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A relevância da ciência para o mundo contemporâneo
Mr.Crozma
Bem legal te ver refazendo após as minhas considerações. A dialética não é bem-vinda no Enem; então, se você se vir enfatizando pontos contraditórios ao caminho da solução do problema, desconfie sim que pode estar enfraquecendo seus argumentos, já que a tese é necessariamente problematizante, é a prLeia mais
Bem legal te ver refazendo após as minhas considerações. A dialética não é bem-vinda no Enem; então, se você se vir enfatizando pontos contraditórios ao caminho da solução do problema, desconfie sim que pode estar enfraquecendo seus argumentos, já que a tese é necessariamente problematizante, é a proposta de intervenção que faz o Enem ser tão rígido quanto à forma.
Primeiro eu faço um comentário sobre a estrutura; depois anoto todos os erros de grafia que eu percebi, à exceção dos erros de digitação envolvendo o “á”.
—————————————————————- 1º parágrafo
“Atualmente, não raro, observa-se através das mídias televisivas e/ou sociais, que o Brasil vem enfrentando desafios relacionados à relevância da ciência para o mundo contemporâneo. Nesse sentido, são representados como impulsionadores do problema: o aumento de críticas desenvolvidas pela sociedade em relação á ciência e a insuficiência das atuações governamentais destinadas á sociedades. Assim, é exposta de forma visível, que ações precisam ser desenvolvidas para que a evolução dos problemas sejam erradicadas.”
Apresentou o problema, a tese e os fios soltos. Inverteu essa ordem, né, e aí quebra a ideia de “fios soltos”, que são essas antecipações de argumentos – não sei se ocês chamam assim -, e que serviriam de “costura” pro desenvolvimento. Texto, têxtil, tecido. A ideia é você conseguir puxar pelo menos um dos fios no segundo parágrafo. Isso daria mais sentido à pausa de dois-pontos que você deu no meio da introdução também – digo que, para ler, ficaria mais agradável, mas é questão de gosto e não desconto exatamente pontos no Enem.
Sobre a norma culta do 1º parágrafo:
– Através: costuma-se o indicar o uso do “por meio de”, já que através é um termo que indicar “passar de um lado pro outro”, é um termo mais da física, essa coisa de “atráves dos tempos”, atravessar. Apesar do uso comum em nossa língua, recomenda-se evitá-lo.
– E/ou: se tanto as mídias sociais quanto as mídias televisivas mostram os desafios, qual seria a pertinência do “ou” na frase?
– Vem enfrentando: guarde o gerúndio para substituição do “queísmo”. Quando couber o verbo no presente (enfrenta), opte por este.
– Exposta: cuidado com as ordens indiretas que constrói, você perde o sujeito dos verbos, esse aqui sequer tinha sujeito, e aí fica impessoal, na forma masculina.
– De forma vísivel: não sei você concorda, mas eu penso que é redundância, pois o significado de “expor” é “pôr pra fora”, e só se põe para fora porque se quer tornar visível.
– Virgula antes do “que”: se a intenção é destacar o “de forma vísivel”, deve-se separar a expressão inteira com vírgula, porque a intenção seria destacar a locução adverbial deslocada – a vírgula é opcional, mas o meio-termo não existe, destaque tudo ou nada.
– Evolução… sejam erradicadas: quem é o sujeito da locução verbal mesmo?
—————————————————————- 2º parágrafo
“Em primeira análise, é válido reconhecer que os desafios presentes no panorama supracitado, são capazes de limitar a evolução da própria sociedade. Acerca disso, é pertinente trazer ao argumento, o discurso do filosofo Juergen Habermas, na qual ele defende a capacidade do bem-estar social. Todavia, em meio a críticas desenvolvidas pela sociedade em relação à ciência, os desafios no que tange a manipulação de informações e/ou comportamentos, traz como consequência a disseminação de fake News, tendo como alvo á ciência. Na sequência, é necessário destacar que ações precisam ser desenvolvidas.”
Aqui houve uma continuação da apresentação, seria apontado como um parágrafo expositivo. A função do segundo parágrafo já é argumentar. Quando você pontua aquelas duas causas para a rise, o que se espera do texto é que ele traga um parágrafo para cada uma das duas, e eu vi que você optou por reunir esses dois argumentos no terceiro parágrafo. Vou colocar da seguinte maneira: você precisa comprovar a existência da crise ou precisa comprovar que “ações precisam ser desenvolvidas”? Fake news realçam a importância/pertinência do tema, dariam uma apresentação de tema até mais interessante que a tradicional – pela qual você optou. Aqui você passa a sensação de que você mesma não se satisfez com a Introdução que fez, e acaba ocupando espaço que era pra desenvolver argumentos. Minha recomendação é que estude maneiras criativas de apresentar/contextualizar o tema, para que não sinta falta de destacar a importância do debate a que se propôs escrever.
– Os desafios, são capazes: cuidado com a vírgula separando o sujeito relativamente distante do verbo.
– Trazer, o discurso: mesma coisa, agora é vírgula separando o verbo do objeto.
– Filosofo: filósofo, acho que você sabe, né?
– Juergen: Jürgen.
– Na qual: no qual, o “qual” se refere a “discurso”, palavra masculina.
– Os desafios no que: faltou uma vírgula antes do “no que”, é o aposto explicativo que se separa como um todo.
– No que tange a: coloque crase sempre que houver o “no que … a”; por mais que não haja erro nesse caso por poder supor a inexistência do artigo “a”, é legal demonstrar ao corretor que sabe usar a crase.
—————————————————————- 3º parágrafo
“Outrossim, é incontestável que os aspectos governamentais, assim como, as criticas desenvolvidas pela sociedade em relação à ciência, estejam ligados entre os principais causadores do problema. De acordo com o artigo 3 da constituição brasileira, em sua conjuntura de leis garante a construção de um país justo, livre e solidário. Entretanto, fora da ficção, devido à omissão do governo no desenvolvimento de ações que visem o bem-estar do país, surge como consequência, a exposição em alto nível de informações falsas e a ausência de conhecimento contextualizado no meio da sociedade. Sendo necessária, primeiramente, a criação de ações que partam do Governo, vindo com finalidade reverter tais problemas.”
Aqui você tinha uma árdua missão de explicar/desenvolver a sua opinião de que a crise da ciência é culpa da insuficiência o governo (demonstrar essas insuficiências: suas causas e seus efeitos) é culpa também das críticas (toda crítica à ciência é fruto de fake news e desinformação?).
Eu acho que aqui ficou devendo, talvez pela necessidade que você sentiu de citar Habermas, de citar a Constituição (aliás, adoro ler o artigo 3º aqui, muita gente cita o artigo 5º, mas o 3º encaixa bem melhor no estilo dos temas do Enem), mas vê que o texto está meio bagunçado? Raciocínio dedutivo é suficiente, exploração de causas e consequências dá nota tão alta quanto a estratégia de argumento de autoridade, o repertório sem função organizadora não é tão útil, a nota no Enem se dá quase que exclusivamente pela estrutura, eles mandam um manual com as competências porque valorizam essa estrutura! Sua última redação ficou ótima em relação à forma, não perca essa organização por ansiedade de citar uma ideia diferente. Isso aqui vai na contramão de quase tudo que você por aí, mas definitivamente a mediocridade não é combina com você.
Enfim…
– Incontestável: já falei na redação passada que você tem que cuidar dessas expressões rígidas, cadê a humildade?
– Assim como, as criticas: não tem regra nenhuma que explique essa vírgula, e críticas tem um acento que eu imagino que você saiba.
– Estejam: subjuntivo denota incerteza, você não quer tratar de incertezas na sua argumentação, certo? Aspectos estão.
– Ligados: essa palavra aqui era completamente dispensável e passa a impressão de “encher linguiça”.
– Artigo 3; do 1º ao 9º artigos constitucionais, nós sempre citamos como número ordinal. Lembre sempre do “quinto constitucional”.
– Constituição: pra denotar a diferença entre o verbo “constituir” e a Carta Magna, escreve-se com letra maiúscula.
– Leis garante: faltou vírgula entre essas duas palavras, aposto se destaca como um todo, vírgula nas duas pontas!
– Surge como consequência: vírgula antes do “como”, é locução adverbial deslocada.
– Sociedade. Sendo: esse gerúndio aqui introduz uma oração subordinada, ela não pode ser separada por ponto final, tem que estar ligada à oração principal.
—————————————————————- 4º parágrafo
“Em síntese, faz-se necessária a intervenção pontual do problema. Logo (1) é dever do Ministério da Ciência, (2) atuar através do desenvolvimento de projetos que (3) através das redes sociais, apresentem como objetivo base, (4) expandir a real importância da criação da ciência para o mundo, contendo em seu interior informações e artigos verdadeiros destinados à população. Em seguida, é responsabilidade do Governo brasileiro, (5) desenvolver programas que (6) através das mídias comunicativas, apresentem como objetivo, (7) expandir (8) em alto nível, o poder da comunicação entre os órgãos públicos, trazendo como base, (9) a modificação dos variáveis desafios que estão presente na ciência e na sociedade. Desse modo, será possível observar uma verdadeira construção civil e moral no país.”
Eu não sei quem foi que inventou que é necessario escrever duas propostas no Enem, não há qualquer indicativo de que há essa necessidade, a nota da proposta não aumenta, elan ão fica mais detalhada com duas propostas. Essa ideia de que é pra colocar uma segunda proposta vem da imaginação de professores que dizem que se o corretor não pontuar a primeira proposta, pontuará a segunda. Meu, num tem sequer um “proposta(s)” no edital do Enem, e aí tu ocupa um espaço enorme que serviria tanto à argumentação quanto ao detalhamento da sua proposta oficial (você não tá pra resolver o problema, você tá dando uma ideia, uma sugestão, um caminho inicial, uma proposta!), e esse lance de duas propostas fica ainda mais estranho quando você cita uma segunda proposta menos detalhada, menos trabalhada, que a primeira! Ora, se você mesma sabe que a primeira proposta é melhor que a segunda, não faça a segunda, você vai receber a nota pela proposta do mesmo jeito! A proposta mexe só 200 pontos; a argumentação mexe com a competência 2, a 3 e, majoritariamente, a 4. O Enem não é nem louco de exigir duas propostas nesse espaço tão pequeno, a não ser que mude o estilo de dissertação para “dissertação-propositiva”. Enfim, desculpa o desabafo, senti esse senso comum atacano o seu texto agora. Da proposta se espera umas 6, 7 linhas…
Esse parágrafo teve muito erro de pontuação, é um parágrafo complicado de pontuar porque quase que implora uma frase direta. Coloquei um número após cada erro de omissão ou comissão de uso da vírgula, por motivos que eu acho que já expliquei e aos quais você precisa dar uma ênfase em seus estudos! A maioria dos erros foi na segunda proposta, importante ressaltar.
Outro problema aqui foi o uso dos “através”, em três oportunidades. Na primeira, poderia ser substituída por “atuar NO desenvolvimento”; na segunda, “projetos que, pelas redes sociais”; na terceira pode ficar como está, o “atravessar” está correto quando usamos a mídia ou qualquer tela que passe a impressão de viagem do mundo virtual ao mundo real.
Por fim, objetivo-base tem hífen e “em seguida” não traz a deia de adição que, nesse caso, imagino que era a sua intenção. Inclua “além disso”, “ademais” ou “paralamente” nessas situações de simultaneidade.
—————————————————————- Minhas conclusões
Uma coisa que eu não falei na última correção é que eu admiro muito a tua disposição pra ajudar os seus colegas e acho que você merece as correções mais detalhadas possíveis. Isso aqui pode ter ficado massante, mas essa plataforma não me fornece uma possibilidade de somente colorir e receber dúvidas sobre eventuais incompreensões suas sobre o que corrigi. Peço desculpas se ficou puxado, mas você merece evoluir, por tudo o que eu já vi de você.
Não quero dar nota, eu tentei prestar atenção em todos os erros e levei um tempo corrigindo, notei muito mais que um corretor Enem notaria em 5 minutos, mas já que pediu…
C1: 120. Erros reiterados de pontuação, outros sobre o “através”, mais outros pequenos. Você tem uma boa escrita, não pode perder esses pontos bobos.
C2: 80-120. Vejo um corretor apressado te dando até 160 aqui, mas se ler e quiser te entender, vai perceber que houve uma certa insuficência na argumentação e na precisa dimensão que o tema tem.
C3: 80. Fiquei perdido, a Constituição não tá tocando no argumento, Habermas também pouco explorado, tô meio exigente, sou do Direito.
C4; 160. É o seu ponto forte, mas essa competência é afetada pela coerência, como conectar frases que não estão com uma relação muito clara entre si? O repertório é qualificado.
C5: 120. Teve proposta, teve detalhamento, mas cadê a conexão com as autoridades que o texto trouxe: envolvimento com a Constituição ou com uma recomendação de Habermas? A resposta disso aqui seria a conexão com o fim e com o porquê que a proposta persegue.
A nota não é o importante. O importante é entender a estrutura, e eu imagino o estresse que foi escrever novamente sobre esse tema que não está bem encaixado com o Enem, que não traz textos de apoio que organizam o seu pensamento. Parabéns pelo empenho, eu nem tentaria refazê-lo. E, sim, peguei pesado, a nota dos outros deve ser mais proporcional ao Enem.
See lessDiscurso de ódio nas redes sociais em questão (ENEM)
Mr.Crozma
Leio tanto essa introdução com a utopia que já virou clichê, é uma frase que não diz nada e se aplica a todos os temas Enem, já que todos os temas demandam problematizações e um mundo sem problemas não existe, mais cedo ou mais tarde o Enem vai começar a punir essas fórmulas genéricas. já que cobraLeia mais
Leio tanto essa introdução com a utopia que já virou clichê, é uma frase que não diz nada e se aplica a todos os temas Enem, já que todos os temas demandam problematizações e um mundo sem problemas não existe, mais cedo ou mais tarde o Enem vai começar a punir essas fórmulas genéricas. já que cobra tanto originalidade. Melhor fazer uma introdução tradicional, que pelo menos é ensinada do que fazer essas introduções repetíveis, causa uma péssima impressão no corretor.
Você nunca escreverá “a essa” com crase, porque o “essa” substitui o artigo “a” que forma crase.
Não há vírgula que separe o “tanto… quanto”.
Sua ênfase no artigo 5º devia se dar na questão do preconceito, da tolerância, enfim, da não distinção lega e a necessidade de ser respeitar os valores constitucionais. Citar o direito à vida ou à propriedade não é muito útil e passa a impressão de que memorizou sem analisar. Adote o sentimento constitucional e você não precisará citar memorizações. Na prova da OAB a gente consulta o código, não seria exigência do Enem a memorização na prova discursiva.
Nas conclusões dos argumentos, em vez de citar genericamente o “essa situação precisa ser debatida”, tente antecipar a proposta, da mesma maneira que você faz no primeiro parágrafo, os tais fios soltos se aplicam ao desenvolvimento também. Outra maneira interessante pro seu caso seria retomar o tópico frasal, para trazer a impressão/sensação de que o parágrafo fechou a ideia, formou o circuito.
É até curioso pensarmos em uma intervenção que envolva justamente um Estado que promove diretamente os discursos de ódio como símbolos de autenticidade. Talvez pensar em atitudes a serem tomadas sobre as plataformas seja mais interessante.
É bonito ler Habermas na Redação Enem, espero que goste dos debates de Filosofia do Direito quando passar na faculdade.
Cometeu errinhos de português que provalvemente descontariam 40 pontos; serei exigente na competência 2 – vale a pena variar a disciplina que usa na argumentação, a sua ficou muito jurídica, desconto de 40 a 80; sobre a coerência não tendo a reclamar, fica entre 200 e 160; coesão gabarita; intervenção tiro 40. 160 + 140 + 180 +200 + 160 = 840. Perdoe a exigência.
See lessA relevância da ciência para o mundo contemporâneo.
Mr.Crozma
Eu não sei se esse tema é Enem, parece que ele te força a escrever pontos positivos e, por conseguinte, você meio que acaba fazendo uma dialética. Seu tópico frasal, que espera-se ser o centro do seu argumento para defesa uma tese problematizadora, ao invés de argumentar sobre o problema, acaba arguLeia mais
Eu não sei se esse tema é Enem, parece que ele te força a escrever pontos positivos e, por conseguinte, você meio que acaba fazendo uma dialética. Seu tópico frasal, que espera-se ser o centro do seu argumento para defesa uma tese problematizadora, ao invés de argumentar sobre o problema, acaba argumentando sobre um não problema. Eu, aliás, não encontrei o tema na internet e presumo ser o tema da Fuvest, que não combina muito com essa necessidade de proposta de intervenção. Você defende ou condena a ciência? Essa é a pergunta. E aí, se você estiver se preparando para a Fuvest, considere fortemente abandonar esse percurso que o Enem cobra, você há de ter sensibilidade em cada tema.
A diferença dos temas Enem pros outros é que neles cabe uma problematização muito segura a partir da leitura dos textos de apoio. Você não cogita defender uma posição contrária. Um tema Enem sobre a ciência tocaria especificamente nos negacionistas ou nos defeitos que o projeto da Modernidade nos apresentou; pensar que você teria que propor uma intervenção depois de não abordar um problema na própria introdução já é, em si, um sinal de que o tema não é bem Enem. Fica aqui, então, essa observação sobre os temas que você pode estar pegando, há técnicas para propor diferentes temas de redação e você tem condição de percebê-las.
Registro que eu ri do “mistério da ciência”, erro de digitação que ficou apropriado kkkk.
– Gosto do seu uso de conectivos, é bem diverso e, permita-me a repetição, apropriado.
– A globalização foi quem proporcionou a Revolução Tecnológica ou o contrário?
– Cuidado ao se elevar à apresentadora dos argumentos “mais importantes” e das propostas obrigatórias – impondo “deveres”.
– Tem alguns erros aí que mais me parecem erros de digitação do que erros de norma culta, e assim me complica avaliar essa competência.
De toda forma, perder pontos aqui é uma autossabotagem. Preciso lhe dizer que é “tange ao”? Que vírgula não separa verbo de complemento? Minha sugestão é que dê uma revisada nisso aí. Numa hora você usa “visar” como VTI e noutra usa como VTD, aí tu me quebra!
“Bem como” não inicia frase; frases gigantes precisam ser evitada. É isso que eu posso dizer seguramente que há de errado no texto.
O texto fica difícil de avaliar quando penso nessa dificuldade de adequar o tema ao modelo Enem, o que eu gostaria de acrescentar especificamente sobre o Enem é que nõa há essa necessidade de citar duas propostas, que te faz reduzir palavras da argumentação para acrescentar um agente conclusivo que nunca foi exigido em nenhum edital do Enem. A necessidade é de uma proposta, de uma alternativa, se te dizem pra escolher duas propostas porque “pelo menos de uma o corretor deve gostar”, basta que você selecione a mais coerente com o que você desenvolveu, de preferência a propota conectada com o seu argumento mais forte, que deve ser o segundo, pra passar um senso de clímax argumentativo.
A citação do Einstein é ótima, mas de preferência na introdução, iniciar o tema com essa citação seria lindo, e aí você faria um texto defitivamente mais problematizante, nos parâmetros do Enem.
Acho que paro por aqui, não sei dar nota Enem pra um tema não Enem (na minha opinião, óbvio, tenho que manter a coerência corretiva kkkkk)
See lessDesigualdade social no Brasil.
Mr.Crozma
Meu amigo, essas letras cabem na folha sim, mas forçando muito, letra bem pequena e difícil de agradar um leitor apressado como é o corretor Enem. Se você consegue escrever uma ótima redação com 400 palavras, e se isso significa que você terá mais tempo para resolver as questões e menos espaço paraLeia mais
Meu amigo, essas letras cabem na folha sim, mas forçando muito, letra bem pequena e difícil de agradar um leitor apressado como é o corretor Enem. Se você consegue escrever uma ótima redação com 400 palavras, e se isso significa que você terá mais tempo para resolver as questões e menos espaço para perder pontos em norma culta, sem que isso comprometa as outras competências, meu amigo, meeeu amigo, escreva menos. Seu texto tem mais de 500 palavras, um texto Enem tem 350-450 palavras em média razoável. Tenta enxergar o lado do corretor que tem poucos minutos pra avaliar e pense no tempo da prova.
Ao texto:
Competência 1 (120-160)
– Alguns problemas de oralidade: “bater de cara”, “à vontade”, “vencer na vida”, “entrar no mundo do crime”; procure formalizar essas expressões – não há uma lista de expressões orais, então, na dúvida, é melhor trocar;
– Palavras rígidas também merecem ser evitadas: “inquestionável”, “ficam”, “somente assim”; você está propondo uma direção, com humildade, na posição de um vestibulando, não chame a responsabilidade de solucionador dos problemas debatidos, por maior que seja o domínio que você tem sobre o tema;
– Há bem poucos erros de norma culta, considerando o tamanho do texto kkkk. Hm, faltou uma vírgula antes do “de 2020”; faltou a partícula “se” no verbo “concebendo”; pulando direto pro 3º parágrafo, uma vírgula indevida depois de “periféricas”, o “levam” tá mal conjugado e, ainda, o verbo trazer confundido com o advérbio de lugar “trás”;
– Por fim, as frases gigantes, que truncam a leitura, tente evitá-las.
Competência 2 (160-200)
– É complicado sustentar que que é falta de escolaridade que causa desemprego. No sentido de que os trabalhos aqui são bastante precarizados pra desprezarem o diploma, sabe? Pensar, então, na desigualdade entre as pequenas e grandes empresas é uma questão importante pra melhorar esse argumento da criminalidade. De toda sorte, tua redação trouxe bastante elemento (gabriel pensador, o poço, o ibge… Kant nem tanto, isso aí é cliche, perda de tempo);
Competência 3 (160)
Não foram tratadas questões inovadoras, esse é um tema em que a gente tem que se superar bastante pra conseguir trazer algo novo, já que tudo o que a gente fala sobre desigualdade já parece clichê, já parece aceito pela sociedade, há um cinismo enorme quanto a isso entre nós, e talvez um tema assim pedisse abordagens nesse sentido do porquê de a gente continuar errando, mesmo sabendo as causas.
Competência 4 (200)
Nada a reclamar, conectivos são seu ponto forte.
Competência 5 (120)
Aqui eu entendo que a proposta pecou, no 3º parágrafo o texto diz que os salários sub-humanos causam a criminalidade, que os salários são baixos porque a educação não qualifica. Logo, como podemos dizer que o problema é ético da pessoa, que, nesse caso, estaria escolhendo o crime, como se viver de forma sub-humana fosse uma opção. Esperava que a proposta viesse no sentido de qualificar, de evitar a evasão escolar, de ser, como o texto disse, um ambiente agradável aos alunos, e aí quem precisa de aula de moral quando não há motivos para trocar de ambiente?
Uns 800 é uma alta ou baixa, não sei se o seu corretor vai ler e reler tantas vezes o seu texto, se ele vai corrigir antes ou depois de almoçar. Reitero o que eu disse lá no começo, considere escrever menos palavras… Um abraço!
See lessAlternativas para o escoamento de produtos no Brasil ( se possível, corrijam pontuando cada competência, pfvr)
Mr.Crozma
O tema não é fácil, imagino que tenha lido bastante de fazê-lo, e talvez você devesse testar o contrário, porque no Enem você não via ter como consultar. CNA pode ser curso de inglês também, essas siglas não são recomendadas, o ideal seria escrever o nome inteiro, pelo menos das siglas menos conheciLeia mais
O tema não é fácil, imagino que tenha lido bastante de fazê-lo, e talvez você devesse testar o contrário, porque no Enem você não via ter como consultar.
CNA pode ser curso de inglês também, essas siglas não são recomendadas, o ideal seria escrever o nome inteiro, pelo menos das siglas menos conhecidas.
No final do 1º parágrafo, você deixa os “fios soltos”, que são as ideias de argumentos que você pretende explorar. Uso-os corretamente, mas acho que fica mais interessante, para poder trabalhar melhor os argumentos, escrever ali o oposto da solução.
Em outras palavras, ao invés de “restauração das vias rodoviárias”, escrever que há uma situação precária dessas vias, e é sobre isso que você vai argumentar; o mesmo vale pra “utilização de transportes alternativos”: você diz que há escassez nas modais de escoamento, e aí você argumenta sobre isso. Já que são esses os motivos de você considerar necessária a criação de alternativas, o foco do desenvolvimento é justificar essa sua tese. As propostas vêm no final, ainda que esse final seja o final do parágrafo argumentativo, como consequências. Isso evitaria que você repitisse o que disse, ao longo do desenvolvimento, na conclusão.
Eu não curto dar notas, mas a pedidos, vamos lá:
C1 (norma culta): alguns errinhos de concordância (2ª linha – “percebe-se”; 4ª linha – “necessário”; 17ª linha – “causado”), uma vírgula indevida antes do “ainda ser” (12ª linha), falta de vírgula antes do “assim” (20ª linha), grafia incorreta do “afim” (penúltima linha) e essa frase gigante do 3º parágrafo me fazem considerar de 120 a 160.
C2 (Interdisciplinariedade): aqui ficou devendo, o tema foi bem interpretado, mas até a maneira como escolheu posicionar seus argumentos limitou uma exploração de disciplinas/diversidade argumentativa. A bem da verdade, é difícil trabalhar esse tema com uma perspectiva econômica, social, filosófica, jurídica, política, etc., o que o torna um bem difícil de ver no Enem. Aqui é 120.
C3 (coerência): o texto foi até exageradamente coerente, porque no final ainda repetiu o que escreveu ao longo do desenvolvimento. 160-200.
C4 (coesão): ai ai ai, não pode perder ponto aqui. A primeira coisa que a gente deve treinar são os conectivos, que, não nego, existiram; mas você percebeu o 3º parágrafo direto? Ele travou suas oportunidades de conexão, no 2º também tem uma frase bem grandinha que sequer se iniciou com um conectivo; e ainda tenho que levar em conta que o texto escreveu menos do que podia (5 linhas sobrando?), complicado isso aqui. 120, porque você demonstra saber, mas não deu o devido valor.
C5 (proposta): aqui valeu o esforço, pedir o “como” nesse tema complexo pode ser um exagero, mas também poderia especificar um pouco mais os agentes, “governo” tá muito genérico (ministério da infraestrutura já seria melhor). Rigorosamente pelos critérios do Enem, 160.
140 (me permita a liberdade) + 120 + 180 + 120 + 160 = 720.
De toda forma, concentre-nessa questão argumentativa, na definição exata do que vai ser o seu argumento, do que vão ser os motivos para o seu argumento, os efeitos dele, e aí definir a proposta, sempre lembrando dos conectivos. Vai subir muito a sua nota essa organização.
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