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O cinema e a nossa geração

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Texto 2

[quote]Publicada em 07/08/2011 às 17h20.

O uso aleatório do 3D no cinema chama atenção de crítica e público
Popularizado por Avatar, o 3D vem sendo usado pela indústria como um atrativo para aumentar bilheteria ao redor do mundo, mas já provoca cansaço na crítica e no público

Doris MIranda | Redação CORREIO

Ninguém nunca tinha visto novidade tão grande, nem mesmo nos anos 50, quando, para se assistir aos primeiros filmes em 3D, o público precisava usar um desconfortável óculos de papel, com uma lente verde e outra vermelha. Imergir tão completamente num ambiente, a ponto de quase tocar nas coisas, experimentando as sensações dos personagens? Imagina.

Até o fenômeno Avatar (2009), projeto que levou mais de uma década da vida de James Cameron e se tornou o filme de maior bilheteria da história, com US$ 2,78 bilhões, o público não sabia quais eram as possibilidades reais do 3D. As reações não deixavam mentir: aquilo ali era a revolução.

Na versão 3D do bacana Capitão América – O Primeiro Vingador, filme de Joe Johnston sobre o herói criado na Segunda Guerra, a projeção ganha tons mais escuros e embaçados

A questão é que, dois anos depois, porém, uma enxurrada de lançamentos em 3D mostrou que não é exatamente assim. Tem-se, claro, ótimos exemplos de seu bom uso, como em Alice no País das Maravilhas e Como Treinar Seu Dragão, mas o cinema em 3D, de maneira geral, tem sido usado com vistoso artifício para incrementar bilheteria.

Isso porque diversos lançamentos que não precisavam desse tipo de efeito para serem interessantes os exibem aos montes. São os casos de Harry Potter e As Relíquias da Morte – Parte 2, que já fez US$ 330 milhões nos EUA, e Capitão América – O Primeiro Vingador, que já faturou US$ 130 milhões na terra de Obama.

Qualidade

A aposta inicial da indústria era usar o 3D para combater a pirataria, já que os downloads não conseguem reproduzir esta tecnologia, e aumentar o faturamento. A coisa, no entanto, fugiu do controle. É tanto filme sendo convertido ou feito em 3D que o público e a crítica começam a demonstrar cansaço. Seja pelo óculos incômodos e pesados, seja pela projeção escura e embaçada em caso de conversão malfeita ou equipamento de exibição de má qualidade.

“O desenvolvimento tecnológico sempre acompanhou o cinema, mas nem sempre há algo de novo e enriquecedor. Na minha opinião, a tecnologia 3D raramente acrescenta algo. Para piorar, paga-se mais por uma projeção sem qualidade”, analisa o cineasta e exibidor baiano Cláudio Marques, 40 anos, sócio-coordenador do Espaço Unibanco.

É por querer mais qualidade nas exibições que ele ainda não instalou sala 3D no Unibanco, mas, está em vias de fazer. “Não me contento com um equipamento de terceira somente para dizer que temos 3D. Vamos colocar em breve, mas será um 3D de verdade”, promete. Pelas filas que se viu na estreia de Harry Potter, por exemplo, deduz-se que, por lá, o 3D não faz falta.

Potter

A crítica ao uso irrestrito do 3D vem tanto de cineastas quanto de críticos renomados. O cineasta baiano Sérgio Machado, 42, confessa que nunca mais curtiu o 3D desde Avatar. “A tecnologia é boa até sua banalização. Num filme bom, o 3D só realça suas qualidades. Num filme ruim, nem o 3D salva”, diz o diretor de Cidade Baixa (2005) e Quincas Berro D’Água (2010).

Mas, seus olhos voltaram a encher quando assistiu em Londres, poucas semanas atrás, a exibição em 3D de Pina, novo projeto de Wim Winders sobre a coreógrafa alemã Pina Bausch (1940-2009).

“Fiquei muito impressionado. Estava sentado na primeira fila e tive realmente a sensação de estar no palco com ela. Pina me abriu uma nova perspectiva para o 3D”, confessa ele, que começa a filmar em novembro Heliópolis, filme estrelado por Cauã Reymond, sobre um maestro disposto a ensinar música clássica na favela paulistana de Heliópolis.

O americano Roger Ebert, do jornal Chicago Sun-Times, foi mais longe e propagou em manifesto sobre seus motivos para odiar o 3D. Em uma das mais recentes colunas, desancou o efeito aplicado ao último episódio de Harry Potter e As Relíquias da Morte.

Ebert, que também é roteirista, explica: “Esse filme inteiro é escuro, melancólico e cheio de sombras, como deveria ser. Isso o torna particularmente inadequado para a perda de brilho do 3D. Evite pagar mais caro e veja Harry Potter no 2D com mais brilho, da forma mais adequada”.

Mercado

Os preços, com certeza, fazem toda a diferença neste caso. As sessões dos cinco complexos de cinema de Salvador que têm salas em 3D variam de R$ 19/R$ 9,50 a R$ 23/R$ 11,75, preços em média 30% mais caros do que o ingresso normal. Ou seja, vale pensar melhor…

Mais conectado ao lado mercadológico da coisa, o publicitário paulista Cláudio Carvalho, 49 anos, que também coleciona tudo sobre 3D desde a infância diz que, sim, a tecnologia veio para ficar. “Hollywood está interessada em resgatar o público jovem que depois irá comprar os subprodutos do 3D, incluindo aí as televisões e games”, arremata.

Disponível em: http://goo.gl/1X3Bt[/quote]

 

Texto 3

[quote]07/02/2012 14h02

O ARTISTA

Roberto Guerra

O Artista é uma das gratas surpresas cinematográficas do ano. Uma adorável homenagem ao cinema sem ares de nostalgia barata. Nele, o diretor e roteirista francês Michel Hazanavicius caprichosamente recria a estética do cinema mudo para contar a história de um astro de cinema que se recusa a adaptar-se à revolução do som no início dos anos 1930. Uma obra tomada por um tom entusiástico e consistente que é praticamente impossível não ser arrebatado pela alegria efervescente que permeia cada cena.

Essa fábula surpreendentemente contemporânea, sobre um ator engolido pelos avanços tecnológicos, revela muito de nosso presente no qual tudo é descartável ao menor sinal de uma novidade. Seu protagonista é George Valentin (Jean Dujardin), uma estrela do cinema mudo que tem o mundo aos seus pés: fãs, dezenas de filme no currículo e sucesso. Não há nada a atencipar o destino que o aguarda com a chegada iminente de som ao cinema. A realidade, no entanto, se mostra implacável.

Da noite para o dia, Valentin acorda em um mundo hostil, onde todos parecem tê-lo descartado como algo obsoleto. Paralelamente, Peppy Miller (Bérénice Bejo), uma jovem dançarina e aspirante a atriz, ganha notoriedade na indústria de hollywoodiana que se rende ao advento dos filmes sonorizados. Os caminhos desses dois artistas – vivendo o mesmo momento, mas diferentes realidades – se cruzam ao longo dos gratificantes 100 minutos de projeção.

Sim, O Artista é merecedor de sua aclamação pela crítica e público no mundo. É engraçado, triste, encantador e recompensa o espectador com cenas que podem ser definidas como “pequenas obras de arte nelas mesmas”. Jean Dujardin é outro que não está sendo festejado à toa. Sua atuação é impecável e coerente com a proposta do filme. Ele expressa em sua face cada palavra que não se ouve, levando compreensão para a lacuna deixada pela ausência de som. Ele e Bérénice Bejo estão perfeitos em cena – sozinhos ou em dupla. Os dois promovem uma verdadeira aula do que se convencionou chamar de “química” em cena.

É interessante notar a decisão acertada do diretor de fazer um filme ambientado no passado, mas moderno em sua execução. Posicionamento de câmera, montagem e efeitos são atuais. Nos remetem a uma época, mas não houve a pretensão de incorporar o jeito e a técnica de se fazer cinema do período, o que poderia se transformar num tiro no pé.

Assistir a O Artista é fazer uma viagem no tempo. É ser levado à era de ouro de Charlie Chaplin, Buster Keaton e D.W. Griffith. Um filme de enredo simples, contado de forma primorosa, mudo e em preto e branco. “Não, não vou ao cinema ver isso. Deve ser do tipo de filme que só agrada a crítico”, diria um espectador incauto. Acredite, se deixar passar a oportunidade de assistir a O Artista no cinema estará perdendo uma experiência única. Um filme inteligente, divertido e charmoso que vai ficar gravado em sua cabeça muitos meses depois da exibição.

Disponível em: http://goo.gl/WIKO0 [/quote]

 

A partir da leitura dos textos acima, componha uma dissertação em prosa com o seguinte tema:

[box type=”shadow”] O VELHO E O NOVO: O QUE O CINEMA ATUAL DIZ SOBRE NOSSA GERAÇÃO? [/box]

 

A redação não tem limites de linha, porém, os vestibulares no geral fornecem ao candidato uma folha pautada contendo de 30 a 40 linhas. Tente não passar desse limite. Leve em conta o tamanho da sua letra de mão na hora de escrever seu texto no computador.

 

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