Cultura do cancelamento no meio virtual brasileiro

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Na era da ”modernidade líquida” inserida dentro do contexto da Revolução Técnico-Científico-Informacional a internet ao mesmo tempo que possibilitou a inclusão possibilitou também a segregação.

Deveras, por trás de uma tela de um ”smartphone”, notebook ou qualquer que seja a plataforma, assim que uma ”hashtag” é levantada uma turba segue em rápido tempo proferindo palavras de ódio, o que é bem característico do que pode também ser chamado de ”linchamento virtual” . Enfim, a problemática é real, mas sem dúvida há o que a potencializa: a sensação de impunidade e as ”fake news”.

A sensação de impunidade decorre do fato de que é apenas uma mudança de meio, ou seja, não é diferente do que ocorreria na rua: uma turba faria a ”justiça” e uma pessoa seria o alvo. O resultado seria impunidade para a maioria, já que não seria possível uma eventual prisão, em vista do grande número. Enfim, por trás de uma tela a sensação é ainda maior. Para piorar, as punições do código penal no que se refere a crimes virtuais ainda são ínfimas e isso mesmo depois da ”revisão” feita com o caso ”Carolina Dieckmann” em 2012. É preciso salientar ainda que mesmo que não haja uso de palavras de ódio (crime) apoiar a barbárie está de qualquer forma em não consonância com a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948.

Já as ”fake news” por sua vez correspondem aos dados falsos repassados principalmente por ”Whatssap”’. Assim, o próprio fato da velocidade do repasse destes, assim como a falta de ética se ligam ao cancelamento. Mas, é preciso ainda levantar uma ressalva: não é que tenha que haver concordância com todas as opiniões. Aliás, a população brasileira tem usado do mundo virtual como protesto para muitos disparates, entre eles corrupção, xenofobia, racismo, entre outros. Dessarte, o enfoque é na responsabilidade individual tão necessária para tempos onde ”o homem é o lobo do homem”.

Diante dos fatos supracitados, é preciso que haja um código penal mais consistente no que tange aos crimes virtuais (já que palavras de ódio acompanham tal cultura) e isso aliado ao reforço de políticas de proteção de redes como Instagram e Facebook. Isso deve ser feito na forma de maior agilidade de banimento, ou quando de alto grau de severidade, agilidade no rastreamento do endereço eletrônico, o chamado ”Ip”. Também é necessário que com os investimentos federais na educação, do ensino básico ao médio, se tenha mais acesso a palestras que ensinem sobre segurança digital com fins de formação ética e cidadã. Enfim, a problemática no Brasil ainda é persistente, contudo faz parte do lado negativo do mundo virtual, assim a forma de combatê-la é justamente se utilizar do lado positivo: informação.

 

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2 Correções

  1. 1 – 448 palavras. 2 – Ousadia ou humildade? 3 – Vícios de linguagem: expressões ultrapassadas e autoritárias.

    1. Uma boa redação consegue nota mil com cerca de 350 palavras. Se você gasta 100 palavras a mais, isso significa tempo de prova e desgaste mental, duas coisas que, combinadas, atrapalham bastante qualquer rendimento na parte objetiva. Sua meta deverá ser reduzir o número de palavras sem perder de vista o cumprimento das funções textuais que a dissertação pede.

    2. Se é do Enem que estamos falando, ousadia tanto não é o que o corretor quer que modelos copiados da internet conseguem notas altas. Outros vestibulares valorizam, sim, a originalidade, a escrita solta, mas não é o caso para o Enem, que, inclusive, oferece um manual de correção, dando todo o caminho para se padronizarem as redações, que é o que está acontecendo para o boom de redações modeladas que você poderá ler por aqui. Adequar-se a uma escrita mais resguardada é uma estratégia importante no Enem. Em outras palavras, quem gosta de escrever deve, por coerência, odiar a redação Enem. Leia sempre os manuais de correção, que podem ser encontrados aqui: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/enem/outros-documentos

    3. Abandonar os vícios de linguagem adquiridos no período da faculdade é recomendável.

    As expressões “enfim” e “ou seja”, por exemplo, são abomináveis numa dissertação-argumentativa. A primeira porque você transmite ao leitor uma ideia de cansaço: você mesmo cansou do que escreveu, por que não o leitor não deve se sentir cansado? E, se cansou, não deveria ter sido mais sucinto? Bom, a segunda passa uma ideia ainda pior: se você precisa de um “ou seja”, você deve concordar que a frase anterior não foi bem explicada, a ponto de você precisar repetir a ideia. Mais: se o corretor entendeu aquela ideia, soa como se o leitor fosse burro a ponto de precisar de duas explicações. Em suma, você não tem rigorosamente nada a ganhar o “ou seja”

    Expressões retóricas também não merecem qualquer lugar aqui. “Realmente”, “sem dúvidas”, “de fato”… Essas e outras palavras te dispensam de provar aquilo que você disse, o que é sempre problemático quando se trata de uma argumentação, ainda mais quando você não for trazer fatos facilmente verificáveis na vida real. Você não pode dizer que “sem dúvidas” o seu argumento é o que define os rumos daquele debate. Se eu discordo de você sobre a sensação de impunidade, por exemplo, aquela passagem chama a minha atenção e ganha um peso que não teria se a escrita se abstivesse da retórica.

    É importante lembrar que o Enem é um debate público e nacional, sempre haverá opiniões divergentes que precisam ser respeitadas no nosso discurso.

    Acho que esses avanços já estariam de bom tamanho para a próxima redação. Bons estudos, Daniel!

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  2. Na era da ”modernidade líquida” inserida dentro do contexto da Revolução Técnico-Científico-Informacional (a internet ao mesmo tempo que possibilitou a inclusão possibilitou também a segregação.)(1)
    (1)essa estrutura ta muito repetitiva, use ” a internet, não somente, possibilitou a inclusão, como também a segregação.” depois desse trecho dava para prolongar com sua tese.
    Sua introdução está muito curta, era para você desenvolver pelo menos mais um período.

    (1)Deveras, por trás de uma tela de um ”smartphone”(3), notebook(3) ou qualquer que seja a plataforma, assim que uma ”hashtag” é levantada uma turba segue(2) em rápido tempo proferindo palavras de ódio, o que é bem característico do que pode também ser chamado de ”linchamento virtual” . Enfim, a problemática é real, mas sem dúvida há o que a potencializa: a sensação de impunidade e as ”fake news”.

    Você tentou usar palavras muito rebuscadas(1), mas ta cheio de erro de pontuação(2)
    (3) regra para aspas

    A sensação de impunidade decorre do fato de que é apenas uma mudança de meio, ou seja, não é diferente do que ocorreria na rua: uma turba(1) faria a ”justiça” e uma pessoa seria o alvo. O resultado seria impunidade para a maioria, já que não seria possível uma eventual prisão, em vista do grande número. Enfim, por trás de uma tela a sensação é ainda maior. Para piorar, as punições do código penal no que se refere a crimes virtuais ainda são ínfimas e isso mesmo depois da ”revisão” feita com o caso ”Carolina Dieckmann” em 2012. É preciso salientar ainda que mesmo que não haja uso de palavras de ódio (crime) apoiar a barbárie está de qualquer forma em não consonância com a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948.
    (1) use sinônimo

    Eu acho melhor, você ter atenção as coisas mais simples da redação. Não acho que você tá errado você usar palavras que são pouco usadas, acho errado seu uso repetitivo.

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