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A necessidade de luta por igualdade mesmo em sociedades democráticas
MarcioVitor
Na série “Anne with na E” da Netflix, é abordado o amadurecimento de Anne, uma jovem órfã, no qual suas aventuras mostram temas atemporais e de atual relevância. No decurso da trama, a narrativa aponta a luta das personagens mulheres para serem ouvidas, terem seus direitos e serem tratadas como iguaLeia mais
Na série “Anne with na E” da Netflix, é abordado o amadurecimento de Anne, uma jovem órfã, no qual suas aventuras mostram temas atemporais e de atual relevância. No decurso da trama, a narrativa aponta a luta das personagens mulheres para serem ouvidas, terem seus direitos e serem tratadas como iguais perante à sociedade machista. Além disso, apresenta as dificuldades que o personagem Cole enfrentou por ser homossexual. Analisando a ficção da série, é perceptível sua relação com a realidade do século XXI: a frequente luta por igualdade pelas mulheres e homossexuais, perante à discriminação, às ofensas e à violência.
A princípio, é fundamental ressaltar que as mulheres são tratadas como inferiores e incapazes de realizar certas atividades, reforçando o estereótipo de que são aptas apenas às tarefas domésticas. Conforme os ideais da filósofa francesa e feminista Simone de Beauvoir, o papel da mulher na sociedade é de mãe, esposa e dona de casa, segundo as opressões de um mundo dominado por homens, ignorando o fato que elas também são seres autônomos. Outrossim, atualmente as mulheres sofrem com a violência doméstica, discursos machistas, assédios e violência sexual e discriminação no mercado de trabalho — com rejeições ou salários inferiores aos de homens, 1 mesmo quando atuam em cargos iguais.
1= prove que as mulheres ganham menos nos dias atuais! Não deixe pontas soltas
Ademais, a comunidade “LGBT+” também sofre com inúmeras agressões, sejam físicas ou verbais, dos chamados homofóbicos, desrespeitando a liberdade garantida a todos. A série estadunidense “Brooklyn Nine-Nine”, por exemplo, retrata em alguns episódios o preconceito sofrido pela detetive Rosa Diaz, pois mesmo sendo uma mulher forte e policial, foi rejeitada pelos pais ao descobrirem que ela é bissexual. Analogamente, muitos homossexuais têm medo de dizerem quem são para não sofrerem as consequências, já que a sociedade implica que isso é “só uma fase”, “é confusão”, “não é coisa de homem”, “não é de Deus”, ou pior, que há “cura” para isso, alegando que “LGBT’s” são uma “doença”.1
1= sem necessidade das aspas
À vista disso, cabe ao Estado desenvolver políticas públicas, campanhas nacionais e apoiar as causas dos movimentos feminista e “LGBT+”, através de penalidades rígidas para crimes contra essas pessoas, aumento do acesso ao mercado de trabalho e em cargos políticos e campanhas mostrando que todos possuem direitos — com vista à diminuição de desigualdades e combate a irregularidades no sistema, de modo que a sociedade possa se desenvolver de maneira justa e igualitária, sem discriminar ninguém por ser quem é. Somente assim, será possível amenizar o quadro atual e promover a paz e a democracia em todo o mundo.
C1(200)= A CI te avalia em demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa.
C2(200)= A CII te avalia em compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.
C3(160)= A CIII te avalia em selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
C4(200)= A CIV te avalia em demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação
C5(200)= A CV avalia uma proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
A prática leva ao êxito! Ótima redação Lív_, parabéns!
See lessNota: 960
a importancia da cultura digital no mercado de trabalho
MarcioVitor
Na revolução industrial, o uso de máquinas foi crucial para a produção em massa das fábricas. Da mesma forma, atualmente a evolução tecnológica vem tranformando 1 cada vez mais o ambiente da sociedade 2 , incluindo o mercado de trabalho. A tecnologia ajuda a mecanizar todo o processo 3 , tornando-seLeia mais
Na revolução industrial, o uso de máquinas foi crucial para a produção em massa das fábricas. Da mesma forma, atualmente a evolução tecnológica vem tranformando 1 cada vez mais o ambiente da sociedade 2 , incluindo o mercado de trabalho. A tecnologia ajuda a mecanizar todo o processo 3 , tornando-se uma excelente aliada das empressas. 4
1= transformando 2= eu usaria “evolução tecnológica vem transformando de forma crescente o ambiente social…” 3= qual processo? Não deixe pontas soltas 4= empresas
No entanto, essa cultura digital tornou-se um obstáculo para o trabalhador comum. 1
Por não estarem adaptados ao novo formato de informação 2 , são substituídos por pessoas mais qualificadas. Além disso, o chamado home office que trabalha em casa exige que o servidor forneça rotinas de estresse e desequilíbrio emocional devido às longas horas de trabalho.
1= adicione um conectivo 2= eu usaria “novo formato de produção” …
Segundo Steve Jobs – cofundador da empresa Apple, o mundo precisa da tecnologia para se movimentar 1 . Todavia, a importância que a cultura digital tem ganhado no mercado de trabalho, 2 é um problema no Brasil, devido, não só à falta de informação, mas também ao baixo investimento estatal em inovação tecnológica 3 . Dessarte, é preciso ação conjunta da sociedade civil e do Poder Público para conferir à cultura digital sua real seja.
1= coloque aspas 2= sem necessidade de virgula
De acordo com o filósofo Confúncio,” 1 O operário que quer fazer o seu trabalho bem, deve começar por afiar os seus instrumentos”. Ou seja, pode-se dizer que na sociedade atual os trabalhadores que querem ter sucesso precisa 2 inovar, usar a criatividade, usar todos os instrumentos possíveis ao seu favor, e o trabalho digital pode ser uma dessas inovações. Dessa forma, você pode usar esse recurso para localizar serviços online que sejam benéficos para você.
1= Confúcio 2= precisam
C1(120)= A CI te avalia em demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa.
C2(160)= A CII te avalia em compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.
C3(80)= A CIII te avalia em selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
C4(160)= A CIV te avalia em demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
C5( ? )= A CV avalia uma proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
A prática leva ao êxito, continue tentando carolkamke2807!!!
See lessNota: 620
Jovens, vestibulares e ansiedade
MarcioVitor
Na obra intitulada Sociedade do Espetáculo, o filósofo Guy Debord analisa como o indivíduo, pertencente a determinada sociedade, sofre uma pressão para apresentar uma vida “perfeita”. Nesse sentido, ao cruzar tal ideal com o pensamento, do também filósofo, Byung-Chul Han — diz que a alta performanceLeia mais
Na obra intitulada Sociedade do Espetáculo, o filósofo Guy Debord analisa como o indivíduo, pertencente a determinada sociedade, sofre uma pressão para apresentar uma vida “perfeita”. Nesse sentido, ao cruzar tal ideal com o pensamento, do também filósofo, Byung-Chul Han — diz que a alta performance exigida na malha social leva à degradação da saúde mental —, pode-se concluir, portanto, que as expectativas e exigências impostas aos jovens levam ao aparecimento de doenças, como a ansiedade.
Nessa perspectiva, indivíduos inseridos em quadros cuja competição e cobranças são destacados apresentam maiores chances de serem ansiosos. Assim, jovens inseridos em processos estressantes, como vestivulares 1 , podem desenvolverem 2 transtornos, ainda mais quando não apresentam nenhum tipo de suporte psicoterapêutico para aprenderem a lidar com sua realidade. Segundo estudos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), 80% da população brasileira tornou-se mais ansiosa entre maio, junho e julho de 2020, ou seja, a pandemia gerou uma situação de estresse, exigindo altas performances de estudantes e profissionais, comprovando, dessa maneira, que tais ambientes detêm, em alta escala, relações com o aparecimento da ansiedade.
Além disso, ocorre uma inoperância dos órgãos sociais (Estado, escola e família) em não somente ajudarem o jovem a passar por tais momentos de forma bem sucedida, mas, também, em possibilitar melhorias para os que sofrem da doença. Tal afirmativa pode ser comprovada nas ações e reclamações de estudantes em 2020, chegando até a petições para o adiamento do ENEM, pois o estudo era prejudicado pela saúde mental.
Portanto, são essenciais medidas operantes para a reversão desse quadro. Logo, o Ministério da Saúde, juntamente com o da Educação e escolas, devem 3 criar cronogramas para um estudo de qualidade e consciente, por meio da ajuda de pedagogos, professores e psicólogos, tornando os estudos e o processo do vestibular mais leve, integrado e prazeroso. Recomenda-se também, a disponibilidade de profissionais da saúde mental, visando o acolhimento dos mais necessitados.
C1(160)= A CI te avalia em demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa.
C2(200)= A CII te avalia em compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa
C3(160)= A CIII te avalia em selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
C4(200)= A CIV te avalia em demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
C5(200)= A CV avalia uma proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Ótima redação, joovitor.dias, parabéns!
See lessNOTA: 920
Alfabetização é o caminho para o futuro.
MarcioVitor
Introdução O médico cardiologista, físico e professor Dr. Enéas carneiro 1 disse em um discurso sobre o saber 2 , “só o conhecimento pode libertar o homem”. Deste modo, a ideia de uma boa educação é vista como tônica geral por todos os brasileiros, começando na alfabetização, mas mesmo em tempos modLeia mais
Introdução
O médico cardiologista, físico e professor Dr. Enéas carneiro 1 disse em um discurso sobre o saber 2 , “só o conhecimento pode libertar o homem”. Deste modo, a ideia de uma boa educação é vista como tônica geral por todos os brasileiros, começando na alfabetização, mas mesmo em tempos modernos vive-se no Brasil uma educação básica primitiva. Conquanto, urge medidas para garantir a alfabetização de modo que todos possam gozar do direito garantido pela constituição cidadã de 1988. 3
1= Carneiro 2= você pode trocar toda essa condução para “. Enéas Carneiro afirma que…” 3=apresente seus assuntos logo na introdução! De forma clara!
D1
Os índices de desemprego nacionais mostram que o mercado de trabalho está cada vez mais fechado para o analfabeto. Nesse cenário, o indivíduo tende a encontrar refúgio no trabalho informal e mão de obra extremamente barata. Em busca de uma melhora projetos de educação a distância como o EJA e Encceja são não tem efetividade para o analfabeto, pois os estudos são através de apostilas. Contudo, níveis de pobreza em regiões nacionais onde a educação básica não funciona de forma efetiva são alarmantes 1 e o jovem ou adulto fica de mãos atadas sem chances de um recomeço para procurar uma vida digna.
1= prove essa afirmação através de dados
D2
Além disso, o cidadão que não tem conhecimento mínimo como ler e escrever enfrenta dificuldades sociais. Visto que, a internet se tornou o maior meio de comunicação mundial, fica privada a inclusão do analfabeto pois nesse mundo tudo 1 é escrita. Além disso, serviços básicos como cadastros em lojas, atendimento bancário ou até mesmo serviços públicos estão migrando apenas para atendimento online 2 . Dentro dessa realidade, quem não possui a leitura básica fica incapaz de usar esses recursos ou fica dependente de outros.
1= ‘tudo’ é muito forte, pois nem tudo no meio cibernético é escrita. 2= on-line
Intervenção
Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Nesse cenário a educação tem que ser priorizada pelo governo estadual 1 e federal, principalmente em nível primário. Criando assim, novos projetos de educação presencial em regiões de difícil acesso a uma escola, atentando também para uma fiscalização dos responsáveis de levar as crianças à escola. Bem como, oportunidades de acesso escolar em horários variados para jovens e adultos, priorizando aulas presenciais. Certamente, com esse pequeno começo o Brasil caminhará ao desenvolvimento e estará mais próximo da igualdade a longo prazo.
1= Federal já basta
C1(200)= A CI te avalia em demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa
C2(200)= A CII te avalia em compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa
C3(120)= A CIII te avalia em selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
C4(160)= A CIV te avalia em demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
C5(160)= A CV avalia uma proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
NOTA: 840
See lessA banalização do discurso de ódio e as suas consequências na sociedade brasileira
Mr.Crozma
I - Apresentação de texto e suas técnicas. II - Transição entre tese e fios soltos. III - Em primeira análise ou nesse contexto? IV - Voz passiva e voz ativa. V - Argumentação. VI - Proposta dupla. I - O Lumr foi perfeito ao identificar o seu problema com o TEMA. A palavra “banalização” é elemento-cLeia mais
I – Apresentação de texto e suas técnicas. II – Transição entre tese e fios soltos. III – Em primeira análise ou nesse contexto? IV – Voz passiva e voz ativa. V – Argumentação. VI – Proposta dupla.
I – O Lumr foi perfeito ao identificar o seu problema com o TEMA. A palavra “banalização” é elemento-chave da frase-tema, você não poderia ignorar esse elemento delimitador do tema (tal qual era delimitador de tema a tal palavra “estigma” no tema passado, que derrubou um monte de notas). Lumr faz alusões a técnicas de apresentação de tema, num esforço de tentar demonstrar que a apresentação do tema, aquela primeiríssima frase, estava errada.
A apresentação de tema é a forma pela qual o examinador identifica que você está tratando o tema que ele cobrou e para o qual se preparou, ao longo do ano, no sentido de estudar. Ele quer que você resolva a banalização, e não o discurso de ódio: este problema aqui você não tem nem chance de resolver, seria ingênuo acreditar que alguém do Ensino Médio seria convocado a resolver o problema do ódio discursivo, assim como foi ingênuo achar que os candidatos estavam sendo convocados a propor algo no sentido de acabar com as doenças mentais ano passado.
Portanto, tenha em mente qual é a função dessa primeira frase, que é um contrato, basicamente, que você estabelece com o corretor, e para ajudá-lo a propor um contrato dissertativo-argumentativo, há algumas técnicas, tais como a da alusão histórica e a da referência cultural, ambas citadas pelo Lumr. Essas e outras abordei no blog que deixei no meu perfil.
II – Parece que há um problema na transição do primeiro ao segundo parágrafos, e o problema parece ser a escolha de palavras que fazem a melhor comunicação coesiva entre o fio solto e o tópico frasal.
Os fios soltos são as ideias postas no primeiro parágrafo como promessas de abordagem argumentativa. O tópico frasal é o resumo do argumento no parágrafo de argumentação. Esses dois você sabe que tem que escrever. A dificuldade, parece, está na substituição de palavras para não repeti-las.
Aprender é uma coisa, informar-se é outra. Veja: a ideia do tópico frasal é a mesma do fio solto. Vou trabalhar com um exemplo:
“Sendo assim, é importante debater a falta de educação para as redes sociais, bem como as feridas que isso gera como consequência.
Em primeira análise, o autodidatismo não é a resposta adequada aos parâmetros civilizatórios de expressão de opiniões.”
Eu falei de “falta de educação” e falei de “autodidatismo”, e isso foi o suficiente para não repetir as palavras, mas porque pensei em “educação” e pensei na forma de educação que estou criticando: ora, se as pessoas estão aprendendo sozinhas, elas estão praticando autodidatismo, então posso pegar essa palavra e usá-la como substituta.
Enfim, isso também vai valer para o terceiro parágrafo: a repetição da ideia é PEDIDA pelo examinador, para ele identificar melhor a sua estratégia argumentativa. O que você não quer é repetir palavras, mas veja que você também não precisa ser neurótico quanto a isso: o Enem não conta como repetição de palavras as que fazem parte da frase-tema. Discurso de ódio está na frase-tema? Fique à vontade para citar “discurso de ódio” quantas vezes forem necessárias, porque o Enem entende que essa repetição vem da preocupação do candidato em não tangenciar o tema. Se precisar repetir a palavra para não perder a sua linha de raciocínio, repita-a.
III – “Em primeira análise” ou “Nesse contexto” não me é de relevância alguma: vá no caminho que o contexto melhor sugerir – você dar uma continuidade entre o fio solto e o tópico frasal ou quer brecar essa divisão? Vai do seu gosto, porque nesse parágrafo não há sequer necessidade de conectivo interparagrafal.
IV – Lumr sugeriu limitar a sua variedade de recursos linguísticos ao criticar o uso da voz passiva. Se vocês quiserem ganhar 200 na Competência 1, não vão conseguir essa pontuação se se limitarem a frases diretas, pobres, sem ousadia de recursos. A escrita dos 200 não pede palavras difíceis, mas, sim, demonstração de conhecimentos dos recursos. Voz passiva, sim. Inversão de palavras, sim. Diversidade de pontuações, sim. Orações subordinadas, sim. Elipses, sim. Crases, sim. Desde que saiba usar tais recursos, todos são muitíssimo bem-vindos.
V – Há vários problemas no desenvolvimento: (1) repertórios coringas, (2) improdutividade e (3) estratégia incompleta. Vamos por partes.
1. Não recomendo trabalhar com citações, pois elas te levam a um caminho genérico, pelo qual você força uma conexão que dificilmente se encaixa no argumento que você prometeu desenvolver, e o parágrafo acaba sem evoluir o debate.
2. Até porque, se tentasse evoluí-lo, perceberia, por exemplo, que não dá pra falar que os adultos estão sendo punidos por seus discursos de ódio.
3. Já o problema da estratégia é que o tema pede para você abordar consequências. Isso se encaixa melhor, então, quando você traz duas consequências como argumentos, e aí eu vejo um problema na sua estratégia de causas e consequências. É que causa e consequência é tão estratégia de aprofundamento argumentativo quanto a exemplificação, a comparação, a citação…
Então não se espera que o aprofundamento de um argumento se divida em dois parágrafos: a exploração das causas e das consequências vai dentro de um argumento de cada vez, sendo a estrutura, então, Tópico Frasal + Causas e Consequências.
Isso me leva a criticar, ainda, o uso da citação no lugar do Tópico Frasal. Isso bagunça o texto. Primeiro você apresenta o seu argumento, pra depois aprofundá-lo com a sua estratégia de aprofundamento argumentativo, que pode ser causa e consequência, citação, exemplificação e assim por diante.
Só para te dar uma ideia: espera-se que cada parágrafo argumentativo tenha mais linhas do que o parágrafo conclusivo, e aqui vamos para o último problema que eu quero abordar.
VI – A C5 só dá 200 pontos. O desenvolvimento tem grande importância para as competências 2, 3 e 4. Você não pode achar que numa dissertação-argumentativa o centro da sua dissertação deve ser uma conclusão propositiva. Se você citar 2 ações, 5 agentes, 3 meios, 10 efeitos e 15 detalhamentos, isso contará o mesmo que propondo 1 ação, 1 agente, 1 meio, 1 efeito e 1 detalhamento. Então, se faltar espaço para produtividade de 8, 9 linhas em cada parágrafo argumentativo, pode botar a culpa em quem te disse que você tinha que escrever duas propostas “pra garantir” que se escrever besteira numa proposta, tem a outra que “pode” salvar. Ora, ora, se você já sabe qual é a proposta mais completa que você está apresentando, não faz nem sentido escrever a menos a completa, não é?
Aí você pode argumentar que é pela coerência, porque se trouxe dois argumentos, era pra trazer duas propostas. Ora, então diga ao corretor que trata-se de “uma proposta possível”; se você conseguir conectar os dois argumentos numa proposta em comum, melhor ainda. O importante é entender que a apresentação dos 10 elementos toma muito espaço e muito tempo, além de possivelmente deixar pobre uma das propostas. Há maneiras mais simples e inteligentes de se construir coerência. Isso é o que proponho.
Ignorei outros erros porque entendo ter trazido situações complexas, que podem demandar de você uma mudança radical de estrutura de texto, não sendo tão importantes agora os erros de norma culta.
Em caso de dúvidas, fique à vontade.
See lessA garantia do direito integral à infância
MarcioVitor
De acordo com o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira, é dever do Governo garantir todos os recursos básicos aos cidadãos. No entanto, torna-se visível a ineficiência do artigo quando o número de crianças que moram nas ruas, ou em situações muito precárias, aumentam cada vez mais. (ausência dLeia mais
De acordo com o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira, é dever do Governo garantir todos os recursos básicos aos cidadãos. No entanto, torna-se visível a ineficiência do artigo quando o número de crianças que moram nas ruas, ou em situações muito precárias, aumentam cada vez mais. (ausência de conectivo) Evidenciando a ausência de suporte governamental que causa, dentre outros, a evasão escolar e o trabalho infantil, prejudicando a vida e infância desses cidadãos que “amadurecem” mais rápido devido às circunstâncias que têm que enfrentar.
Nesse sentido, a moradia é um dos recursos básicos inerentes aos brasileiros, contudo, basta caminhar nas ruas para perceber que várias crianças não usufruem de um lar adequado, consequência que reflete diretamente na evasão escolar, ou seja, no abandono das atividades escolares, já que as mesmas não conseguem ou não podem ir à escola, prejudicando à (a) formação acadêmica e a infância, pois, o trabalho é o único recurso que veem para melhorar suas condições de vida. Obs: por que tem crianças morando na rua? Argumente melhor!!
Logo, o trabalho infantil, mesmo sendo ilegal, é a única saída viável encontrada pelas famílias para sustentar-se diante da conivência do Governo(você já usou anteriormente troque por Estado) que, mesmo oferecendo benefícios como o “Bolsa Família”, não garante o suficiente para suprir os consumos fundamentais e não engloba os moradores de rua, marginalizando as crianças e submetendo-as a uma possível separação dos pais, fragilizando-as psicologicamente e intensificando suas dificuldades durante a infância. Obs: quais ‘consumos fundamentais’? porque não engloba moradores de rua? Como isso leva a separação dos pais?
Portanto, cabe ao Governo Federal em contribuição com o Estatuto da Criança e do Adolescente intervir nessa problemática.(ausência de conectivo) Através de investimentos para construção, em todo território nacional, de abrigos que contenham um sistema educacional, (sem necessidade da virgula) com o objetivo de alfabetizar e contribuir para a educação das crianças e de seus responsáveis, garantindo os direitos básicos, inclusos na Constituição, até que possam se estabilizar financeiramente, excluindo os casos de evasão escolar e do trabalho infantil e, por fim, recuperando a infância que toda criança tem o direito de usufruir.
Competência I (160) A CI te avalia em demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa. Você cometeu poucos desvios, que não foram recorrentes. Fique de olho!
Competência II (120) A CII te avalia em compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa. Repertório legitimado, pertinente ao tema e produtivo.
Competência III (100) A CIII te avalia em selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. É nessa competência que sua tese é avaliada, ou seja, o seu posicionamento a respeito do tema proposto. O seu ponto de vista tem que ser claro e apresentado logo na introdução, juntamente com os pontos que você vai argumentar no seu desenvolvimento para apoiar a sua posição. Seus argumentos devem conversar entre si e devem ser desenvolvidos na sua dissertação, TODOS eles.
Competência IV (120) A CIV te avalia em demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. Em outras palavras, essa competência analisa sua capacidade de articular as partes da sua redação, usando conectores textuais
Competência V (200) A CV avalia uma proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. Caso não esteja ciente, vou te atualizar. A Competência V agora pede que a sua intervenção possua 5 elementos para obter a nota máxima: o agente (quem executa?); a ação (o que deve ser feito?); o modo/meio (como deve ser feito?); o efeito (a fim de que deve ser feito?) e o detalhamento, que deve acrescentar alguma informação a qualquer um dos elementos. Analisemos sua melhor proposta (ainda que sua redação possua mais de uma intervenção, apenas a mais completa será pontuada pelo corretor do Enem)
Nota: 700
See lessLIMITES ENTRE ESTÉTICA E SAÚDE
MarcioVitor
INTRO O filósofo Raimundo de Teixeira Mendes, em 1889, adaptou o lema “Ordem e Progresso” não só para a Bandeira Nacional, mas também para a nação que, atualmente, enfrenta inúmeros empecilhos para o seu desenvolvimento como sociedade. Lamentavelmente, entre eles destacam-se os limites entre a estétLeia mais
INTRO
O filósofo Raimundo de Teixeira Mendes, em 1889, adaptou o lema “Ordem e Progresso” não só para a Bandeira Nacional, mas também para a nação que, atualmente, enfrenta inúmeros empecilhos para o seu desenvolvimento como sociedade. Lamentavelmente, entre eles destacam-se os limites entre a estética e a saúde, problema recorrente no Brasil e que traz graves consequências. Essa realidade se deve à má influência midiática e (coloque uma virgula) como efeito, o agravamento de doenças psicológicas.
D1
Sob esse viés, é notório que com o surgimento das redes sociais ao longo dos anos a comparação entre os indivíduos aumentou drasticamente. Nesse contexto, muitas pessoas comparam sua realidade e sonhos com aqueles que julgam ter uma vida melhor, colocando-se em uma posição de inferioridade, (sugiro que troque a virgula por um ponto, insira um conectivo e continue a apresentar seu repertorio) tal situação é vista no filme “Bad Hair Day” da empresa televisiva Walt Disney World, onde a personagem principal (mostre que você realmente conhece a obra apresentando o nome do personagem) cria um perfil fictício em um aplicativo para compartilhar postagens e se tornar famosa em sua escola, insinuando os telespectadores que sua vida era de luxúria e felicidade. De modo análogo à animação, diversos indivíduos realizam certas atitudes (que atitudes? Dê exemplos) por influência de outras pessoas para ganhar popularidade, prática que infelizmente é recorrente no convívio social.
D2
Ademais, o desencadeamento de transtornos psíquicos é um resultado das frequentes comparações, visto que com (sem necessidade do ‘com’) o sentimento de fracasso e submissão a tendência é presenciar sintomas depressivos e ansiosos. (ausência de conectivo) O caso da modelo brasileira Vanessa Urach, transmitido pela rede SBT, exemplifica o que foi dito, já que por insistência de se enquadrar no padrão de beleza a ex-apresentadora submeteu-se a cirurgias plásticas que (ausência de virgula) posteriormente, trouxeram resultados quase mortais e o diagnóstico de prostração. Assim, o que se observa é que a necessidade de ser aceito em uma população de gostos extremamente estéticos, resulta em várias problemáticas na saúde física e mental. (qual problemas mentais? Quais os problemas que isso traz para o ser? Esse d2 vc mais narrou do que argumentou)
INTERVENSÃO
Portanto, medidas são necessárias para a degradação da bolha social. Para isso, é imprescindível que o Ministério da Educação aliado ao povo brasileiro, por meio de verbas destinadas à pasta, crie (sugiro que coloque o ‘crie’ antes do ‘por meio’: …povo brasileiro crie, pro meio de…) um programa escolar nomeado “DIVERSIDADE PARA TODAS AS IDADES”, a fim de que as crianças e adolescentes aprendam desde pequenos a importância de se ter uma identidade própria sem colocar seus gostos de lado frente às exigências do padrão social.(ausência de conectivo) Com o apoio dos professores e organizadores, essa prática será divulgada nos meios midiáticos como Instagram, YouTube, Twitter e nas matrículas das instituições de ensino, onde além de incentivarem os jovens para realizar o autoconhecimento, será disponibilizado psicólogos e sessões de terapia. Assim, a sociedade se tornará a nação da ordem e do progresso, como proferiu Raimundo de Teixeira Mendes.
Competência I (180) A CI te avalia em demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa. Você cometeu poucos desvios, que não foram recorrentes.
Competência II (200) A CII te avalia em compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa. Repertório legitimado, pertinente ao tema e produtivo.
Competência III (160) A CIII te avalia em selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. É nessa competência que sua tese é avaliada, ou seja, o seu posicionamento a respeito do tema proposto. O seu ponto de vista tem que ser claro e apresentado logo na introdução, juntamente com os pontos que você vai argumentar no seu desenvolvimento para apoiar a sua posição.
Competência IV (160) A CIV te avalia em demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. Em outras palavras, essa competência analisa sua capacidade de articular as partes da sua redação, usando conectores textuais
Competência V (200) A CV avalia uma proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. Caso não esteja ciente, vou te atualizar. A Competência V agora pede que a sua intervenção possua 5 elementos para obter a nota máxima: o agente (quem executa?); a ação (o que deve ser feito?); o modo/meio (como deve ser feito?); o efeito (a fim de que deve ser feito?) e o detalhamento, que deve acrescentar alguma informação a qualquer um dos elementos.
Nota: 900
See lessTEMA: TRABALHO INFANTIL
MarcioVitor
INTRO A Primeira Revolução industrial foi um período de grande desenvolvimento tecnológico, onde a produção passou a ser manufaturada e em grande escala, consolidando assim o capitalismo e a industrialização. Contudo, tamanho desempenho só foi alcançado através da utilização da mão de obra infantilLeia mais
INTRO
A Primeira Revolução industrial foi um período de grande desenvolvimento tecnológico, onde a produção passou a ser manufaturada e em grande escala, consolidando assim o capitalismo e a industrialização. Contudo, tamanho desempenho só foi alcançado através da utilização da mão de obra infantil – devido seu baixo custo e a falta de medidas protetivas – em fábricas e minas de carvão, com longas e exaustivas jornadas de trabalho. No Brasil, essa realidade ainda se faz muito presente quando se fala na (no tocante a) violação da infância, pois é notório que o trabalho infantil é prejudicial ao desenvolvimento físico e mental da criança, sendo também a principal causa da evasão escolar.
D1
É relevante frisar, primeiramente, que o trabalho infantil é um problema e precisa ser combatido, pois gera danos irreversíveis ao desenvolvimento pleno das crianças e adolescentes. Já que, dependendo do ambiente de trabalho, elas ficam expostas à (a) situações de risco que corroboram para (corroboram os) acidentes e lesões. De acordo com o IBGE, 4,6% das crianças estavam em condição de trabalho infantil, em 2019. (faltou um conectivo) E isso ocorre não só devido a miséria (coloque uma virgula) mas também a desigualdade social, pois há a necessidade de complementação da renda familiar. Nesse contexto, não é raro encontrar crianças envolvidas em trabalhos domésticos, agrícolas ou em centros urbanos, na venda de serviços e produtos, assim como também em lixões, feiras ou até mesmo no tráfico de drogas.
D2
Paralelo à (a) isso, aponta-se o trabalho infantil como fator impulsionador da evasão escolar, pois as crianças ingressam no mercado informal ou em trabalhos pesados, justamente por não exigirem qualificação profissional, o que ocorre devido à falta de políticas públicas e à (a) visão distorcida que algumas pessoas têm, de que a ocupação significa proteção contra a marginalidade e a pobreza. (Coloque um conectivo) Tais trabalhos geram cansaço físico e mental, além de desinteresse e falta de tempo para se dedicar aos estudos. O que corrobora para (corrobora a, somente… sem o ‘para’) a saída da escola, comprometendo assim, sua evolução profissional.
INTERVENSÃO
Portanto, diante do cenário exposto, tornam-se necessárias estratégias para combater o trabalho infantil (No Brasil). Logo, cabe ao Ministério da Educação a criação e intensificação de programas de aprendizagem, como o fito de inserir os adolescentes no mercado de trabalho de forma menos arriscada, com remuneração apropriada e carteira de trabalho assinada, assim como também a construção de instituições de ensino em tempo integral, visando à formação completa do estudante, de modo a oferecer cursos extracurriculares e alimentação adequada e saudável, além de afastá-los da criminalidade. Soma-se a isso a inserção de programas de geração de renda para as famílias de crianças que se encontram em tais condições. Compete ao professor trabalhar o tema em sala de aula, suas causas e consequências. Com isso, espera-se fazer da infância uma etapa plena, capaz de formar cidadãos mais conscientes de seus direitos e deveres.
Competência I (160) A CI te avalia em demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa. Você cometeu poucos desvios, que não foram recorrentes. Fique de olho!
Competência II (180) A CII te avalia em compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa. Repertório legitimado, pertinente ao tema e produtivo.
Competência III (100) A CIII te avalia em selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. É nessa competência que sua tese é avaliada, ou seja, o seu posicionamento a respeito do tema proposto.
Competência IV (120) A CIV te avalia em demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. Em outras palavras, essa competência analisa sua capacidade de articular as partes da sua redação, usando conectores textuais
Competência V (200) A CV avalia uma proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. Caso não esteja ciente, vou te atualizar. A Competência V agora pede que a sua intervenção possua 5 elementos para obter a nota máxima: o agente (quem executa?); a ação (o que deve ser feito?); o modo/meio (como deve ser feito?); o efeito (a fim de que deve ser feito?) e o detalhamento, que deve acrescentar alguma informação a qualquer um dos elementos.
Nota: 760
See lessDanos psicológicos causados pelo uso das redes sociais no Brasil
Mr.Crozma
I - 437 palavras. II - Introdução histórica. III - Escrever para um leigo. IV - Incoerência argumentativa. V - Proposta incompleta. VI - Problemas com pontuação. I - Muitas palavras. Isso não é um problema em si, mas quem quer fazer uma boa prova deve considerar o todo, e o todo da prova pede que nãLeia mais
I – 437 palavras. II – Introdução histórica. III – Escrever para um leigo. IV – Incoerência argumentativa. V – Proposta incompleta. VI – Problemas com pontuação.
I – Muitas palavras. Isso não é um problema em si, mas quem quer fazer uma boa prova deve considerar o todo, e o todo da prova pede que não se gaste toda a energia na redação, para que sobre tempo e disposição para fazer as questões. Se uma redação consegue nota mil com 330 palavras, penso que nos treinos você deve buscar esse objetivo minimalista, porque as redações com 500 palavras são feitas por quem só quer o mil na redação para aparecer no G1, muitas vezes dispensando o bom rendimento nas questões – esse não pode ser o seu parâmetro.
II – Toda demonstração de conhecimento pode parecer encheção de linguiça, e a introdução histórica tem esse propósito de apresentar um repertório sociocultural logo de cara. Eu prefiro recomendar uma introdução clássica, citando todos os elementos da frase-tema logo na primeira frase, para não acontecer o suspense que aparentemente você gosta de dar – o Enem é chato, não gosta de suspenses: seu corretor quer previsibilidade e você deve ser pragmática. Se o Enem cobra UM único repertório e espera que ele seja utilizado no desenvolvimento, deixe o repertório para o desenvolvimento e já adiante ao corretor que você entendeu qual era o tema que ele esperava corrigir. O Enem não tem uma escrita prazerosa. Triste, eu sei.
III – O leigo não pode temer conhecer palavras novas. Se você conseguir explicar um conceito filosófico a um leigo, certamente a universidade gostará de te receber. A questão não é não usar os conceitos filosóficos, mas dar uma garantia ao corretor de que você sabe do que está falando, e é muito legal ler alguém ousando um conceito diferente, então não pense que vai pesar negativamente para o corretor que você demonstre o seu conhecimento sobre uma matéria tão importante para a compreensão dos problemas do nosso mundo. A meu ver, o problema do terceiro parágrafo está na aparente contradição: você me traz a autoridade dizendo que são os excessos o problema e, logo em seguida, diz que o problema não está no excesso de horas gastas, mas na forma como essas horas são gastas, sem estabelecer a relação de contradição por meio de conjunções adversativas, o que pode ter causado uma confusão interpretativa ali.
IV – Não há incoerência entre os seus argumentos, e eu consigo enxergar a progressão que você queria passar, primeiro falando de uma irrealidade, que em si não é nociva; para depois falar de doenças, essas, sim, o maior problema do tema; e aqui cabe pontuar que essa progressão é bem respondida na proposta, já que você dá mais atenção a solucionar o terceiro parágrafo, mas a forma como os seus argumentos estão sendo apresentados poderia ser melhor construída se você usasse tópicos frasais antes de apresentar o repertório.
Tópico frasal é a sua forma de pensar, é o resumo do seu argumento, é o argumento propriamente dito. Repertório é a argumentação, ou seja, a estratégia argumentativa. O exemplo é estratégia, a utilização de conceito interdisciplinar é estratégia, e são ótimas estratégias, mas facilite ao corretor perceber essa progressão textual com os tópicos frasais, ainda que fiquem muito parecidos com o seu desfecho de introdução, porque, com o tópico frasal, você consegue demonstrar a relação entre os dois parágrafos de desenvolvimento para além de um simples “em segundo plano”, já que ali a relação não é de igualdade, mas de escala, e é importante demonstrar ao corretor a sua estratégia argumentativa.
V – Estou de má vontade com a sua proposta – ou melhor, as propostas. Você não tem tanto espaço assim na proposta para encaixar 3 agentes, 3 ações, 5 efeitos… Enfim, vai faltar alguma coisa, sendo certo que cada elemento da proposta conta como 1 só. Se trouxer 3 agentes, 3 ou 1 valerão a mesma coisa: 40 pontos. Então reorganize isso com o objetivo de ser curta, coerente com a sua progressão textual e cumprindo os 5 elementos – um de cada. Vou dividir a sua proposta.
Mera declaração, aparentemente sem efeito propositivo: “para solucionar a nomofobia é necessário que o indivíduo esteja disposto a mudanças de hábitos”
Agente da Proposta 1: o Governo
Ação 1: implemente medidas de ajuda
Detalhamento 1 da ação 1: disponibilização de psicólogos para jovens que não tenham condições financeiras
Detalhamento 2 da ação 1: é fundamental a organização de palestras
Efeito 1 da ação 1: a fim de ensinar para os indivíduos quais mudanças de hábitos são necessárias
Efeito 2 da ação 1: esclarecer como funciona a nomofobia e como evitá-la
Agente da Proposta 2: a mídia
Detalhamento do Agente da Proposta 2: instagram, facebook, twitter
Ação 2: providencie anúncios autoexplicativos sobre as consequências do uso excessivo das redes sociais
Efeito 1 da ação 2: a fim de alertar os jovens
Efeito 2 da ação 2: evitar complicações futuras
Como corretor, vou pegar a proposta mais completa e caçar os elementos. Nos dois faltou um meio. Esse “por meio de” não está apresentando um meio, mas uma especificação. E aí eu vou querer saber como serão essas palestras, ou como será feita a disponibilização de psicólogos, ou por onde se darão os anúncios autoexplicativos (dentro da plataforma, fora dela, com uso de algoritmos… Ai, por que a plataforma iria ser contra o vício em suas próprias plataformas? Nem faz sentido isso); a segunda proposta parece te trazer um belo de um problema de coerência, até porque você não falou de responsabilização das plataformas em nenhum momento do texto, algo do tipo “vício induzido”…
Enfim, você parece ter sido orientada por alguém que falou que você devia colocar duas propostas. Recomendar duas propostas tem dois objetivos: o primeiro é garantir que o aluno não fale uma única proposta imprestável; o segundo é garantir que a proposta dele esteja coerente com algo que ele desenvolveu no texto. Não acho que os ótimos alunos precisem de duas propostas para construir a coerência com um mínimo de bom senso. Seja como for, pense primeiro em cumprir os 5 elementos da sua melhor proposta. Depois você inventa o desencargo de consciência com 30 agentes, 500 efeitos… Mais de 200 na C5 não vai conseguir, isso eu garanto!! Se quiser contra-argumentar, sou todo ouvidos.
VI – Me surpreende que só tenha perdido 40 pontos na C1 do Enem. Corretor carrasco deveria ser carrasco por inteiro, né? Enfim, seus problemas de pontuação precisam ser remediados para ontem. Vou apontar todos os erros de norma culta. Alguém com a tua produção textual não pode se contentar com menos de 200 na C1. E menos de 200 significa, no máximo, dois da maioria dos erros – alguns apontamentos são apenas sugestões – que aponto a seguir:
Durante a Guerra Fria(1) os Estados Unidos criaram a internet com objetivos estritamente militares. Entretanto, em 1995 a primeira rede social surgiu, chamada de “classmates”(2) na(3) qual tinha como objetivo conectar pessoas, em especial estudantes,(4) se popularizou(5) nos Estados Unidos e (6) Canadá. Paralelo a isso, novos aplicativos foram sendo criados e aprimorados, e(7) dessa vez(8) com ampla dimensão, buscando sempre facilitar a comunicação(9) entre os indivíduos. Ademais(10), (11)é preocupante(12) pois(13) até mesmo no cenário brasileiro(14) as redes sociais passaram a ser vistas como(15) forma de “fuga” do mundo real,(16) contudo, infelizmente o seu uso exorbitante desencadeou diversas consequências, como a nomofobia e depressão.
1 – Faltou a vírgula no adjunto adverbial de tempo que tem 3 ou mais palavras deslocado para o início da frase – não pode errar essa vírgula boba;
2 – Faltou a vírgula para isolar a oração subordinada adjetiva explicativa, e aqui eu só posso recomendar que estude as orações subordinadas adjetivas para saber quando usar a vírgula ou não;
3 – A qual. O verbo “tinha” está conjugando o sujeito que o “qual” está substituindo, e o sujeito nunca é preposicionado, então nunca será, por exemplo: “Na classmates tinha como objetivo…” – cadê o sujeito do “tinha”? Se ele for indefinido, você deve colocar a partícula “se”: “Na classmates, tinha-se como objetivo…”;
4 – Também não existiria o “Na classmates se popularizou nos Estados Unidos”;
5 – Popularizou-se – após a vírgula, ênclise;
6 – Faltou paralelismo: nos Estados Unidos e NO Canadá;
7 e 8 – Destaque entre vírgulas expressões como essa que venham no meio da frase, sempre que tragam uma explicação, um detalhamento;
9 – Dimensão, comunicação… Cuidado com o Eco, ele não é bem-vindo numa dissertação;
10 – Muito cuidado com o uso dos conectivos. Se você apresentar um conectivo com o sentido que não estabelece a correta relação entre as frases, você limita a sua nota na C4 a 160 pontos. Aqui não é adição, mas adversidade: “APESAR de ter sido criada para facilitar a comunicação, a internet ganhou contornos preocupantes…”, percebe? Não era “ademais”;
11 – O que que é preocupante? A frase deve fazer sentido por si só. Destaque a frase do resto do parágrafo e você fará a mesma pergunta que eu fiz;
12 – Faltou vírgula antes da conjunção explicativa;
13 e 14 – Essa expressão “até mesmo no cenário brasileiro” exerce função de adjunto adverbial com 3 ou mais palavras que precisa ser destacada entre vírgulas quando não vem no fim da frase e, por conseguinte, está deslocada;
15 – Sempre que couber colocar um artigo, coloque-o;
16 – Essa pausa aqui é de ponto final ou ponto-e-vírgula. O corretor pode deixar passar, mas percebe que o “contudo” fica solto, podendo fazer referência tanto à frase anterior quanto à frase posterior? Ponha o ponto-e-vírgula para demarcá-lo como referência à frase posterior.
Em primeiro plano, é relevante citar o filme “Sierra Burgess é uma loser”(1) no(2) qual narra uma história de uma jovem fora dos padrões que mediante trocas de mensagens se apaixona por um menino, mas a Sierra se passava por outra pessoa na internet, desse modo enganando o indivíduo. Logo, é notório que (3)nas redes sociais(4) os cidadãos podem optar por qualquer identidade,(5) muitos jovens que se sentem deslocados do mundo real ou sofrem com baixa autoestima migram para a internet buscando ser alguém diferente ou encontrar pessoas que o(6) entendam,(7) infelizmente muitos acabam se excluindo da realidade.
1 e 2 – Mesmo problema de “2” e “3” no primeiro parágrafo;
3 e 4 – Adjunto adverbial com 3 palavras deslocado para o meio da frase pede vírgula na frente e atrás;
5 – Aqui ou faltou um conjunção “e”, ou era pausa de ponto final/ponto-e-vírgula;
6 – Os. Referência a “jovens”, no plural;
7 – Outro de pausa frouxa, como no “5” deste parágrafo.
Em segundo plano, é fundamental mencionar o epicurismo(1) no(2) qual aponta que o principal motivo para a pessoa não encontrar a Eudaimonia – felicidade – são os excessos. Logo, é pertinente explicar que o uso excessivo e indiscriminado das redes sociais pode ocasionar o transtorno psicológico chamado nomofobia(3) que significa medo irracional(4) de ficar sem o celular ou(5) aparelhos eletrônicos. Dessa forma(6), é fundamental esclarecer que esse transtorno não está relacionado à quantidade de horas que os indivíduos passam(7) no celular, mas sim(8) a forma como o mesmo(9) utiliza o aparelho, isto é, se a pessoa fica(10) preocupada com quantidade de curtidas(11) suas publicações alcançam,(12) se deixa de aproveitar momentos para postar fotos. Nesse sentido, é evidente que a nomofobia provoca a ansiedade e(13) em piores situações(14) a depressão.
1 e 2 – Eu espero ter explicado bem essa questão aqui…;
3 – Mesmo caso de vírgula que cabia na oração subordinada adjetiva explicativa;
4 – Pleonasmo. Todo medo é irracional;
5 – Faltou paralelismo: sem o celular e sem os aparelhos eletrônicos; não dê brecha a esse tipo de desconto;
6 – Aqui está o conectivo inerte que causa alguma confusão: pra mim era um “entretanto” aqui;
7 – O corretor pode ver oralidade na expressão “passar horas”, em vez de “gastam tempo” – não se veria, nem sei se existe uma lista de oralidades proibidas pelo Enem;
8 – Evite o “mas sim”, que é pleonástico – se quiser dar ênfase ao sim, destaque-o entre vírgulas: “mas, sim,…”;
9 – “Mesmo” não deve ser usado como pronome relativo – o Enem diz que releva, assim como diz que releva o erro do “onde”, quando não se refere a lugar; do “através”, quando usado no sentido de “por meio de”; da confusão entre isso/isto e outras variações desse tipo…; mas, ainda assim, é um erro, e um erro que um corretor que não prestou atenção no manual pode ignorar. Só arrisque em casos extremos, mas nunca se habitue ao erro tolerado pelo Enem;
10 – O “fica” é oralidade sim, não pega esse erro quem não quer;
11 – Comer palavra é erro grave pro Enem;
12 – Cabia um “e” ou um “ou” aqui;
13 e 14 – Expressão explicativa pedindo vírgula.
Portanto, é válido explicar que para solucionar a nomofobia é necessário que o indivíduo esteja disposto a mudanças de hábitos e(1) para isso, é essencial que o Governo implemente medidas de ajuda, por meio da disponibilização de psicólogos para jovens que não tenham condições financeiras,(2) além disso, é fundamental a organização de palestras(3) a fim de ensinar para os indivíduos quais mudanças de hábitos são necessárias, como também esclarecer como(4) funciona a nomofobia e como(5) evita-la(6). Ademais, é importante que a mídia – instagram(7), facebook(8), twitter(9) – providencie anúncios autoexplicativos sobre as consequências do uso excessivo das redes sociais(10) a fim(11) de alertar os jovens e evitar complicações futuras.
1 – Faltou a vírgula para destacar o “para isso” na frente e atrás;
2 – Pausa de ponto final;
3 – Recomendo que use a vírgula para separar os elementos, já que é opcional e ajuda o corretor;
4 e 5 – Repetição evitável do “como”;
6 – EvitÁ-la;
7, 8 e 9 – Redes sociais sempre em letra maiúscula;
10 – Mesma recomendação do “3” deste parágrafo;
11 – Repetição evitável do “a fim de”.
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See lessTô muito triste com o que aconteceu. Se você ainda confia em mim, receba como presente o meu apoio ao teu ano de estudos.
O uso do celular na sala de aula
LaísAlm
Na introdução, -para mim não ficou muito claro o que você defende, de certo esse modelo de redação "cabe em qualquer tema" porém algumas coisas não fizeram sentido, eu li a introdução e até então não sabia se você era a favor ou contra o uso de celulares na sala de aula. "artigo 6º, o direito à educLeia mais
Na introdução,
-para mim não ficou muito claro o que você defende, de certo esse modelo de redação “cabe em qualquer tema” porém algumas coisas não fizeram sentido, eu li a introdução e até então não sabia se você era a favor ou contra o uso de celulares na sala de aula. “artigo 6º, o direito à educação como inerente a todo cidadão brasileiro. Contudo, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática quando se observa os usos dos celulares nas salas de aula” então você me diz que o uso dos celulares na sala de aula quebra o artigo 6°?
-” investir no uso tecnológico na educação.” uso tecnológico de que??? eu entendi que foi da aparatos tecnológicos, então eu colocaria—> “uso da tecnologia na educação”
No desenvolvimento,
-“Ademais, é fundamental apontar a desigualdade SOCIAL****’
-Muito bom esse parágrafo, fugiu um pouco do modelo, por isso, parabéns.
Na conclusão,
-“a fim de democratizar o uso de celulares”, blz democratizar o uso, então todos podem usar na sala, isso é bom, mas… todos têm aparelhos para fazer o uso???
-” Assim, se consolidará uma sociedade mais justa”, só porque pode usar?? assim como vc disse, pode fazer o uso, mas é quem não tem?? isso não corrobora para uma segregação??
Não sou corretora, esses são só alguns pontos que eu acho que vale a pena rever.
See lessCara sua redação está muito boa (apesar de ser um modelinho de redação de youtuber :v)
Você escreve muito bem, não percebi nenhum erro gramatical, apenas algumas pequenas incoerências, isso você resolve com a prática.
Parabéns e sucesso :v