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Tema: Analfabetismo funcional
Mr.Crozma
De acordo com dados do Inaf, Indicador de Analfabetismo Funcional, três entre cada dez brasileiros possuem limitações para ler, interpretar textos, identificar ironias e fazer operações matemática(1) básica(2) da vida cotidiana. Esse número demonstra que o problema do analfabetismo funcional é existLeia mais
De acordo com dados do Inaf, Indicador de Analfabetismo Funcional, três entre cada dez brasileiros possuem limitações para ler, interpretar textos, identificar ironias e fazer operações matemática(1) básica(2) da vida cotidiana. Esse número demonstra que o problema do analfabetismo funcional é existente na sociedade brasileira. Neste(3) contexto, torna-se evidente que a consolidação deste grave problema se deve à(4) uma base educacional falha e da(5) falta de debate sobre a dificuldade(6).
1 – Concordância;
2 – Concordância;
3 – O correto é “Nesse”, que se refere ao que vem antes;
4 – Crase é junção de preposição + artigo – se tem crase, não pode vir um novo artigo em seguida;
5 – Falta de paralelismo: “se deve à e da”? Uma regência só para o verbo dever;
6 – Evite Ecos – debATE, dificuldADE.
Deve-se pontuar, em primeira análise, que o defeito da base educacional se mostra como um grave empecilho no que tange ao analfabetismo funcional. Segundo as palavras do educador Paulo Freire(1) “A educação não transforma o mundo.(2) A educação muda as pessoas”. Para isto(3) ocorrer, se torna(4) necessário que a base educacional dessas pessoas seja eficiente e consiga chegar(5) na finalidade de transformar as pessoas em cidadãos, capazes de conseguirem(6) compreender seus direitos e assimilarem(7) conceitos básicos de determinado interesse pessoal. No que tange ao analfabetismo funcional(8), é possível perceber que a instituição educacional(9) não tem conseguido cumprir seu papel na solução do problema.
1 – Vírgula;
2 – Aqui seria melhor um ponto-e-vírgula;
3 – “Nesse” novamente;
4 – Após qualquer pontuação, “torna-se”;
5 – O corretor pode considerar Oralidade – use “alcançar”;
6 – Redundância: quem é capaz, necessariamente, consegue;
7 – Falta de paralelismo com o “compreender”;
8 e 9 – Outro Eco: pessoAL, funcionAL, educacionAL.
De acordo com Foucault, alguns temas são silenciados para que as estruturas de poder sejam mantidas. Nesse contexto, percebe-se uma barreira no que se refere ao debate em torno do analfabetismo funcional, que tem sido ocultado. Portanto, na falta de um diálogo massivo e honesto sobre esta(1) dificuldade, sua resolução acaba sendo dificultada(2).
1 – “Essa”;
2 – Repetição de palavra, que necessariamente gera Eco – evite, pode perder ponto em coesão;
Desta(1) maneira, torna-se indispensável a adoção de medidas capazes de assegurar a solução do problema. Para que isso ocorra, o Ministério da Educação deve procurar substituir a maneira que(2) crianças e adolescentes são educadas(3) nas escolas, tendo como base o construtivismo, onde(4) o aluno desenvolve o seu conhecimento por meio da interação no ambiente em que vive, sendo(5) o principal protagonista do exercício da aprendizagem. Desta maneira(6), os alunos poderão se tornar cidadãos e a escola deixará de ser impotente diante do analfabetismo funcional.
1 – “Dessa”;
2 – “A maneira pela qual”, “a maneira com que”;
3 – “Educados” – adolescente é palavra masculina;
4 – “Onde” é para lugar – o correto aqui seria “por meio do qual”, por exemplo;
5 – Não deixe para o leitor a tarefa de deduzir quem é o sujeito do seu verbo: “sendo ELE o…”;
6 – Repetição de conectivo no mesmo parágrafo é ainda mais grave do que repetição de palavra;
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Se eu parasse por aqui, você já teria um monte para consertar de norma culta. Você demonstra ter conhecimento da língua portuguesa e pode almejar os 200 pontos na Competência 1, ainda mais por terem sido raríssimos os erros de Pontuação.
Não deixe de treinar outras formas de Introduzir o tema. Contar com Dados Estatísticos num tema desconhecido é a maior loucura que vocês cometem para a hora da prova. Depender dos dados de textos de apoio é ainda mais perigoso, não só porque podem limitar a sua nota a 120 pontos na Competência 2 – se o seu único repertório sair desses textos -, como também podem te levar a tangenciar o tema, como foi o dado dos 11,5 milhões de depressivos no último exame. Será ótimo, entretanto – apesar de sempre improvável -, caso você conheça um dado pertinente ao tema da prova e caso se lembre dele durante pressão. Eu não recomendo estudar assim, é kamizake.
O terceiro parágrafo deixou bastante a desejar. Não sei por que decidiu falar de Foucault, primeiro, para depois dizer qual era o argumento que você viria a explorar. Além disso, o seu argumento mais fraco deve vir primeiro, para que você consiga atingir a progressão textual no ritmo que o Enem espera. Por fim, se você elenca, no final do primeiro parágrafo, que vai falar de dois argumentos, sem dar a eles diferentes medidas de importância, o corretor espera que você argumente sobre os dois pontos na mesma medida.
Ainda sobre desenvolvimentos, muita gente confunde Repertório com Argumento de Autoridade, sentindo-se nessa obrigação de jogar autores que não sabe e não precisa saber para apresentar um repertório legitimado pelas Áreas de Conhecimento, mas isso é só para quem quer.
Você perderia os 200 pontos na Competência 4 unicamente pelo “onde” que colocou errado: o Enem cobra “zero” inadequações;
A C5 tá ok.
No geral, você parece escrever bem.
Como escreveu com dados, tendo a presumir que escreveu essa redação consultando material externo ou o tendo na cabeça muito fresco. Não recomendo estudar assim – isso pode criar uma falsa sensação de que você está lidando bem com os temas, inclusive o tira do peso de interpretá-los, o que costuma ser ruim, como foi a quem fez o último Enem. Se não foi esse o seu caso, apenas desconsidere.
Bons estudos, se quiser sair dos 800!
See lessHá quem não queira, e tá tudo bem.
A falta de consciência ambiental em questão no Brasil
Mr.Crozma
Nossa, cada um dando uma nota tão diferente... Minha vontade era de dar aulas sobre os critérios de correção a todos vocês, mas o máximo que posso, já que não posso respondê-los diretamente, é dizer que há um manual de correção com linguagem acessível a todos os alunos, disponibilizado no próprio siLeia mais
Nossa, cada um dando uma nota tão diferente… Minha vontade era de dar aulas sobre os critérios de correção a todos vocês, mas o máximo que posso, já que não posso respondê-los diretamente, é dizer que há um manual de correção com linguagem acessível a todos os alunos, disponibilizado no próprio site do INEP (http://inep.gov.br/web/guest/enem-outros-documentos).
Abordo alguns pontos desse manual de corretores no meu blog.
Eu discordo da necessidade de notas nesse seu momento de estudos. Você precisa aprender, conhecer, ler bastante, não se avaliar. Então mantenha o seu foco nos aprendizados, mas, pelas notas tão distintas, vou tentar esclarecer quanto e por que você tiraria as notas a seguir.
C1: 120 (o texto parece ter erros de digitação que prejudicam essa avaliação aqui – contei uns 15 erros de português, que eu vou considerar como “alguns” porque pode haver erros de pura digitação, mas que, se contados todos, um corretor mais severo pode considerar como “muitos erros”, e aí jogaria a sua nota para 80, pois o texto tem poucas palavras e a avalição de “muitos”, “alguns” e “poucos” é medida de forma proporcional à quantidade de palavras no seu texto)
C2: 160/120 (os seus repertórios são pertinentes e legitimados, mas precisam de produtividade para que alcancem os 200 pontos; se tanto o Global Watch quanto o filósofo estiverem nos textos de apoio do seu tema, sua nota máxima aqui será 120 pontos – treine o suficiente para se desapegar, também, de consultas enquanto treina, ok?)
C3: 120 (essa é a nota que tira o texto com projeto que não desenvolve todas ou a maioria das informações: em vários momentos caberia uma explicação do que você apontou e não vimos essas explicações – os “como?”, “pq?”, “qual é a consequência disso?” – que cabiam num texto que só ocupou 22 linhas. O texto tem que se sustentar por si só, o leitor não pode ter a tarefa de completar o seu raciocínio, a ideia tem que “circular”, fechar – então, procure se fazer essas perguntas enquanto lê o texto, até voê adotar a sua estratégia de escrita ideal)
C4: 120 (presença “regular” de elementos coesivos – eu poderia dar “constante” – 160 – se o texto tivesse produzido mais palavras – 220 é pouco perto dos 350, 400 que costumam fazer as notas mais altas)
C5: 200 (Agente: “Governo brasileiro”; Ação: “ampliar programas de combate ao desmatamento”; Modo: “iniciando campanhas com organizações próprias”; Detalhamento do Modo por meio de contextualização: “que terão como competência cuidar desses locais”; Efeito: “alcançará a frase de Richard Rorty” – obs: deu pra entender o seu efeito, mas o que vc quis dizer era “satisfazer a pergunta de Richard Rorty”, ou algo do tipo: vc melhorar bastante esse efeito, que não vai descontar pontos da C5, mas da C3, da C1, da C2, então cuidado aqui)
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Eu fiz isso também porque considero que os colegas precisam ter uma melhor noção dos parâmetros de correção que foram liberados no ano passado.
A nota mais sóbria parece ter sido a da Inavoig, que apenas errou a Competência 5, e eu vou tentar explicar com a ajuda do manual dos corretores, cujo link está no início desse meu texto.
– Você não precisa de dois agentes, isso é lenda (página 13 do manual dos corretores)
– O Agente não é avaliado por “vagueza”, mas por ser ou não ser um agente identificável. Governo brasileiro é agente identificável; “alguém”, “você” não são agentes identificáveis, e por isso são nulos.
– Não são necessárias duas Ações, isso é lenda também (página 10 do mesmo manual)
– A observação dela sobre o “como” é válida, mas no sentido de você deixar bem claro pro corretor que você está indicando um “meio/modo”, caso o leitor esteja distraído.
O manual destaca que o gerúndio pode indicar o modo, o efeito ou o detalhamento (página 21). Então, evite confundi-lo, especialmente em relação a “meio/modo” (para o qual você pode usar um “por meio de”) e a “efeito” (que você fez corretamente com o “assim”), mas esteja certa de que o normal seria o corretor identificar todos os elementos que você colocou.
– Retomar a tese não é avaliação da competência 5, mas da 3, que trata da organização textual. A 5 avalia exclusivamente se o candidato colocou os 5 elementos, mas ela está correta quanto à sua Conclusão, que tem como função natural a retomada da tese, além da outra função que é manter o leitor interessado, ou seja, não desanimar no final, que foi o que aconteceu com o texto na Conclusão. Esses dois aspectos são avaliados nas competências 2 e 3, impedindo que você suba a sua nota para além dos 120.
Muito cedo para você pensar em subir a nota. Pense em construção de raciocínios e repertórios, você deve ser uma ótima aluna para já estar treinando redação para o Enem. Evolua no seu tempo!
See less“o estigma associado ás doenças mentais na sociedade brasileira”(PFVR ME AJUDEM, É A PRIMEIRA VEZ Q FAÇO O ENEM E PRECISO DE CRÍTICAS)
Mr.Crozma
O primeiro passo para evoluir é a humildade, reconhecer que precisa aprender. O segundo é ter noção de que você tem um bom tempo para evoluir; portanto, acalme-se. Sua redação tem 284 palavras, o que precisa ser aumentado se você quiser o máximo de notas máximas possível. A nota do "Aprovado" não teLeia mais
O primeiro passo para evoluir é a humildade, reconhecer que precisa aprender. O segundo é ter noção de que você tem um bom tempo para evoluir; portanto, acalme-se.
Sua redação tem 284 palavras, o que precisa ser aumentado se você quiser o máximo de notas máximas possível.
A nota do “Aprovado” não tem muita referência no manual dos corretores e, de qualquer forma, em um começo de jornada, você não precisa prestar atenção em notas, mas em formas de evolução.
É importante aprender a usar o ponto final. Desconfie quando você escrever duas orações, ou seja, frases com verbos, e não sentir necessidade de usar o ponto final. Esse ponto serve para fechar uma ideia. Quando você não a fecha, você está cometendo o erro de justaposição indevida de períodos, que é uma falha sintática grave. Reforço as palavras do Aprovado pedindo que estude, com muita dedicação, o tema de Pontuação – abaixo colocarei onde estão todos os erros de pontuação que encontrei no seu texto.
Além disso, seu texto faz uso de recursos coesivos, tais como o “visto que”, o “essa”, o “assim”, o “mas”, o gerúndio, o “como”. Então não se pode falar que você ganharia menos de 120 na competência 4, menos ainda em “zero”, como apontou o amigo.
O problema da sua redação é que ela está devendo um tipo específico de recurso coesivo que é chamado de Operador Argumentativo, que são os recursos que servem para dar algum significado à frase. O “como”, por exemplo, passa o significado de que você usará um exemplo, que servirá de fundamentação para o seu argumento. O “mas” serve para você mostrar que a frase seguinte vem com uma ideia contraposição…
Compreendida essa parte, o Enem pede 2 desses Operadores Argumentativos conectando os parágrafos, para justamente que eles não fiquem soltos. É aquele “Portanto” na conclusão, é aquele “Além disso” no 3º parágrafo, o “Em primeira análise” no 2º parágrafo, percebe?
Outra exigência para alcançar a nota máxima na competência 4 é que você tenha muitos recursos coesivos, uns 30, 40! Eu não contei quantos recursos coesivos a sua redação tem, mas me parece que tem uns 10, ou seja, é uma presença “regular” de recursos coesivos, e para conquistar uma presença “expressiva” – que é a exigência do 200 -, você precisará escrever bem mais do que 280 palavras.
Seu próximo passo, depois de estudar vírgulas, será tentar produzir mais palavras no seu texto, sem que isso signifique encher linguiça, porque há muitas informações que você poderia desenvolver no texto, mas isso é assunto para outro momento. Por ora, aconselho que concentre-se nessas duas matérias. Abaixo, todos os erros que encontrei – o que eu não comentar é sobre pontuação colocada indevidamente ou ausente.
A saúde mental tem se tornado, no ponto de vista popular, um tema de baixa importância, visto que,(1) a felicidade e o bem-estar seriam alcançados a partir do acúmulo de bens materiais e prestígio social,(2) erroneamente essa busca constante pela “perfeição” encontrada nas redes sociais,(3) mantém o padrão de que a saúde mental estaria associada(4) comportamentos ostensivos de uma vida social agitada e acúmulo de riqueza, dando(5)(6) assim(7) um papel secundário à terapia e gerando um preconceito com pessoas que sofrem de problemas ou doenças mentais.
4 – A regência de “associar” é “associar a”
5 – “Dando um papel” é oralidade, informalidade.
Para Platão, ”O importante não é viver, mas viver bem”,(1) em uma sociedade(2) a existência de doenças mentais ligadas principalmente ao emocional humano é ocorrente,(3) a negação para com elas ocorre de maneira frequente,(4) essa transgressão de valores desassocia a terapia de seu papel fundamental,(5) tratar do psicológico humano por um especialista(6) e a liga diretamente a uma prática sem importância ou realizada apenas por pessoas com algum grau de “loucura”,(7) sugere-se(8) assim(9) que não se vive bem, mas se ignora a própria sanidade mental.
O preconceito deliberado e as negligências quanto a(1) saúde mental,(2) tornam a população suscetível a doenças graves(3) como a ansiedade e depressão, que colaboram também para o aumento progressivo de suicídios no país. O estigma se funde principalmente por tratar os sintomas das doenças como “frescura”, falta de práticas religiosas, tristeza passageira, características de personalidade, entre outros, normalizando e ressignificando problemas sérios.
1 – Use a crase mesmo que opcional.
Políticas públicas efetivas da secretária(1) da educação(2) juntamente com o governo federal(3) que se liguem a todas as faixas etárias da população, definindo quais as principais doenças e como previni-las(4), resgataria uma sociedade traumatizada e infeliz, trazendo não só benefícios aos brasileiros, mas aos setores econômicos, educacionais, de saúde e ademais(5).
1 – Escreva “Secretaria da Educação” em maiúsculo – acredito que o acento tenha sido involuntário.
2 – Prevenção, prevenir, preveni-las.
5 – Evite qualquer forma de “etc.”
Obs: sobre a proposta, deixe-a bem organizada.
Você não quer que o corretor tenha trabalho identificar todos os elementos que uma proposta deve ter (agente, ação, modo, efeito e detalhamento de qualquer um dos 4 elementos anteriores).
Então, você quer colocar um “É NECESSÁRIO que o agente/ação, por meio de/através de/ de modo que, a fim de/com o ojbetivo de/ para…”, “É IMPORTANTE que o agente…”, “O agente DEVE…”, enfim, cadê o verbo da ação para demonstração que você quer propor uma intervenção?
See lessEscolha a sua maneira preferida de demonstrar a proposta: a parte mais difícil da proposta deve ser pensar na proposta, e não demonstrá-la.
O estigma associado as doenças mentais na sociedade brasileira .
Mr.Crozma
As colocações dos amigos estão todas corretas. Faltou um projeto de texto alinhado com o tema - "estigma" te assustou? Eu achei bem escroto o Enem usar essa palavra, ao invés de "preconceito". Os professores não devem pesar tanto na nota de quem ignorou essa palavra, apesar de uma leitura atenta aoLeia mais
As colocações dos amigos estão todas corretas. Faltou um projeto de texto alinhado com o tema – “estigma” te assustou? Eu achei bem escroto o Enem usar essa palavra, ao invés de “preconceito”. Os professores não devem pesar tanto na nota de quem ignorou essa palavra, apesar de uma leitura atenta ao 2º texto de apoio garantir a compreensão do que o Enem pedia. Vamos ver onde você vai perder ponto.
C1: 120 (apesar da boa estrutura sintática, considero que foram “alguns” desvios, o que puxa a nota para 120)
C2: 120 (repertório não legitimado – Nietzsche não me parece estar ligado aos seus argumentos)
C3: 120 (projeto de texto com algumas falhas – Nietzsche sem produtividade argumentativa, Constituição como uma informação nova no final, argumentos precisando de um reforço técnico, que fosse um exemplo, uma autoridade, um dado, uma exploração de causas…)
C4: 120 (presença regular de conectivos – seu texto tem poucas palavras na parte que é principal para essa avaliação, que é o Desenvolvimento; você pode ganhar 160 aqui se o seu corretor entender que a presença de conectivos é “constante”, eu não acharia nenhum absurdo)
C5: 160 (o que conta para essa competência aqui é a quantidade de elementos que a sua proposta trouxe, não se é a proposta é rasa – porque, quando o corretor acha que está superficial, ele desconta no projeto de texto, não na proposta. Contei Agente, Ação e Efeito. Faltou o Modo, em qualquer uma das suas duas propostas, e Detalhamento de algum desses 4 elementos que você tinha que trazer).
Ao que me parece, você está aqui há pouco tempo. Talvez não quisesse uma avaliação assim, mas com mais sugestões de caminhos de melhora para o próximo Enem. Se for esse o caso, fique à vontade para me chamar; posso ajudar mais do que simplesmente dando nota.
See lessduvida se sai do tema ou não, estigmas associados a doenças mentais no Brasil(enem2020), correção com as competências pfv
Mr.Crozma
A enorme maioria dos candidatos foi driblada pela pegadinha dos textos de apoio, que não centralizavam diretamente as discussões no estigma. Você poderia perder pontos por isso, é fato; quem interpretou corretamente merece mais pontos, mas não serão tantos pontos quanto alguém que, de fato, viaja naLeia mais
A enorme maioria dos candidatos foi driblada pela pegadinha dos textos de apoio, que não centralizavam diretamente as discussões no estigma. Você poderia perder pontos por isso, é fato; quem interpretou corretamente merece mais pontos, mas não serão tantos pontos quanto alguém que, de fato, viaja nas interpretações.
Uma coisa é pegadinha, outra é doideira. A competência 3 avalia a sua capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar. Não acho justo ninguém receber 200 nessa competência se não tocou no preconceito. Seu texto começa se complicando, quando fala em direito constitucional à “saúde”, e não à “felicidade” ou “dignidade”. O combate proposto é ao preconceito, não à depressão, nem seria certo cobrar de vocês propostas de combate a doenças mentais, e acho que você se tocou nisso quando elaborou a proposta – pelo menos a primeira, né?!
C1: 160 (muitas crases ausentes – apesar de a maioria ser opcional, considero obrigação colocar crase nessas situações; mais de dois desvios de concordância, alguns erros de colocação pronominal, duas vírgulas sumidas, uma falha estrutural, um ou dois erros de concordância e um verbo mal conjugado, foi isso que eu contei, nada de tão grave)
C2: 200 (repertório legitimado, pertinente e produtivo; o segundo argumento é desconsiderado aqui)
C3: 120/160 (aqui vai depender da interpretação do seu corretor sobre esses pontos soltos como o artigo 6º, o argumento solto da depressão como rotineira – esse terceiro parágrafo afeta bastante a progressão do texto, inclusive deveriam ter te ensinado que o argumento mais forte vem em terceiro, por organizar um texto estratégico passa pela progressão textual – tá em aberto essa nota aqui/estou quase certo de que você travou quando terminou o segundo parágrafo e foi caçar ideias nos textos de apoio)
C4: 160 (não vi uma presença “expressiva” de recursos coesivos ou raridade nas repetições: teve muito “esse”, “com isso” e repetição da palavra “doença” no terceiro parágrafo – me surpreenderia 200 aqui, mas vai que o corretor passou o dia inteiro lendo redação sem conectivos? Fica até emocionado aqui)
C5: 120 (eu quero estar enganado, mas aqui não encontrei meio nem detalhamento; na minha interpretação: Agentes seriam Ministério da Saúde e escolas; Ação seria “promover campanhas informativas sobre doenças mentais”; e Efeito/Finalidade seria alertar pais, alunos e professores a lidar de maneira correta com quem apresenta os sintomas”)
Talvez caiba 160 na 5 se o corretor considerar o “lidar de maneira correta” como detalhamento da ação. Torcerei para isso, inclusive. Você não merece uma nota menor que 800.
See lessA fluidez
Mr.Crozma
Olá! Você me chamou atenção porque me seguiu. Acredito que tenha gostado de alguma correção minha, e aí peço para deixar uma votação positiva só para eu saber de qual estilo você gostou. Como vi que você está estudando para o próximo Enem, vou corrigir de uma maneira diferente da que estou fazendo cLeia mais
Olá!
Você me chamou atenção porque me seguiu. Acredito que tenha gostado de alguma correção minha, e aí peço para deixar uma votação positiva só para eu saber de qual estilo você gostou. Como vi que você está estudando para o próximo Enem, vou corrigir de uma maneira diferente da que estou fazendo com aqueles que só querem a nota da prova de ontem, ok?
Usei muito meu velhinho Zyg para treinar redação e já te imagino num bom caminho!
Bauman cunhou esse termo para recuar na sua posição sobre Pós-Modernismo. Isso quer dizer que Bauman entendia os tempos líquidos ainda como tempos Modernos, só que essa é uma Modernidade que está se liquefazendo, para se reconstruir em algo que ainda não se sabe o que será.
Símbolos/Instituições da Modernidade permanecem por aí. A igreja, as escolas tradicionais, o Estado, as prisões, o capitalismo. Não podemos falar que o plano Moderno acabou, no pensamento de Bauman. Daqui podemos extrair um monte de discussões que envolvem a saúde mental e eu te incentivo a seguir explorando e lendo, ok?
Eu tô sentindo que o seu problema maior está no desenvolvimento, na busca por argumentos, e aqui é importante ter bem clara a sua tese, porque é ela quem guia a sua argumentação.
Veja, se você pretende defender que o distanciamento potencializa as crises de saúde mental, por que abordar dados de 2017 que, não bastasse isso, estão nos textos de apoio, ou seja, limitam a sua nota a 120 pontos na competência 2? De 120 a 120, o máximo que você conseguirá é um 600. Bauman não merece um 600.
Então, você pode contextualizar o que lê nos textos de apoio e tentar extrair pensamentos como “se em 2017 estava assim, imagina em 2020 com o isolamento pela pandemia?”
Outra questão em que você merece se focar é sobre o desenvolvimento dos seus argumentos. Aqui é questão de método: você tem um método de argumentação? Há vários métodos, um deles – o mais seguro – é o argumento lógico, que é a exploração de causas e consequências. Quando pensar nas pessoas afastadas, você precisa pensar “por quê?”, “em que isso afeta?”. Assim você conseguirá colocar mais palavras no texto e sair dos 120.
Minha explicação ficou superficial e eu não pretendo atropelar seus estudos. Quando chegar o momento de estudar Desenvolvimento, concentre-se muito nas estratégias argumentativas, porque elas alavancarão todas as suas notas das competências 2, 3 e 4.
Minha caixa de mensagens estará aberta a perguntas, sempre.
No mais, você parece ter um bom português e também parece ter uma boa noção do que o Enem pede. Rapidamente se livrará da Redação para focar em outras matérias.
Por ora, é só. Bons estudos, Daiane!
See lessO estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira – ENEM IMPRESSO 2020
Mr.Crozma
Mandanu10, parece estranho, mas novela ali não tem erro de norma culta. C1: 200/160 (contei 3 desvios e 1 falha estrutural, sendo o terceiro aquele "se distanciando" que pedia ênclise - o corretor pode deixar passar, mas ao longo do texto demonstrou saber usar a ênclise, e isso pode pesar negativameLeia mais
Mandanu10, parece estranho, mas novela ali não tem erro de norma culta.
C1: 200/160 (contei 3 desvios e 1 falha estrutural, sendo o terceiro aquele “se distanciando” que pedia ênclise – o corretor pode deixar passar, mas ao longo do texto demonstrou saber usar a ênclise, e isso pode pesar negativamente aqui. Quero crer que é 200 aqui, você escreve muitíssimo bem).
C2: 200 (até me emocionei com o seu repertório)
C3: 160 (senti alguma dificuldade em ver o desenvolvimento completo do argumento da “segregação”; na verdade, ao ler, eu esperava que você separasse o segundo do primeiro argumento, trazendo mais autonomia a esse 3º parágrafo, mas é algo que o corretor pode ignorar, sua redação está realmente amável, pelo menos pra alguém de humanas como eu kkkk)
C4: 200 (tem nem o que falar, aprendeu direitinho)
C5: 200 (constatei todos os elementos tb, só com a observação de que li duas vezes pra garantir que tinha detalhamento; lendo rápido fica tão fluido, tão parecendo continuidade, mas enfim, 200 tb, quase certo).
Eu acho que o Enem dá mil para raríssimos candidatos por questões políticas ou traumáticas quanto a redações que não mereciam a nota, foram parar na mídia e geraram processos judiciais ou, no mínimo, desgaste mental para os corretores.
Mas você está próxima, muito, muito próxima do mil. Excelente redação.
See lessO Combate às infrações de trânsito nas Rodovias Federais Brasileiras
Mr.Crozma
Já comentei com outro rapaz aqui que treinava para a PRF com esse mesmo tema: quando pedirem três propostas, é para falar delas num desenvolvimento e ainda assim ter uma conclusão. Ou seja: 5 parágrafos no mínimo! Texto sem desfecho, já viu? Fora isso, poucos erros de português - "trânsito" com acenLeia mais
Já comentei com outro rapaz aqui que treinava para a PRF com esse mesmo tema: quando pedirem três propostas, é para falar delas num desenvolvimento e ainda assim ter uma conclusão. Ou seja: 5 parágrafos no mínimo! Texto sem desfecho, já viu?
Fora isso, poucos erros de português – “trânsito” com acento, por favor.
Na terceira linha, “agregadoS” – o sujeito é “questionamentos”, correto?
Depois do dois-pontos, letra minúscula.
Estudar vírgulas, hífens e prestar atenção na concordância quando você inverte a frase.
*Ver* se está em condições…
Superficialmente, foi isso que constatei.
See lessO impacto das fake news
Mr.Crozma
O Vitor está correto quando sente falta de conectivos - os tais operadores argumentativos: são eles que dão o ar persuasivo que uma dissertação-argumentativa deve ter. A gente sai do Ensino Médio bastante acostumado a escrever textos dissertativo-expositivos, e talvez seja isso que falta nesse textoLeia mais
O Vitor está correto quando sente falta de conectivos – os tais operadores argumentativos: são eles que dão o ar persuasivo que uma dissertação-argumentativa deve ter.
A gente sai do Ensino Médio bastante acostumado a escrever textos dissertativo-expositivos, e talvez seja isso que falta nesse texto, ou seja, a compreensão de que o objetivo é convencer alguém sobre um posicionamento.
Em termos de correção, ajuda muito pensar o Tópico Frasal, que é o resumo do argumento que você quer apresentar: qual é o centro da sua argumentação sobre o Não Salvo? Qual frase pode resumir a ideia desse parágrafo? Esse resumo é o Tópico Frasal, é o que você planeja desenvolver.
Esses tópicos frasais, se você reparar nas redações da ANGELMUSIC, por exemplo, são adiantados já no primeiro parágrafo. Ao invés de terminar com um “grande problema que não pode ser ignorado”, você dá um spoiler dos seus argumentos, para facilitar o corretor a identificar o que você quis trazer e se há mesmo um projeto de texto. O corretor com um outro humor quando você facilita o trabalho dele na pontuação. Ele está buscando indícios de projeto de texto, dê a ele.
E é a partir dos Tópicos Frasais que você desenvolve, ou seja, que você vê a possibilidade de usar os operadores argumentativos (Isso porque, consequentemente, já que, logo, portanto, por exemplo…).
O Tópico Frasal é uma frase curta, direta, com esse único objetivo de dizer “ó, corretor, a partir eu quero explicar esse argumento aqui”. Imediatamente você sente uma necessidade explicar o tal do TF, por que você o escolheu como o seu argumento para defender a sua posição. Daí que a estrutura de um parágrafo argumentativo no Enem exige: Tópico Frasal + Explicação + Aprofundamento.
Sinceramente, o Tópico Frasal te ajuda também a se organizar melhor, a não se perder. Aquele momento “sobre o que estou escrevendo mesmo?” não deve existir num texto planejado.
É olhando para esses TFs que você pensa a sua proposta intervenção. Ora, se falou o tempo inteiro que o problema é mundial, que a rede é complexa, por que a proposta se limita ao Governo Brasileiro? Fica uma sensação de incoerência quando você traz uma proposta brasileira dizendo que assim evitaremos uma Joana D’Arc. Não é que seu texto esteja incoerente, mas essa falta de conexão entre a proposta e os argumentos limitam a avaliação do projeto de texto: é mesmo “em virtude desses fatos” que o Governo brasileiro deve agir?
Com esse raciocínio, volto ao Desenvolvimento: o aprofundamento tende a desenhar o caminho da proposta (você não acha incoerente dizer que o governo eleito é quem deve cuidar das fakes se um dos argumentos é dizer que o governo eleito se beneficia das fake news?).
E aqui eu não tô fazendo uma crítica à sua proposta em si, mas ao seu projeto de texto, aqui é competência 3, que é bastante influenciada pela competência 4, que é invocada pela competência 2. Desenvolvimento mexe com tudo isso.
Um último detalhe sobre o Desenvolvimento é que o seu argumento mais forte deve vir no parágrafo terceiro. Não é projeto de texto que você quer demonstrar ao corretor? Então mostre que você não deixou pra pensar o seu segundo argumento só depois do primeiro. Assim você obedece ao clímax argumentativo a ideia é sempre que o texto vá ficando cada vez mais interessante de ler, então não faz sentido o terceiro parágrafo ser mais fraco que o segundo. O ideal, no mínimo, é escrever a mesma quantidade de linhas, e você só fará isso se adotar o estrutura das causas e consequências nos dois parágrafos.
Muito bem, vou parágrafo por parágrafo agora.
——————————————- 1º parágrafo
“Durante a Idade Média, Joana D’arc foi condenada à fogueira pela Inquisição, após rumores de que praticaria(1) bruxaria. Mesmo com o passar dos séculos, informações sem embasamento continuam a trafegar pela sociedade, e a Internet permitiu uma difusão quase instantânea e de amplo alcance das mesmas (chamadas agora de Fake News)(2), o que se caracteriza como um grande problema que não pode ser ignorado.”
Boa introdução, sucinto, contextualizado, com tese clara, com zero erros graves, só faltando os fios soltos mais direcionados, apesar de você ter um fio solto no “grande problema que não pode ser ignorado”. Entende essa ideia de fio solto? Esse término que dá uma deixa pra você prosseguir com o texto.
1 – Evite Ecos “praticaria bruxaria” tá mais pra música do que pra texto;
2 – Evite parênteses em casos de “comentários”, usa esse hífen (-) aqui, é um tracinho bem pequeno que tem o mesmo sentido de vírgulas, só que traz ênfase ao comentário destacado, é um recurso bem interessante. Os parênteses raramente serão usados no Enem, deixe-os para siglas, que não costumam ser muito úteis em textos curtos;
——————————————- 2º parágrafo
“Em 2014, o autor do site humorístico Não Salvo (através de um canal falso)(1) publicou um vídeo alegando que(2) na Coreia do Norte, a mídia nacional divulgou o próprio país como vencedor da Copa do Mundo da FIFA do mesmo ano, o que acabou sendo republicado em na mídia jornalística mundial como uma chacota. Meses depois, foi feito um post no próprio Não Salvo(3) desmentindo o vídeo e explicando todo o processo da criação dessa Fake News. Ainda que se trate de um caso com objetivo cômico, pode-se observar o impacto que a falta de verificação das informações pode causar.”
Você nunca vai começar um parágrafo argumentativo contando uma história, é o perigo de tornar seu texto expositivo, como se fosse uma continuação do parágrafo introdutório. Se você estiver fazendo dedução, é fundamental apresentar os conectivos para clarear o corretor quanto a essa estratégia, é o operador argumentativo que ajuda o corretor a avaliar a competência 2: identificar a sua estratégia argumentativa é concluir que você atendeu à tipologia textual dissertativo-argumentativa. Numa leitura rápida, olhar pra esses operadores argumentativos facilita demais. Debruce-se sobre estratégias argumentativas.
1 – Já comentei sobre os parênteses;
2 – Faltou vírgula;
3 – Aqui dava pra evitar a repetição de palavra hein;
——————————————- 3º parágrafo
“Convém lembrar das eleições nos Estados Unidos da América, durante o ano de 2016, bastante afetadas pela veiculação de Fake News, que em grande maioria(1) impulsionaram a campanha do candidato Donald Trump, em detrimento da candidata Hillary Clinton, cuja derrota é apontada como consequência das notícias falsas, devido a(2) disputa acirrada daquele ano.”
Você reluta em começar o terceiro parágrafo com um “além disso”? Esse é o conectivo que faz mais sentido aqui, vai até te influenciar a perceber a necessidade de dois argumentos. Nesse parágrafo ainda devo destacar que um parágrafo escrito com uma única frase. Escrever frases diretas em 3 parágrafos limitaria a tua pontuação na competência 1. O ideal é sempre evitar essas frases gigantes porque elas não dão respiro na hora de ler e podem complicar alguma questão de concordância de bobeira, tornam o texto lento e cansativo. Procure escrever em, no máximo, duas linhas: isso abre mais possibilidades de conectivos também. Aqui, ainda mais problemática aquela questão do Tópico Frasal + Explicação + Aprofundamento.
O exemplo não é o argumento. O exemplo é suporte para algo maior que você precisa indicar. O que podemos concluir de fake news em eleições? Qual é o impacto? Com que isso mexe? Se pensarmos sob a ótica de alguma disciplina, para demonstração de repertório, o que podemos extrair disso? Economicamente, qual o impacto? Democraticamente? Socialmente?
1 – Adjunto adverbial com 3 ou mais palavras deve ser colocado entre vírgulas no Enem;
2 – Sempre coloque a crase quando puder, é demonstração de conhecimento da norma culta, mesmo que seja opcional;
——————————————- 4º parágrafo
“Em virtude dos fatos citados(1), convém afirmar que as notícias falsas propaladas pelo método virtual possuem um amplo impacto negativo,(2) e por isso cabe ao Governo Brasileiro(3) com auxílio coordenativo da Polícia Federal, criar um plataforma de denúncias de Fake News, com tutoriais que ensinarão a identificação de notícias fraudulentas. Dessa forma, o cidadão inscrito na plataforma(4), poderá enviar os links e arquivos ligados a(5) notícia, logo sendo(6) analisada para se encontrar o emissor original da notícia e puni-lo. Dessarte, uma sociedade em que serão evitados destinos trágicos(7) como o da Joana D’arc, poderá ser criada.”
Aqui eu já fiz o spoiler especial sobre a Joana D’Arc, apesar de uma proposta bem trabalhada. Acho que o Vitor não percebeu o “modo” porque você não usou o melhor conectivo no “com tutoriais”, e aí confundiu com finalidade. Vale a pena pensar nos conectivos certinhos para cada função, ajudam muito a identificar os 5 elementos, mas tem os 5 sim. É nesse parágrafo que você perde o 200 na competência 1.
1 – Conectivo muito longo, procure ser sucinto aqui;
2 – Chance clara de reduzir o tamanho da frase e você me vem com esse “vírgula e”… Erro de norma culta não tem, mas olha o tamanho dessa frase e pergunta se o corretor gosta de ler e reler isso aqui pra identificar seus elementos;
3 – Faltou vírgula aqui, você sabe;
4 – 1ª falha de estrutura sintática: vírgula não separa sujeito e verbo, você também sabe disso – ahhh, aqui outro Eco completamente desnecessário;
5 – Já comentei sobre crase sempre possível;
6 – Caraca, meu amigo, “sendo logo” daria muito menos dor de cabeça aqui, quase descontei ponto na pontuação aqui;
7 – Faltou uma vírgula aqui que custou bem caro, ficou como 2ª falha estrutural por separação de sujeito e verbo, que era pra ser um mero desvio por colocar vírgula atrás e esquecer da frente;
——————————————- Conclusões
Tua língua portuguesa está muito boa, vai perder ponto na competência 1 só se distrair.
Precisa melhorar muito essa questão dos conectivos, e eu entendo que isso passa pela falta de clareza quanto à sua estratégia argumentativa.
Eu acho que dá tempo e você tem inteligência pra consertar isso aí porque a sua redação, como veremos, não tem uma nota proporcional à quantidade de coisas de que falei aqui.
C1: 160 (estrutura sintática boa, tem duas falhas e cinco desvios – ecos e vírgulas)
C2: 120/160 (essa nota depende dos textos de apoio; vejo algum repertório, apesar de você não deixar muito clara a disciplina que você quer trabalhar, mas acho que isso está incluso na falta de produtividade – limitar-se a dizer que “isso mostra o impacto” não traz nada de novo ao tema, tem que destrinchar isso aqui)
C3: 120/160 (também depende dos textos de apoio e aqui vai depender do nível de organização que o seu corretor enxerga no seu texto)
C4: 120 (só um conectivo intraparágrafo vai ser sempre 120 – esse erro é ridículo de corrigir, vc só precisa de um conectivo que ligue o 3º ao 2º parágrafo e o que você usou no último, apesar de gigante)
C5: 200 (presença dos 5 elementos que o Vitor já mostrou)
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Mr.Crozma
Seu texto tem 242 palavras, o que daria cerca de 23, 24 linhas. Rendimento insuficiente para cumprir todos os requisitos de uma nota alta. O que falta no seu texto? No primeiro parágrafo, faltam os "fios soltos", que uma vez li uma menina chamar de "spoilers" kkkk. Repare em outras redações, principLeia mais
Seu texto tem 242 palavras, o que daria cerca de 23, 24 linhas. Rendimento insuficiente para cumprir todos os requisitos de uma nota alta. O que falta no seu texto?
No primeiro parágrafo, faltam os “fios soltos”, que uma vez li uma menina chamar de “spoilers” kkkk. Repare em outras redações, principalmente nas de nota mil, que a Introdução sempre dá umas 5, 6 linhas – e tem um desfecho que parece antecipar os argumentos… Esses os fios soltos.
A introdução tem três funções: apresentar o tema (mostrar pro corretor que você entendeu o tema e que vocês estão falando a mesma língua), apresentar a tese (é o seu posicionamento que vai justificar a argumentação, é a problematização em si) e deixar essas ideias soltas para conferir fluidez e mostrar pro corretor que você tem um projeto de texto, que no primeiro parágrafo você já sabe o que vai escrever no segundo e no terceiro parágrafo.
As duas primeiras você cumpriu. Agora falta a terceira, pra reforçar a pontuação da competência 3 e ajudar o corretor na competência 2 também. Você pode encontrar um exemplo disso na última redação da ANGELMUSIC, que tá aí no hall da fama.
Você trouxe dois argumentos para a sua tese: superlotação e ineficácia reeducadora. Procure escrever uma frase no 1º parágrafo indicando isso.
Seu 2º parágrafo está legal. Você usa um tópico frasal – e não consigo entender por que seu 3º parágrafo não seguiu a mesma estrutura de TF + Explicação + Aprofundamento.
Antes de me debruçar sobre o 3º parágrafo, um comentário: você conseguiria lembrar desse dado na hora da prova ou pegaria do texto de apoio? Se o dado for muito claramente retirado do texto de apoio, sua nota na competência 2 não passará de 160, a não ser que o outro argumento seja muito original.
Original é o que aparenta ser o seu 3º parágrafo, trazer Foucault a esse debate é extremamente apropriado. Talvez isso tenha te apressado a escrever o seu autor. A questão é que o texto está sendo escrito por você, então procure escrever as suas palavras.
Foucault, dados estatísticos, exemplos… Tudo isso é suporte para o seu argumento. Você não pode deixar Foucault tomar o seu lugar – ao contrário, você quer mostrar que até o Foucault concorda contigo: daí a importância de escrever o seu Tópico Frasal, a sua explicação, isso tudo reforça a Autoria que o Enem tanto cobra.
Mais do que repertório legitimado e original, é preciso que ele seja produtivo! Isso significa que tudo o que você agrega ao debate que você está propondo deve gerar uma conclusão/consequência, daí a importância de sempre extrair uma conclusão de cada parágrafo argumentativo. Aprofundar aqui no sentido de tirar proveitos, qualificar o debate e construir algo novo, que inclusive aponte para a sua proposta de intervenção.
Outro ponto importante aqui, que faz parte do projeto de texto, é que o 3º parágrafo sempre traz o seu argumento mais forte, o que não foi o caso deste texto. A questão é simples: o aluno que não planeja só pensa no terceiro parágrafo quando acaba de escrever o segundo. Então, para mostrar pro corretor que você está costurando um texto (e, portanto, sabe exatamente aonde quer chegar, mesmo antes de começar), procure estabelecer isso que chamamos de gradação argumentativa. O texto começa leve e vai evoluindo, se tornando cada vez mais interessante de ser lido.
Por fim, algo que você precisa mudar urgentemente: frases longas não são bem-vindas!
Fazer pausas a cada 1,5/2 linhas é importante por três motivos:
1. descansa o leitor e você mesma;
2. por descansá-la, diminui a quantidade de erros de português, especialmente os de concordância e os de pontuação;
3. abre mais espaço para conectivos.
Talvez eu devesse ter escrito em ordem invertida, mas confio que você lerá tudo e eu preciso que você foque imediatamente nessas construções frasais mais curtas, pois elas influenciarão nas competências 1 e 4.
A minha primeira dica é bem fácil de cumprir, essa das frases curtas também não é tão difícil. A do aprofundamento argumentativo pode ser mais complicada de visualizar ou aprimorar, mas é caso de sempre seguir a estrutura de Tópico Frasal + Explicação + Aprofundamento, que foi o que você fez no 2º parágrafo.
Estou à sua disposição para quaisquer dúvidas!
Bons estudos.
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