Cadastre-se

Cadastre-se gratuitamente para enviar suas redações para nossa comunidade!

Faça login para acessar a comunidade EscreverOnline

Esqueceu a senha? Vamos resolver isso :)

Perdeu a senha? Digite seu e-mail para receber um link para redefinir sua senha.

Desculpe, você não tem permissão para enviar uma redação, Você precisa acessar sua conta para enviar uma redação.

Reforma da Previdência Social e suas consequências

Reforma da Previdência Social e suas consequências

Texto 1

A Previdência Social é um seguro público que tem como função garantir que as fontes de renda do trabalhador e de sua família sejam mantidas quando ele perde a capacidade de trabalhar por algum tempo (doença, acidente, maternidade) ou permanentemente (morte, invalidez e velhice). Ela é responsável pelo pagamento de diversos benefícios do trabalhador brasileiro, tais como aposentadoria, salário-maternidade, salário-família, auxílio-doença, auxílio-acidente e pensão por morte. Para ser assegurado pela Previdência é preciso contribuir regularmente para o INSS, que é o caixa da Previdência Social, responsável pelas arrecadações das contribuições e pelo pagamento dos benefícios. [protected]

Todos os trabalhadores registrados com carteira assinada são obrigatoriamente protegidos pela Previdência Social, e aqueles que não são registrados podem se filiar espontaneamente, como contribuintes individuais (caso dos trabalhadores autônomos e empresários) ou como contribuintes facultativos  (caso dos estudantes, donas de casa, etc.). (Adaptado de http://www.guiadedireitos.org/index.php?option=com_content&view=article&id=541&Itemid=48. Acesso em 19/03/2017)

 

Texto 2

Em discussão na Câmara dos deputados, desde dezembro, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 287), que trata da reforma da Previdência Social, ganhou as ruas na semana passada e maciça oposição dos trabalhadores. Isso porque o principal ponto da reforma, e mais polêmico, que institui idade mínima de 65 anos para se aposentar, para homens e mulheres, deve prejudicar os trabalhadores de estados mais pobres do país, onde a expectativa de vida se aproxima muito da idade proposta pelo governo federal. No Maranhão e Alagoas, por exemplo, ambos no Nordeste do país, caso a reforma fosse aprovada neste ano, os homens, com expectativa de vida de 66 anos, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) só receberiam o benefício por um ano. (…)

A especialista em previdência Denise Gentil, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirma que, se aprovada como pretende o governo federal, a reforma punirá trabalhadores das regiões mais pobres do país, que exercem funções muito degastantes.

É uma medida que vai atingir, principalmente, os mais pobres, das periferias, em especial os trabalhadores do Norte e Nordeste do país, o que fará com que a pobreza aumente muito. Isso porque milhares de pessoas nunca conseguirão ter acesso à aposentadoria — afirma. (Adaptado de http://extra.globo.com/noticias/economia/reforma-da-previdencia-com-idade-minima-de-65-anos-prejudica-segurados-mais-pobres-21080402.html. Acesso em 19/03/2017)

 

Texto 3 

Para o economista e especialista em Previdência, Paulo Tafner, se a reforma não for feita de maneira mais dura agora, não terá efeitos sobre a Previdência, o que pode gerar dificuldade nos pagamentos de benefícios no futuro. — Minha avaliação é de que não pode mexer na idade mínima. A regra tem que ser mantida. Ou seja, se mexerem na idade mínima, simplesmente acaba a reforma. Esta proposta do governo acaba com uma Previdência que manteve privilégios a grupos específicos e, se não for aprovada tal como está, a Previdência Social nunca voltará a ser sustentável no Brasil — avalia.

O coordenador de Previdência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Rogério Nagamine, também comunga das ideias do governo e é a favor de que a reforma se mantenha sem mudanças nos principais aspectos.

Temos um envelhecimento populacional muito acelerado no Brasil. Até 2060, teremos mais pessoas recebendo a aposentadoria do que trabalhadores contribuintes. Além disso, o papel da Previdência é garantir renda para quem perdeu a capacidade laboral. Em função das nossas regras muito brandas, pagamos aposentadoria para pessoas com capacidade de trabalhar. Isso é uma distorção — explica. (Adaptado de http://extra.globo.com/noticias/economia/reforma-da-previdencia-com-idade-minima-de-65-anos-prejudica-segurados-mais-pobres-21080402.html. Acesso em 19/03/2017)

 

Texto 4 

Recorte da entrevista de Denise Gentil, pesquisadora da UFRJ, sobre a reforma da previdência:

 

Denise Gentil: Fiz um levantamento da situação financeira do período 1990-2006. De acordo com o fluxo de caixa do INSS, há superávit operacional ao longo de vários anos. Em 2006, para citar o ano mais recente, esse superávit foi de R$ 1,2 bilhões.

O superávit da Seguridade Social, que abrange o conjunto da Saúde, da Assistência Social e da Previdência, é muito maior. Em 2006, o excedente de recursos do orçamento da Seguridade alcançou a cifra de R$ 72,2 bilhões.

Uma parte desses recursos, cerca de R$ 38 bilhões, foi desvinculada da Seguridade para além do limite de 20% permitido pela DRU (Desvinculação das Receitas da União).

Há um grande excedente de recursos no orçamento da Seguridade Social que é desviado para outros gastos. Esse tema é polêmico e tem sido muito debatido ultimamente. Há uma vertente, a mais veiculada na mídia, de interpretação desses dados que ignora a existência de um orçamento da Seguridade Social e trata o orçamento público como uma equação que envolve apenas receita, despesa e superávit primário. Não haveria, assim, a menor diferença se os recursos do superávit vêm do orçamento da Seguridade Social ou de outra fonte qualquer do orçamento.

Interessa apenas o resultado fiscal, isto é, o quanto foi economizado para pagar despesas financeiras com juros e amortização da dívida pública.

Por isso o debate torna-se acirrado. De um lado, estão os que advogam a redução dos gastos financeiros, via redução mais acelerada da taxa de juros, para liberar recursos para a realização do investimento público necessário ao crescimento. Do outro, estão os defensores do corte lento e milimétrico da taxa de juros e de reformas para reduzir gastos com benefícios previdenciários e assistenciais. Na verdade, o que está em debate são as diferentes visões de sociedade, de desenvolvimento econômico e de valores sociais. (Adaptado de http://www.adunicentro.org.br/noticias/ler/1676/em-tese-de-doutorado-pesquisadora-denuncia-a-farsa-da-crise-da-previdencia-social-no-brasil-forjada-pelo-governo-com-apoio-da-imprensa. Acesso em 17/03/2017)

 

[box]

Os textos acima explicam o que é a previdência social e tratam da questão da reforma, assunto muito comentado nas últimas semanas, apresentando pontos de vistas distintos. Com base no seu conhecimento de mundo e nos textos acima, escreva um texto dissertativo-argumentativo sobre a necessidade ou não de uma reforma no sistema previdenciário no Brasil, refletindo sobre suas consequências para a sociedade.

[/box]

 

[button link=”https://psalm.escreveronline.com.br/nova-redacao/” newwindow=”yes”] Clique aqui para enviar sua redação para correção comunitária (Grátis)[/button]
[button link=”https://psalm.escreveronline.com.br/premium/enviar-premium” color=”orange” newwindow=”yes”] Clique aqui para enviar sua redação para correção profissional (Premium)[/button] [/protected]

 

Conteúdo relacionado

2 Comments

Comente