? A sua tese é a de que o Foucault é importante para entender os efeitos do sistema carcerário brasileiro. Bagunçou aí.
Ao não definir o problema, você chegou a propostas que o abastecem! Como posso resolver o problema do sistema carcerário se aumento as penas? É contraditório querer atender à sensação de impunidade num tema em que o problema é o excesso de punição. Também vi uma tendência a falar de redução de maioridade penal… Tudo isso representaria um aumento da população carcerária. Então, Daniel, não se esqueça de definir o problema e ver se essa definição bate com os textos motivadores ou o que eles estão tratando, porque nesse caso eu estou vislumbrando essa possibilidade de você tangenciar os temas de acordo com as primeiras ideias que vêm à sua mente.
4. Vou corrigir erros de norma culta, mas já elogiando o abandono de certas construções que vi na última redação:
O filósofo francês Michel Foucault(1) na obra ”Vigiar e punir”(1975)(2) expõe com clareza a história do processo penal em seu país. Ele passa, portanto, pelos suplícios até chegar às reformas na forma(3) como esse processo(4) foi aplicado. Assim, tal análise torna-se muito útil à temática, em vista da incoerência no ato punitivo, que(5) por sua vez(6) revela mazelas, das quais são(7) importantes de tratar.
1 e 2 – Faltaram vírgulas nessa circunstância de local.
3 – Reforma e forma formam Eco, que é um problema nas dissertações.
4 – Repetição de palavra.
5 e 6 – Vírgulas na expressão explicativa.
7 – Muito cuidado com frases invertidas, você não escreveria “são importantes de tratar as mazelas”.
O livro mostra que(1) antes(2) o poder do estado(3) se aplicava no corpo por meio dos suplícios,(4) não obstante, isso mudou com o confinamento: não era mais sobre o flagelo do apenado, mas sobre o(5) a alma (sua vida controlada pelo tempo)(6). Assim, infere-se que(7) com a superlotação, (8) falta de água, (9) alimentação insalubre e (10) para piorar(11) a ínfima ressocialização(11) o estado(12) detém o tempo, reafirmando apenas (13) sua superioridade. Logo, reverbera (14) sua insuficiência, que gera como resultado a volta dos detentos às infrações e grande revolta na população (já tão inflamada pela sensação de impunidade) (6).
1 e 2 – Vírgula na expressão explicativa. Explicações, detalhes, circunstâncias extras, tudo isso pede isolamento, pede calma para ler e não atrapalhar a leitura. Pense que são expressões por vezes desnecessárias à compreensão da frase, então você quer dar ênfase a esses detalhes, dai a vírgula.
3 – Vi em uma correção sua que você entende que o Estado, entidade pública, deve ser grafado em minúsculo, mas não senhor. Inclusive há exemplos de pontos descontados em redações do manual que lhe indiquei a ler. É fundamental ler os manuais para não cometer esses errinhos bobos.
4 – Não é errado, mas atrapalha a leitura quando o conectivo fica solto, sendo que caberia um ponto-e-vírgula. Já que você constrói situações frasais que aceitam o ponto-e-vírgula, estude esse tipo de pontuação, inclusive para demonstrar conhecimento linguístico, que é o conhecimento que importa para a correção da C1.
5 – Acho que foi erro de digitação.
6 – Não use parênteses para fazer comentários. O certo seria usar um travessão (—), que muita gente usa como traço (-) ou meio-traço (–) por conta do espaço da folha. Parênteses servem a propósitos bem incomuns no Enem, como explicação de sigla, essas coisas.
7 – Faltou a vírgula da frente da explicação.
8 e 9 – Aqui houve quebra paralelismo. Ou você coloca o artigo na frente de toda a enumeração, ou não coloca em nenhuma delas.
10 e 11 – Vírgulas… Você é um cara que gosta de adicionar detalhes, precisa dominar a vírgula nesses casos.
12 – Estado.
13 e 14 – Comeu os artigos sem necessidade. Geralmente essa omissão não é punida quando ela precede um objeto indefinido.
Além disso, o sistema de leis de onde se afirma ”ordem e progresso” tem muitas brechas. Uma delas recai na forma de tratamento de pessoas consideradas ”inimputáveis”. Há dificuldade em um(1) diagnósticos precisos. E(2) mesmo quando da ocorrência destes(3) fica(4) a incógnita sobre os lugares e sobre a eficiência dos mesmos(5). Além disso, a redução da maioridade tal qual a duração para crimes hediondos ainda são desafios que trazem muitos debates para o cenário contemporâneo.
1 – Mais um erro de digitação. Não sei se você comete esses erros escrevendo manualmente. Acho interessante treinar no papel de vez em quando.
2 – “E” não inicia frase. Alguns corretores podem ignorar, porque há divergência, mas eu não arriscaria começar a frase com “E”, “Mas”, “Pois”. A frase tem que fazer sentido por si só. Tu não começa uma conversa com um desconhecido usando “e”. O “Além disso”, por exemplo, traz um “isso” que puxa toda a frase anterior para a inteligência da frase que ele introduz. É o pronome que faz a diferença.
3 – Pediria vírgula, com ou sem o “E”. Acho que você já entendeu a pegada dessas vírgulas.
4 – “Fica” eu sinto que é informal. Pode não ser, eu não sei quais são as barreiras da informalidade que o Enem define, mas, “na dúvida, não coloca”.
5 – “Mesmo” não é pronome pessoal na formalidade. Também fiquei surpreso quando descobri, então pode ser que o corretor deixe passar, mas vale a máxima citada no 4. Nesse caso, ainda houve repetição de palavra.
Por conseguinte, preconiza-se a devida atenção, ou poderá ocorrer um novo ”Massacre do Carandiru”. Logo, para por(1) em prática o exposto por Foucault(2) urge a reformulação no tocante à duração dos crimes (mormente hediondos)(3) pelo Supremo Tribunal Federal, a fim de que haja mais rigor, o que conferirá a satisfação do apelo popular por justiça. Ao mesmo tempo, deverão ser investidas verbas federais para ressocialização, ampliação e construção de novos presídios com fito de minimizar a reincidência. Dessa forma, é possível trazer o equilíbrio tão necessário às mazelas do sistema prisional.
1 – Acento, pôr.
2 – Vírgula.
3 – Já falei dos parênteses.
Sobre a proposta, só uma questão: não é fácil fazer o meio/modo. É preciso que você organize a sua proposta de forma a deixar organizadinho para o corretor só ir contando os elementos da proposta. Eu tive que interpretar que o seu “a fim de que haja mais rigor” seria o modo como se reformularia a pena. Não há tanta necessidade de fazer duas propostas. Só a faz quem está com receio de que o corretor não aceite uma delas ou quem construiu dois parágrafos de argumentação muito distintos, a ponto de precisar realmente resolver um problema de cada vez.
See lessFome no Brasil
Mr.Crozma
1 - Perfil da banca. 2 - Parágrafos embrionários. 3 - Tese e argumentos devem ser o seu foco, mais do que norma culta. 1. Antes de corrigir a redação, quero observar que, apesar de ser uma novidade no concurso da PCJ, a redação tende a seguir os padrões das carreiras policiais. Minha aposta sinceraLeia mais
1 – Perfil da banca. 2 – Parágrafos embrionários. 3 – Tese e argumentos devem ser o seu foco, mais do que norma culta.
1. Antes de corrigir a redação, quero observar que, apesar de ser uma novidade no concurso da PCJ, a redação tende a seguir os padrões das carreiras policiais. Minha aposta sincera seria de ver um tema técnico da segurança judiciária no concurso. Você pode se sentir à vontade trazer esse tipo de tema para cá. Não é incomum aparecer concurseiros da área policial por aqui.
2. De cara, pode-se afirmar que o seu texto ganhará baixa pontuação na Habilidade I (gênero textual) se produzir parágrafos embrionários, que são parágrafos que não se desenvolveram, não demonstraram o porquê de terem sido postos como parágrafos. Além disso, parágrafos embrionários trazem problemas Habilidade II (domínio da escrita), que é o problema de não distinguir parágrafo e frase.
Na OAB eu lembro de ter recebido a orientação para escrever parágrafos embrionários porque deixaria o papel mais limpo, mas a OAB dava 05 folhas para a escrita. Não é o caso de uma prova de concurso. Em 30 linhas, você tem que render muito bem nos parágrafos, e aí parágrafos embrionários são realmente prejudiciais.
Para combater os parágrafos embrionários, você recebe a orientação para escrever pelo menos três períodos por parágrafo. O que eu vou sugerir é que você pense em cada parte do texto como uma função a ser cumprida.
No primeiro parágrafo, você tem a função de apresentar o tema, expor o seu posicionamento sobre ele, além de dar indícios do que será argumentado (adiantamento dos argumentos na última frase, como você pode perceber em várias redações aqui do site).
Nos parágrafos de desenvolvimento (e é recomendável que você faça apenas dois, em vez de três – como fez nesta redação), você tem que apresentar o resumo do seu argumento (Tópico Frasal), explicar o Tópico Frasal e desenvolver esse tópico com estratégias argumentativas (uso de exemplos, de dados, de citações, de comparações, de contra-argumentação, de lógica – causas e consequências).
Na conclusão, você tem duas funções essenciais: retomar a sua tese/opinião e manter o leitor interessado. Técnicas para o manter o leitor interessado no seu texto até o fim envolvem conclusão por referências culturais, por ironia, por reflexão, por ressalvas, por metáforas e por proposta de intervenção.
Em suma, todo parágrafo tem funções e técnicas a exibir. Se você travar, procure lembrar delas e escrever sobre aquilo que está mais preparada a fazer. Às vezes você gosta de filmes e pode fazer referência cultural, ou mesmo uma analogia argumentativa, e isso agrega ao texto possibilidades, até mesmo, de apresentar recursos coesivos, que é o outro problema que parágrafos embrionários criam.
Você não pode deixar de escrever ao menos dois períodos porque, do contrário, você estará perdendo uma chance de apresentar esses recursos de coesão, que são conectivos: além disso, consequentemente, sendo assim, por exemplo, entretanto…
3. Para além de cumprir funções, você tem uma questão de coerência que vai definir muito a força dos seus argumentos, que é a principal parte da pontuação do seu edital. Aliás, considerando que a Habilidade IV vale 05 pontos, preciso insistir enfaticamente: é no desenvolvimento que estão os argumentos. Você não pode escrever poucas linhas no desenvolvimento!
Tópico frasal é o resumo do seu argumento, que está ali exercendo uma função em defesa do seu ponto de vista. O seu ponto de vista, que na dissertação-argumentativa é chamado de tese, é o adjetivo que você dá ao tema. A fome no Brasil, para você, é um problema do Nordeste e está relacionado a falências múltiplas da assistência estatal.
Você vai ter que justificar isso no desenvolvimento, e aí temos um problema. Você recorre a argumentos do senso comum, que apontam corrupção e má gestão sem explicar como se dariam as falhas ou as roubalheiras. Você poderia, por exemplo, detalhar como a falta de reforma agrária afeta a população que não pode sequer plantar os seus alimentos na falta de dinheiro, ou entrar numa discussão sobre como é possível que o mercado queime alimentos para manter preços lucráveis – o que, pra mim, é a maior das incompetências de gestão, um eventual acordo para que esses alimentos fossem direcionados a ongs e movimentos de assistência social. Já que toca a área do direito, poderia trazer à discussão que isso é direito fundamental garantido na Constituição e que é importante que a sociedade esteja vigilante sobre essa questão.
Tenho certeza de que não estou falando de coisas novas a você, e aí a questão é você não se deixar driblar por pegadinhas do seu raciocínio natural. Pense em questões constitucionais, pense em programas políticos cumpridos ou apenas prometidos, seja específica. E aí conseguirá desenvolver a questão argumentativa.
Apesar de eu ver os erros de norma culta constatados pelo amigo Daniel, vendo o edital eu posso garantir que o cenário perigoso para você está na argumentação, e portanto é imprescindível que você ative a sua mente para pensar fora da caixa. Ativá-la vai depender de muitas leituras e muita atenção aos funções paragrafais que você pode cumprir se dominar as estratégias de dissertação que eu apresentei resumidamente e que posso, é claro, explicá-las com mais detalhes se você quiser.
See lessSoluções para a pobreza menstrual no Brasil.
Mr.Crozma
Tamara, se você ou qualquer outra pessoa que leia esta minha correção quiser ter aulas particulares comigo, sintam-se à vontade para me chamar na DM. A propósito, você está certa em querer orientação única e o seu parâmetro de fiscalização de qualquer correção minha ou de indicações que você receberLeia mais
Tamara, se você ou qualquer outra pessoa que leia esta minha correção quiser ter aulas particulares comigo, sintam-se à vontade para me chamar na DM. A propósito, você está certa em querer orientação única e o seu parâmetro de fiscalização de qualquer correção minha ou de indicações que você receber está no manual dos corretores, que eu sempre peço para que leiam como forma de segurança contra o que eu ou qualquer corretor avaliar durante as correções.
https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/enem/outros-documentos
Abaixo, elenco os tópicos que considero pertinentes após analisar a sua redação:
1 – 214 palavras (baixa produtividade). 2 – Norma culta. 3 – Nota
1. Esse é um número de palavras que pode revelar dificuldade na produção do texto. Quando alio esse número a informações muito específicas sobre o tema, como os dados estatísticos, suspeito que você precise de mais arcabouço argumentativo para encarar uma prova sem consulta. Aliás, contar com dados estatísticos para um tema desconhecido pode ser um problemaço que você está arranjando para si, principalmente se conta com textos de apoio para obtê-los.
Para coletar mais argumentos, a gente lê mais, discute mais, raciocina mais. É preciso que você se coloque em meios de discussão sobre os temas do Enem. Pode ser em leitura de jornais, leitura de autores acadêmicos (significa entrar em contato com os escritos de um filósofo, um sociólogo), leitura de opiniões políticas (que pensem, é claro, em questões sociais – inclusive esse tema da pobreza menstrual tem muita disputa política a ser feita), além das leituras de obras artísticas (filmes e séries críticas, que te coloquem a refletir sobre temas sociais).
Tudo isso para contribuir com a tua formação de opinião, que é o vai oferecer a ti solidez argumentativa. Convicção com repertório!
Uma maneira de aproveitar Janeiro é eleger quais jornais vai acompanhar durante o ano, quais autores de ideias técnicas vai querer conhecer melhor (Bauman me ajudou muito na minha época), e aí você pode também eleger quais livros te inspiram na escrita (meu professor dizia que ninguém aprende a escrever sem ler Memórias Póstumas de Brás Cubas). Ahh, além de escolher quais filmes ou séries reflexivos tem que ver para ampliar o seu repertório (Don’t Look Up, por exemplo).
Tudo isso para incutir em você uma maior produtividade, que é esse elemento que está faltando na sua argumentação. Você precisa aproveitar todos os espaços para fechar brechas argumentativas. Como leitor, vou me colocar no lugar da pessoa insensível à vulnerabilidade e perguntar: “qual é o problema de essas pessoas se sentirem vulneráveis?”, e aí você vai ter que me trazer uma resposta, porque eu não sei se você sabe qual é o problema da baixa autoestima. Essa resposta pode ser uma combinação de consequências com exemplos, ou com comparações. Tudo o que você tem que fazer aqui é demonstrar domínio sobre está falando, de modo a persuadir o leitor. Se houver espaço, aproveite-o para exibir técnicas de argumentação.
2. Abaixo, todos os erros de norma culta que encontrei:
No documentário “absorvendo o tabu”(1) que se passa em uma cidade da Índia, retrata(2) a vida das mulheres que sofrem negligências pelo fato de menstruarem. Essa situação não é diferente no Brasil, uma vez que a falta de recursos financeiros traz a consequência da evasão escolar(3) que são(4) um dos pilares desse problema.
1 – Faltou uma vírgula separando a oração explicativa.
2 – Se eu perguntar “quem retrata”, a resposta não pode ser “no documentário” porque não existe sujeito preposicionado. O sujeito é intolerante a preposições. Então, só podemos ter duas formas aqui: “No documentário… retrata-se” ou “O documentário retrata”.
3 – Mesmo problema da observação “1”. Dê uma lida sobre orações explicativas e restritivas.
4 – Erro de concordância. Qual é* um dos pilares desse problema? A evasão escolar. Eu não sei bem se usaria essa palavra “pilar” não. Pilar é base. A evasão é a base ou é a consequência da pobreza menstrual? Isso pode ter confundido aqui.
Em primeiro plano, é imprescindível salientar como a falta dos recursos financeiros é um fator que acarreta(1) a vida de milhões de brasileiras. Segundo o Estadão –(2) A(3) pobreza menstrual afeta 26% das mulheres em nosso país. Ou seja(4), elas não possuem condições de comprar sequer um absorvente para (5) sua higiene. Sendo assim, criam(6) nas mesmas uma grande sensação de vulnerabilidade.
1 – Não use “acarretar” como sinônimo de “atrapalhar”. Ele é sinônimo de “gerar”. Pode “gerar” coisas boas também.
2 – Não entendi por que usou o meio-traço aqui. Era vírgula.
3 – Mesmo que fosse o meio-traço, não seria uma frase nova, motivo pelo qual não cabe a letra maiúscula aqui.
4 – Não inicie frases com o “ou seja”. Ele é uma continuação explicativa de uma ideia da mesma frase. Veja: toda frase precisa ser compreensível por si só. É como se eu iniciasse uma conversa a partir dela. Então, para a outra pessoa me responder, ela precisa entender toda a frase. Imagine-se iniciando uma conversa de elevador com um “ou seja”. Pois é.
5 – Por capricho, recomendo sempre colocar os artigos. A leitura fica mais agradável, apesar de não darmos tanta atenção às vogais na fala.
6 – Quem “criam”? Lembra que a frase tem que fazer sentido por si só? Não posso presumir qual é o sujeito. Nesse caso, especificamente, omitir o sujeito foi um péssimo negócio, porque parece que o sujeito era “pobreza menstrual”, e aí houve falha de concordância.
Em segundo plano, a evasão escolar vem como consequência da falta desses recursos. Com isso, pelo fato de terem passado por alguma situação constrangedora por conta de sua menstruação, muitas pensam em largar os estudos, já que sabem que isso pode se repetir e(1) de todas as maneiras(2) não terem(3) condições de suprimir esses custos mensalmente.(4)
1 e 2 – Faltaram vírgulas nesse trecho circunstancial (adjunto adverbial de modo) com 03 ou mais palavras deslocado.
3 – Acho que você quis dizer “teriam” aqui.
4 – Tome cuidado com frases gigantes. Elas não descontam pontos diretamente se feitas raramente, como no caso desta redação, mas frases gigantes demandam construções complicadas, que vão trazer, invariavelmente, problema de pontuação e concordância.
Nesse viés, deve-se procurar soluções para tentar diminuir essa barreira. O Ministério da Saúde deve(1) exigir políticas públicas para que essas mulheres tenham a dignidade menstrual;(2) por meio da distribuição de kits que tenham itens básicos de sua higiene e que promovam bem-estar a todas.
1 – Repetição de palavra.
2 – Fazer. Ministério age.
3 – Ponto-e-vírgula sem justificativa.
3. Notas:
C1: 160/120
Seus erros não atrapalham a leitura, mas eles aparecem numa proporção alta quando comparo com a quantidade de palavras, então eu não me surpreenderia se um corretor oficial desse 120 aqui, apesar de eu achar mais justo o 160.
C2: 160/120
Esta nota fica prejudicada quando o aluno faz leituras direcionadas já depois de saber qual é o tema. Eu poderia considerar todas as leituras direcionadas como leituras baseadas em textos de apoio, e aí a nota máxima seria 120. Vou considerar o repertório do documentário como o repertório original do seu treino, e aí a nota seria 160 porque o filme é legitimador e pertinente ao tema, mas faltou a produtividade, uma associação à discussão. Não pode a citação do filme ficar perdida na introdução, ok? Retome-a, nem que seja superficialmente na proposta.
C3: 160
Apesar ter muito a melhorar na produtividade, seu texto traz informações e conhecimento o suficiente para garantir que você desenvolveu a maioria das ideias que trouxe para o debate. O caminho aqui é longo para o 200 e não deve te preocupar tanto quanto manter esse nível de escrita sem leituras direcionadas.
C4: 160/120
A pouca produtividade do texto deixa o corretor numa situação bem complicada quando tem que avaliar critérios pela presença ou pela falta de alguns elementos. Considero o seu repertório coesivo bom, mas ele é muito menor do que o repertório que justificaria os 200, então não me surpreenderia se recebesse 120 aqui também. Você tá numa linha muito complicada de avaliação por escrever pouco.
C5: 120
Sua proposta contém agente, ação e efeito. Farei um adendo abaixo sobre isso.
4. A proposta de intervenção precisa vir muito bem organizada. Agente. Ação. Meio/Modo. Efeito. Detalhamento.
A complicação da sua proposta começa quando a ação vem no genérico “deve exigir* políticas públicas”. A ação não pode ser genérica. Ela é concreta, ela afeta. O que afeta, da sua proposta, é a distribuição de kits. Considerei, então, como ação, aquela frase iniciada pelo “por meio de”.
Como modo/meio, você poderia sugerir que a distribuição deveria mensal, semanal, de acordo com a validade dos produtos, enfim, esse modo de distribuição pode sempre passar pelo período. Há outras formas. Você partir para uma distribuição que devesse ser garantida por meio da lei, ou poderia falar de em quais locais essa distribuição poderia ocorrer, sempre nessa pegada que se relacione com a discussão dos seus argumentos. Se você trouxe que o problema era dificuldade legal, seria obrigada a trazer a discussão do procedimento legal, por exemplo.
Considerei como finalidade o “garantir dignidade às mulheres”, mas veja o malabarismo que tive que fazer para atribuir o máximo de pontos a ti. O efeito tem que vir depois da ação, e não antes.
Já o detalhamento poderia algo explicitamente colocado como efeito do efeito, poderia ser uma explicação do porquê de o Ministério da Saúde ser o encarregado da ação, ou de exemplos de quais marcas deveriam ser distribuídas. É bem tranquilo fazer o detalhamento, especialmente se você conhece as suas possibilidades a partir do manual dos corretores, que eu recomendo enfaticamente que todos os candidatos leiam, você em especial!
Quero dizer que você escreve bem e não tem por que se desesperar. Ao longo do ano ajustará todos os erros cometidos nesta redação daqui.
Um bom ano de estudos para ti!
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Mr.Crozma
1 - 448 palavras. 2 - Ousadia ou humildade? 3 - Vícios de linguagem: expressões ultrapassadas e autoritárias. 1. Uma boa redação consegue nota mil com cerca de 350 palavras. Se você gasta 100 palavras a mais, isso significa tempo de prova e desgaste mental, duas coisas que, combinadas, atrapalham baLeia mais
1 – 448 palavras. 2 – Ousadia ou humildade? 3 – Vícios de linguagem: expressões ultrapassadas e autoritárias.
1. Uma boa redação consegue nota mil com cerca de 350 palavras. Se você gasta 100 palavras a mais, isso significa tempo de prova e desgaste mental, duas coisas que, combinadas, atrapalham bastante qualquer rendimento na parte objetiva. Sua meta deverá ser reduzir o número de palavras sem perder de vista o cumprimento das funções textuais que a dissertação pede.
2. Se é do Enem que estamos falando, ousadia tanto não é o que o corretor quer que modelos copiados da internet conseguem notas altas. Outros vestibulares valorizam, sim, a originalidade, a escrita solta, mas não é o caso para o Enem, que, inclusive, oferece um manual de correção, dando todo o caminho para se padronizarem as redações, que é o que está acontecendo para o boom de redações modeladas que você poderá ler por aqui. Adequar-se a uma escrita mais resguardada é uma estratégia importante no Enem. Em outras palavras, quem gosta de escrever deve, por coerência, odiar a redação Enem. Leia sempre os manuais de correção, que podem ser encontrados aqui: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/enem/outros-documentos
3. Abandonar os vícios de linguagem adquiridos no período da faculdade é recomendável.
As expressões “enfim” e “ou seja”, por exemplo, são abomináveis numa dissertação-argumentativa. A primeira porque você transmite ao leitor uma ideia de cansaço: você mesmo cansou do que escreveu, por que não o leitor não deve se sentir cansado? E, se cansou, não deveria ter sido mais sucinto? Bom, a segunda passa uma ideia ainda pior: se você precisa de um “ou seja”, você deve concordar que a frase anterior não foi bem explicada, a ponto de você precisar repetir a ideia. Mais: se o corretor entendeu aquela ideia, soa como se o leitor fosse burro a ponto de precisar de duas explicações. Em suma, você não tem rigorosamente nada a ganhar o “ou seja”
Expressões retóricas também não merecem qualquer lugar aqui. “Realmente”, “sem dúvidas”, “de fato”… Essas e outras palavras te dispensam de provar aquilo que você disse, o que é sempre problemático quando se trata de uma argumentação, ainda mais quando você não for trazer fatos facilmente verificáveis na vida real. Você não pode dizer que “sem dúvidas” o seu argumento é o que define os rumos daquele debate. Se eu discordo de você sobre a sensação de impunidade, por exemplo, aquela passagem chama a minha atenção e ganha um peso que não teria se a escrita se abstivesse da retórica.
É importante lembrar que o Enem é um debate público e nacional, sempre haverá opiniões divergentes que precisam ser respeitadas no nosso discurso.
Acho que esses avanços já estariam de bom tamanho para a próxima redação. Bons estudos, Daniel!
See lessA desigualdade de gênero no mercado de trabalho
Mr.Crozma
1 - A importância de revisar. 2 - É preciso estudar pontuação. 3 - Atente-se para o uso dos conectivos corretos. 4 - Leia sobre o assunto. 1. Eu vou me abster de apontar todos os erros porque é extremamente cansativo, além de especialmente frustrante quando o erro vem da falta de cuidado na hora deLeia mais
1 – A importância de revisar. 2 – É preciso estudar pontuação. 3 – Atente-se para o uso dos conectivos corretos. 4 – Leia sobre o assunto.
1. Eu vou me abster de apontar todos os erros porque é extremamente cansativo, além de especialmente frustrante quando o erro vem da falta de cuidado na hora de enviar o texto para a correção. Essa falta de cuidado é nítida quando o “em primeiro plano” aparece no terceiro parágrafo, sem contar os vários pequenos erros de grafia que não parecem ser do seu desconhecimento, motivo pelo qual todos os outros erros de norma culta restam prejudicados para a avaliação. Como vou saber se você está errando de fato ou se simplesmente colocou aquela vírgula ali por distração?
A revisão é fundamental para nós que vamos corrigir, seja para entender em que nível você está, seja para poupar tempo. A revisão é um hábito que você deve construir para você também, pois é normal cometer erros bobos de primeira viagem, e uma releitura mais concentrada no sentido do seu texto certamente evitará frustrações por erros que você saberia consertar. Como exemplo da quantidade de erros, deixo o primeiro parágrafo:
“No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho”. De maneira análoga,(1) ao trecho do poema de Carlos Drummond De Andrade, pode-se estabelecer uma relação metafórica entre as “Pedras(2) no caminho” e os desafios a(3) desigualdade de gênero no mercado de trabalho(4) que(5) não distante do poema(6) ocorre diariamente no Brasil(7) uma vez que(8),(9) esse entrave precisa ser retirado do âmbito social. Tal empecilho,(10) decorre da falte(11) de oportunidades para mulheres e de estrutura governamental para eliminar as mazelas trazidas pelo impasse.
1 – Vírgula indevida.
2 – Por que maiúscula? Aspas não são pontuações.
3 – Comeu letra e seria considerado falta grave no Enem.
4, 5, 6 e 7 – Faltaram vírgulas.
8 – Operador argumentativo “uma vez que” errado.
9 – Vírgula indevida.
10 – Idem.
11 – Grafia errada.
Só neste primeiro parágrafo já dá pra imaginar uma nota 120 na C1.
2. Mesmo que haja erros de digitação, eles não justificam tanto erro de pontuação. Cada vírgula conta como um desvio de norma culta no Enem, e essa matéria precisará de um estudo concentrado se você quiser tirar notas melhores na C1. Pontuação é uma matéria difícil de entender porque suas regras envolvem o conhecimento de outras matérias, então se prepare para ter um bom material, quem sabe um bom caderno vindo das aulas que tiver no ano. Sugiro que leia sempre textos formais e não tenha receio e parar e pesquisar toda vez que se sentir em dúvida. Vírgula é um trabalho de longo prazo que você tem tempo para aprender.
3. É muito ruim perder ponto na C4. O Enem não tolera o uso de conectivos com sentido reverso. Foi isso o que aconteceu no “uma vez que” do primeiro parágrafo. Naquela situação, “retirar o entrave” seria uma conclusão/consequência desejada para o problema da “pedra no caminho”. O “uma vez que”, porém, apresenta causa, e não conclusão. Esse erro proíbe que você tire mais de 160 na C4, e se eles se repetirem o suficiente, a nota 120 pode aparecer aqui, nessa que é a competência mais fácil de gabaritar. Tome muito cuidado com o uso dos seus conectivos.
4. Vejo que teve problemas em formular argumentos para a defesa da sua ideia. Considere aproveitar que o ano está só começando para ler mais, formar mais opiniões. Você não precisa iniciar o seu ano de estudos já tendo uma perfeita compreensão da desigualdade no mercado de trabalho, então abuse do seu tempo para ganhar repertórios concretos, até pra sua vida como cidadã mesmo. O Estado não vai ser a resposta pra tudo, e nem tudo que está errado é crime. Acompanhe os debates nas redes sociais, leia livros, tenha uma formação de opinião conforme bate o seu coração, de acordo com as lutas que você quer travar. Com o devido cuidado, escrever sobre esse tema passará a ser algo agradável para você.
Eram essas as considerações mais importantes que eu tinha para lhe oferecer, e espero que você tenha um ótimo ano de estudos!
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Mr.Crozma
Dei uma lida superficial sobre como é avaliada a prova da UFSC para vir aqui. Antes de sugerir uma nota, deixarei algumas sugestões que você deve filtrar com base no que professores que conhecem a prova te ensinaram, até porque você não parece ter aprendido a escrever ontem. Parabéns pelo texto, jáLeia mais
Dei uma lida superficial sobre como é avaliada a prova da UFSC para vir aqui. Antes de sugerir uma nota, deixarei algumas sugestões que você deve filtrar com base no que professores que conhecem a prova te ensinaram, até porque você não parece ter aprendido a escrever ontem. Parabéns pelo texto, já de antemão.
Frases longas costumam ser um problema. A uma, pelo número de erros que potencializam, já que criam situações textuais complexas de resolver. A duas, porque tornam a leitura cansativa, para o escritor e para o leitor, criando desatenção. A três, porque te colocam num looping de raciocínio do qual se pode não ser tão fácil de sair produtivamente. O ideal, então, é sempre escrever frases mais curtas, contendo uma ou duas ideias, para tornar o tornar mais dinâmico e menos problemático.
Aprendi que a introdução tem algumas funções a cumprir. Uma delas é a de indicar, de dar as bases do que será escrito, de forma a não causar surpresas no leitor e de forma a possibilitar que você mesma “puxe” essas bases para construir os argumentos. É como se o texto, têxtil, fosse um tecido a ser costurado, com linhas que você deixaria soltas para pegar o gancho no desenvolvimento. Se o cerne da sua escrita argumentativa está no desenvolvimento, talvez à introdução coubesse um certo suspense, de modo que não me faz sentido ler operadores de argumentação (visto que, uma vez que…) já no primeiro parágrafo. Inclusive por isso é que as introduções costumam ter 50, 60 palavras; a sua tem 115. Bom, se os seus professores assim a ensinaram, rendo-me a eles, mas deixarei essa sugestão conforme as funções da introdução: apresentar o tema, apresentar a tese e deixar “fios soltos”. Todo o resto argumentativo eu gostava de colocar no desenvolvimento, até para organizar melhor as ideias e não deixá-las incompletas na correria introdutória.
Um outro ponto que a gente vê bastante no Enem é a ideia de tópico frasal como sendo uma frase curta, objetiva e simples que vai trazer o resumo daquele argumento a ser desenvolvido. Quando você escreve uma frase com 55 palavras, ela perde a ideia de resumo e ganha contornos argumentativos que podem bagunçar o leitor. Você, como leitora, terá momentos na vida em que não entenderá o que um parágrafo quis dizer, daí a recomendação que você tem que seguir é voltar ao tópico frasal para entender o centro da discussão e, se necessário, voltar à tese daquele texto. Por isso é importante ter esses locais-chaves do texto para o leitor, inclusive para o leitor cansado.
Compreender a importância dos “fios soltos” Tópico Frasal pode ajudá-la a construir um segundo parágrafo que não seja expositivo. Você precisa de dois argumentos e conseguir enxergá-los em cada parágrafo do desenvolvimento vai ajudar o corretor também. Seu segundo parágrafo soa como uma continuação do primeiro, quando, em verdade, já deveria estar argumentando sobre a sua tese de que o custo da fama é alto. Percebe que só ao final daquele 2º parágrafo o texto vai falar de algum custo (a baixa autoestima)?
Por fim, uma última questão em que eu gostaria de te ver pensando era a não surpresa na conclusão. O texto argumentativo tem na conclusão o momento de maior concordância que o leitor deve ter. Ali ele lerá ideias que poderia concluir sozinho a partir dos seus argumentos. Então não é recomendável introduzir um conceito novo, que fará o leitor refletir mais uma vez, quando na verdade ele já queria estar fechando a opinião sobre o que foi dito no texto. E aí, se ele tem perguntas a fazer, o texto não tem mais espaço para responder. Fica por isso mesmo? Hm, pode ser difícil não conseguir colocar todas as suas ideias num texto, mas essa é uma prova com limite de linhas, e o teste é justamente sobre a sua capacidade de selecionar quais são as ideias mais persuasivas que você pode apresentar e desenvolver. Ideias novas na conclusão podem gerar a suspeita que o candidato só lembrou delas lá no fim do texto, e que começou o texto sem saber como iria terminá-lo. Um perigo, pois, para a ideia de projeto de texto.
Esses e outros ajustes, porém, não tiram deste texto a boa nota que ele merece.
Na norma culta, encontrei alguns erros que eu imagino serem consertados pela redução de palavras por frase. Atribuiria nota 2, de 2,5.
Na adequação à proposta temática, darei 2,5. Você abordou satisfatoriamente o problema proposto.
Na coerência e na coesão também não vi problemas, com alguns deslizes que eu não como são pontuados na UFSC, então atribuo 2,5.
Na argumentação é que vi problemas maiores de organização dissertativa, especialmente no segundo parágrafo, em que não vejo grandes explicações sobre o problema da autoestima, qual a sua relevância ou qual a sua relação com a fama, além do que já expliquei anteriormente sobre surpresas. 1,5.
Com isso, a minha nota ficaria 8,5. Já que notas não são tão importantes quanto resolver os problemas de organização textual, estou aberto a quaisquer dúvidas.
See lessAbraço e bons estudos!
Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil
Mr.Crozma
Dehalss, O Enem tem um critério muito estranho sobre fuga ao tema. "Basta mencionar as palavras-chave", diz o manual. Vi uma vez, por aqui, uma redação que não sabia o que era o estigma e o tratava como algo bom na tese, daí partiu para os argumentos genéricos clássicos de negligência estatal e alguLeia mais
Dehalss,
O Enem tem um critério muito estranho sobre fuga ao tema. “Basta mencionar as palavras-chave”, diz o manual.
Vi uma vez, por aqui, uma redação que não sabia o que era o estigma e o tratava como algo bom na tese, daí partiu para os argumentos genéricos clássicos de negligência estatal e alguma outra coisa. Cravei tangência e disse que ela tiraria menos de 500. O Enem deu 720 e um amigo da menina ainda foi na correção dizer que não era fuga parcial ao tema kkkkk.
Eu não posso cravar qual vai ser a sua nota, e pelo menos aqui você cita o registro civil como algo importante de se ter, mas houve tangência ao tema quando não demonstrou entender o que era a invisibilidade por falta de registro. O tema não era apenas “acesso à cidadania”, e fica muito clara a negligência a essa parte da frase-tema quando da hora da proposta de intervenção, em que você sequer cita a palavra “não registrados” no meio dos refugiados, dos presidiários e dos sem-teto.
Enfim, darei duas notas: uma considerando a possível tangência; outra descartando essa possibilidade, porque o critério de tangência, pro Enem, ainda é problemático.
C1: 160
Alguns erros de vírgula e crase se destacam, mas ainda pesa a demonstração de domínio dos recursos linguísticos, com nenhuma afetação desses erros na compreensão da leitura.
C2: 40
C3: 40
C4: 200
C5: 40
É tão mais fácil corrigir fuga ao tema que eu nem imagino algum corretor não atribuindo fuga a um texto que dá a oportunidade, mas vamos à esperança no “basta citar todos os elementos”:
C1 e C4 teriam as mesmas notas,
C2: 200 (porque a pertinência só precisa estar vinculada a um dos elementos do tema; e porque o uso produtivo pode estar vinculado à discussão de forma pontual)
C3: 120 (projeto de texto com algumas falhas, já que
1. não ficou provada a relação dos europeus com o seu argumento 1;
2. não há como saber do texto como funciona a negligência do Estado para com os não registrados;
3. casas de apoio não ajudariam os não registrados de maneira alguma e não estariam atreladas aos seus argumentos, que chegam a falar em “falhas legislativas”, sugerindo, então, uma proposta para o âmbito do Poder Legislativo;
4. no primeiro parágrafo, não fica claro se o texto sugere uma analogia meramente teórica com o Estado Nazista sobre essa questão, o que seria um equívoco;
Dentre outros deslizes.
C5: 160/200
Muito difícil afirmar que há detalhamento, apesar de o corretor poder apontar a “coerência com a Carta Magna” como efeito do efeito. Para o 160, eu consideraria que a efetuação do direito é o mesmo que tornar constitucional a atuação do Estado sobre aquela questão.
É difícil, mas como eu já vi no último Enem, vai que aparece um 880 pra alegrar a sua vida? Mas aí tu comemora como “ufa”, tá? Kkkkk
Boa sorte!!!
See lessInvisibilidade e registro civil: garantia do acesso à cidadania no Brasil
Mr.Crozma
Olá, Thais. Estou aqui limpando as redações antigas sem correção e a sua a última. Como parece ter sido a do seu Enem, deixo aqui a minha aposta de nota: C1: 200/160 (o corretor pode encucar com aqueles parênteses substituindo as vírgulas que você não quis colocar, provavelmente porque encheria de vLeia mais
Olá, Thais. Estou aqui limpando as redações antigas sem correção e a sua a última. Como parece ter sido a do seu Enem, deixo aqui a minha aposta de nota:
C1: 200/160 (o corretor pode encucar com aqueles parênteses substituindo as vírgulas que você não quis colocar, provavelmente porque encheria de vírgulas a frase; além desses parênteses, há um desvio em “o privando”, que tem duas regras exigindo ênclise, pela vírgula e por ser gerúndio. Fora esses possíveis desvios, excelente padrão de escrita que deveria fazer o corretor dispensar a punição).
C2: 200.
C3: 160/200 (geralmente o Enem dá 200 aqui, mas há um problema quando o primeiro argumento traz causa e o segundo traz consequência: ambos falarão de uma mesma ideia. Daí o que se tem é o risco de repetição argumentativa – ora, população ter assistência do Estado não é o mesmo que o Estado não estar assistindo? Por isso me incomoda dizer que foi estratégico, mas muitos fazem assim e eu imagino que vários recebam 200 com essa estrutura que passa desapercebida na correria dos corretores).
C4: 200. Não sei se foi sorte, mas o “a priori” só não desconta ponto aqui porque precedeu uma frase realmente apriorística.
C5: 200.
Eu particularmente daria 960, mas vejo possíveis tanto o mil quanto o 920, sem demagogia alguma. Qualquer nota fora disso seria um absurdo. Boa sorte!
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