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Os cuidados com a saúde mental no Brasil
Mr.Crozma
--------------------------------------------------------------- 1º parágrafo Essa apresentação de tema não ficou legal. Idade Média parece ter sido jogada só para você poder ter uma ideia sobre como fechar o texto, e isso nem sempre é necessário. Há outras formas de fechar o texto, com ideias conectLeia mais
————————————————————— 1º parágrafo
Essa apresentação de tema não ficou legal. Idade Média parece ter sido jogada só para você poder ter uma ideia sobre como fechar o texto, e isso nem sempre é necessário. Há outras formas de fechar o texto, com ideias conectadas ao desenvolvimento, à tese, você não precisa da Apresentação para isso. A função dela é mostrar pro corretor que você e ele estão falando a mesma língua! Idade Média ou religião provam que você está falando de saúde mental? Muito cuidado com essas apresentações, até mesmo para o corretor não bater o olho e achar que você fugiu do tema.
Além disso, não há, no Desenvolvimento, qualquer referência à palavra “possuídos”, que tinha a pretensão comparativo-introdutória e, portanto, era fundamental para a compreensão da sua tese. Os argumentos nascem em defesa da tese. Esse é um padrão que eu vi nas suas últimas duas redações: Aristóteles e Drogas têm uma ligação bem suspeita – pra não dizer inexistente -, assim como a ligação entre o descobrimento do Brasil e a emergência atual dos biomas brasileiros precisaria de uma forte argumentação, talvez sob o ângulo de traumas transgeracionais, para existir.
Proponho que seja mais flexível nessas possibilidades de introdução, recorrendo à introdução tradicional, se for necessária (Muito/Pouco se discute a respeito de..). Uma Apresentação em que eu veria mais lógica para o seu texto seria algo do tipo: “A Literatura atual é farta de estórias que narram aspectos marcantes para a saúde mental do século XXI”. Algo desse tipo se encaixaria muito mais aos seus propósitos dissertativos e, talvez, lhe proporcionassem alguma reflexão maior sobre isso.
No mais, vejo que você sabe cumprir as funções de um parágrafo introdutório.
“A Idade Média é vista como um marco na história da humanidade devido a(1) intensa presença(2) da religião na vida dos cidadãos(3). Tal contexto histórico mostra-se relevante, já que a exclusão dos indivíduos considerados “possuídos”(4) ocorre de forma análoga hodiernamente(5) com a saúde mental, o(6) qual(7) é um grande problema para a população brasileira. Nesse âmbito, torna-se imprescindível compreender as motivações da banalização dos problemas psicológicos e a falta de atendimento especializado.”
1 – Aqui o “devido” pede crase;
2 – Cuidado com o Eco (intensa presença), eu vou fazer várias observações sobre isso: você evita palavras repetidas não só por causa da pobreza vocabular, mas porque gera Eco, é horrível de ler, leia as suas redações em voz alta numa revisão;
3 – Eco (religião, cidadãos);
4 – Eco (indivíduos possuídos);
5 – Se o verbo já foi conjugado no presente, fica essa sensação de redundância, e é por isso que é melhor citar o advérbio antes, o que dá mais ênfase ao tempo que você quis destacar;
6 – O qual é a saúde? A qual;
7 – Eco (mental, qual) – aqui revela um vício para o Eco, não havia muitos motivos para você não usar a palavra “que”;
————————————————————— 2º parágrafo
Aqui no Desenvolvimento eu vejo que você entende do Tópico Frasal (TF) e o conecta aos fios soltos introdutórios (se é que você chama assim aquela antecipação de argumentos no 1º parágrafo). Isso facilita muito a compreensão do que você quer passar.
A minha maior dificuldade com a sua redação foram referências não clássicas (best-seller não é clássico, estamos de acordo?). Minha dica é que se você puder focar em referências clássicas, você vai ajudar o corretor a não se estressar caçando referências na internet, porque ô como é difícil encontrar uma resenha objetiva sobre o livro do John Green!
Eu acho que você já leu em outro comentário a ideia de argumentação que aprendi. A lógica é simples: o filme é exemplo, exemplo não é explicação. Quando você escreve esse TF, a sua primeira obrigação é explicar pro leitor o que você entende por “negligência” e “bem-estar”. Eu não posso fazer uma interpretação do filme por você, é você quem tem que me indicar qual é a sua explicação sobre o que é negligenciar, o que é bem-estar mental, e uma explicação completa pede causa e causa da causa. Por que negligenciam? Você me responde: porque banalizam. E por que banalizam? A resposta aqui é o exemplo?! Acho que esse erro vai ficar mais claro no segundo argumento.
“Primordialmente, vale ressaltar que uma boa parcela dos indivíduos negligência(1) o seu bem estar(2) mental. Sob esse viés, no filme ”Por lugares incríveis” de Jennifer Niven e Liz Hannah, há uma forte crítica a respeito do personagem Finch(3) que esconde de todos a sua dor e consequentemente a necessidade de pedir ajuda. Fora da ficção(4) a realidade não é diferente, visto que na contemporaniedade(5) as doenças psicológicas são por diversas vezes banalizadas e tratadas com menos importância que as demais. Dessa forma, a ausência de notoriedade(6) é capaz de gerar danos irreversíveis aos doentes.
1 – Negligencia, como verbo, é oxítona, sem acento;
2 – Bem-estar tem hífen;
3 – Aqui faltou vírgula, você sabe por quê?
4 – Acho que aqui você só esqueceu da vírgula;
5 – ContemporanEIdade. Estranho, eu sei;
6 – Essa palavra não ficou muito clara, acho que vc quis dizer “atenção”, porque “notoriedade” tá mais pra fama;
————————————————————— 3º parágrafo
Aqui eu acho que fica mais claro o problema de pensar no exemplo antes de pensar nas causas. Eu vou querer que você me explique por que falta atendimento especializado (e o tema é “no Brasil”) e o exemplo fala de um livro sobre uma americana, que, se eu não me enganei nas resenhas, recebe uma quantia de 100 mil reais de um bobão milionário. Aí, quer dizer, como isso pode se conectar à realidade brasileira? O que isso explica sobre a realidade dos nossos hospitais públicos? Ou, qual é a especificidade dos atendimentos especializados que dificulta a sua implementação em sistemas públicos brasileiros, no que pecam os CAPS? O exemplo não entra na explicação; exemplo esclarece, é um plus, é algo que vale, no máximo, uma linha, em vez de três. Eu queria ter acesso aos textos de apoio pra te ajudar a pensar a argumentação sem ter que levá-la ao exemplo de um livro que vem à cabeça e não necessariamente vai te dar uma argumentação interessante, seja porque são antigos, seja porque são de autores estrangeiros. Temas “no Brasil” merecem a sua atenção redobrada.
“Por conseguinte, cabe pontuar que,(1) a inércia governamental acerca do auxílio especializado contribui para a não modificação desse panorama. Nessa perspectiva, no livro ” Tartarugas até lá em baixo” de John Green, é retratada a vida de Aza Holmes(2) uma adolescente de dezeseis(3) anos que possui TOC (Transtorno obsessivo compulsivo), e regulamente(4) retém(5) acompanhamento médico. Em contrapartida(6) no cenário atual, é explícito(7) as dificuldades para obtenção de assistência(8) considerando a situação financeira dos brasileiros e o mínimo amparo dos hospitais públicos.”
1 – Não tem essa vírgula. Vírgula é exceção, você consegue justificá-la?
2 – Aqui faltou vírgula (geralmente, quando introduz uma explicação, vc vai colocar vírgula para separá-la);
3 – DezesSeis;
4 – RegulaRmente;
5 – Era essa palavra que você queria dizer mesmo? “Retém” com sentido de “possui”??
6 – Vírgula aqui, você sabe disso;
7 – As dificuldades é explícita? São explícitas as dificuldades. Ó o problema das frases invertidas…
————————————————————— 4º parágrafo
Seus argumentos falam de banalização e de falta de atendimento médico especializado. A proposta fala de medicamentos. Poxa, cadê a palavra “medicamentos” no desenvolvimento? O problema do atendimento especializado é a falta de medicamentos? Como eu posso extrair essa ideia do seu argumento? Essa contradição será descontada em alguma competência (entra como se fosse uma novidade na conclusão). Essa ideia de fazer duas propostas, pra mim, é tão problemática… Foca só em um dos argumentos e mete uma solução bem detalhada, a banalização parece ser o seu argumento mais forte, foca nele, o problema é esse mesmo, é falta de conscientização e empatia coletiva, nosso problema de saúde mental é público, é geral, é comunitário, a causa são os tabus, é isso que o filme diz e você devia enfatizar, com as suas palavras, pra sentir a própria firmeza na resolução do problema! Barateamento de remédio é um problema tão complicado quanto posterior ao principal problema que você mesma aponta no seu texto, que é o medo do diagnóstico, o medo das próprias sombras/traumas, enfim, da falta de humildade. Além disso, já comentei, aquela frase da Idade Média não passa sensação nenhuma de que o texto foi interligado do início ao fim, acho que isso você msm reconhece kkkk.
“Diante do exposto, é essencial buscar soluções práticas para reverter essa situação. A princípio, necessita-se urgentemente que o Ministério da Saúde disponibilize suporte gratuito e o barateamento dos medicados(1), por meio da criação de novos projetos direcionados aos enfermos mentais, a fim de democratizar o serviço psíquico a todos. Ademais, faz-se fundamental a utilização dos meios de comunicação(2), tal(3) como rádios, emissoras televisivas e redes sociais(4) para discutir e informar o(5) público sobre a temática. Assim, será possível superar a rejeição imposta na Idade Média.”
1 – Medicamentos? Medicados são as pessoas medicadas, não? Mas aí ficaria Eco, registre-se kk;
2 – Eu já estava com saudade do Eco (utilização, comunicação);
2 – Tais – referente a “meios”;
3 – Faltou vírgula (precede explicação – explicação é diferente de causa…);
4 – Informar algo a alguém: eis a regência de informar;
————————————————————— Minhas conclusões
Acho que teve muito erro de digitação, no geral você escreve bem.
O tema pode ter sido difícil, eu posso não ter explicado bem, especialmente sobre o problema do segundo parágrafo, e aí peço que me pergunte, porque supus que você já lera em outra correção minha e eu não quis ser repetitivo. Talvez eu tenha que ler o livro ou ver o filme pra entender completamente as suas ideias, e eu só sei que definitivamente não será isso o que um corretor Enem fará na hora da correção.
Me perdoe se eu trouxe alguma confusão. Desenvolvimentos não são fáceis e eu torço para que você tenha dúvidas e formule perguntas, é muito difícil dialogar com monólogos. Contém ironia!
C1: 120 (os Ecos, algumas frases longas, alguns erros de pontuação e, principalmente, algumas palavras que me parecem sem sentido exato);
C2: 120 (bati muito nessa estrutura, né?);
C3: 120-160 (não conheço os textos de apoio pra definir isso);
C4: 200 (não acho que o Enem seja mais rigoroso do que eu);
C5 : 120-160 (a diferença entre o bem e o mediano pra mim é tão pequena – eu considero que faria mais sentido vc focar na segunda proposta, e a segunda foi justamente a menos detalhada… Temos que pensar isso aí)
Sobre um comentário da Melissa: 330 palavras está na média de 10/12 palavras por linha, não há nada de exagerado aí, pelo contrário, há redações notas mil em que você vê facilmente mais de 400 palavras. Inclusive é contra isso que muitos de vocês estão competindo, essa média de letrinhas pequenas entre os concorrentes nota mil.
See lessLEGALIZAÇÃO DE JOGOS DE AZAR NO BRASIL-CORRIJO DE VOLTA
Mr.Crozma
Esse não é um tema Enem. Você nunca terá, no Enem, essa possibilidade de propor um não fazer, pura e simplesmente porque o Enem fala em intervenção - ação de intervir. Isso me faz imaginar que você pode estar escolhendo temas aleatoriamente ou você pode estar escrevendo para outros vestibulares. NãoLeia mais
Esse não é um tema Enem. Você nunca terá, no Enem, essa possibilidade de propor um não fazer, pura e simplesmente porque o Enem fala em intervenção – ação de intervir. Isso me faz imaginar que você pode estar escolhendo temas aleatoriamente ou você pode estar escrevendo para outros vestibulares. Não recomendo essa mistura.
E aí o que eu faço? Corrijo conforme critérios de vestibulares como a Fuvest ou peço que envie outra redação, num tema estilo Enem? A única dica que eu quero dar é essa de treinar temas Enem.
Espero que goste de estudar sociologia jurídica, criminologia, filosofia jurídica, você merece ampliar os seus conhecimentos sobre isso. Quer dizer… Tua escrita tem a cara de jurista.
See lessComo o esporte ajuda na inclusão social no Brasil do século XXI?
Mr.Crozma
Dizer que "a priori é visível" é uma contradição em termos. Se a priori significa antes da experiência, você só está no plano da imaginação, que, aliás, é péssimo de se considerar argumentativamente. O argumento é mais forte antes ou depois da experiência, da prova, do exemplo? Essa lógica de a prioLeia mais
Dizer que “a priori é visível” é uma contradição em termos. Se a priori significa antes da experiência, você só está no plano da imaginação, que, aliás, é péssimo de se considerar argumentativamente. O argumento é mais forte antes ou depois da experiência, da prova, do exemplo? Essa lógica de a priori/a posteriori no Enem enfrenta alguns olhares feios de quem entende os conceitos e pode lhe trazer problemas desnecessários.
“Em suma” também não é um conectivo satisfatório. Em algumas conclusões ele até faz sentido, mas numa conclusão propositiva você não está prestes a resumir; você está trazendo uma consequência lógica de toda a sua problematização. Do contrário, você está se dispondo a escrever uma frase-ideia repetida nesse Tópico Frasal da conclusão.
Bah, “é mister a necessidade” me parece ser redundante. Não sei se concorda…
Eu vejo que você faz a técnica de causas e consequências com exemplificação. Só que a sua técnica está distribuída de uma maneira um pouco diferente da que aprendi.
Quando eu leio o seu Tópico Frasal, eu pergunto a ele “por quê?”, e ele não me responde de primeira. Isso importa pra sensação de solidez argumentativa que você quer passar pro leitor.
A estrutura que eu aprendi é a seguinte:
Ideia (Tópico Frasal)
Explicação
Aprofundamento
Ao invés da causa imediata, o texto suspende a argumentação pra dar um exemplo ou uma citação que seriam mais interessantes no meio do parágrafo, porque são aprofundamentos, não explicações do SEU argumento.
E veja: seu exemplo está muito grande. Imagina que o Exemplo ideal tem que gastar só uma linha, porque uma boa explicação anterior já o faz se encaixar perfeitamente no seu argumento. Você está sentindo essa necessidade porque cita o exemplo antes de dar a causa do seu argumento.
Da mesma forma, a citação parece não estar encaixando tão bem logo de início. Vale a pena testar essa inversão de que falei acima.
Quando a gente fala que é Desenvolvimento é igual a Tópico Frasal + Aprofundamento, a gente está levando em consideração que o Aprofundamento já está incluindo a causa, e muitas pessoas não levam isso em consideração quando falam que se deve fazer Citação, Exemplificação ou Dados. Eles são complementos da explicação, a ideia é eles apareçam no meio ou no final do parágrafo, como suportes.
Inclusive essa ideia de pensar no Exemplo como complemento te ajuda a se virar argumentativamente em temas para os quais você não tenha exemplos e, consequentemente, não tenha que inventar e eventualmente tangenciar o tema.
Pense que “TF + Causa + Causa da Causa + Consequência + Consequência da Consequência” é a estrutura base que já serve para garantir o argumento forte.
Divirta-se considerando essas palavras e essa mudança de ordem nos parágrafos, se quiser né. Espero que eu tenho sido convincente e claro.
Quando você tiver segurança da sua estrutura, dificilmente sentirá necessidade de escrever o texto inteiro com tanta frequência, pra poupar tempo e focar nas outras disciplinas do seu vestibular. Eu imagino que você queira coisa grande, resolve essa questão estrutural logo.
See lessAdolescência e o despertar para o exercício da cidadania.
Mr.Crozma
Tema apropriado! Agora vai. ----------------------------------------------------------- Comentários iniciais Tem gente que consegue escrever 400 palavras na redação Enem. Eu já li uma redação nota mil com 499! Ah, a sua tem 328, performance média entre 10-12 palavras por linha; aceitável, pois. NãoLeia mais
Tema apropriado!
Agora vai.
———————————————————– Comentários iniciais
Tem gente que consegue escrever 400 palavras na redação Enem. Eu já li uma redação nota mil com 499! Ah, a sua tem 328, performance média entre 10-12 palavras por linha; aceitável, pois.
Não vejo problema de norma culta no “Primordialmente”, mas há um problema lógico que você deve evitar. A ideia de “primeiro”, numa dissertação-argumentativa, é sobre o primeiro argumento, a primeira ideia. Num texto expositivo, a primeira “exposição” faz sentido ser a Introdução.
Veja que criou um conflito com o conectivo do segundo parágrafo: afinal, o que vem primeiro aí?! Inclusive, esse lance “Primeiramente” no segundo parágrafo vem da ideia de que vários argumentos eram listados com 03 parágrafos de Desenvolvimento.
Dependendo da estrutura, pode ser mais interessante pensar não dar o conectivo, justamente pra passar uma ideia de transição natural, já que, como exemplifico abaixo, a ideia da Introdução não foi concluída no parágrafo introdutório:
…Introdução termina:
“… desafios que têm como base dificuldades informacionais e
administrativas.”
…Desenvolvimento 1 começa:
“Há um excesso desafiador de informações disponíveis.”
… Desenvolvimento 2 começa:
“Por sua vez, a má performance da política educacional brasileira
evidencia-se na sua omissão.”
Enfim, mudei um pouquinho as suas palavras, só pra mostrar que o primeiro parágrafo pode criar uma expectativa de continuação/explicação dos ‘fios soltos”. É por isso que fiz uma observação sobre esses fios soltos – ou seja, a expectativa argumentativa que você cria na Introdução – estarem no meio do parágrafo, em vez de no final. Só agora consegui entender o que estava acontecendo naquela outra redação. Vou tentar explicar direitinho a seguir.
———————————————————– 1º parágrafo
“Primordialmente, é válido afirmar que a educação estimula o exercício da cidadania, além de preparar os jovens para o mercado de trabalho. Entretanto, a educação passa por desafios que surgem como base: o excesso de informações tecnológicas no ensino e a omissão do Governo, no que tange,(1) a área de ensino-aprendizagem. Desse modo, surge(2) como maior consequência,(3) o baixo nível de aprendizagem para exercer uma cidadania correta e a falta dos mecanismos necessários para um conhecimento adequado.”
— O Lucas comentou que você poderia explicar o conceito de cidadania. Ele está certo: o que ele queria era a apresentação do tema!
Você tem que se inspirar no seguinte sentido: imagine que alguém pegue a sua redação num chão de praça e precise entender do que você está tratando, já no primeiro parágrafo, pra não pegar o papel e jogar no lixo.
A missão da sua primeira frase é mostrar pro leitor que você e ele se entendem, tão falando e pensando sobre a mesma coisa. Então, mais do que conceituar a cidadania, cabia à Introdução apresentar o tema, o problema que você quer abordar.
Por isso a técnica tradicional: “Muito se discute sobre a consciência cidadã do adolescente em formação”.
Consegue perceber que essa contextualização precede a afirmação de que “a educação estimula o exercício da cidadania”? Essa sua frase inicial, na verdade, é uma parte da tese. Como ficaria muito pequena a sua Introdução, você colocou uma conclusão, em forma de consequência, cujo lugar já estava definido no Desenvolvimento.
A ideia da Introdução é esta: termine com fios soltos para serem puxados no Desenvolvimento, os fios soltos estão no meio da sua Introdução e você tá sentindo necessidade de concluir esse 1º parágrafo porque não está apresentando o tema devidamente. Uma das formas evoluídas de Apresentação do tema é a Introdução por Definição sugerida pelo LucasGabriel.
1 – O “no que… a” pede a preposição a – nesse caso, a crase -, e essa vírgula aqui não existe, ou seja: no que tange à área;
2 – Repetição de palavra, e eu achei o primeiro “surgem” ruim, eu preferia o “têm”;
3 – “como maior consequência” é a expressão deslocada: vírgula atrás e na frente, portanto;
———————————————————– 2º parágrafo
“Em primeira análise, cabe pontuar que desde a década de 1940,(1) a sociedade atribuiu às escolas a responsabilidade da formação dos jovens, tanto para exercer uma cidadania correta quanto para o mercado de trabalho. Todavia, devido o(2) excesso de informações tecnológicas no ensino, os mecanismos do conhecimento transformou-se(3) em desafios, que está(4) presente na sociedade atual. Como resultado, trouxe(5) de forma visível à(6) desigualdade na construção de uma sociedade, no que se refere,(7) à realização precisa da cidadania.”
— A Ninadeath está parcialmente correta. Você não explorou o centro do argumento porque não o colocou como centro do argumento. Explico: a função do Tópico Frasal é apresentar o seu argumento na sua forma mais pura, para, a partir dele, aprofundar. Argumento = Tópico Frasal + Aprofundamento. Essa primeira frase tem uma função introdutória que também não existe, e acho que você sentiu essa necessidade porque concluiu a sua Introdução. Enfim, tente realocar as suas peças para não passar essa sensação de confusão entre argumentos ou essa insuficiência argumentativa. Como o excesso de informações gera desigualdade? Quais são esses desafios? Como o excesso de informações atrapalha o exercício da cidadania pelos jovens? São essas algumas das perguntas que ficaram abertas no parágrafo.
1 – Mesmo problema do “3” anterior;
2 – Devido ao. Dever é verbo transitivo direto e indireto: devo algo a alguém, devo a alguém algo;
3, 4 – Aqui uma sequência de erros de concordância, que que aconteceu? Mecanismos transformaram-se; desafios que estão presentes;
5 – Sujeito muito distante, revele o sujeito: isso trouxe;
6 – Aqui é sem crase;
7 – Aqui também não tem vírgula, assim como no “1” da Introdução;
———————————————————– 3º parágrafo
“Outrossim, evidencia-se a omissão do Governo como impulsionador do problema. Segundo o filósofo Michael Montaigne(1): ‘’A mais honrosa das ocupações é ser útil as(2) pessoas’’,(3) no entanto, de maneira análoga(4) ao pensamento do filósofo, as atuações governamentais se opõem ao desenvolvimento de ações destinadas ao ensino. Dessa forma, as consequências que surgem na construção do conhecimento são visíveis. Comprova-se a exposição do argumento acima(5), o fato das(6) escolas brasileiras qualificarem os alunos para o ano seguinte sem os devidos conhecimentos, trazendo(7) consigo problemas,(8) que afetam as relações sócias(9) e acadêmicas.”
— Esse aqui já está mais organizado, justamente por causa do Tópico Frasal que você fez. Essa estrutura daqui (TF + Aprofundamento) é pra ser repetida no outro parágrafo argumentativo.
1 – Michel de Montaigne;
2 – “Ser alguma coisa a alguém” – aqui tem crase;
3 – Aqui era pausa de ponto-e-vírgula ou ponto final. Esse “no entanto” está à deriva;
4 – Aqui você quis contrastar, não comparar: “em contraste ao…”;
5 – Eita conectivo extenso, conhece o “Isso porque”? Use-o.
6 – O fato de as escolas. Você não conhece núcleo de sujeito algum que seja precedido por preposição. Se o sujeito de “qualificarem” é “as escolas”, trate de separar o artigo da preposição;
7 – Quem está trazendo? Pelo contexto dá pra entender, mas construa as frases de maneira a não depender do contexto para ser entendida, gerúndio tem desses problemas, evite-o.
8 – Aqui a vírgula muda o sentido da palavra “problemas”: recomendo estudar as orações adjetivas;
9 – Sociais… Imagino que tenha sido erro de digitação;
———————————————————– 4º parágrafo
“Em síntese(1), é dever do Ministério da Educação,(2) atuar através de um melhor investimento nas escolas brasileiras, visando transformar o ambiente tecnológico em um ambiente onde o convívio social predomina. Bem como(3), o desenvolvimento de programas que por meio de palestras escolares(4), visem(5) aumentar as atuações governamentais(6) aos órgãos estudantis. Na sequência, (7)atuar através(8) de uma reforma pedagógica em todos os níveis de ensino. Dessa maneira, os educadores transformarão os adolescentes em verdadeiros cidadãos étnicos(9) e críticos. Feito isso, a sociedade se fortalecerá.”
1 – Sua conclusão não faz um resumo – sugestão que dou a todos os meus alunos: sob esse prisma;
2 – Sem essa vírgula aqui;
3 – “Bem como” não inicia frase; explico se vier a reiterar este erro;
4 – “por meio de palestras escolares” é a expressão descolada: tem vírgula depois e antes;
5 – Palavra repetida desnecessariamente: busquem, procurem, aumentem…
6 – Aqui você queria dizer “junto aos”, né? Comeu palavra;
7 – Quem tem que atuar??
8 – Repetido e equivocado: “através” tem um uso tão especial que dificilmente é usado corretamente. Prefira: por meio de, junto a, com, ao lado de, e outros;
9 – Ético é uma coisa, étnico é outra;
———————————————————– Minhas Conclusões
Acho que muito da dificuldade que você teve para construir esse texto vem dessa confusão entre Introdução e Desenvolvimento. A Apresentação do tema define muita coisa, eu consigo imaginar você confundindo tese com fio solto aí! Tese não é a causa do seu adjetivo; a tese é o seu adjetivo! Qual é o adjetivo? A educação passa por desafios, a educação está em crise, o despertar está em crise, o despertar é criticável; adjetivo: criticável.
Recomenda-se que a Tese seja destacada numa única frase em separado, ou seja, aquele dois-pontos ali no meio da Introdução, de alguma maneira, viriam como um ponto final. Isso vai mudar toda a sua forma de estruturar a Introdução, mas achei importante, principalmente pra organizar o 1º parágrafo de desenvolvimento, que omitiu a conclusão porque essa conclusão foi posta na Introdução. No 2º parágrafo vc parece ter feito até um esforço pra não repetir a expressão “conhecimento adequado”, mas se a gente faz uma leitura só, a gente já perdeu o fio da meada…
Enfim, torço para que eu tenha me feito minimamente entendido, essa adequação da teoria à prática é a parte mais difícil e me coloco à disposição pra entender o que quer que você não tenha entendido.
C1: 120, muitos errinhos;
See lessC2: 80-120 também;
C3: 120, não houve contradição;
C4: 160, teve algumas inadequações sim;
C5: 160, teve mais propostas do que detalhamentos
A questão da mobilidade urbana.
Mr.Crozma
Obrigado por informar o vestibular, facilita muito a avaliação! nunca corrigi carta, sempre ouvi dizer que as notas são altas quando se obedece à lógica de uma carta. Fiz 4 observações que podem tirar o 10 de você. -- Sobre o "prezado": a relação de moradores para com qualquer chefe do Legislativo éLeia mais
Obrigado por informar o vestibular, facilita muito a avaliação! nunca corrigi carta, sempre ouvi dizer que as notas são altas quando se obedece à lógica de uma carta. Fiz 4 observações que podem tirar o 10 de você.
— Sobre o “prezado”: a relação de moradores para com qualquer chefe do Legislativo é de distanciamento, de respeito; talvez um Digníssimo soasse melhor aqui. E “Senhor”, com certeza.
“Como moradora e dependente do transporte público da cidade de Lândia, solicito essa carta ao senhor Presidente da Câmara Municipal, pedindo melhorias na questão da mobilidade urbana, pois, muitas vezes gasto mais de duas horas no caminho de minha casa ao trabalho.”
— Você não está solicitando uma carta, mas enviando-a, encaminhando-a.
— Faltou uma vírgula depois do “muitas vezes.
“Cabe então ao Sr. analisar estas situações e agir conforme os benefícios da população.”
— Eu não sei dizer se estou sendo rigoroso ou não, mas a atribuição do Poder Legislativo não é executar obras, mas criar leis e fiscalizar o Poder Executivo por meio de, por exemplo, CPIs. Talvez você devesse enfatizar isso.
Mas, assim, talvez, talvez… É muito difícil tirar nota baixa em Carta, ou ver um corretor sendo rigoroso nesses estilos diferentes, a não ser que UEM tenha um vestibular difícil. Foi coerente com os textos de apoio e obedeceu à estrutura.
Não tenho parâmetros pra dar nota, infelizmente :/
Quanto pesam 2 erros leves de português?
Quanto pesa uma possível falta de formalidade no endereçamento?
Quanto pesa uma proposta dúbia em relação ao que o destinatário poderia fazer?
Eis as questões!
See lessA mobilidade urbana e seus impactos na sociedade brasileira
Mr.Crozma
A Nat não está totalmente errada na correção dela, mas quero te mostrar alguns erros que descontam ponto, e outros que podem te complicar, mais cedo ou mais tarde. Já adianto que a correção ficou extensa por conta de erros repetidos, cuja maioria é reparável se você passar a escrever frases mais curLeia mais
A Nat não está totalmente errada na correção dela, mas quero te mostrar alguns erros que descontam ponto, e outros que podem te complicar, mais cedo ou mais tarde. Já adianto que a correção ficou extensa por conta de erros repetidos, cuja maioria é reparável se você passar a escrever frases mais curtas.
Frases curtas facilitam a leitura, organizam os seus pensamentos, possibilitam uma respirada e evitam os erros de pontuação que eu fiz questão de apontá-los na totalidade que eu consegui perceber durante esta madrugada. Quer uma dica, antes de começar a ler o que escrevi? Faça você mesmo uma revisão e use esta correção-aula como gabarito.
Entre aspas, o seu parágrafo; abaixo, meu comentário; numerados, erros de norma culta explicitados ao final.
—————————————————————— 1º parágrafo
“De acordo com a constituição federal de 1998(1), o direito de ir e vir é uma das garantias fundamentais do cidadão, mas lamentavelmente isso não é garantido para todos, já que a mobilidade urbana no Brasil é precária. Visto que(2) com o aumento das passagens de ônibus e sem um meio de locomoção de qualidade,(3) as pessoas optam a comprar um transporte particular, assim aumentando a frota de carros nas grandes cidades.”
— Você começou o texto já dando causas e consequências, isso vai te embaralhar no desenvolvimento. A introdução só dá indícios da argumentação que pretende desenvolver! Em outras palavras, se você pensar em usar conectivos de explicações já na Introdução, desconfie que está tirando do Desenvolvimento alguma ideia primária, e isso tem importância pra organização de um texto argumentativo.
1- Constituição Federal refere-se com letra maiúscula, e foi criada em 1988. Confunde isso não, ela fez 30 anos recentemente, não 20. Democracia jovem, mas não tanto;
2 – “Visto que” não inicia frase. Pensa que uma frase tem que fazer sentido por si mesma, pelo menos na formalidade: “E”, “Mas”, “Porém”, todos esses são conectivos que dependem de outra oração, daí que não podem ser cortados dessa outra com ponto final!
3 – Aqui você fez a explicação da explicação. É importante separar com vírgulas antes e depois, pra não misturar as frases. Você sentiu a necessidade de colocar a vírgula depois, tem que colocar antes também. No caso, depois do “visto que” tem vírgula!
—————————————————————— 2º parágrafo
“As manifestações ocorridas em 2013, pelo o(*) aumento de 20 centavos(1), foi(2) o exemplo de que a população precisava dos transportes públicos, mas muitos dos modais têm péssimas qualidades e com(3) pouca segurança, além de que(4) a rede de transporte pública(5) não atinge todos os pontos periféricos, o serviço não é de excelência e ainda é excludente. A dificuldade das pessoas que apresentam necessidades especiais, por exemplo, mantém uma relação íntima com a mobilidade urbana, assim(6) segundo uma pesquisa feita na cidade de São Carlos em 2004,(7) mostra(8) que apenas 20%(*) das frotas de ônibus eram adaptadas para cadeirantes,(9) dessa forma, deixa(10) claro(11) que os transportes públicos não são para todos.”
— O ponto final vai fazer muita diferença no Desenvolvimento. A começar pela importância de se destacar o Tópico Frasal, que é o argumento propriamente dito, que é o que mais tem que ser destacado, até para o corretor detectar a sua estratégia argumentativa. Esse Tópico Frasal te ajudaria a perceber, por exemplo, que a relação entre “a população protestar por melhores transportes públicos” e “os modais têm péssima qualidade” não há uma relação adversativa, como sugere o “mas”: é uma relação causal. O exemplo não é lá essas coisas não kkkkk depois de 2013, o povo que foi na rua ficou quietinho – aqui no rj: 2,75 à época; hoje, 4,05. Aquele povo usava transporte público mesmo?
* – Só vi depois de corrigir o parágrafo inteiro… “Pelo o” não existe. Pelo = por + o;
1 – Vinte. Recomenda-se que números com até duas sílabas sejam escritos por extenso;
2 – Errado não está, mas recomenda-se, nesses casos, que concorde com a palavra em plural (As manifestações);
3 – “Com” nada, o “têm” tá implícito aí. Corta o “com” e a frase fará sentido.
4 – Sempre que puder evitar o “que”, é melhor, ainda mais nesse caso, em que o “que” surge para evitar a distinção de sujeitos. Olha como seria: “Além de a rede de transporte público não atingir”, que é bem mais formal;
5 – São os transportes que são públicos, não a rede – concordância com os transportes;
6 – Aqui o seu hábito de escrever sem ponto final cria um problema. Impossível você ler esse “assim” depois de fazer uma pausa com vírgula. Ali é pausa de ponto final – vou falar disso mais à frente. Esse “assim”, por si só, já justificaria uma vírgula depois dele, mas tem mais…
7 – Aqui aconteceu o que aconteceu lá no 1º parágrafo, explicação da explicação, lembra? A vírgula após o “assim” tinha justificação dupla! Só que colocar a vírgula ali seria deixar o “assim” à deriva, daí a importância do ponto final antes dele;
8 – Quem mostra? O “segundo” tira dessa frase (as pesquisas) o caráter de sujeito. Tira o “mostra que” e você vai ver que a frase continua fazendo sentido;
* Aqui é pra escrever como número, antes que eu crie essa dúvida, lê-se “vinte-por-cento”: não são sílabas, afinal!
9 – Novamente, cadê o ponto final? Imagina a frase sem o “assim” lá atrás: esse “dessa forma” não poderia estar se referindo à oração anterior? Ponto final define sentidos, fecha ideias!
10 – Quem deixa? Sujeito desconhecido: deixa-se.
11 – Ahh sim, deixo nada, “deixar claro” é oralidade: evidencia-se, conclui-se, observa-se!
—————————————————————— 3º parágrafo
“Com o aumento das frotas de carros nas grandes cidades acabam(1) causando(2) grandes problemas,(3) uma pesquisa feita pela FGV diz que,(4) a frota de automóveis no Brasil cresceu cerca de 400% nos últimos 10 anos, esse número denuncia a falta de políticas públicas. O engarrafamento é um exemplo cotidiano que acontecem(5) com as pessoas que moram nas grandes cidades, em(6) uma reportagem feita pela emissora Band mostra,(7) que(8) quando chega(9) horário de pico, a velocidade alcançada por cada carro é de aproximadamente 10 km/h, a(10) medida que carros se aglomeram(11) uma intensa poluição se acumula, assim(12) prejudicando ao(13) meio ambiente.”
— A argumentação tá ótima, com uma advertência que eu vou fazer lá no final, mas os errinhos bobos de pontuação, repetidos inclusive, situações que eu tenho certeza que você vai aprender a identificar e não vai mais cometer se se habituar às frases curtas.
1 – O “com” efeito do “segundo”, aí é inevitável perguntar: quem acabam?!
2 – “Acabar causando” é oralidade, acaba o quê? Use: ocorrem, surgem;
3 – Aqui era a hora de brilhar com um ponto final. Tópico Frasal destacado! É curioso de onde vem esse vício de escrever sem pausas, eu também o tinha, é normal;
4 – Vírgula não separa o “que” da sua respectiva oração;
5 – “Que” substitui “um exemplo”, então o verbo deveria estar no singular;
6 – Corte o “em”. Uma reportagem mostra, mas numa reportagem se mostra! Vou ter que explicar…
A função da preposição é ligar dois termos, então sua posição natural (na frase de ordem direta) é o meio da frase: depois do sujeito, antes do complemento indireto. Isso significa que a preposição nunca antecede um sujeito! Daí que o verbo nunca vai concordar com o suposto sujeito preposicionado.
“O Flamengo venceu o Vasco” é uma frase confusa, porque não se sabe qual é o sujeito (a frase pode estar invertida), mas se “o Flamengo venceu do Vasco”, sabemos quem venceu o jogo de verdade, só por causa da preposição.
De, com e segundo são preposições;
7 – Vírgula não separa o “que” do seu complemento direto;
8 – “[…], quando chega o horário de pico,[…]” Frase explicativa deslocada, misturada, quase sempre é separada por vírgula;
9 – É importante colocar sempre o artigo no texto. Chega o horário de pico;
10 – À medida que. Na medida em que. Crase no primeiro caso. Sem ela, a frase pode ter outro sentido;
11 – Faltou vírgula aqui;
12 – Aqui tem aquele mesmo problema de pontuação;
13 – Prejudicar é verbo transitivo direto. Quem prejudica, prejudica alguém.
—————————————————————— 4º parágrafo
Conclui-se então(1) que medidas devem ser tomadas, o governo deve aplicar as verbas destinadas ao transporte, construindo ou ampliando ciclovias, incentivar a população sobre a carona solidária e promover programas de incentivo sobre o desenvolvimento sustentável, por meio das redes sociais ou através das escolas, isso faz com que o engarrafamentos diminua(2) e as pessoas optem a(3) utilizar,(4) transportes públicos com mais frequência, assim(5) fazendo valer(6) oque(7) está escrito na constituição(8).
— Finalidade propositiva devidamente cumprida, e ai de você se não citasse as ciclovias. O ciclista aqui agradece.
1 – Vírgulas;
2 – Plural ou singular isso aqui!?
3 – Quem opta, opta por;
4 – Por que essa vírgula?
5 – Já falei exaustivamente sobre isso;
6 – “Fazer valer”, marca de oralidade: concretizando, respeitando, praticando…
7 – Espero que tenha sido erro de digitação;
8 – C maiúsculo de novo.
——————————————– Minhas conclusões
Não estrague o teu potencial com essas dificuldades de pontuação! É sério, se tu tirar menos de 800 no Enem eu vou ficar bolado.
A aposta em dados é PERIGOSA. Você cita muitos dados, e talvez os tenha só porque os consultou recentemente. Esteja preparado para um tema difícil, para o qual os dados não estarão em sua memória!
Espero ter sido bem enfático em relação à sua norma culta. Queria até que a Nat lesse kk.
Sua nota não seria tão ruim, mas imaginando um tema truncado, a insegurança com vírgulas ampliaria o teu estresse e a tua confusão. Foca nisso nas próximas semanas.
Deu trabalho kkkk
See lessMudanças climáticas
Mr.Crozma
Nossa, essa é a segunda redação que eu leio aqui com essa estrutura, isso me faz desconfiar que tem alguém ensinando assim. Eu gostaria até de saber quem tá fazendo isso, porque o método de causas e consequências é método de desenvolvimento do argumento, é tão método quanto exemplificação, citação,Leia mais
Nossa, essa é a segunda redação que eu leio aqui com essa estrutura, isso me faz desconfiar que tem alguém ensinando assim. Eu gostaria até de saber quem tá fazendo isso, porque o método de causas e consequências é método de desenvolvimento do argumento, é tão método quanto exemplificação, citação, dedução; ou seja, espera-se causas e efeitos no D1 e causas e efeitos no D2!
Se você tem motivos para confiar plenamente na estratégia que você domina, ignore o que escrever abaixo.
——————————————– Observação sobre Estratégia Argumentativa
Do jeito que está estruturada, a argumentação desaparece, e o que era pra ser discussão passa a ser apresentado como fato.
Por exemplo, sua tese diz, em outras palavras, que é importante que as pessoas tenham consciência do aquecimento global.
Aí o corretor pergunta: por quê você acha que isso é importante?
Então você responde que o seu argumento são as queimadas (1) e que os causadores das queimadas estão sendo protegidos (2)
(1) O Tópico Frasal é a resposta direta à tese, é o Tópico Frasal que vai ser desenvolvido.
Aqui tem um primeiro problema de contradição com a outra parte da tese, ignorada no Desenvolvimento, que atribui a culpa à própria população, além não responder diretamente à pergunta “por que é importante que as pessoas tenham consciência?”
Esse parágrafo responde à pergunta timidamente com o Exemplo do Pantanal, e o texto parece ter se distanciado de atender à tese quando elegeu como “fios soltos” a falta de regulamentação (que explica o aquecimento global, mas não explica por que a população precisa saber do mesmo – e esta, não aquela, parece ser a tese, por causa do “infelizmente”), além da (2) omissão midiática (que explica a falta de conhecimento, mas não enfrenta o porquê de a população precisar saber).
Nesse sentido, pensar que o Desenvolvimento gira em torno da tese tem implicações estruturais, que demandam uma estrutura clara, que é até difícil de explicar quando embaralhada.
A estrutura que se ensina, normalmente, sobre o método de causas e consequências é:
TF + Desenvolvimento (causa, causa da causa; consequência, consequência da consequência), podendo esse Desenvolvimento variar uma dessas partes pra colocar um exemplo, um dado, uma citação… Estrutura essa que se repete no parágrafo seguinte.
——————————————————————— Norma Culta
Bom,
No geral, a redação foi muito bem escrita, tem alguns outros errinhos que eu vou destacar agora.
“O ”aquecimento global”(1) é um fenômeno geográfico em que gases poluentes são produzidos em excesso e se mantêm na atmosfera, o que provoca as mudanças climáticas tão recorrentes no mundo. Em suma(2), esses gases são provocados, em grande parte, pela população e, infelizmente, as pessoas não têm conhecimento de sua origem. Nesse viés, é necessário discutir as raízes do problema(3) que se dão não(4) só pela falta de regulamentação nas leis, mas também pelo(5) ignorância do governo e das mídias para com a questão.”
1 – Sem aspas, cuidado com a impressão que passa, o aquecimento é real;
2 – Mal começou a redação e já está resumindo?! Dificilmente você vai ver um conectivo de resumo/síntese no primeiro parágrafo – procure passar a ideia de continuidade, de contexto (conteualização) feito. Nesse contexto, nesse sentido…
3 – Eu acho que ficaria melhor com uma vírgula aqui;
4 – Bah, a gente evita palavras repetidas por causa do Eco, ão ão é brabo de ler – sugestão: ocorrem não;
5 – Aqui de digitação, né?
Em primeiro plano, as queimadas são as principais causadoras das mudanças climáticas que atuam no Brasil. Um exemplo disso são os incêndios no Pantanal feitos ilegalmente em Setembro de 2020 e que influenciaram no clima, aquecendo todo o país. Dessa forma, se vê(1) uma carência crítica na regulamentação das leis, visto que,(2) as queimadas continuam a acontecer e(3) em lugares que deveriam ter maior proteção, pois o Pantanal é uma importante área florestal presente apenas no Brasil.
1 – Aqui é puro capricho linguístico, pelo menos depois de vírgula use assim: vê-se;
2 – Escreva o “visto que” como se fosse “já que”, não tem essa vírgula separando o que do resto da oração;
3 – Esse “e” parece desnecessário, mas se a intenção era essa e, portanto, dar ênfase à oração seguinte, precisava de uma vírgula antes desse “e”.
Ademais, é inegável que um dos causadores dessa situação questionável está sendo ”disfarçado”(1) pelas mídias e o governo. De acordo com o documentário ”Cowspiracy”, mais de 8(2) ONGs de proteção ambiental ignoram o fato de que o agronegócio é o responsável pelas diferenças no clima, pela devastação das terras e pela produção do gás metano. Resumidamente(3), essas informações não são compartilhadas com o povo, pois o agronegócio atinge todo o mundo com recursos alimentícios e, para não degradar as estruturas de poder econômico do Brasil, o governo e as mídias optam, lamentavelmente, por omitir tais informações.
1 – Evite usar aspas para palavras de que você insegura se são coloquiais ou não, tente buscar a palavra mais formal possível e a escreva naturalmente – as aspas não anulam a aparência coloquial de palavra;
2 – Números simples (um, dois, três… treze – pula o 14 -, quinze, vinte, trinta… Acho que me fiz entendido – até duas sílabas pelo menos) são escritos por extenso;
3 – Resumidamente é um conectivo que pode causar má impressão, você tá reclamando que não tem espaço pra desenvolver e aí tem que resumir? É mais ou menos essa impressão que a gente não quer passar;
“Com vista no que foi mencionado(1), é inaceitável que os fatos continuem a danificar o bem estar do planeta. Portanto, o Ministério da Agricultura, com o apoio da população pelas redes sociais, deve interferir nesses acontecimentos e criar um programa de preservação das florestas brasileiras com a reunião de equipes militares que irão combater as queimadas ilegais, por meio de verbas do governo. Além disso, através das redes sociais serão exibidos e compartilhados documentários sobre os incêndios e o clima e, assim, será possível diminuir os efeitos das mudanças climáticas no Brasil, evitando que o aquecimento global alavanque no país.”
1 – Só uma sugestão: sob esse prisma;
Esse tema das queimadas só vai ter solução com a participação do povo mesmo; enquanto fizer sentido pro governo desmatar essas áreas e agradar agricultores que estão lucrando rios com exportação a dólar alto, a gente se sente meio ridículo por fazer propostas que demandem atitudes do próprio governo que apoia implicitamente o desmatamento ilegal. Ministério da agricultura… Esse devia ser um tema do ministério do meio ambiente, mas né?
Enfim, sua nota é alta, mas não sei se daria mais de 900, como a ninadeath, muito por causa da competência 2 e, provavelmente, a 3.
See less“Energia e sustentabilidade no Brasil: desafios na diversificação da matriz energética”
Mr.Crozma
Não perca de bobeira os pontos da norma culta, acho que teus foram mais por distração do que por desconhecimento. Não deixe de fazer uma revisão por conta própria, Diversifique os seus conectivos, no sentido de evitar com que se bata o olho na sua redação e verifique-se um padrão de conectivos "dessLeia mais
Não perca de bobeira os pontos da norma culta, acho que teus foram mais por distração do que por desconhecimento. Não deixe de fazer uma revisão por conta própria,
Diversifique os seus conectivos, no sentido de evitar com que se bata o olho na sua redação e verifique-se um padrão de conectivos “desse, nessa, nesse” – trazer um “logo”, um “por conseguinte”, “isso porque”, “assim sendo”, isso alimenta uma leitura menos reparadora dos padrões conectores, demonstra mais riqueza vocabular.
Desconfio sinceramente que você teria um dado tão preciso como 36,4% na hora do Enem, ainda mais de um site, o que me faz sugerir que você não deixe de se testar, fazendo a redação sem ter esses dados tão frescos na memória, no caso de vir um tema sobre o qual você não tenha dados tão específicos – os temas do Enem têm dado uma guinada ao aleatório/inesperado nesses últimos anos.
C1: 160. Vários pequenos erros, alguns reiterados, sem prejudicar tanto a leitura:
Possui (2ª linha) – foi realizada; logo, possuía
Pontuação (4ª e 6ª linhas; )
Erro de digitação (7ª e 12ª linhas)
Estado (12ª linha) – letra maiúscula quando tiver sentido de Governo
“Que” desaparecido (14ª linha)
Foucault (16ª linha) – bah que tu comeu os “u” dele kkkk
Pontuação (16ª e 18ª linhas)
Existem (16ª linha) – é o verbo haver que se mantém no singular nesses casos
Acerca (17ª linha) – escreve-se junto
Oralidade (20ª linha) – deixar de lado? Não sei se concorda, mas se puder evitar…
Pontuação (22ª e 23ª linhas)
Ministério (22ª linha) – maiúsculo
Informem (23ª linha) – o sujeito são podast e hashtag
Fósseis (24ª linha)
C2: 160.
Senti falta do fechamento da ideia do segundo parágrafo (uma consequência de o Estado não diversificadas: esse é óbvio que fecha a ideia e torna o argumento forte, retoma a tese, torna o texto circuito, facilita a justificativa da proposta).
Seu segundo argumento teve até um probleminha maior. A lacuna de informação desinformação, isso é redundante, mas faltou especialmente demonstrar por que, especificamente nesse caso, a ideia do Foucault se encaixa; em outras palavras: o povo informado se preocuparia com a sustentabilidade, venceria interesses capitalistas?
Por fim, o Rio+20 não merecia um final mais digno ou ter mais participação nas argumentações? Essa minha observação se conecta com o que falei há pouco, a ideia é escrever um texto bem costurado, ligar esses pontos mexe nessa e na próxima competência.
C3: 200. Leitura muito agradável de se fazer, tirando os errinhos de português.
C4: 160. Só pela falta de diversidade a que já me referi, há quem possa discordar.
C5: 200. Quero apenas acrescentar que geógrafos e pesquisadores não são “meios”, mas colaboradores, apoiadores, aliados científicos para uma questão que precisa sim de suporte cientista.
Isso aqui dá mais ou menos uns 900, te imagino recebendo 180 em um monte dessas competências.
See lessDesigualdade social no Brasil.
Mr.Crozma
Meu amigo, essas letras cabem na folha sim, mas forçando muito, letra bem pequena e difícil de agradar um leitor apressado como é o corretor Enem. Se você consegue escrever uma ótima redação com 400 palavras, e se isso significa que você terá mais tempo para resolver as questões e menos espaço paraLeia mais
Meu amigo, essas letras cabem na folha sim, mas forçando muito, letra bem pequena e difícil de agradar um leitor apressado como é o corretor Enem. Se você consegue escrever uma ótima redação com 400 palavras, e se isso significa que você terá mais tempo para resolver as questões e menos espaço para perder pontos em norma culta, sem que isso comprometa as outras competências, meu amigo, meeeu amigo, escreva menos. Seu texto tem mais de 500 palavras, um texto Enem tem 350-450 palavras em média razoável. Tenta enxergar o lado do corretor que tem poucos minutos pra avaliar e pense no tempo da prova.
Ao texto:
Competência 1 (120-160)
– Alguns problemas de oralidade: “bater de cara”, “à vontade”, “vencer na vida”, “entrar no mundo do crime”; procure formalizar essas expressões – não há uma lista de expressões orais, então, na dúvida, é melhor trocar;
– Palavras rígidas também merecem ser evitadas: “inquestionável”, “ficam”, “somente assim”; você está propondo uma direção, com humildade, na posição de um vestibulando, não chame a responsabilidade de solucionador dos problemas debatidos, por maior que seja o domínio que você tem sobre o tema;
– Há bem poucos erros de norma culta, considerando o tamanho do texto kkkk. Hm, faltou uma vírgula antes do “de 2020”; faltou a partícula “se” no verbo “concebendo”; pulando direto pro 3º parágrafo, uma vírgula indevida depois de “periféricas”, o “levam” tá mal conjugado e, ainda, o verbo trazer confundido com o advérbio de lugar “trás”;
– Por fim, as frases gigantes, que truncam a leitura, tente evitá-las.
Competência 2 (160-200)
– É complicado sustentar que que é falta de escolaridade que causa desemprego. No sentido de que os trabalhos aqui são bastante precarizados pra desprezarem o diploma, sabe? Pensar, então, na desigualdade entre as pequenas e grandes empresas é uma questão importante pra melhorar esse argumento da criminalidade. De toda sorte, tua redação trouxe bastante elemento (gabriel pensador, o poço, o ibge… Kant nem tanto, isso aí é cliche, perda de tempo);
Competência 3 (160)
Não foram tratadas questões inovadoras, esse é um tema em que a gente tem que se superar bastante pra conseguir trazer algo novo, já que tudo o que a gente fala sobre desigualdade já parece clichê, já parece aceito pela sociedade, há um cinismo enorme quanto a isso entre nós, e talvez um tema assim pedisse abordagens nesse sentido do porquê de a gente continuar errando, mesmo sabendo as causas.
Competência 4 (200)
Nada a reclamar, conectivos são seu ponto forte.
Competência 5 (120)
Aqui eu entendo que a proposta pecou, no 3º parágrafo o texto diz que os salários sub-humanos causam a criminalidade, que os salários são baixos porque a educação não qualifica. Logo, como podemos dizer que o problema é ético da pessoa, que, nesse caso, estaria escolhendo o crime, como se viver de forma sub-humana fosse uma opção. Esperava que a proposta viesse no sentido de qualificar, de evitar a evasão escolar, de ser, como o texto disse, um ambiente agradável aos alunos, e aí quem precisa de aula de moral quando não há motivos para trocar de ambiente?
Uns 800 é uma alta ou baixa, não sei se o seu corretor vai ler e reler tantas vezes o seu texto, se ele vai corrigir antes ou depois de almoçar. Reitero o que eu disse lá no começo, considere escrever menos palavras… Um abraço!
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