Na obra “Utopia”, do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de problemas. Entretanto, no Brasil contemporâneo, observa-se o oposto da ideia apresentada pelo autor, haja vista os desafios para a consolidação da literacia familiar, que(1) embora importante, apresenta empecilhos para a sua efetivação. Dessa forma, configuram-se como obstáculos o despreparo dos responsáveis e a falta de estímulo governamental.
1 – vírgula
É válido ressaltar, de início, que o despreparo dos responsáveis acaba sendo um empecilho para a concretização do letramento na infância. Nesse sentido, sob a perspectiva do sociólogo francês Èmile Durkheim, a educação é o conjunto de ações exercidas das gerações adultas sobre as que ainda não atingiram a maturidade para a vida social. Dessa forma, é evidente que, no Brasil, não há um estímulo à leitura(2) e a escrita por parte dos familiares, isso se deve, principalmente, pelo(3) fato de não existir politicas públicas eficientes no que tange à orientação dos familiares(7). Como resultado, as crianças que não são letradas na infância se tornam potenciais desempregados, o que fomenta as desigualdades sociais.
2 – evite generalizações: “não há, de modo geral, estímulo à leitura e à(crase aqui) escrita…”
3 – isso se deve ao fato
7 – Explique melhor o que são essas políticas públicas voltadas à orientação familiar.

Outrossim, o baixo alento governamental torna a problemática persistente. Nesse viés, sob a ótica de Jean Jacques Rousseau, cabe ao Estado(5) viabilizar ações que garantam o bem-estar coletivo. Todavia, no Brasil, a dificuldade em consolidar o letramento na infância rompe com o ideal iluminista do filósofo, haja vista que em pleno terceiro milênio muitos indivíduos não conseguem gozar da cidadania plena, devido a(4) falta de estímulo na infância. Logo, é fundamental mudar esse quadro.
4 – crase
5 – Argumente o por que de ser responsabilidade governamental o letramento na infância, e mostre de forma concreta de que forma o Estado não tem contribuído para isso.
Portanto, é imprescindível que(6), para liquidar a problemática, cabe ao(agente) Ministério da Educação e Cultura (MEC), por meio(meio) de verbas destinadas à educação, estruturar as escolas de todo o país(ação), a partir de materiais educativos gratuitos, como livros e brinquedos(detalhamento), que serão distribuídos à comunidade, além de palestras ministradas por docentes e psicólogos que visem à orientação dos responsáveis(detalhamento 2), com o fito de efetivar a literacia familiar(finalidade). Só assim, o tecido social brasileiro se aproximará, cada vez mais, da obra utópica de Thomas More.
6 – é imprescindível que… ?(ficou incompleto)

Síntese: Recomendo estudar cuidadosamente seus erros na redação, não somente confiar no modelo. Principalmente: vírgula, crase, generalizações e aprofundamento argumentativo.

“Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”. A citação do personagem Brás Cubas, idealizado por Machado de Assis, pode representar um símbolo para a indiferença da população diante do analfabetismo funcional, pois é justamente a reação social falha que torna a situação um fardo para o país(1). Sendo assim, torna-se premente analisar os impactos dessa problemática: não somente as condições do ensino público, como também a falta de incentivo a(2) leitura contribuem para agravar o contexto.(3)
1 – Não considero que houve produtividade do repertório, pois não houve relação entre a não-transmissão da miséria humana com a indiferença ao analfabetismo funcional, tenta explicar melhor qual a relação ou muda de repertório.
2 – à leitura
3 – tese: causas do problema -> I – condições do ensino público; causa do problema II – falta de incentivo à leitura.
Primeiramente, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater o analfabetismo funcional. Nesse cenário, segundo o jornal El País Brasil, 29% da população brasileira é analfabeta funcional, inclusive pessoas com o ensino médio completo(5). Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação ao(6) “contrato social”, já que o Estado(4) não cumpre a sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como o acesso à educação pública de qualidade, o que(7) infelizmente(7) é evidente no país.
4 – Você afirma que o Estado é responsável por uma má educação pública, mas o que seria essa má educação pública? Falta de infraestrutura? De professores? Evite deixar um conceito abstrato e aberto, recomendo trazer mais exemplificações e explicações que levem ao convencimento de que aquilo que você está falando de fato ocorre, então tenta trazer coisas concretas para isso.
5 – Por que pessoas de ensino médio completo continuam a ser analfabetas? Como elas conseguiram ser “aprovadas” apesar de não saber ler? Evite abordar um assunto de modo superficial, responda quaisquer dúvidas que poderiam surgir no corretor ao ler sua redação.
6 – do
7 – vírgula – aposto explicativo
Outrossim, vale ressaltar que a falta de incentivo a(8) leitura contribui para impulsionar(9) a problemática. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade(10). Seguindo essa linha de pensamento, como o analfabeto funcional, mesmo alfabetizado, não consegue compreender textos básicos e nem desenvolver pensamento crítico(11), observa-se que a ausência do hábito da leitura(12) contribui para a massividade do problema no Brasil. Diante disso, outros transtornos são escalonados(13) como a diminuição da qualidade de vida pela baixa probabilidade de conquistar um bom emprego.(14)
8 – à
9 – penso que é um verbo pouco significativo, pois ‘impulsionar’ não necessariamente remete a ‘agravar’ o problema, então recomendo trocar por ‘agravar’.
10 – Quando você põe exterioridade, generalidade e coercitividade na redação, torna-se necessário que você explique cada um desses termos, e porque eles estão relacionados com o fato social. Por isso, muito cuidado, pense sempre que o corretor não vai entender o que você escreveu, e que você precisa explicar para ele as coisas de modo simplório.

11 – Evite conceitos abstratos. ‘Pensamento crítico’ é abstrato. O que é um pensamento crítico? Ter uma opinião sobre algo? Pensar uma crítica sobre algo? Houve um problema de generalização, não é porque a pessoa é analfabeta funcional que ela não consegue raciocinar criticamente, é tanto que os analfabetos podem votar, pois se considera, de maneira geral, que eles são capazes de discernir de forma crítica a política

12 – Aprofunde a argumentação de porque a ausência de hábitos de leitura contribui para a problemática.

13 – vírgula – exemplificação.
Depreende-se, portanto, a necessidade de combater esses obstáculos. Para isso, necessita-se que o Tribunal de Contas da União(agente) direcione capital(ação) que, por intermédio do Ministério da Educação(meio), seja revertido em evoluções na grade curricular escolar que priorizem o letramento desde a tenra idade, como disciplinas (detalhamento)de aplicação das técnicas de interpretação textual em meio à cultura digital. Ademais, cabe ao governo federal(Agente 2) criar campanhas vinculadas(ação 2) à mídia incentivando a leitura dos cidadão já alfabetizados. Assim, se (finalidade 2) consolidará uma sociedade mais justa, onde o Estado desempenha corretamente seu “contrato social”.

Síntese: invista seu tempo nas competências 3 e 2. Você já tem bons repertórios, boa gramática, bom uso de conectivos, só precisa melhor na argumentação e na articulação do repertório com o seu argumento, a fim de torna-lo produtivo.

Promulgada pela Organização das Nações Unidas, em 1948, a Declaração Universal dos Diretos Humanos garante a todos os indivíduos o direito ao bem-estar social. Entretanto, no Brasil, a dificuldade em assegurar a saúde mental da população impede que esse direito seja completamente garantido. Nesse sentido, tanto a insuficiência legislativa quanto a lenta mudança da mentalidade social contribuem para a persistência dos estigmas relacionados às doenças mentais.(8)

8 – Projeto de texto:

I – Dificuldade em assegurar a saúde mental em contraposição ao direito ao bem-estar social.
II – Insuficiência legislativa e lenta mudança na mentalidade social enquanto responsáveis pelo problema.

Primeiramente, cabe avaliar que a dificuldade em assegurar a saúde mental é um grave problema governamental. Esse fato ocorre, pois,(1) ainda que na Constituição Federal de 1988 seja prevista a saúde e o bem-estar social, a existência de uma (11)barreira sociocultural(10) (2)a qual julga os indivíduos que buscam ajuda(12) como fracos(2) impede que esse direito, na prática, seja plenamente garantido. Isso evidencia uma quebra do Contrato Social, proposto por Thomas Hobbes, o qual afirma que é dever do Estado manter a ordem e assegura(9) o cumprimento das leis(13). Assim, é inaceitável que esse cenário esteja presente no Brasil contemporâneo, visto que, sem a existência de medidas que visam incentivar a população como(3) enfermidades neurológicas a buscar ajuda, as barreiras socioculturais permanecem intactas(10) perpetuando os estereótipos e preconceitos com as patologias mentais.
1 – Tirar vírgula.
2 – Vírgula(aposto explicativo).
3 – Com.
9 – Assegurar(paralelismo).
10 – Vírgula.
11 – Qual a origem dessa barreira sociocultural? O que ela quer dizer na prática? Que tipo de pessoas pratica esse ato de julgamento?
12 – Quem são esses indivíduos que buscam ajuda?
13 – Por que o Estado seria responsável pela superação dessa barreira sociocultural?

Ademais, vale ressaltar que a alienação social contribui para a persistência do impasse em questão. Nesse contexto, a filósofa alemã Hannah Arendt, em “Banalidade do Mal”, refletiu sobre a massificação da sociedade(14), a qual torna os indivíduos incapazes de realizarem julgamentos críticos, acentuando(4), sem questionar, tudo que lhes é imposto. Dessa forma, verifica-se que o pensamento da filósofa está presente no contexto de alienação da sociedade brasileira, tendo em vista que muitos dos sujeito(5) sociais(15) se omitem diante dos contextos de preconceito contra grupos minoritários, como pessoas com doenças mentais, desconsiderando a importância da sua voz para garantir direitos básicos à população, (6)os quais a saúde e o bem-estar social estão inclusos
4 – aceitando
5 – sujeitos
6 – dos
14 – Explique o que é massificação da sociedade.
15 – Por que esses sujeitos sociais se omitem?
Portanto, infere-se a necessidade de que medidas sejam tomadas para amenizar o quadro atual. Logo, compete ao Estado(agente) – como garantidor(detalhamento) dos direitos dos cidadãos – incentivar(ação) a população com(7) a buscar ajuda, por meio(meio) de palestras que incentivem a realização de tal ato. Essa ação tem como objetivo(finalidade) não apenas assegurar a saúde mental, como também conscientizar os indivíduos em cotação de alienação. Desse modo, espera-se que os direitos da população sejam devidamente assegurados, da mesma maneira como antes previsto por Hobbes
7 – tira o ‘com’.

A imprensa como veículo de comunicação social, difusora de informações e formadora da opinião pública(1) que atua na contemporaneidade sob o julgo(2) da censura e repressão(1) ainda constitui importante elemento social. Entre os diversos fatores pertinentes ao trabalho da mídia brasileira, a crescente censura aos meios comunicacionais e disseminação de falsas informações nos meios virtuais têm colaborado para as dificuldades encontradas em propagar o jornalismo em sua expressão e (9)a imprensa, na sua função de manter a transparência dos fatos ocorridos. Nesse sentido, faz-se necessária a análise das principais causas, consequências e possível medida no que se refere à manutenção do papel da mídia em nossa sociedade, para que essa triste realidade de descaso com a verdade não se torne uma patologia social.
1 – vírgula
2 – jugo
9 – na imprensa
Inicialmente, podemos compreender que a censura aos meios de comunicação, principalmente em governos autoritários, não representa algo novo em uma comunidade. Esse panorama verifica-se(3) uma vez que, durante o governo do presidente Getúlio Vargas, por volta dos anos 40, foi instituído o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), órgão esse que exercia controle sobre os fatos e informações divulgados na imprensa, o que dificultava críticas ao governo no mesmo tempo que restringia a liberdade de expressão. Hoje, ainda, o público e o privado confundem-se quando se trata do trabalho midiático, seja por medidas mais rígidas ou manipulações desse segmento, de forma a burocratizar o acesso informacional à população, como afirmava o sociólogo Max Weber, o que provoca, infelizmente, a triste alienação civil e a cultura de desinformação.(10)
3 – se verifica
10 – Explique de que forma, no contexto atual, a mídia continua a ser controlada ou censurada em favor de interesses sectários.
Outrossim, vale salientar a propagação das falsas informações como importante legado desse contexto. Uma vez que a imprensa encontra-se(4) limitada a informar sobre os aspectos cotidianos da população nacional(5), como questões de saúde pública, educação, segurança etc, passa-se a recorrer, cada vez mais, segundo a matéria divulgada pelo portal G1 de notícias, aos meios informais, por exemplo Facebook e Whatsapp, como fontes informativas. Esse fato não seria tão grave(6) caso não configurasse um importante meio de publicação das chamadas “pós-verdades”(8), que são imbuídas de interesses, principalmente políticos e econômicos, entre os indivíduos das altas classes sociais, que se aproveitam da ausência da capacidade crítica do cidadão, a fim de moldar e instruir comportamentos. Dessa maneira, assim como pensava o sociólogo alemão Émile Durkheim, mais uma vez os direitos individuais são suprimidos pela vontade da sociedade, que nessa conjuntura a briga(7) as elites, as quais detêm interesses políticos e monetários.
4 – se encontra
5 – Explique por que a imprensa é considerada mais limitada do que os meios informais.
6 – vírgula
7 – abriga
8 – Explique por que as ‘pós-verdades’ são mais facilmente difundidas nos meios informais.
A fim de mitigar, portanto, o cerceamento à liberdade(finalidade) e promover a informação confiável, medidas devem ser adotadas. Nessa lógica, cabe aos meios de comunicação(agente), por meio da formação(meio) de instituições autônomas e sindicatos, cobrarem maior (ação) autonomia diante do Estado em relação à divulgação de notícias e informações à sociedade, com amparo na Constituição Federal de 1988- que assegura a liberdade de expressão-, e ter maior acesso aos dados públicos a fim de que a população possa permanecer atualizada acerca da condição da sua nação.(detalhamento)