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Desafios para o combate do déficit habitacional no Brasil
Mr.Crozma
Excelente redação. Você está num outro nível de problemas que merecem consideração. Seu texto possui 431 palavras, o que está dentro da média de palavras nas notas mil que o Enem gosta de apresentar como modelo. Entretanto, não sendo o seu foco a alimentação do ego com entrevistas ao G1, quero que cLeia mais
Excelente redação. Você está num outro nível de problemas que merecem consideração.
Seu texto possui 431 palavras, o que está dentro da média de palavras nas notas mil que o Enem gosta de apresentar como modelo. Entretanto, não sendo o seu foco a alimentação do ego com entrevistas ao G1, quero que considere dois argumentos meus que são contrários a textos excessivamente grandes.
Um primeiro ponto é o tempo. Um texto mais curto poupa tempo e energia num contexto de questões objetivas que podem te cansar durante a prova. É claro que, conseguindo terminar a redação em uma hora e meia, esse meu argumento torna-se insignificante, então vamos ao segundo ponto.
Menos palavras, menos chances de erro de norma culta. Para ganhar 200 na competência 1, você está permitido a cometer apenas dois desvios gramaticais, o que é uma moleza de alcançar por distrações como essa a que você reparou na conclusão.
Se me permite o exemplo, a redação da Thamirys tirou 980 e tem 350 palavras. Portanto, peço que considere equilibrar essas contas, seja para se poupar mentalmente, seja para minimizar as chances de erro na C1.
Quero chamar a sua atenção ao “precipuamente”, que tem como função revelar o nível de importância que você dá à informação que está transmitindo naquela frase, e isso pode impactar a interpretação do corretor quanto à sua estratégia de texto, já que, por questão de clímax argumentativo, o argumento mais forte vem depois, construindo-se, assim, a progressão textual. Bom, não acho que fetou aqui, mas como não sei se lerei outra redação sua, fica o aviso de que a sua mensagem pode ser interpretada de maneira a te prejudicar, pois o corretor não quer dar 1000 às redações e correr certos riscos midiáticos ou administrativos, se me entende ou se já parou pra pensar no porque de só 28 redações tirarem mil no último exame.
De resto, não encontrei grandes oportunidades para tirar ponto. Passo a expôr tudo o que de norma culta você pode melhorar.
De acordo com Aristóteles, renomado filósofo grego, a política deve ser utilizada para que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado. Contudo, no que se refere ao déficit habitacional no Brasil(1) a realidade opõe-se ao pensamento do filósofo, pois é possível perceber a transformação do espaço geográfico em mercadoria. Além disso, os representantes públicos mostram-se omissos, visto que poucos são os planos desenvolvidos para superar esse desafio enquanto a população clama pelo direito à moradia. Sob essa ótica, urge discutir esses entraves que se caracterizam como impulsionadores do problema.
1 – Faltou vírgula.
Precipuamente, faz-se mister notar o papel das narrativas midiáticas na consolidação do processo capitalista sobre o solo. Segundo George Orwell, escritor, jornalista e ensaísta político, a massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa. Consoante a(1) esse pensamento, nota-se que é interessante para a mídia fomentar na população o desejo pela casa própria, pois(2) dessa forma(3) há(4) crescimento da demanda e, por conseguinte, os mantenedores dos veículos de comunicação são satisfeitos com o lucro. Nesse sentido, percebe-se que se por um lado(5) a iniciativa privada lucra, por outro a população sofre com o aumento dos preços de terrenos que crescem em função da lei capitalista de oferta e demanda.
1 – “A” indevido;
2, 3 – Faltaram vírgulas;
4 – Faltou artigo – obs: eu posso escrever informalmente aqui e comer artigos que eu quiser, no Enem isso não pode. Espero, portanto, não ser acusado de hipocrisia, as regras não são minhas;
5 – Aqui eu quero fazer um comentário. Não encontrei na internet, não encontrei nos meus livros (às vezes é um saco corrigir redação com material de ensino médio), mas acho que aqui tem algum problema de pontuação que, se você tem um professor de português, por favor converse com ele sobre isso aqui. Essa partícula “se” aí me… Deixa pra lá, vai que tu tá certo e eu tô caçando erros demais.
Ademais, a ausência de planejamento geográfico é um desafio a ser superado, pois contribui para a formação desse cenário deletério. Dessa forma, pode-se comparar a “Atitude Blasé”, termo proposto pelo sociólogo alemão George Simmel no livro “The Metropolis and Mental Life”, com a postura dos representantes políticos brasileiros, pois(1) esse termo é usado para representar a indiferença do indivíduo frente às situações que ele deveria dar atenção. De modo análogo, o clamor social pelo direito à moradia – esse garantido constitucionalmente – permanece suprimido(2) e poucos estadistas desenvolvem planos para atendê-lo.
1 – Repetição de “pois” é um perigo para a competência 4, hein;
2 – Faltou vírgula, apesar de o Enem não descontar ponto por isso – ele tolera, o que não significa que está certo trocar de sujeito e não colocar a vírgula antes do “e”.
Em suma, o déficit habitacional permanece enraizado na malha sociopolítica brasileira(1) e muitos são os desafios para contê-lo. Logo, a fim de atenuar tais obstáculos, cabe ao Governo Federal, em parceria com a Câmara dos Deputados, criarem(2) um projeto de lei que regule a política de preços praticados na compra e venda de terrenos a fim(3) de mitigar os abusos cometidos nesse processo. Aliado a esse projeto de lei, o programa “Meu pedaço de chão” deve ser criado com a finalidade de auxiliar o cidadão no processo de aquisição(4) da sua moradia, impedindo-o de ser lesado por grandes agências e(5) financiadoras que ditam os preços a serem pagos. Assim, espera-se não só suavizar o impacto causado pela lei da oferta e demanda sobre as habitações, como também promover o equilíbrio social defendido por Aristóteles.
1 – Novamente a ausência de vírgula antes do “e”, só insisto que o Enem não tira ponto por isso;
2 – Sem comentários;
3 – Repetição de “a fim”, te contar hein;
4 – Eco é um ótimo recurso para outros tipos textuais, “cidadão com processo de aquisação” dá rima – pobre, diga-se de passagem;
5 – Falta de paralelismo, não coma a preposição nesses casos: por isso e por aquilo.
Resumindo, detalhaes. Ótima redação, Gustavo.
See lessOs estigmas associados às doenças mentais na sociedade brasileira
Mr.Crozma
Vamos lá, treineira! Claramente você foi bem instruída na escrita, motivo pelo qual nenhuma nota deve abalar a tua convicção de que sabe, sim, escrever. Postar a redação com o tema do Enem significa que quer nota, eis, então, que pontuarei por cima da nota que o enzolgborges deu. Norma Culta (160) -Leia mais
Vamos lá, treineira!
Claramente você foi bem instruída na escrita, motivo pelo qual nenhuma nota deve abalar a tua convicção de que sabe, sim, escrever.
Postar a redação com o tema do Enem significa que quer nota, eis, então, que pontuarei por cima da nota que o enzolgborges deu.
Norma Culta (160)
– “Este” e outros 13 erros de norma culta, aos quais darei a devida atenção ao final, põem a sua nota bem no limite entre o 120 e o 160, pesando negativamente na balança o número de palavras no seu texto – 255 – e, positivamente, a sua escrita ousada e ausência de gravidade nesses errinhos, motivos pelos quais acredito que o enzolgborges acertou a sua nota, o que não anula a possibilidade de vir uma nota 120 aqui, porque, repriso, estamos no limite!
Argumentação e Adequação Temática (120)
– A tangência ao tema não pode ser alegada pelo corretor porque o critério para avaliar a adequação temática é analisar se você colocou referências no texto quanto a todos os elementos da frase-tema, o que pode ser verificado na 2ª frase da Introdução e na 1ª frase da Conclusão. Se essas referências foram suficientes para conferir coerência ao seu texto, isso será avaliado na competência 3.
– O repertório é avaliado aqui. Ele é a sua técnica de convencimento. É muito difícil, como foi ventilado aqui, que um texto não tenha repertório.
Darei um exemplo no seu texto sobre repertório e como ele é avaliado:
A primeira frase da introdução foi um repertório apresentado pela técnica do senso comum.
Para definir a nota, a primeira pergunta que o corretor fará é: essa frase é um aglomerado de palavras sem sentido?
Se SIM, o candidato recebe 40 pontos. Isso significa que, mesmo que as frases não façam nenhum sentido (ex: “o sistema nas redes sociais praticamente isso deseja que é melhor”), ninguém zera a competência 2 – ninguém além dos atendem às hipóteses da nota zero em tudo.
Outros motivos para receber 40 nesta competência são: (1) tangenciar o tema e (2) não obedecer à estrutura da dissertação-argumentativa.
Para receber 80 pontos, são três hipóteses: (1) muitas cópias dos textos de apoio, (2) conclusão com frase incompleta e (3) texto com duas partes embrionárias.
Sobre o 2, é exatamente o que está escrito: se não terminar a redação com uma frase completa, o corretor vai dar 80 aqui.
Sobre o 3, parte embrionária é quando um parágrafo é escrito em uma ou duas linhas.
Notamos, portanto, que não existe isso de “texto sem repertório” ou “texto sem argumentos” para um texto que atende aos princípios mínimos de uma dissertação-argumentativa. Dizer que um texto não tem repertório é dizer que ele não trabalha uma informação. Isso é uma ofensa gigantesca – sem intenção, eu sei -, por muitos, muitos e muuuitos alunos que estão confundindo repertório com citação/dados estatísticos.
Portanto, menos de 120 não é possível aqui. Aliás, conto nos dedos as redações que já li aqui que receberiam menos do que isso na competência 2.
O repertório será avaliado neste terceiro nível quando for: (1) baseado nos textos de apoio, (2) não pertinente ao tema ou (3) não legitimado pelas áreas do conhecimento.
Globalização é um conceito da geografia que, de fato, afirma que as distâncias se encurtaram, razão pela qual há respaldo das áreas do conhecimento aqui. O que não há nessa frase, no entanto, é a pertinência ao tema, pois ela, por si só, não faz referência ao estigma nem às doenças mentais.
O corretor vai sempre procurar o melhor repertório, e eu fiz essa busca, mas em cada informação esbarrava em algum dos três problemas que eu pontuei acima. Então, mais uma vez, concordo com o enzolgborges, 120.
Coerência (120)
– Minha primeira discordância com o enzo é aqui. Tirar 80 em qualquer competência é um desastre. As redações que conseguem a proeza de tirar 80 têm que fazer uma besteira muito grande. Na competência 3, a nota 80 se dá por um projeto de texto com muitas falhas, por: (1) não ter desenvolvimento, (2) por desenvolver apenas uma informação ou (3) apresentar ideias contraditórias.
Definitivamente o seu texto não carece de informações a ponto de ser limitado ou contraditório. A falta de argumentação – e acho que era melhor ele dizer “desenvolvimento das informações” -, tem diferentes graus aqui, e o critério é bem amplo:
120: desenvolvimento de algumas informações (mais ou menos metade)
160: desenvolvimento da maioria das informações
200: desenvolvimento completo, com tolerância a alguns deslizes
De fato há várias questões sem resposta ou incompletas no seu texto, como a globalização, que não voltou a aparecer no texto; como a desigualdade, que ficou devendo maiores explicações sobre como ou por que ela afeta a questão da saúde mental; ou qual é a relação entre a desigualdade social e a competitividade para ocuparem o mesmo parágrafo…
Enfim, dou razão à stephany e suspeito que você tem alguma dificuldade para retomar as ideias da introdução, talvez por medo de repetir palavras, sendo que algumas palavras o Enem não se importa de verem se repetir, justamente porque ele reconhece o medo que o aluno tem de fugir do tema. Então, se for esse o caso, ajuste a questão das palavras repetidas à da necessidade de se manter dentro do tema, até para manter a sua coerência.
Coesão (160)
– Aqui é uma competência em que você não tem por que inventar – principalmente nos conectivos que ligam os parágrafos! Aqui é uma parte mecânica, você não quer ver algum corretor questionando o uso de algum dos seus conectivos. Reflexões como “depois” se referir a tempo, e não a espaço, encontram num corretor idiota motivos para te dar 160 tranquilamente aqui.
O 200 nessa competência até tolera as raras repetições, mas não tolera erros de sentido coesivo. Falarei mais sobre os seus conectivos no pente-fino que deixei para o final.
Proposta (200)
– Me surpreendeu bastante a dificuldade dos colegas em encontrar os 05 elementos da sua proposta. Falarei sobre cada um deles.
Agente: “as escolas”. Não sei de onde tiraram que o agente precisa ser algum órgão do Governo, menos ainda de onde tiraram que há necessidade de dois agentes. Ora, todos os agentes contam como um elemento só.
Detalhamento do agente: “tidas em seu propósito educacional”. Eu amo quando usam o detalhamento do agente, porque demonstram que realmente estudaram e conhecem a mais tranquila possibilidade de detalhamento: a contextualização do agente.
Ação: “promover campanhas e palestras”
Finalidade: ” estruturar a evolução psicológica de seus alunos e das comunidades” ou “auxiliar no enfrentamento das adversidades cotidianas”. Sem grandes dificuldades de identificação.
Modo: acompanhamento psicológico adequado.
Detalhamento do modo: contratação de profissionais da área.
Tem elemento até demais.
——————————————
Abaixo, todos os erros de norma culta
É notório que a globalização e os avanços tecnológicos permitiram o encurtamento de distâncias, além do compartilhamento de costumes. Por outro lado, este(1) fenômeno contribuiu para intensificação dos transtornos mentais, juntamente com a difusão de seus estigmas. Os sofrimentos psicológicos devido à exposição exacerbada aos padrões sociais,(2) tem(3) como obstáculos(4) a ignorância social e a falta de privilégios no que se refere à sua erradicação.
1 – Esse;
2 – Vírgula indevida;
3 – Têm;
4 – São os sofrimentos que têm obstáculos ou é o rompimento com os sofrimento?
Primeiramente(1), a aderência da sociedade às redes sociais transformou os princípios de viver. Em prol do consumo e lucro, essas plataformas foram desenvolvidas baseando-se na psique humana:(2) a fim de reter a atenção dos usuários, posts sensacionalistas detém destaque,(3) tal processo explicado no documentário “O Dilema das Redes”, disponível na Netflix. Assim, contas populares propagam padrões inalcançáveis, interferindo na construção de identidade de seus seguidores, os quais dissociam-se da realidade e (4)dilemas presentes.
1 – Em primeiro lugar. “Primeiramente” não existe, acredite se quiser;
2 – Aqui seria melhor ter usado hífen;
3 – Aqui você comeu alguma palavra;
4 – Falta de paralelismo: dissociam-se da realidade e DOS dilemas.
Depois(1), temos as desigualdades sociais como fator(2) desta(3) problemática, pois a informação não é levada homogeneamente a todos os espaços, em detrimento à(4) conscientização dos indivíduos. Ademais, frustrações constantes gatilhadas(5) pela competitividade do enredo capitalista,(6) trazem mal-estar social, amplificado em meio a um sistema defasado de saúde, de alto custo ou pouco acessível à população, implicando no(7) seu colapso mental.
1 – Além disso, por favor;
2 – Fatores;
3 – Dessa;
4 – Em detrimento da;
5 – “Gatilhadas” não tem no dicionário (https://www.academia.org.br/nossa-lingua/busca-no-vocabulario);
6 – Vírgula indevida;
7 – “Implicar”, aqui, é verbo transitivo direto.
Por fim(1), observa-se uma necessidade pelo desvincilhamento(2) de preconceitos sobre estas(3) doenças. Portanto, as escolas, tidas em seu propósito educacional, devem promover campanhas e palestras a fim de estruturar a evolução psicológica de seus alunos e das comunidades, bem como auxiliar no enfrentamento das adversidades cotidianas, através(4) de acompanhamento psicológico adequado, pela contratação de profissionais da área.
1 – O “por fim” não estabelece a relação mais específica entre os parágrafos, pois você quer passar a ideia de retomada da tese, então é o “portanto”, é o “logo”, que passam a ideia de sequência lógica, não de simples adição final;
2 – Desvencilhamento;
3 – Essa;
4 – Por meio de. O Enem tolera o erro do “através”, que em nada tem a ver com solução de conflitos, mas com transição espacial, vem de atravessar, é errado usar “através” na indicação de meio.
Bom, me perdoe se ficou faltando alguma coisa, espero ter resolvido em alguma medida a questão do repertório. Caso venha a ser 760, trata-se de uma ótima nota para uma treineira, parabéns pelo texto, tá bem acima da média para o seu nível!
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Mr.Crozma
Farei esta correção com uma premissa que pode não servir pra você, mas imagino que sirva à enorme maioria das pessoas que ouviram que o texto que presta no Enem é só aquele que tem dados ou citações. Um texto com muitos dados num tema tão específico me levanta a suspeita de que são dados de textos dLeia mais
Farei esta correção com uma premissa que pode não servir pra você, mas imagino que sirva à enorme maioria das pessoas que ouviram que o texto que presta no Enem é só aquele que tem dados ou citações.
Um texto com muitos dados num tema tão específico me levanta a suspeita de que são dados de textos de apoio, ou que são dados de uma pesquisa posterior ao conhecimento do tema.
Preciso alertá-la, então, que o repertório baseado em texto de apoio limita a sua nota na Competência 2 a 120 pontos. Além disso, considerando a extrema dificuldade de ter esse tipo de repertório memorizado para todo e qualquer tema, é raro, daí que a aposta em dados pode não ser interessante. Só a título de reforço, ano passado o dado do texto de apoio era sobre depressão e um monte de gente tangenciou o tema por se concentrar nele.
Há diversas estratégias argumentativas que você pode explorar e eu deixo essa sugestão de pesquisá-las, adotando a que melhor se encaixar às suas condições de prova, ou seja, você e só você. A título de curiosidade, algumas delas são: causa e consequência, exemplificação, comparação, interdisciplinariedade, prova factual… Enfim, tudo isso são alternativas aos dados estatísticos e às citações/argumentos de autoridade.
Caso, porém, você se veja nessa condição maravilhosa de ter os dados em sua memória, fresquinhos, apenas tome um cuidado: não force dados de forma adequá-los ao tema, invertendo a lógica. Se o tema é sobre estigma, pouca força persuasiva terá o dado da doença mental, a não ser que você tenha uma habilidade dissertativa para isso, criando a relação que, a priori, não existe.
De resto, os dados são excelentes recursos argumentativos. Meu problema com eles é que não foram feitos para serem memorizados. Em qualquer momento argumentativo na sua vida você terá acesso aos dados, menos nas provas.
Além disso, eu faria a observação quanto à norma culta, aconselhando-a a revisar o tema de Pontuação, pois algumas vírgulas aí eu não consigo explicar nem pelo erro da respiração – talvez, porém, pelo erro da distração kk.
De resto, é mais ou menos isso que se espera de um texto argumentativo, entao parabéns por conseguir conectar todos os dados e extrair deles bastante produtividade.
Por ora, é só.
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Mr.Crozma
Bom texto. Farei ressalvas porque a minha função é caçar erros, especialmente os de estratégia de estudo. Pode ser que você venha estudando os temas antes de escrever sobre eles, o que não é uma estratégia de estudo correta. Se você quer de fato reproduzir as condições da prova, faça a redação do zeLeia mais
Bom texto. Farei ressalvas porque a minha função é caçar erros, especialmente os de estratégia de estudo.
Pode ser que você venha estudando os temas antes de escrever sobre eles, o que não é uma estratégia de estudo correta. Se você quer de fato reproduzir as condições da prova, faça a redação do zero, principalmente quando se domina o que o Enem pede em termos argumentativos. Levanto essa suspeita porque me é difícil imaginar uma citação de revista, com números exatos – apesar de poder acontecer, então deixo o registro como potencial ajuda na sua maneira de estudar.
Quero enfatizar que, uma vez feita a alusão ao repertório respaldado e pertinente, as outras informações que você puser no seu texto estarão sendo avaliadas exclusivamente pela coerência. Digo isso porque você não tinha necessidade alguma de improvisar o John Locke, que é genérico e até quebra o clima produtivo e original que você vinha construindo ao longo do texto. O 200 na C2, insisto, só avalia UM repertório legítimo, pertinente e produtivo, a ponto de o outro argumento poder ser, inclusive, baseado nos textos de apoio. Então, avalie se precisará mesmo recorrer ao genérico que contrasta com o teu potencial argumentativo. Nesse caso específico, ele diz o que você já disse na segunda frase do parágrafo com as palavras e passa impressão de estar apenas preenchendo espaço.
Essa é uma redação acima de 900, e o seu ganho está nos detalhes, como os que potencialmente apontei. O que certamente precisa resolver são os desvios de norma culta. Abaixo estarão todos os que encontrei.
“O mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles”. A afirmação(1) atribuída à filósofa francesa Simone de Beauvoir, pode facilmente ser aplicada ao impacto ambiental que é causado devido ao descarte ilegal do lixo, já que mais escandalosa do que a ocorrência dessa problematica é o fato da(2) população se habituar a essa realidade. Dessa forma, medidas são necessárias para resolver a questão(3) que é motivada,(4) pela negligência governamental, unidos(5) a desinformação da população.
1 – Acredito que você quisesse pôr a vírgula aqui. Destacar essa parte é opcional, mas tem que ter ou não ter vírgula tanto na frente quanto atrás;
2 – De a. Separe a preposição do artigo quando o substantivo que se segue for o sujeito do verbo posterior. Em outras palavras, se o “habituar-se” tem como sujeito a população, o “de” se separa do “a”, pois não existe sujeito preposicionado;
3 – Faltou vírgula. Só tem uma questão e você precisa construir uma oração adjetiva restritiva, como se tivesse o que limitar na referência à questão;
4 – Vírgula indevida. Não se separa o verbo do seu complemento;
5 – Falta de concordância. Eles (unidos) quem?
Primordialmente, vale ressaltar que(1) no Art. 225(2) é direito de todos um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Nesse sentido, é evidente que o poder público falha em promover medidas para combater o descarte do lixo. Além disso, de acordo com a revista BAK Ambiental, após fortes chuvas, uma cidade do interior de São Paulo foi invadida por mais de 17 toneladas de lixo após o rio Tietê transbordar. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista John Lock, configura-se como uma violação do “contrato social”, sendo uma evidência da negligência governamental.
1, 2 – Adjunto adverbial de lugar deslocado e com 3 ou mais palavras pede vírgula na frente e atrás – e o erro conta duas vezes.
Ademais, no filme Aquaman, a cena na qual a cidade é inundada por lixo mostra a consequência do descarte ilegal do lixo,(1) o mar em revolta jogou de volta todos os dejetos que os seres humanos haviam descartando(2) no mar(3) ocorrendo de ter toneladas de lixo pela cidade. Análogo a isso, não muito longe da ficção(4) o descarte exacerbado do lixo traz consequências prejudiciais ao planeta(5) como,(6) a poluição dos mares,(7) contaminação do solo devido aos lixões, e(8) aumento do aquecimento global. Diante disso, demonstra(9) uma falta de informação da população que acomete o descarte, sendo também precário(10) os debates acerca dos impactos nas escolas e pela população.
1 – Aqui era pausa de ponto final;
2 – Erro de digitação, imagino;
3 – Faltou vírgula;
4 – Redundante dizer que é “análogo” e “não muito longe da ficção”;
5 – Faltou vírgula;
6 – É, na verdade você inverteu a posição. Aqui tá errado também;
7 – Faltou o artigo – vício de fala comer o artigo, cuja ausência é marcada como falta de paralelismo numa enumeração;
8 – Idem;
9 – Ibidem;
10 – Falha de concordância. Qual é o sujeito deste verbo?
Portanto, são necessárias medidas capazes de mitigar essa problemática. Nesse viés, é imprescindível que o estado(1) adicione políticas públicas nas cidades que promovam o recolhimento de lixo dos mares e das cidades(2) como também produzindo projetos como(3) campanhas para coletas seletivas(4) tendo encaminhamento sobre o caso e(5) como(6) fazer, adiante, a fim de diminuir os impactos causados no ambiente. Paralelamente a isso, é imperativo que escolas realizem projetos e palestras com a finalidade de conscientizar a população(7) indo além das escolas, tornando-se possível um ambiente ecologicamente equilibrado(8) como é direito do cidadão, elencado na constituição(9).
1 – Estado, com ênfase na letra maiúscula – errinhos como esse contam como desvio;
2 – Faltou vírgula;
3 – Repetição desnecessária.
4 – Faltou vírgula;
5 – Repetir a palavra “sobre” aqui é questão de paralelismo;
6 – Outra repetição desnecessária;
7 – Faltou vírgula – evite gerundismos: o Enem quer que você estabeleça uma relação concreta entre as frases, não inerte, como é o caso dos gerundismos;
8 – Faltou vírgula – a escolha da vírgula antes do “como” muda o sentido da palavra;
9 – Mesmo problema do Estado.
Para ganhar 200 na competência 1, você só poderá cometer até 2 desvios. Preste muita atenção nesses errinhos mole mole de serem consertados, pelo que pude observar do que vc sabe utilizar com a norma culta.
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Mr.Crozma
As notas são pouco importantes no atual momento de estudo, mas quero fazer algumas anotações sobre a correção do Antonio, que acerta muito, mas pesa exageradamente na pontuação. C1: Sua redação contém “poucos” erros, não são erros que atrapalham a leitura, a compreensão e, portanto, só descontariamLeia mais
As notas são pouco importantes no atual momento de estudo, mas quero fazer algumas anotações sobre a correção do Antonio, que acerta muito, mas pesa exageradamente na pontuação.
C1: Sua redação contém “poucos” erros, não são erros que atrapalham a leitura, a compreensão e, portanto, só descontariam 40 pontos de ti. Lá no final apontarei todos os erros.
C2: Aqui ele acerta, e eu devo chamá-lo a atenção para esse foco em dados: quando os dados são baseados no texto de apoio, você recebe 120, mesmo que demonstre produtividade com eles. Há várias formas de se argumentar no Enem, e cabe a você treinar simulando as condições da prova. Será que vale mesmo a pena apostar nos dados? Ano passado levaram os alunos a tangenciar o tema, você não vai conseguir memorizar dados que encaixem perfeitamente no tema aleatório do Enem. Veja em outras redações aqui como é possível argumentar sem fazer de dados. Se precisar e quiser essa ajuda, estou à disposição.
C3: 80 é a nota de alguém que está completamente perdido na organização, e não é o que se vê no seu texto. Ele demonstra um planejamento, uma coerência, apesar do desenvolvimento limitado. Um professor de bom humor conseguiria dar 160 aqui, mas nunca abaixo do nível 120.
C4: Há recursos coesivos no seu texto o suficiente para que você receba 160 na competência 4. Talvez ele não saiba exatamente o que significam os “recursos coesivos”, que são bem mais amplos do que se pode imaginar, anotarei todos que encontrei:
“mas sim”, “sobretudo”, “além de”, “quadro atual”, “e”, “logo”; “segundo”, “alcançando”, “em paralelo a isso”, “também”, “onde”; “ademais”, “desde os tempos”, “a citar”, “fazendo com que”, “desestimulando”; “diante disso”, “quadro atual”, “por exemplo”, “ainda que”, “onde”, “em suma”, “assim”, “que”, “seu”
Eu teria que ler e reler o seu texto para conseguir identificar rigorosamente todos. Daí que a nota aqui não é por contas, mas por sensação de “expressivo”, “muito”, “algum”, “pouco” e “nenhum” número de recursos coesivos. A avaliação aqui é um pouco mais complexa, vai julgar também a quantidade de repetições (que devem ser “raras”) e vai condená-lo ao 160 se houver qualquer inadequação, além de cobrar posicionamentos específicos entre parágrafos, o que você cumpre com o “ademais” e o “diante disso”.
Essa aqui é importante para não confundi-lo.
C5: Aqui você vai querer assumir a responsabilidade, matar no peito. É “o Agente deve” + ação (o verbo) + modo (por meio de) + efeito (com a finalidade de) + o detalhamento de alguns desses 4 elementos (que pode ser uma explicação, uma exemplificação, uma justificativa ou uma contextualização).
Então, nada de “talvez possa ser”, nada de separar o sujeito do verbo também. Vou fazer um esforço que o corretor não fará na sua prova para identificar todos os elementos da sua proposta:
Agente: Governo
Ação: Desenhar políticas públicas
Detalhamento da Ação: A exemplo do auxílio emergencial
Detalhamento do Detalhamento da Ação: ainda que custoso
Efeito: Gerar bem-estar na população
Detalhamento do Efeito: porque a população carece disso e está em baixo de desenvolvimento
Ao contrário do que percebeu o Antonio, há detalhamento até demais. É importante lembrar que detalhamento é aquilo ali que eu disse acima, e ele não se mistura com qualquer dos outros quatro elementos.
Apesar disso, não consegui encontrar um modo, o “ainda que custoso” não responde a esse modo, e se você quiser fazer propostas econômicas, precisará ter algum conhecimento sobre os investimentos públicos. Aventure-se, já que é por aí mesmo que a nossa sociedade reduzirá as desigualdades.
Abaixo, os erros de norma culta:
Não nos atendo tanto a números(1) mas(2) sim(3) a contextos, nota-se que o Brasil, sobretudo,(4) nos tempos vigentes, apresenta um quadro bastante estarrecedor. Com níveis de desigualdade e pobreza elevados, aumento desenfreado do desemprego, além de mais(5) outros problemas de natureza sócio-política, o quadro atual não é nada animador. Um contingente de problemáticas está em curso e se perdurando. Logo, algo(6) precisa ser feito.
1 – Faltou vírgula;
2, 3 – Faltaram vírgulas, e pode ser considerado redundante escrever “mas sim”, então eu recomendaria não mais escrever o tal do “sim”;
4 – Essa vírgula aqui muda o sentido do “sobretudo”, deixa ele meio perdido – a que ele se refere?
5 – “Além de” já é “mais”, pra mim é redundante;
6 – Antonio já falou, especifique esse “algo”; algo e coisa são palavras que não cabem numa redação informativa.
Segundo o IBGE, de acordo com os últimos dados publicados, mostrou(1) que a taxa de desemprego se encontra em 14,6%, alcançando um dos maiores patamares da série histórica brasileira. Em paralelo a isso, provenientes aos dados do IBGE(2), o panorama da pobreza também assola o nosso país, onde quase 52 milhões de famílias se enquadram na categoria de extrema pobreza.
1 – Gostaria que fosse fácil explicar isso aqui, mas entenda que ou você escreve “segundo o IBGE, a taxa de desemprego”, ou escreve “segundo o IBGE mostrou, a taxa de desemprego”. Combinado assim? Se quiser maiores explicações, o caminho é a aula de oração subordinada adverbial conformativa e, nesse contexto, perguntinha ao professor;
2 – Dava pra evitar a repetição.
Ademais, quando se fala em perspectiva ou expectativa de emprego, não a encontramos. Desde os tempos precedentes a este, a citar(1) a crise de 2014 até agora, o panorama de empregos no Brasil não é nada promissor, fazendo com que a expectativa por ele torne-se cada vez menor, desestimulando a população a procurar trabalho ou forçando-a se submeter a trabalhos subalternos.
1 – Faltou vírgula, é expressão explicativa, tal qual o “por exemplo”, o “isto é”, etc.
Diante disso, propostas e alternativas devem ser desenhadas e definidas para o quadro atual mudar. O auxílio emergencial, por exemplo, ainda que custoso para o governo, possa(1) ser uma alternativa, onde(2) retirou grande parte das famílias da extrema pobreza. Em suma, políticas públicas devem ser desenhadas e discutidas para assim gerarem um melhor bem-estar a população brasileira, que carece das mesmas e tem seu desenvolvimento econômico cada vez mais baixo.
1 – Comeu o “talvez” – o corretor, então, seria “pode”;
2 – “Onde” é para lugares – auxílio emergencial não é lugar.
Espero não ter trazido nenhuma informação que lhe deixe confuso.
See lessAbraço!
Os perigos da escassez de água no Brasil
Mr.Crozma
200 na C3 é uma meta que só será conquistada com a devida organização de linhas nos parágrafos. Em se tratando de Desenvolvimento, quando a Introdução promete tratar os argumentos na mesma intensidade, é coerente esperar do texto que ele dê a mesma importância aos dois argumentos. Quando um é maiorLeia mais
200 na C3 é uma meta que só será conquistada com a devida organização de linhas nos parágrafos. Em se tratando de Desenvolvimento, quando a Introdução promete tratar os argumentos na mesma intensidade, é coerente esperar do texto que ele dê a mesma importância aos dois argumentos. Quando um é maior que o outro, evidencia-se a falta de estratégia num deles, a não ser que você demonstre no 1º parágrafo que privilegiará um em detrimento do outro.
Muitos erros repetidos sobre o “este/esse – isto/isso”. Habitue-se a não escrever com o T, porque se refere ao que vem depois, e o normal é você usar o referido pronome como retomada de uma ideia anterior. O “este/isto” deve ser contraintuitivo.
Um terceiro ponto importante que eu gosto sempre de destacar é quando vejo repertórios bem difíceis de aparecer num treinamento sem consulta, como é o caso da referência ao G1. Se for um texto de apoio, não passa de 120; se for consulta, é o caso de repensar se está treinando nas condições do Enem, com toda a dificuldade que um tema como esse pode causar.
Estruturas à parte, vou às notas ainda nesta madrugada porque adorei as suas referências. Se eu deixar escapar alguma coisa, culpo o horário em que escrevo.
Desde os tempos pretéritos, as sociedades hidráulicas já organizavam-se(1) em torno de importantes rios que garantiam o desenvolvimento das civilizações. Neste(2) sentido, a água configura-se como um elemento preponderante para a sobrevivência humana(3) sendo, portanto, um direito que deve ser assegurado a todos. Contudo, o consumo inconsciente alicerçado pelo mito da abundância(4) deste(5) recurso e, ainda, alguns fatores naturais,(6) contribuem para a formulação do cenário de escassez hídrica. Diante disto(7), tal situação fomenta as migrações inter regionais(8) e pode ser um palco propício para o surgimento de tensões sociais. Assim(9), é necessário distinguir os movimentos migratórios, em decorrência da seca, entre o nordeste e as demais regiões do país.
1 – Pra provar que tô sóbrio já de cara: advérbio antes do verbo atrai próclise. Eu não vi no manual qualquer menção de que erros como esse seriam desprezados da contagem;
2 – Já comentei;
3 – Faltou vírgula;
4 – Trollagem minha, essa frase aqui ficou excelente!
5 – Já comentei;
6 – Epa, epa, epa: sujeito gigante te levando a separá-lo por vírgula do seu verbo, ai ai ai;
7 – Já comentei;
8 – Ué, arrisca: ou é junto ou é com hífen, desse jeito aí tu erra 100% po. Inter-regional;
9 – Fiz questão de trazer para cima porque não vi sentido algum nessa frase como introdução de um parágrafo argumentativo. Não se pode dizer, afinal, que um argumento é uma conclusão necessária da sua opinião
Deste(1) modo, em primeira análise, é válido ressaltar a busca por melhores condições de vida, haja vista a presença de um clima rigoroso que favorece a pobreza e a desnutrição, sendo estas(2) mazelas evidenciadas na obra “Vidas secas” de Graciliano Ramos e no quadro ” Os retirantes” de Cândido Portinari. Contudo, o distanciamento da terra natal implica tanto em(3) problemas emocionais como na perda da identidade cultural devido a(4) tentativa de ambientar-se e evitar as manifestações xenófobas contra si.
1 – Já comentei;
2 – Idem;
3 – Eita errinho bobo, implicar é transitivo direto, a não ser que tenha sentido de bullying ou treta. Agora não erra!
4 – Errar crase é por distração, né?
Já no sudeste, é notória a presença do consumo inconsciente, visto que são gastos 25 litros a mais do que a média nacional, de acordo com o site Globo. Assim, a escassez hídrica adquire espaço na região brasileira de maior contingente populacional e, se for alastrada, pode desencadear o surgimento de conflitos similares aos ocorridos no Oriente médio(1).
1 – Digitação, né? Só pra não ficar sem anotação, tem que ter um errinho no parágrafo.
Neste(1) contexto, faz-se mister que o Ministério do Desenvolvimento Regional, em conjunto com os órgãos distribuidores de água, desenvolva estratégias mais eficazes para a captação e reutilização deste(2) recurso, além de realizar transposições efetivas que levem água ao Sertão Nordestino. Ademais, cabe ao Ministério da Educação promover a conscientização acerca da problemática apresentada, através de campanhas nas redes sociais e na televisão aberta(3) para que os perigos da escassez hídrica deixem de ser realidade para a sociedade brasileira.
1 – Já comentei – com uma obs: “nesse contexto” não passa a ideia de conclusão argumentativa, mas de exposição, o que pode chamar a atenção de um corretor mal amado e seria suficiente pra tirar de você o gabarito mais fácil do Enem, que é o da C4 (não pode errar o sentido de nenhum conectivo). Deixo como alerta para o “não inventa” quanto à escolha dos recursos coesivos.
2 – Já comentei;
3 – Não é um erro, porque opcional, mas acho que até em voz alta a gente faz a pausa da vírgula aqui, mas falar sobre isso beira a implicância. Às notas.
——————————————————– Notas
C1: 160 (“Poucos” erros. A tua sorte é que erros da mesma ordem de grafia são contados apenas uma vez)
C2: 200 (Tem repertório legitimado, pertinente e produtivo até demais). Mentira, nunca é demais.
C3: 160 (Introdução é promessa de abordagem. Se você prometer muita coisa, não conseguirá dar conta de desenvolver tudo em tão pouco espaço de Desenvolvimento, e aí perceba que algumas coisas o leitor não espera ver na Introdução, porque ela é um aquecimento – daí que partir conclusões já no primeiro parágrafo tendem a fazer uma mistura que deixa o texto confuso. Perceba que conectivos de causa e consequência não são esperados aqui, porque são essencialmente argumentativos. O primeiro parágrafo que deixar ideias soltas para você conseguir puxá-las para o local mais adequado. Por exemplo, por questão de progressão textual, espera-se que o seu argumento mais forte seja o do terceiro parágrafo, que é pra manter o leitor interessado do início ao fim. Como organizar o texto de modo a conferir a tal da progressão textual? Definitivamente você precisará remontar essa estrutura para conseguir o tal do texto estratégico. Tenha essa dor de cabeça apenas se quiser notas muito altas. Evoluir de um 900 pra 1000 é uma caminhada e tanto.)
C4: 200 (Eu não sou mal amado)
C5: 160 (presença de 4 dos 5 elementos na proposta mais desenvolvida)
Preste atenção em como uma proposta é avaliada:
Proposta 1
Agente: Ministério do Desenvolvimento Regional, em conjunto com os órgãos distribuidores de água
Ação: desenvolva estratégias mais eficazes para a captação e reutilização deste recurso, além de realizar transposições efetivas que levem água ao Sertão Nordestino.
Efeito: para que os perigos da escassez hídrica deixem de ser realidade para a sociedade brasileira.
Proposta 2
Agente: Ministério da Educação
Ação: promover a conscientização acerca da problemática apresentada
Meio: através de campanhas nas redes sociais e na televisão aberta
Efeito: para que os perigos da escassez hídrica deixem de ser realidade para a sociedade brasileira.
Aula de proposta rapidinha: você só precisa de uma proposta, não perca linha fazendo uma proposta que não conseguirá desenvolver. Quem fala para você citar duas propostas não confia no seu bom senso ou na sua capacidade de organizar a proposta de modo a ser coerente com os dois argumentos que trouxe.
Trazer dois agentes não significa trazer detalhamento. Detalhamento é: uma explicação, justificativa, contextualização ou exemplificação de algum dos outros 4 elementos cobrados na proposta.
Então, já que citou o Ministério da Educação, detalhe-o, justificando a sua escolha; propôs um meio de redes sociais, exemplifique com algo coerente.
Enfim, não pode perder ponto aqui. A dificuldade da proposta é torná-la coerente com o seu texto, e não cumpri-la em seus requisitos integralmente.
See lessPor hoje era só isso.
O estigma relacionados às doenças mentais no Brasil (ENEM 2020)
Mr.Crozma
Seu texto tem 240 palavras, o que pode ser considerado como uma relativamente baixa produtividade. Procure desenvolver mais os seus argumentos, porque eles não podem deixar ao leitor tarefas de fazer conexões que não foram feitas nas linhas em branco. Abaixo, os erros de norma culta que encontrei. ALeia mais
Seu texto tem 240 palavras, o que pode ser considerado como uma relativamente baixa produtividade. Procure desenvolver mais os seus argumentos, porque eles não podem deixar ao leitor tarefas de fazer conexões que não foram feitas nas linhas em branco.
Abaixo, os erros de norma culta que encontrei. Após, as notas.
No filme “Coringa”, o protagonista sofre com transtornos que o faz(1) rir em momentos inapropriados, causando péssimos julgamentos pelos cidadãos ao redor. Analogamente, no Brasil hodierno, o preconceito e a falta de preocupação com a saúde mental,(2) corrobora(3) com(4) os altos índices de casos. Tendo isso em vista, é imprescindível que analisemos o tema a fim de encontrar soluções.
1 – O sujeito desse verbo é “transtornos” – fica esperta nessas inversões: elas são recursos ótimos, mas podem ser traiçoeiras;
2 – Vírgula não separa sujeito e verbo;
3 – O sujeito desse verbo é composto;
4 – Corroborar é verbo transitivo direto.
Primeiramente, vale ressaltar que o isolamento social devido a(1) atual fase pandêmica,(2) causou ansiedade, medo e inquietação, dificultando (3)ainda(4) o tratamento de doenças psicológicas (5)como a depressão, que afeta cerca de 11 milhões de pessoas no país, segundo a Organização Mundial da Saúde — situação excruciante, visto que a saúde é um direito fundamental previsto na Constituição Federal de 1988.
1 – Faltou a crase;
2 – Se queria dar destaque a “devido à atual fase pandêmica”, devia colocar a vírgula na frente também;
3, 4 – Expressões explicativas ou corretivas devem isoladas por vírgula;
5 – Falta a vírgula quando o sentido do “como” é de enumeração.
Ademais, devemos salientar a irrelevância(1) por parte da sociedade e a falta de intervenção estatal em relação ao tema. Como podemos ver(2) na série “Os 13 porquês”, em que a jovem Hanna demonstra sinais de depressão, busca ajuda de sua escola, porém, infelizmente não é ouvida e comete suicídio — cena que enfatiza como a doença não é levada a sério(3).
1 – Aqui você quis dizer “indiferença”
2 – Faltou a vírgula destacando o adjunto adverbial com 3 ou mais palavras;
3 – Aqui faço referência à frase inteira: aparentemente ela está sem complemento (“Como pode ver nisso, …) ou está com a pontuação errada antes do “como”. Enfim, frase meio bagunçada, talvez porque seja grande demais.
Depreende-se, portanto, que é dever do Ministério da Saúde — órgão responsável pela qualidade de vida da população — levar atendimento e informação à(1) todos, por meio de campanhas conscientizadoras em canais de comunicação e (2)consultas gratuitas presenciais e a(3) distância, em quaisquer situações, a fim de promover (4)com êxito (5)o direito à saúde conjeturado em Lei Federal e concedido sem distinções.
1 – Por que essa crase?
2 – Falta de paralelismo: “por meio de … e de …”;
3 – À distância;
4, 5 – Mesma razão do “ainda”.
——————————————
C1: 120 (acredito que foram mais do que “poucos” erros, especialmente quando faço a proporção com a quantidade de palavras)
C2: 160/200 (não vi produtividade no “Coringa”, vejo os “11 milhões” como repertório baseado em texto de apoio; quanto ao repertório da série “Os 13 porquês”, fico na dúvida se posso considerar aquela última frase como produtividade, mas tendo a sentir que não – bom, o Enem tem provado que eu sou rigoroso nessa parte argumentativa)
C3: 160 (desenvolvimento da maior das informações sim)
C4: 200 (presença “expressiva” de recursos coesivos, com uso de mais de 2 operadores argumentativos interparagrafais, ao menos um conectivo em todos os parágrafos, sem repetições ou inadequações) – antigamente eu daria 160 aqui porque é difícil imaginar presença “expressiva” num texto relativamente curto, mas aparentemente o corretor avalia por proporção, e a proporção está ótima.
C5: 200 – Presença dos 5 elementos. Lembrando que apenas um Detalhamento já é suficiente.
Agente: Ministério da Saúde.
Detalhamento do Agente: órgão responsável pela qualidade de vida da população.
Ação: levar atendimento e informação a todos.
Meio: campanhas conscientizadoras em canais de comunicação e consultas gratuitas presenciais e a distância.
Detalhamento do Meio: em quaisquer situações.
Efeito: promover, com êxito, o direito à saúde conjeturado em Lei Federal e concedido sem distinções
Os errinhos de norma culta devem ser a sua prioridade. Depois, o caminho é um pouco longo para evoluir nas competências 2 e 3, mas o caminho é esse, se você estiver se preparando para o próximo Enem. Acredito que o corretor Enem sequer consiga vislumbrar uma nota menor que a minha em 3 minutos.
See lessPrincipais problemas habitacionais nas grandes cidades brasileiras.
Mr.Crozma
Tenho dificuldades - sempre terei - quando vejo uma redação com dados estatísticos, que são fontes de difícil probabilidade de memorização perfeita para o tema da prova. Copiá-los dos textos de apoio não me parece a melhor estratégia também. Então, deio o conselho para treinar sem os dados, por maisLeia mais
Tenho dificuldades – sempre terei – quando vejo uma redação com dados estatísticos, que são fontes de difícil probabilidade de memorização perfeita para o tema da prova. Copiá-los dos textos de apoio não me parece a melhor estratégia também. Então, deio o conselho para treinar sem os dados, por mais difícil que possa parecer. É completamente possível fazer uma boa argumentação lógica, com a exploração de causas e consequências – cuja falta, especialmente sobre as consequências, senti no primeiro argumento.
Você também precisa reorganizar a sua conclusão, que está sendo feita em frase única. Não tira ponto, mas atrapalha a leitura e pode confundir um leitor apressado na hora de caçar os elementos da proposta. O ideal é deixar a leitura sempre dinâmica, com frases de até 2 linhas – extrapolar isso em raríssimas exceções -, até mesmo para evitar os errinhos de português que, por fim, destaco abaixo.
No livro O Cortiço de Aluísio de Azevedo, a habitação dos personagens era semelhante a(1) jaulas de animais com condições precárias de vida humana,(2) é nesse cenário literário que vivem muitas pessoas no Brasil. Dessa forma(3) os problemas habitacionais brasileiros somados à desigualdade social reforçam os muros invisíveis que a sociedade insiste em esconder.
1 – Sempre que puder, demonstre o conhecimento da crase, não omita o artigo;
2 – Aqui é pausa de ponto final. Muito cuidado com isso. Tenha uma ideia de cada vez;
3 – Expressões explicativas sempre pedem vírgula.
Em primeira análise, muitas pessoas não possuem condições financeiras suficientes para bancarem um lugar confortável e digno para morar e(1) por conta disso(2) surgem as favelas,(3) aglomerado de moradias irregulares sem estrutura básica, com problemas de saneamento básico, violência e falta de água. Segundo o IBGE, São Paulo é o estado brasileiro que mais possui favelas, um total de 612 bairros irregulares. Entretanto, o governo do estado se omite em criar meios que ofereçam habitação de qualidade aos moradores.
1, 2 – Pede vírgula também;
3 – Aqui vai uma dica: aprenda a usar o hífen, vai aliviar a confusão que as vírgulas podem causar nos seus momentos de comentários.
Além disso, os problemas de habitação trazem à tona a desigualdade social em que o Brasil se encontra(1) onde, enquanto muitas pessoas vivem com muito pouco,(2) quase nada, outras vivem com muito. Dessa forma, os muros invisíveis aparecem mostrando que a sociedade está muito desigual. Entretanto, o único programa que dava moradia e qualidade de vida aos mais necessitados sofre com baixos investimentos desde 2018,(3) o Programa Minha Casa Minha Vida(4) segundo o jornal Brasil de Fato(5) teve o déficit de 42% no orçamento(6) tornando impossível a continuidade do programa.(7) Fortalecendo ainda mais a divisão social entre pobres e ricos.
1 – Faltou vírgula;
2 – Mais um caos em que o hífen seria adequado;
3 – Pausa de ponto final;
4 – Faltou vírgula;
5 – Idem;
6 – Idem;
7 – Erro grave aqui. Isso é uma pausa de vírgula. Quebra a leitura.
Portanto, o Ministério da Cidadania, órgão responsável por cuidar da moradia no país, deve reativar o Programa Minha Casa Minha Vida e também(1) criar um serviço de controle para moradia, em especial as das favelas, que estabeleçam parâmetros de segurança para as casas(2) tornando elas(3) mais seguras para os moradores, e(4) por meio dessas mudanças(5) (6)as moradias sejam melhoradas com o intuito de colaborar para uma boa qualidade de vida dos moradores.
1 – Sempre tenho a sensação de que “e também” é redundância;
2 – Faltou vírgula;
3 – Tornando-as;
4, 5 – Faltaram as vírgulas;
6 – Aqui devia ter repetido o “que”, que está muito distante para dar o sentido que o “sejam” merece.
Se você treinar sem consultas, talvez encontre dificuldades que não teve ao ter fácil acesso aos dados. Treine simulando as condições da prova, não perca o melhor momento para errar.
Sucesso na sua jornada!
See lessCaminhos para a inclusão digital na terceira idade
Mr.Crozma
Boa redação, está fácil de evoluir. Seu maior problema é a produtividade. 240 palavras não honram a tua boa escrita. O corretor lerá o seu texto buscando brechas. Se o texto é dissertativo-argumentativo, você não deve permitir que o corretor encontre perguntas sem respostas no seu desenvolvimento. ALeia mais
Boa redação, está fácil de evoluir.
Seu maior problema é a produtividade. 240 palavras não honram a tua boa escrita.
O corretor lerá o seu texto buscando brechas. Se o texto é dissertativo-argumentativo, você não deve permitir que o corretor encontre perguntas sem respostas no seu desenvolvimento. A principal pergunta que eu faço no seu texto é “e daí?”
E daí que o idoso é um analfabeto digital? E daí que eles compartilham fake news? E às respostas pra isso eu também pergunto: e-da-í?!
O “e daí” são as consequências, é a relevância, é a justificativa da intervenção. Aprofunde seu texto, que deve ter umas 24 linhas no caderno, perguntando-se o tal do idaí.
É produzindo mais que você garante a presença “expressiva” de conectivos, então não deixe de investir 8 a 10 linhas no desenvolvimento.
E só um comentário sobre a correção que fizeram do seu Meio. O Enem não avalia o tamanho da sua proposta. Ele avalia se tem ou não tem meio, não existe o “só isso?”. Sua proposta está perfeita para os critérios do Enem, porque demonstra conhecimento de que o Governo Federal pode mandar projeto de lei para a Câmara. Eu tenho uma dificuldade vendo vocês tratarem de “Ministérios” o tempo inteiro, muitas vezes peca em “justificativa”, do tipo… Tá, mas pq o Ministério x ao invés do Ministério y? E boa parte dessas perguntas, num texto-circuito, é respondida pelo desenvolvimento.
Seu desenvolvimento deveria apontar para uma falha do governo na educação, ao invés de deixar o corretor concluir, pela Introdução, que “da falta de escolas, há negligência estatal” – a ideia é fechar o argumento no parágrafo, retomando a introdução mesmo.
Bom, abaixo anoto todos os erros que encontrei:
O uso das tecnologias e(1) meios de comunicação, como os celulares, são(2) ferramentas excepcionais para promover novas descobertas e experiências. Entretanto, quando se trata da inclusão digital na terceira idade, há uma certa limitação corroborada pela negligência estatal e pelos perigos que a população idosa tem à(3) enfrentar nesse mundo tecnológico.
1 – Faltou paralelismo, cadê o “dos” aqui?
2 – O uso de tecnologias são?!
3 – Sem crase – por que colocou crase aqui?!
De início, ementa-se que,(1) o Estatuto do Idoso,(2) assegura o direito ao lazer, (3)saúde, (4)educação, (5)bem estar e (6)muito mais(7). Todavia, o idoso não está sendo instruído corretamente quanto ao uso das tecnologias, se tornando(8) “analfabeto” no meio digital. Infelizmente, a falta de instrutores no meio eletrônico não está apenas na família do ancião, mas também,(9) na falta de escolas que proporcionem o ensino dessas ferramentas digitais.
1 e 2 – Por que o sujeito foi isolado? Um sujeito não sobrevive sozinho;
3, 4, 5 e 6 – Tudo falta de paralelismo: à saúde, à educação, ao bem estar e a muito mais;
7 – Muito mais? Isso aqui é termo genérico e muito perigoso – lembre-se que o corretor está caçando brechas argumentativas, e está aqui um prato cheio;
8 – Tornando-se – depois de vírgula, ponto final e qualquer outra pontuação você sempre usará ênclise;
9 – Ou você destaca o “também” entre duas vírgulas, para dar ênfase a ela, ou não coloca, ok?
Ademais, a falta de informação quanto ao uso da internet pode proporcionar um ambiente inseguro. Nesse viés, o site BBC relata (1)em uma matéria(2) que a população idosa é mais propensa a compartilhar “Fake News”. Lamentavelmente, tal fato descreve o quanto a desinformação digital na terceira idade pode ser prejudicial socialmente.
1 e 2 – Adjunto adverbial vem sempre no final – quando deslocado e com três ou mais palavras, pede vírgula na frente e atrás.
Logo, com base na problemática relacionada à falta de inclusão digital na terceira idade, medidas devem ser tomadas. Cabe (1)portanto(2) ao MEC (Ministério da Educação e Cultura)(3) por meio de um projeto de lei entregue à câmara dos deputados, proporcionar aulas gratuitas de tecnologia para a população acima de 60 anos de idade. Essas aulas deverão ser aos sábados, em escolas públicas que serão equipadas com novos computadores. Espera-se (4)assim, obter uma maior inclusão digital na terceira idade.
1 e 2 – termo explicativo isolado pede vírgula na frente e atrás;
3 – Oração adverbial vai pedir vírgula também;
4 – Comeu uma vírgula do termo explicativo.
Apesar das falhas, estou de acordo com os colegas. Você escreve bem. Tá fácil pra você!
See lessO lixo eletrônico na era da obsolescência programada
Mr.Crozma
"Alguns erros que pelamor" - concordo, perder 40 pontos de norma culta por causa de erro de concordância (aspectos proporcionou, no 1º parágrafo), de pontuação (francamente, cadê a vírgula antes de "gerando", depois de "segundo dados da onu" e de "juntamente a ongs"?), além da bagunça ali no final,Leia mais
“Alguns erros que pelamor” – concordo, perder 40 pontos de norma culta por causa de erro de concordância (aspectos proporcionou, no 1º parágrafo), de pontuação (francamente, cadê a vírgula antes de “gerando”, depois de “segundo dados da onu” e de “juntamente a ongs”?), além da bagunça ali no final, que é de concordância de novo (quem orienta são os psicólogos ou é a ajuda?), uma crase logo depois, também, que pelamor… Aí completa com mais um erro de pontuação (se você separa o “com isso” com vírgula, por que não separou o “ao final”?!)
PELAMOR!!
Isso porque eu não descontei o erro do lixo eletrônico, mas que eu vou descontar na competência 3, calma que tem mais erros que pelamor!
C1: 160.
C2: 200. Essa é fácil, é só ter um repertório válido e fazê-lo render. 420 palavras deve ter rendido alguma coisa, né? Vamos pra 3 que eu quero tirar pontos.
C3: 160, pelamor…
Você começou bem, não vou negar, mas, meu, de que país assegurador de direito ao meio ambiente você está falando no segundo parágrafo? E a obra do Debord é uma ficção ou uma teoria? Bahh, teoria é lei, lei existe, não é virtual, não pode ser “assemelhada à realidade”, ela é a própria realidade suspensa, até que se chegue o caso em que ela se aplica – talvez o correto, no lugar do “analogamente” e da “realidade”, fosse dizer que a obra/teoria se aplica aos tempos atuais, ainda se aplica, e muito…
Também tenho um outro problema nesse 2º parágrafo, que é a conclusão quase contraditória. Vou fazer um esforço – e haja esforço, hein – pra considerar o tal país assegurador do meio ambiente o Brasil. Beleza, se a culpa é das imagens de um sistema capitalista que só se preocupa com o marketing, por que seria “inadmissível” um país capitalista-espetaculoso não resolver isso, já que, pela teoria, ele até incentiva? No mínimo, você precisa de um novo pra desenvolver essa ideia, que não me parece ser a melhor conclusão a que se pode chegar após a sua bela defesa de tese.
Sobre o terceiro parágrafo, um pequeno deslize: o desafio é contaminação do solo ou “o debate” sobre ele? Aho que você quis dizer outra coisa, mas é relevável.
Já sobre a conclusão, tenho um problema, que é a proposta que quebra com a sua lógica do próprio tema, que é global. Você acertou no primeiro parágrafo quando trouxe uma abordagem mundial sobre a problemática, a obsolescência programada é uma questão global, por que o agente tem que um Ministério brasileiro? O que me prepara, ao longo do texto, para ler que é possível resolver esse problema de maneira local? Até os dados, que foram ditos de forma incompleta (são 52 MILHÕES por ANO, vc não deu a dimensão correta), tratam-se de dados mundiais, e têm que ser contados assim, não existe problema de lixo algum para um único país, daí que a coerência, sinto, pedia uma proposta global, que é rara no Enem e, por isso, você foi levada a pensar em Ministérios (cuidado, então, quando o tema pedir maior flexibilidade tua nas propostas, às vezes apontar o governo brasileiro como o agente soa tão incoerente que acaba sobrando aqui, na competência 3).
C4: 200, apesar de eu ter uma consideração pra fazer. Cuidado com a repetição de sentidos que a gente espera serem pontuais, como o “analogamente” e seus semelhantes, além dos conectivos inertes, como o “dessa maneira”, “dessa forma”, “dessarte”, que não trazem uma efetiva relação de sentido e, quando aplicados no lugar em que deveria estar um com relação de sentido de fato. Eles não descontam pontos, mas são vistos como ocupação de espaço que pode te prejudicar nessas situações que destaquei.
C5: 160 (tenho quase certeza de que verba pública não é considerada um “meio”, tá mais pressuposto da ação governamental, mas isso eu vou confirmar analisando as notas que a galerinha que me pediu correção receber. A pergunta que o corretor vai fazer é “como se executam essas campanhas públicas?” – ou seja, serão palestras, aulas, entrevistas? Se eles pontuam o “por meio de verbas”, acho que você entende o que eu falei lá na mensagem sobre “o Enem matar a escrita”. Vou me dar o direito de exigir mais de você kkkk)
Acho que você está muitíssimo bem pra quem está começando o 3º ano. Desejo a você essa sede por conhecimento e que siga tendo prazer pela escrita!
See lessPELAMOR!!!!