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O ESTIGMA ASSOCIADO ÀS DOENÇAS MENTAIS NO BRASIL
Mr.Crozma
C1: 160 (espero que alguns erros aí sejam de digitação, mas encontrei 12 erros/falhas estruturais) - muitos na Introdução! Começou nervoso, né? C2: 200 (abordagem completa, 3 partes, repertório legitimado e produtivo - o "Claúdio" tá fora kkkk mas corretor nenhum vai verificar isso se você já cumpriLeia mais
C1: 160 (espero que alguns erros aí sejam de digitação, mas encontrei 12 erros/falhas estruturais) – muitos na Introdução! Começou nervoso, né?
C2: 200 (abordagem completa, 3 partes, repertório legitimado e produtivo – o “Claúdio” tá fora kkkk mas corretor nenhum vai verificar isso se você já cumpriu os 200 no primeiro argumento)
C3: 160/200 (aqui vai depender de qual relevância aos pontos soltos da sua redação o corretor vai dar – esse “precisa mudar” não me parece um bom desfecho de argumento)
C4: 200 (Presença expressiva de elementos coesivos inter e intraparágrafos, ausentes
repetições e sem inadequação)
C5: 160/200 (esse modo de “disponibilização de recursos do governo” tá mais pra condição, mas vá lá, um corretor de bom humor dá 200 aqui kkkkk)
Provavelmente ficará entre 920 e 960; alguns erros de pontuação travam a leitura e podem deixar o corretor mal humorado, aí passa desatento quanto aos operadores argumentativos, por exemplo, e dá 160 no C4; vamos ver se acertei a nota kkkk
Sucesso, mano; parabéns por ter ajudado tanta gente em 2020!
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Mr.Crozma
Já comentei com outro rapaz aqui que treinava para a PRF com esse mesmo tema: quando pedirem três propostas, é para falar delas num desenvolvimento e ainda assim ter uma conclusão. Ou seja: 5 parágrafos no mínimo! Texto sem desfecho, já viu? Fora isso, poucos erros de português - "trânsito" com acenLeia mais
Já comentei com outro rapaz aqui que treinava para a PRF com esse mesmo tema: quando pedirem três propostas, é para falar delas num desenvolvimento e ainda assim ter uma conclusão. Ou seja: 5 parágrafos no mínimo! Texto sem desfecho, já viu?
Fora isso, poucos erros de português – “trânsito” com acento, por favor.
Na terceira linha, “agregadoS” – o sujeito é “questionamentos”, correto?
Depois do dois-pontos, letra minúscula.
Estudar vírgulas, hífens e prestar atenção na concordância quando você inverte a frase.
*Ver* se está em condições…
Superficialmente, foi isso que constatei.
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Mr.Crozma
O Vitor está correto quando sente falta de conectivos - os tais operadores argumentativos: são eles que dão o ar persuasivo que uma dissertação-argumentativa deve ter. A gente sai do Ensino Médio bastante acostumado a escrever textos dissertativo-expositivos, e talvez seja isso que falta nesse textoLeia mais
O Vitor está correto quando sente falta de conectivos – os tais operadores argumentativos: são eles que dão o ar persuasivo que uma dissertação-argumentativa deve ter.
A gente sai do Ensino Médio bastante acostumado a escrever textos dissertativo-expositivos, e talvez seja isso que falta nesse texto, ou seja, a compreensão de que o objetivo é convencer alguém sobre um posicionamento.
Em termos de correção, ajuda muito pensar o Tópico Frasal, que é o resumo do argumento que você quer apresentar: qual é o centro da sua argumentação sobre o Não Salvo? Qual frase pode resumir a ideia desse parágrafo? Esse resumo é o Tópico Frasal, é o que você planeja desenvolver.
Esses tópicos frasais, se você reparar nas redações da ANGELMUSIC, por exemplo, são adiantados já no primeiro parágrafo. Ao invés de terminar com um “grande problema que não pode ser ignorado”, você dá um spoiler dos seus argumentos, para facilitar o corretor a identificar o que você quis trazer e se há mesmo um projeto de texto. O corretor com um outro humor quando você facilita o trabalho dele na pontuação. Ele está buscando indícios de projeto de texto, dê a ele.
E é a partir dos Tópicos Frasais que você desenvolve, ou seja, que você vê a possibilidade de usar os operadores argumentativos (Isso porque, consequentemente, já que, logo, portanto, por exemplo…).
O Tópico Frasal é uma frase curta, direta, com esse único objetivo de dizer “ó, corretor, a partir eu quero explicar esse argumento aqui”. Imediatamente você sente uma necessidade explicar o tal do TF, por que você o escolheu como o seu argumento para defender a sua posição. Daí que a estrutura de um parágrafo argumentativo no Enem exige: Tópico Frasal + Explicação + Aprofundamento.
Sinceramente, o Tópico Frasal te ajuda também a se organizar melhor, a não se perder. Aquele momento “sobre o que estou escrevendo mesmo?” não deve existir num texto planejado.
É olhando para esses TFs que você pensa a sua proposta intervenção. Ora, se falou o tempo inteiro que o problema é mundial, que a rede é complexa, por que a proposta se limita ao Governo Brasileiro? Fica uma sensação de incoerência quando você traz uma proposta brasileira dizendo que assim evitaremos uma Joana D’Arc. Não é que seu texto esteja incoerente, mas essa falta de conexão entre a proposta e os argumentos limitam a avaliação do projeto de texto: é mesmo “em virtude desses fatos” que o Governo brasileiro deve agir?
Com esse raciocínio, volto ao Desenvolvimento: o aprofundamento tende a desenhar o caminho da proposta (você não acha incoerente dizer que o governo eleito é quem deve cuidar das fakes se um dos argumentos é dizer que o governo eleito se beneficia das fake news?).
E aqui eu não tô fazendo uma crítica à sua proposta em si, mas ao seu projeto de texto, aqui é competência 3, que é bastante influenciada pela competência 4, que é invocada pela competência 2. Desenvolvimento mexe com tudo isso.
Um último detalhe sobre o Desenvolvimento é que o seu argumento mais forte deve vir no parágrafo terceiro. Não é projeto de texto que você quer demonstrar ao corretor? Então mostre que você não deixou pra pensar o seu segundo argumento só depois do primeiro. Assim você obedece ao clímax argumentativo a ideia é sempre que o texto vá ficando cada vez mais interessante de ler, então não faz sentido o terceiro parágrafo ser mais fraco que o segundo. O ideal, no mínimo, é escrever a mesma quantidade de linhas, e você só fará isso se adotar o estrutura das causas e consequências nos dois parágrafos.
Muito bem, vou parágrafo por parágrafo agora.
——————————————- 1º parágrafo
“Durante a Idade Média, Joana D’arc foi condenada à fogueira pela Inquisição, após rumores de que praticaria(1) bruxaria. Mesmo com o passar dos séculos, informações sem embasamento continuam a trafegar pela sociedade, e a Internet permitiu uma difusão quase instantânea e de amplo alcance das mesmas (chamadas agora de Fake News)(2), o que se caracteriza como um grande problema que não pode ser ignorado.”
Boa introdução, sucinto, contextualizado, com tese clara, com zero erros graves, só faltando os fios soltos mais direcionados, apesar de você ter um fio solto no “grande problema que não pode ser ignorado”. Entende essa ideia de fio solto? Esse término que dá uma deixa pra você prosseguir com o texto.
1 – Evite Ecos “praticaria bruxaria” tá mais pra música do que pra texto;
2 – Evite parênteses em casos de “comentários”, usa esse hífen (-) aqui, é um tracinho bem pequeno que tem o mesmo sentido de vírgulas, só que traz ênfase ao comentário destacado, é um recurso bem interessante. Os parênteses raramente serão usados no Enem, deixe-os para siglas, que não costumam ser muito úteis em textos curtos;
——————————————- 2º parágrafo
“Em 2014, o autor do site humorístico Não Salvo (através de um canal falso)(1) publicou um vídeo alegando que(2) na Coreia do Norte, a mídia nacional divulgou o próprio país como vencedor da Copa do Mundo da FIFA do mesmo ano, o que acabou sendo republicado em na mídia jornalística mundial como uma chacota. Meses depois, foi feito um post no próprio Não Salvo(3) desmentindo o vídeo e explicando todo o processo da criação dessa Fake News. Ainda que se trate de um caso com objetivo cômico, pode-se observar o impacto que a falta de verificação das informações pode causar.”
Você nunca vai começar um parágrafo argumentativo contando uma história, é o perigo de tornar seu texto expositivo, como se fosse uma continuação do parágrafo introdutório. Se você estiver fazendo dedução, é fundamental apresentar os conectivos para clarear o corretor quanto a essa estratégia, é o operador argumentativo que ajuda o corretor a avaliar a competência 2: identificar a sua estratégia argumentativa é concluir que você atendeu à tipologia textual dissertativo-argumentativa. Numa leitura rápida, olhar pra esses operadores argumentativos facilita demais. Debruce-se sobre estratégias argumentativas.
1 – Já comentei sobre os parênteses;
2 – Faltou vírgula;
3 – Aqui dava pra evitar a repetição de palavra hein;
——————————————- 3º parágrafo
“Convém lembrar das eleições nos Estados Unidos da América, durante o ano de 2016, bastante afetadas pela veiculação de Fake News, que em grande maioria(1) impulsionaram a campanha do candidato Donald Trump, em detrimento da candidata Hillary Clinton, cuja derrota é apontada como consequência das notícias falsas, devido a(2) disputa acirrada daquele ano.”
Você reluta em começar o terceiro parágrafo com um “além disso”? Esse é o conectivo que faz mais sentido aqui, vai até te influenciar a perceber a necessidade de dois argumentos. Nesse parágrafo ainda devo destacar que um parágrafo escrito com uma única frase. Escrever frases diretas em 3 parágrafos limitaria a tua pontuação na competência 1. O ideal é sempre evitar essas frases gigantes porque elas não dão respiro na hora de ler e podem complicar alguma questão de concordância de bobeira, tornam o texto lento e cansativo. Procure escrever em, no máximo, duas linhas: isso abre mais possibilidades de conectivos também. Aqui, ainda mais problemática aquela questão do Tópico Frasal + Explicação + Aprofundamento.
O exemplo não é o argumento. O exemplo é suporte para algo maior que você precisa indicar. O que podemos concluir de fake news em eleições? Qual é o impacto? Com que isso mexe? Se pensarmos sob a ótica de alguma disciplina, para demonstração de repertório, o que podemos extrair disso? Economicamente, qual o impacto? Democraticamente? Socialmente?
1 – Adjunto adverbial com 3 ou mais palavras deve ser colocado entre vírgulas no Enem;
2 – Sempre coloque a crase quando puder, é demonstração de conhecimento da norma culta, mesmo que seja opcional;
——————————————- 4º parágrafo
“Em virtude dos fatos citados(1), convém afirmar que as notícias falsas propaladas pelo método virtual possuem um amplo impacto negativo,(2) e por isso cabe ao Governo Brasileiro(3) com auxílio coordenativo da Polícia Federal, criar um plataforma de denúncias de Fake News, com tutoriais que ensinarão a identificação de notícias fraudulentas. Dessa forma, o cidadão inscrito na plataforma(4), poderá enviar os links e arquivos ligados a(5) notícia, logo sendo(6) analisada para se encontrar o emissor original da notícia e puni-lo. Dessarte, uma sociedade em que serão evitados destinos trágicos(7) como o da Joana D’arc, poderá ser criada.”
Aqui eu já fiz o spoiler especial sobre a Joana D’Arc, apesar de uma proposta bem trabalhada. Acho que o Vitor não percebeu o “modo” porque você não usou o melhor conectivo no “com tutoriais”, e aí confundiu com finalidade. Vale a pena pensar nos conectivos certinhos para cada função, ajudam muito a identificar os 5 elementos, mas tem os 5 sim. É nesse parágrafo que você perde o 200 na competência 1.
1 – Conectivo muito longo, procure ser sucinto aqui;
2 – Chance clara de reduzir o tamanho da frase e você me vem com esse “vírgula e”… Erro de norma culta não tem, mas olha o tamanho dessa frase e pergunta se o corretor gosta de ler e reler isso aqui pra identificar seus elementos;
3 – Faltou vírgula aqui, você sabe;
4 – 1ª falha de estrutura sintática: vírgula não separa sujeito e verbo, você também sabe disso – ahhh, aqui outro Eco completamente desnecessário;
5 – Já comentei sobre crase sempre possível;
6 – Caraca, meu amigo, “sendo logo” daria muito menos dor de cabeça aqui, quase descontei ponto na pontuação aqui;
7 – Faltou uma vírgula aqui que custou bem caro, ficou como 2ª falha estrutural por separação de sujeito e verbo, que era pra ser um mero desvio por colocar vírgula atrás e esquecer da frente;
——————————————- Conclusões
Tua língua portuguesa está muito boa, vai perder ponto na competência 1 só se distrair.
Precisa melhorar muito essa questão dos conectivos, e eu entendo que isso passa pela falta de clareza quanto à sua estratégia argumentativa.
Eu acho que dá tempo e você tem inteligência pra consertar isso aí porque a sua redação, como veremos, não tem uma nota proporcional à quantidade de coisas de que falei aqui.
C1: 160 (estrutura sintática boa, tem duas falhas e cinco desvios – ecos e vírgulas)
C2: 120/160 (essa nota depende dos textos de apoio; vejo algum repertório, apesar de você não deixar muito clara a disciplina que você quer trabalhar, mas acho que isso está incluso na falta de produtividade – limitar-se a dizer que “isso mostra o impacto” não traz nada de novo ao tema, tem que destrinchar isso aqui)
C3: 120/160 (também depende dos textos de apoio e aqui vai depender do nível de organização que o seu corretor enxerga no seu texto)
C4: 120 (só um conectivo intraparágrafo vai ser sempre 120 – esse erro é ridículo de corrigir, vc só precisa de um conectivo que ligue o 3º ao 2º parágrafo e o que você usou no último, apesar de gigante)
C5: 200 (presença dos 5 elementos que o Vitor já mostrou)
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Mr.Crozma
Seu texto tem 242 palavras, o que daria cerca de 23, 24 linhas. Rendimento insuficiente para cumprir todos os requisitos de uma nota alta. O que falta no seu texto? No primeiro parágrafo, faltam os "fios soltos", que uma vez li uma menina chamar de "spoilers" kkkk. Repare em outras redações, principLeia mais
Seu texto tem 242 palavras, o que daria cerca de 23, 24 linhas. Rendimento insuficiente para cumprir todos os requisitos de uma nota alta. O que falta no seu texto?
No primeiro parágrafo, faltam os “fios soltos”, que uma vez li uma menina chamar de “spoilers” kkkk. Repare em outras redações, principalmente nas de nota mil, que a Introdução sempre dá umas 5, 6 linhas – e tem um desfecho que parece antecipar os argumentos… Esses os fios soltos.
A introdução tem três funções: apresentar o tema (mostrar pro corretor que você entendeu o tema e que vocês estão falando a mesma língua), apresentar a tese (é o seu posicionamento que vai justificar a argumentação, é a problematização em si) e deixar essas ideias soltas para conferir fluidez e mostrar pro corretor que você tem um projeto de texto, que no primeiro parágrafo você já sabe o que vai escrever no segundo e no terceiro parágrafo.
As duas primeiras você cumpriu. Agora falta a terceira, pra reforçar a pontuação da competência 3 e ajudar o corretor na competência 2 também. Você pode encontrar um exemplo disso na última redação da ANGELMUSIC, que tá aí no hall da fama.
Você trouxe dois argumentos para a sua tese: superlotação e ineficácia reeducadora. Procure escrever uma frase no 1º parágrafo indicando isso.
Seu 2º parágrafo está legal. Você usa um tópico frasal – e não consigo entender por que seu 3º parágrafo não seguiu a mesma estrutura de TF + Explicação + Aprofundamento.
Antes de me debruçar sobre o 3º parágrafo, um comentário: você conseguiria lembrar desse dado na hora da prova ou pegaria do texto de apoio? Se o dado for muito claramente retirado do texto de apoio, sua nota na competência 2 não passará de 160, a não ser que o outro argumento seja muito original.
Original é o que aparenta ser o seu 3º parágrafo, trazer Foucault a esse debate é extremamente apropriado. Talvez isso tenha te apressado a escrever o seu autor. A questão é que o texto está sendo escrito por você, então procure escrever as suas palavras.
Foucault, dados estatísticos, exemplos… Tudo isso é suporte para o seu argumento. Você não pode deixar Foucault tomar o seu lugar – ao contrário, você quer mostrar que até o Foucault concorda contigo: daí a importância de escrever o seu Tópico Frasal, a sua explicação, isso tudo reforça a Autoria que o Enem tanto cobra.
Mais do que repertório legitimado e original, é preciso que ele seja produtivo! Isso significa que tudo o que você agrega ao debate que você está propondo deve gerar uma conclusão/consequência, daí a importância de sempre extrair uma conclusão de cada parágrafo argumentativo. Aprofundar aqui no sentido de tirar proveitos, qualificar o debate e construir algo novo, que inclusive aponte para a sua proposta de intervenção.
Outro ponto importante aqui, que faz parte do projeto de texto, é que o 3º parágrafo sempre traz o seu argumento mais forte, o que não foi o caso deste texto. A questão é simples: o aluno que não planeja só pensa no terceiro parágrafo quando acaba de escrever o segundo. Então, para mostrar pro corretor que você está costurando um texto (e, portanto, sabe exatamente aonde quer chegar, mesmo antes de começar), procure estabelecer isso que chamamos de gradação argumentativa. O texto começa leve e vai evoluindo, se tornando cada vez mais interessante de ser lido.
Por fim, algo que você precisa mudar urgentemente: frases longas não são bem-vindas!
Fazer pausas a cada 1,5/2 linhas é importante por três motivos:
1. descansa o leitor e você mesma;
2. por descansá-la, diminui a quantidade de erros de português, especialmente os de concordância e os de pontuação;
3. abre mais espaço para conectivos.
Talvez eu devesse ter escrito em ordem invertida, mas confio que você lerá tudo e eu preciso que você foque imediatamente nessas construções frasais mais curtas, pois elas influenciarão nas competências 1 e 4.
A minha primeira dica é bem fácil de cumprir, essa das frases curtas também não é tão difícil. A do aprofundamento argumentativo pode ser mais complicada de visualizar ou aprimorar, mas é caso de sempre seguir a estrutura de Tópico Frasal + Explicação + Aprofundamento, que foi o que você fez no 2º parágrafo.
Estou à sua disposição para quaisquer dúvidas!
Bons estudos.
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Mr.Crozma
É importante guardar pronomes demonstrativos para essas palavras-chave. "Esse", "aquele", "o primeiro". Outra forma de lembrar de sinônimos é lendo os textos de apoio e sublinhando as palavras que, se não puxarem um sinônimo (pesticida, e.g.), ao menos te dão ideias de montar um cenário em torno daLeia mais
É importante guardar pronomes demonstrativos para essas palavras-chave. “Esse”, “aquele”, “o primeiro”. Outra forma de lembrar de sinônimos é lendo os textos de apoio e sublinhando as palavras que, se não puxarem um sinônimo (pesticida, e.g.), ao menos te dão ideias de montar um cenário em torno da palavra-chave. Por exemplo: quando trato do agrotóxico como um “mal”, daí eu extraio possibilidades mais palpáveis de sinônimos (esse malefício, tal prejuízo, trata-se de um veneno…) . Como está muito perto da prova, não vejo tempo para treinar esse tipo de criação de cenário, mas use a criatividade lá na hora pra evitar essa repetição de palavras, até porque agrotóxico tem alguns sinônimos (lembra peste, lembra praga, lembra química… Daqui você extrai sinônimos tranquilamente – você vai fazer o seu brainstorm se precisar? Leia os textos de apoio para estimular o cérebro).
De resto, só desconfiar e fazer aquela pergunta clássica: é baseada excluisivamente em textos de apoio? Se for, perde ponto na competência 2 de bobeira. Ahh sim, evite esses “nesse sentido”, “nessa lógica”, acho que já comentei com vc, são conectivos genéricos, de nenhum impacto argumentativo. Não são os operadores argumentativos de que o corretor Enem gosta tanto.
See lessSaneamento básico.
Mr.Crozma
Quanto tempo, menina! Sua redação está bem encaminhada para tirar notão, você sabe como alcançar a nota máxima nas competências 4 e 5, e parece ter encontrado a fórmula argumentativa pra gabaritar as duas competências do meio. Eu, fosse você, focaria em leituras, em inspirações por outros autores, pLeia mais
Quanto tempo, menina!
Sua redação está bem encaminhada para tirar notão, você sabe como alcançar a nota máxima nas competências 4 e 5, e parece ter encontrado a fórmula argumentativa pra gabaritar as duas competências do meio.
Eu, fosse você, focaria em leituras, em inspirações por outros autores, pra ajustar a norma culta, que é a competência que vai tirar pontos de você se continuar cometendo errinhos bobos.
Há uma mistura de erros de digitação com erros claros de escolha gramatical aí que causariam uma péssima primeira avaliação (C1).
—————————————————— 1º parágrafo
No livro “A República”, do filósofo Platão, o autor idealizava uma civilização na qual todos os indivíduos lutavam em busca da harmonia, ou seja, o bem comum. Todavia, observa-se que(1) no Brasil hordieno(2), questões relacionadas ao saneamento não apenas existem como vem(3) crescendo a cada dia, no que tange,(4) aos seus efeitos em meio à população. Desse modo, enfatizan-se(5) como causas do problema: a omissão do Estado na garantia do saneamento básico à sociedade e o crescente nível de mortes provenientes da ausência de uma higiene adequada.
1 – Faltou vírgula: é vírgula atrás e na frente do advérbio deslocado;
2 – Aqui erro de digitação? Hodierno;
3 – Qual é o sujeito do verbo vir? Faltou acento;
4 – Essa aqui já se caracteriza como falha de estrutura sintática (os três primeiros foram desvios – ou seja, incomodam, mas não atrapalham a leitura). Como é que você quebra a leitura com a vírgula se nem na fala você faz essa pausa? Eu já reclamei dessa vírgula de você antes, tenho certeza;
5 – Digitação, né? Enfatizam-se.
Se você cometesse só esses erros, imaginando que não erraria as de digitação, já estaria no limite dos erros permitidos para a nota 200 na competência 1.
—————————————————— 2º parágrafo
Em primeiro lugar, é preciso se atentar para impunidade presente na questão. Nesse contexto, mediante a obra “Contrato Social”, do filósofo Rousseau, cabe ao Estado viabilizar ações que vivem(1) bem-estar social,(2) entretanto, nota-se que o Brasil encontra-se recluso a tal ato, uma vez que ausente da criação de ações que garantam o bem-estar coletivo(3) destacando o saneamento básico, atingem(4) a sociedade, as consequências se tornaram visíveis dentre elas, a formação de resíduos tóxicos que por sua vez(5) poluem o meio ambiente, impossibilitando a existência de uma vida saudável aos indivíduos, transformando(6) o país em uma verdadeira adversidade higiênica. Dessa forma, salienta-se(7) enquanto houver mentalidade passiva do Estado, os problemas repercutiram(8) em alto grau na nação(9).
1- Visem, né?
2 – Aqui é outra falha estrutural – aqui se pede o ponto final, não a vírgula: falha que trava a leitura do corretor é muito danosa à nota. Você só pode cometer uma falha estrutural e dois desvios, percebo que os erros são repetidos na questão das vírgulas, vale a pena estudar pontuação, ainda dá tempo;
3/4 – Gerúndio costuma pedir vírgula, ok? Mais do que isso, encontrei nessa estrutura toda uma dificuldade de entendê-la que pode comprometer até a competência 3. Algumas palavras podem fazer sentido só na sua cabeça, como esse “atingem” aqui: era isso que você queria dizer mesmo ou comeu alguma palavra que pudesse dar significado a essa frase?
5 – Por sua vez devia estar entre vírgulas, mas isso você vai estudar, né?
6 – O ideal é evitar gerundismos, até mesmo para oportunizar diversidade de conectivos. Não é muito legal ler textos com muitos gerúndios em sequência;
7 – Aqui faltou um “que”, né? Espero que na escrita manual você não esqueça coisas assim, hein!
8 – Eita, passado virou futuro? Acho que relendo você percebe o erro aqui, não escreve no modo automático lá na prova hein! É pra escrever sem ler com voz mental;
9 – Eco é feio.
—————————————————— 3º parágrafo
Outrossim, a falta do tratamento adequado de rejeitos,(1) são(2) os principais causadores de inúmeras mortes na sociedade. Nesse sentido, de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em sua constituição(3) garante(4) à(5) todos o direito a uma vida saudável e sem obstáculos,(6) de maneira análoga, observa-se que(7) devido ao não cumprimento eficaz da constituição, o crescente número de mortes decorrentes da carência do saneamento básico, crescem com frequência(8). Segundo dados da ONU, 88% das mortes em uma sociedade é fruto da inexistência de uma verdadeira higiene, formando esteriótipos(9) que promovem a expansão do problema no país. Nessa perspectiva, faz-se necessário(10) a intervenção dos problemas.
1 – Vírgula separando verbo do completamento é falha estrutural…
2 – Mesmo se você invertesse essa frase, ela ainda seria toda no singular;
3 – Aqui não existe Constituição para Declaração, não inventa, escreve o que você sabe – estaria entre vírgulas também;
4 – O “de acordo” impede esse “garante”, consegue perceber? O sujeito nunca é preposicionado;
5 – Crase para palavra masculina?
6 – Mais uma falha estrutural. Aqui pede ponto final;
7 – Aqui faltou vírgula;
8 – Redundância dizer que o crescente número está crescendo;
9 – Estereótipos;
10 – Se escrevesse em ordem direta, perceberia o erro de concordância.
—————————————————— 4º parágrafo
Logo, é dever do Ministério da Saúde(1) juntamente com o Governo Federal, atuarem(2)(3) por meio da ampliação de projetos que(4) mediante ações governamentais e fiscalizações sanitárias, visem promover o real cumprimento do saneamento básico em todos os municípios, garantindo o bem-estar coletivo. Ademais, é necessário que o Governo Federal desenvolva programas que(5) através de palestras, executadas com base nas mídias comunicativas, visem(6) auxiliar na promoção da saúde e do saneamento básico adequado à sociedade, garantindo(7) assim, a diminuição no nível de mortes referentes a(8) carência higiênica. Como efeito, a sociedade se fortalecerá.
1 – Faltou vírgula;
2 – Aqui é no singular;
3 – Faltou vírgula;
4 – Faltou vírgula;
5 – Faltou vírgula;
6 – Repetição de palavra tão fácil de resolver;
7 – Faltou vírgula;
8 – Aqui vale a pena colocar a crase, apesar de não estar incorreto não utilizá-la aqui neste caso, mas é importante demonstração de domínio da norma culta – um texto sem erros, mas que não ousa construir frases diversificadas, não passa de 160 na competência 1.
Sua proposta corre o risco de não cumprir todas as funções que lhe são cobradas porque você insiste em escrever duas propostas. O corretor vai pegar a proposta mais completa e desprezar a outra. Ou seja: vale a pena perder tempo de prova pensando em dois agentes, duas ações, dois efeitos, dois detalhamentos e dois meios? O aluno seguro vai de uma só e corre pra fazer as questões. Pense um pouquinho sobre isso, sua redação deu 400 palavras, é muito esforço, muito tempo e muito espaço: se puder se poupar, tente!
C1: 120/160 (não sei como os seus corretores vão pensar esses erros: muito ou pouco?);
C2: 200 (Repertório legitimado, pertinente e produtivo);
C3: 200/160 (Projeto de texto estratégico com algumas falhas permitidas de desenvolvimento: se eu desse 200 aqui, com certeza daria 120 no C1 – vai depender se o seu corretor entender o que você quis dizer naquele trecho crítico do 2º parágrafo);
C4: 160 (Presença de dois conectivos interparágrafos – Outrossim e Logo -, e vários conectivos intraparágrafos, mas com repetição significativa no segundo parágrafo);
C5: 200 (Presença dos 5 elementos)
Olha, Angel, pelo que eu já conheço da sua escrita, você precisa menos de escrever do que de ler. Conhecer mais palavras, conhecer mais operadores argumentativos e treinar muito pontuação pra não perder ponto de bobeira na competência 1. Se eu fosse você, relaxava um pouquinho da produção de textos e partia para leituras, pra você faltam detalhes para chegar ao mil.
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Mr.Crozma
Isabel, Torço para que sua redação não tenha sido escrita de madrugada, ou que só à madrugada você paz e concentração para escrever um texto. Aliás, pensando nas possibilidades de locais e comidas dos colegas da sala onde você fará a prova, conseguir se concentrar em circunstâncias adversas é um belLeia mais
Isabel,
Torço para que sua redação não tenha sido escrita de madrugada, ou que só à madrugada você paz e concentração para escrever um texto. Aliás, pensando nas possibilidades de locais e comidas dos colegas da sala onde você fará a prova, conseguir se concentrar em circunstâncias adversas é um belo treinamento pra pior das hipóteses. Eu já cheguei a fazer redação em pé no ônibus (rascunho, por óbvio).
Sem mais delongas, já devo informá-la de que a apresentação conta rigorosamente pouquíssimos pontos de eventual coerência no Enem e não deve ser escrita em tantas linhas.
Só a Introdução já se basta com 5 ou 6 linhas, e ela tem que cumprir três funções: apresentar o tema (mostrar ao corretor que você entendeu o que o tema pede, que você e ele estão falando a mesma língua), expor a sua tese e antecipar as ideias dos argumentos que você pretende desenvolver. Basicamente 1,5 linha pra cada função, é esse o padrão que você tende a encontrar nas boas redações do Enem.
Muito cuidado com o tom panfletário! Sei que há motivos de sobra para criticar o governo – eu, como cidadão, adoro ler esse tom crítico -, mas, com as palavras de Gabriela Prioli, mais razão e menos emoção, o que se pede de mim como corretor é que eu a relembre das formalidades estruturais de uma redação que implora pelo cumprimento das funções de cada parágrafo.
Se encaixar nesse padrãozinho é necessário, são as regras do jogo.
Outra regra do jogo, por exemplo, é a escrita na terceira pessoa do singular ou, no máximo, com muita especificidade de tema, na primeira pessoa do plural. É tradição apontar a terceira pessoa do singular como a forma impessoal de escrever e, por conseguinte, a forma mais convincente de se escrever. Não sou eu que estou dizendo isso, diz-se isso, generalizadamente.
Até agora, eu falei que o texto têm funções cumprir – consequentemente, cada palavra tem um padrão e uma meta a alcançar: você tem que descobrir e entender cada uma dessas funções, que se encaixam perfeitamente, como fases de cálculos matemáticos, em cada oração que você escrever; falei que o tom panfletário precisa ser abandonado – é um texto com padrão diferente do que se exige numa discussão de facebook, por exemplo; falei que é preciso escrever na 3ª pessoa sempre, o texto inteiro, sob penas pesadíssimas na sua nota (com direito à nota zero em casos de depoimentos pessoais!), estamos falando da estrutura dissertativo-argumentativa.
Pois bem, tendo explicado o que se pede da sua introdução, recomendo que reescreva o seu texto e, caso queira, para não ter que corrigir várias redações só para esta finalidade, minha caixa de mensagens está aberta para a gente conversar sobre esta e outras estruturas/formalidades que o Enem exige do candidato.
Espero que meu texto tenha representado a preocupação que eu sinto com a tua escrita, especialmente porque li suas duas primeiras correções e você não parece uma pessoa que mereça nota baixa na redação do Enem. Seja muito bem-vinda!
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Mr.Crozma
Sobre as frases longas: todo momento em que você sente que uma ideia se fechou e, portanto, que você sente que pode colocar um conectivo, ali é o momento do ponto final. Eu vejo poucos "isso" no seu texto, o que é um sintoma da sua dificuldade de quebrar frases, porque pronomes demonstrativos são esLeia mais
Sobre as frases longas: todo momento em que você sente que uma ideia se fechou e, portanto, que você sente que pode colocar um conectivo, ali é o momento do ponto final.
Eu vejo poucos “isso” no seu texto, o que é um sintoma da sua dificuldade de quebrar frases, porque pronomes demonstrativos são essenciais pra trazer uma oração inteira a outro clima que você quer criar com os conectivos.
Em contrapartida, há conectivos que são estáticos (mas, e, pois – com sentido de explicação), eles sempre pedem uma ligação colada com a oração anterior, separados, no máximo, por vírgula. Isso pode explicar as suas frases longas, na medida em que voce tende a escolher “mas”, em vez de “entretanto”; “e”, em vez de “ademais”; “pois”, em vez de “Isso porque” – nas causas eu não vejo como não utilizar um pronome demonstrativo, e deve haver alguma explicação para isso.
Se a sacada para quebrar frases está no momento dos conectivos, é importante sempre estabelecer relações de sentido entre essas frases:
No primeiro argumento, qual é a relação entre a facilidade de encontrar farmácias e os avanços informacionais? É de mera concomitância? Acasos? Enfim, se você estabelece essa relação, você uma ideia da explicação e vê sentido em colocar um ponto final, para, posteriormente, trazer a conclusão apoiada na teoria do hábito;
No segundo argumento, você trouxe uma conclusão; depois, uma causa; depois, um suporte estatístico; por fim, uma outra conclusão. Seria melhor deixar a conclusão da necessidade de avalição médico para depois dos dados. Eu acho que você só quis trazer essa conclusão para o início porque está acostumada a usar conectivos que não se propõem a explicar já ali o seu Tópico Frasal.
Para o escritor pode ser chatinho alterar essa ordem, mas para o corretor fica muito mais fácil entender a sua lógica com essa separação – com todas as separações, na verdade. O Enem é chato: a tese não pode ficar suspensa, o argumento tem que ser sempre na linha problematizante, a conclusão tem que ser sempre propositiva. O Enem é um grande estraga-prazeres de gente que sabe escrever.
Uma outra observação que a Fernanda fez e eu subscrevo é sobre o tal do Brasil. Não há, pelo menos na frase-tema, qualquer elemento restritivo de tema ao contexto brasileiro, o que sugere que o tema quer uma abordagem do cenário globalizado.
Essas indústrias farmacêuticas são internacionais, o problema é bem amplo, mas acho que um tema Enem é cada vez menos global, já que vocês treinam tanto essas propostas que exigem atuação do governo brasileiro – tô achando até muito mecânica essa forma de propor que pensa em Ministérios.
Ahh, o Enem não costuma pregar essas peças temáticas – como falei, é chato. De toda forma, é interessante confirmar se os textos motivadores não dão indícios de que querem uma reflexão global (vá lá, um texto motivador com um ‘newyorktimes” de fonte é pra chamar atenção a isso, por exemplo).
Era só isso o que eu queria apontar.
See lessJustiça com as próprias mãos e o impacto na sociedade brasileira
Mr.Crozma
Salve, Pamela! --------------------------------------------- 1º parágrafo Você tá começando a pegar a ideia de mexer com essa citação do Marx, mas ainda ficou devendo e acho que você reconheceu isso. Tua grande questão é: qual a melhor relação que Marx pode ter com o seu texto? É mesmo de “analogia”Leia mais
Salve, Pamela!
——————————————— 1º parágrafo
Você tá começando a pegar a ideia de mexer com essa citação do Marx, mas ainda ficou devendo e acho que você reconheceu isso. Tua grande questão é: qual a melhor relação que Marx pode ter com o seu texto? É mesmo de “analogia”? Será que cabe essa analogia? O que que Marx entende de justiça com as próprias mãos? Você consegue funcionar com uma apresentação de tema diferente dessa apresentação marxista?
Você precisa minimamente ter essa flexibilidade, pra quando chegar na hora da prova não citar Marx de maneira completamente aleatória. Justiça com as próprias mãos é um tema fácil de se apresentar!
De toda forma, não nego que gostei da sua tentativa de variar, mas é óbvio que eu esperava uma relação intensa entre tema e tese. Mas sério, responda a si própria, com a folha em branco na mão, se você consegue produzir uma introdução completamente diferente dessa. Algo que cite a Constituição, por exemplo, uma introdução com fato concreto, como os que você cita no Desenvolvimento daqui, enfim, algo nesse sentido, como exercício de flexibilidade criativa.
——————————————— 2º parágrafo
Salve o nosso neomedievalismo! Deixa eu te perguntar, qual que é o conectivo que a gente coloca nessa segunda frase do desenvolvimento?
Vamos falar de argumentação: Argumento = TF + Explicação + Aprofundamento. Você não está tão longe disso, mas faltou uma explicação mais detalhada, antes de partir para o Aprofundamento exemplificativo.
Imagine um “Isso porque” sempre que você terminar o seu Tópico Frasal (TF). A sua missão aí é explicar “por que o desapoio (omissão, vai) do governo gera os linchamentos?”.
O “isso porque” te dá uma segurança de que o que você vai explicar sobre o TF dá sentido à argumentação. Estou falando que você errou? Claro que não, mas a explicação completa é “causa + causa da causa”. Eu vou te perguntar, porque sou rigoroso, por que as pessoas se sentem no direito de se vingarem, se, por exemplo, a lei fala que o cidadão tem o direito de entrar com processo criminal, no lugar do Ministério Público, se este não cumprir com o seu dever legal? E aí, o que eu vou esperar é uma eventual justificativa cultural, psicológico-social, educacional, enfim, é por aqui que a gente encontra o seu repertório interdisciplinar.
Tente sempre buscar um exemplo mais curtinho, pra sobrar espaço para a exploração das consequências/efeitos. Você está fazendo certinho ao citar o exemplo depois da explicação, e isso deve significar que você pode citar o exemplo já embutido na causa da causa. Casos clássicos, de conhecimento geral, não precisam de detalhes como “há o caso da dona de casa linchada no Guarujá… os moradores tomaram atitude, uma vez que nada havia sido feito judicialmente contra ela”.
Essas palavras que eu destaquei devem ser óbvias, devem ser desnecessárias, porque você já explicou o TF com as suas palavras, e o exemplo serve pra dar suporte a essas palavras: presume-se, portanto, que o exemplo não dirá o oposto do que você quis trazer! Achei o exemplo apropriado, mas confesso que imagino ser bem difícil lembrar de exemplos que se encaixem perfeitamente na hora do Enem.
O feijão com arroz sequer exige citação, dados, exemplos, provas concretas (um dever constitucional ou notícias comprovadas, por exemplo). O feijão com arroz se chama exploração de causas e consequências. E pensar em consequências significa, aqui, pensar na consequência de a omissão ser inconstitucional. É inconstitucional e ponto final? Não tem uma consequência pro Estado?
“O linchamento não poder ser desfeito” não é exatamente a consequência de a omissão do Estado ser inconstitucional. Então você tem que responder à seguinte pergunta: “e daí que isso é inconstitucional?”. Aí você chega na consequência da consequência e fecha a ideia que se espera do seu parágrafo.
——————————————— 3º parágrafo
Ninguém vira justiceiro sem um mínimo de hipocrisia e busca de satisfação egocêntrica. Achar puro altruísmo e valentia nestes gestos é nocivo à sociedade, lutar por bens é algo em que Marx se encaixaria como uma luva, diga-se de passagem. Ó a responsabilidade que citar Karl traz kkkk. Aqui faltou uma explicação melhor (lembra da minha ênfase no “isso porque”?), eu acho que entendi: vi causa + causa da causa aqui, algo do tipo…
“A busca por vingança organizada não tem sucesso. Não tem sucesso por causa do despreparo entre civis para a segurança pública, já que há casos de mortes desses civis, como no caso da Barra, em 2017.”
Eu tentaria buscar uma causa para o despreparo (uma razão para não se treinar cidadãos para o combate – algo como “se até policiais morrem em confronto, quem dirá civis né”), e só depois eu provaria com o exemplo da Barra. Isso é uma forma de aprofundar o seu repertório, de dar consistência e de provar que você sabe do que está falando.
Depois do exemplo, você me dá uma consequência e outra consequência da consequência, talvez não tão boa quanto pudesse ser, mas já é uma noção argumentativa. Talvez entendendo melhor a sua própria estratégia, você consiga ir mais à fundo nessa argumentação.
——————————————— 4º parágrafo
A proposta ficou legal, só não precisava dizer que o MP vai fazer parceria com a Polícia Federal, primeiro porque são independentes, MP inclusive tem a função de fiscalizar a polícia; é de fato a polícia que precisa melhorar os atendimentos – é a polícia que está na rua -, e não é a PF que cuida de crimes comuns não, esses linchamentos por causa de roubo, furto, essas bobeiras aí, são função da Polícia Estadual. Eu não sei mesmo se o Enem desconta ponto dessas questões de competência, eu acho sinceramente tão exagerado pedir que vocês detalhem os agentes, que saibam as competências constitucionais, vocês precisariam de aula de Direito Constitucional, fica aqui o meu desabafo kkkk.
——————————————— Minhas conclusões
Eu ainda não quero partir pra comentários sobre norma culta pra não te encher de dor de cabeça, já imagino estar dando trabalho suficiente pra repensar essa Introdução, cujas dúvidas você pode sempre tirar comigo nas mensagens. Eu creio que essas adaptações no Desenvolvimento não serão difíceis pra você, muito pelo contrário, dar um sistema pra essa argumentação vai te ajudar bastante, a dificuldade vai ser no espaço dentro da folha, ou seja, na tua capacidade de síntese sem perda de conteúdo. Achei seu desenvolvimento mais organizadinho dessa vez, mas a introdução ainda ficou devendo: não tenha medo de testar. Repetição só se começa a fazer quando voce encontra o seu estilo perfeito: se Marx não está sendo sequer lembrado, mesmo quando você argumenta sobre direito à propriedade privada, é sinal de que seu texto precisa mais coerência. Eu imagino essa redação ainda abaixo dos 800, acima dos 700, é a faixa de nota mais truncada de evoluir.
Obs: você não tem que concluir nada da Introdução!!!! Esquece esse “logo”, tu num desenvolveu nada na Introdução pra concluir o que quer que seja, você tem que me convencer de que a vingança é um problema, imagina que eu sou justiceiro pegando a tua olha escrita no chão. Sim, ficou faltando isso na minha observação da Introdução, eu tô começando a ficar sonolento e, consequentemente, preguiçoso, não me julgue por colocar a Introdução na Conclusão (ou vice-versa), eu posso, você é que não pode!
See lessOs cuidados com a saúde mental no Brasil
Mr.Crozma
--------------------------------------------------------------- 1º parágrafo Essa apresentação de tema não ficou legal. Idade Média parece ter sido jogada só para você poder ter uma ideia sobre como fechar o texto, e isso nem sempre é necessário. Há outras formas de fechar o texto, com ideias conectLeia mais
————————————————————— 1º parágrafo
Essa apresentação de tema não ficou legal. Idade Média parece ter sido jogada só para você poder ter uma ideia sobre como fechar o texto, e isso nem sempre é necessário. Há outras formas de fechar o texto, com ideias conectadas ao desenvolvimento, à tese, você não precisa da Apresentação para isso. A função dela é mostrar pro corretor que você e ele estão falando a mesma língua! Idade Média ou religião provam que você está falando de saúde mental? Muito cuidado com essas apresentações, até mesmo para o corretor não bater o olho e achar que você fugiu do tema.
Além disso, não há, no Desenvolvimento, qualquer referência à palavra “possuídos”, que tinha a pretensão comparativo-introdutória e, portanto, era fundamental para a compreensão da sua tese. Os argumentos nascem em defesa da tese. Esse é um padrão que eu vi nas suas últimas duas redações: Aristóteles e Drogas têm uma ligação bem suspeita – pra não dizer inexistente -, assim como a ligação entre o descobrimento do Brasil e a emergência atual dos biomas brasileiros precisaria de uma forte argumentação, talvez sob o ângulo de traumas transgeracionais, para existir.
Proponho que seja mais flexível nessas possibilidades de introdução, recorrendo à introdução tradicional, se for necessária (Muito/Pouco se discute a respeito de..). Uma Apresentação em que eu veria mais lógica para o seu texto seria algo do tipo: “A Literatura atual é farta de estórias que narram aspectos marcantes para a saúde mental do século XXI”. Algo desse tipo se encaixaria muito mais aos seus propósitos dissertativos e, talvez, lhe proporcionassem alguma reflexão maior sobre isso.
No mais, vejo que você sabe cumprir as funções de um parágrafo introdutório.
“A Idade Média é vista como um marco na história da humanidade devido a(1) intensa presença(2) da religião na vida dos cidadãos(3). Tal contexto histórico mostra-se relevante, já que a exclusão dos indivíduos considerados “possuídos”(4) ocorre de forma análoga hodiernamente(5) com a saúde mental, o(6) qual(7) é um grande problema para a população brasileira. Nesse âmbito, torna-se imprescindível compreender as motivações da banalização dos problemas psicológicos e a falta de atendimento especializado.”
1 – Aqui o “devido” pede crase;
2 – Cuidado com o Eco (intensa presença), eu vou fazer várias observações sobre isso: você evita palavras repetidas não só por causa da pobreza vocabular, mas porque gera Eco, é horrível de ler, leia as suas redações em voz alta numa revisão;
3 – Eco (religião, cidadãos);
4 – Eco (indivíduos possuídos);
5 – Se o verbo já foi conjugado no presente, fica essa sensação de redundância, e é por isso que é melhor citar o advérbio antes, o que dá mais ênfase ao tempo que você quis destacar;
6 – O qual é a saúde? A qual;
7 – Eco (mental, qual) – aqui revela um vício para o Eco, não havia muitos motivos para você não usar a palavra “que”;
————————————————————— 2º parágrafo
Aqui no Desenvolvimento eu vejo que você entende do Tópico Frasal (TF) e o conecta aos fios soltos introdutórios (se é que você chama assim aquela antecipação de argumentos no 1º parágrafo). Isso facilita muito a compreensão do que você quer passar.
A minha maior dificuldade com a sua redação foram referências não clássicas (best-seller não é clássico, estamos de acordo?). Minha dica é que se você puder focar em referências clássicas, você vai ajudar o corretor a não se estressar caçando referências na internet, porque ô como é difícil encontrar uma resenha objetiva sobre o livro do John Green!
Eu acho que você já leu em outro comentário a ideia de argumentação que aprendi. A lógica é simples: o filme é exemplo, exemplo não é explicação. Quando você escreve esse TF, a sua primeira obrigação é explicar pro leitor o que você entende por “negligência” e “bem-estar”. Eu não posso fazer uma interpretação do filme por você, é você quem tem que me indicar qual é a sua explicação sobre o que é negligenciar, o que é bem-estar mental, e uma explicação completa pede causa e causa da causa. Por que negligenciam? Você me responde: porque banalizam. E por que banalizam? A resposta aqui é o exemplo?! Acho que esse erro vai ficar mais claro no segundo argumento.
“Primordialmente, vale ressaltar que uma boa parcela dos indivíduos negligência(1) o seu bem estar(2) mental. Sob esse viés, no filme ”Por lugares incríveis” de Jennifer Niven e Liz Hannah, há uma forte crítica a respeito do personagem Finch(3) que esconde de todos a sua dor e consequentemente a necessidade de pedir ajuda. Fora da ficção(4) a realidade não é diferente, visto que na contemporaniedade(5) as doenças psicológicas são por diversas vezes banalizadas e tratadas com menos importância que as demais. Dessa forma, a ausência de notoriedade(6) é capaz de gerar danos irreversíveis aos doentes.
1 – Negligencia, como verbo, é oxítona, sem acento;
2 – Bem-estar tem hífen;
3 – Aqui faltou vírgula, você sabe por quê?
4 – Acho que aqui você só esqueceu da vírgula;
5 – ContemporanEIdade. Estranho, eu sei;
6 – Essa palavra não ficou muito clara, acho que vc quis dizer “atenção”, porque “notoriedade” tá mais pra fama;
————————————————————— 3º parágrafo
Aqui eu acho que fica mais claro o problema de pensar no exemplo antes de pensar nas causas. Eu vou querer que você me explique por que falta atendimento especializado (e o tema é “no Brasil”) e o exemplo fala de um livro sobre uma americana, que, se eu não me enganei nas resenhas, recebe uma quantia de 100 mil reais de um bobão milionário. Aí, quer dizer, como isso pode se conectar à realidade brasileira? O que isso explica sobre a realidade dos nossos hospitais públicos? Ou, qual é a especificidade dos atendimentos especializados que dificulta a sua implementação em sistemas públicos brasileiros, no que pecam os CAPS? O exemplo não entra na explicação; exemplo esclarece, é um plus, é algo que vale, no máximo, uma linha, em vez de três. Eu queria ter acesso aos textos de apoio pra te ajudar a pensar a argumentação sem ter que levá-la ao exemplo de um livro que vem à cabeça e não necessariamente vai te dar uma argumentação interessante, seja porque são antigos, seja porque são de autores estrangeiros. Temas “no Brasil” merecem a sua atenção redobrada.
“Por conseguinte, cabe pontuar que,(1) a inércia governamental acerca do auxílio especializado contribui para a não modificação desse panorama. Nessa perspectiva, no livro ” Tartarugas até lá em baixo” de John Green, é retratada a vida de Aza Holmes(2) uma adolescente de dezeseis(3) anos que possui TOC (Transtorno obsessivo compulsivo), e regulamente(4) retém(5) acompanhamento médico. Em contrapartida(6) no cenário atual, é explícito(7) as dificuldades para obtenção de assistência(8) considerando a situação financeira dos brasileiros e o mínimo amparo dos hospitais públicos.”
1 – Não tem essa vírgula. Vírgula é exceção, você consegue justificá-la?
2 – Aqui faltou vírgula (geralmente, quando introduz uma explicação, vc vai colocar vírgula para separá-la);
3 – DezesSeis;
4 – RegulaRmente;
5 – Era essa palavra que você queria dizer mesmo? “Retém” com sentido de “possui”??
6 – Vírgula aqui, você sabe disso;
7 – As dificuldades é explícita? São explícitas as dificuldades. Ó o problema das frases invertidas…
————————————————————— 4º parágrafo
Seus argumentos falam de banalização e de falta de atendimento médico especializado. A proposta fala de medicamentos. Poxa, cadê a palavra “medicamentos” no desenvolvimento? O problema do atendimento especializado é a falta de medicamentos? Como eu posso extrair essa ideia do seu argumento? Essa contradição será descontada em alguma competência (entra como se fosse uma novidade na conclusão). Essa ideia de fazer duas propostas, pra mim, é tão problemática… Foca só em um dos argumentos e mete uma solução bem detalhada, a banalização parece ser o seu argumento mais forte, foca nele, o problema é esse mesmo, é falta de conscientização e empatia coletiva, nosso problema de saúde mental é público, é geral, é comunitário, a causa são os tabus, é isso que o filme diz e você devia enfatizar, com as suas palavras, pra sentir a própria firmeza na resolução do problema! Barateamento de remédio é um problema tão complicado quanto posterior ao principal problema que você mesma aponta no seu texto, que é o medo do diagnóstico, o medo das próprias sombras/traumas, enfim, da falta de humildade. Além disso, já comentei, aquela frase da Idade Média não passa sensação nenhuma de que o texto foi interligado do início ao fim, acho que isso você msm reconhece kkkk.
“Diante do exposto, é essencial buscar soluções práticas para reverter essa situação. A princípio, necessita-se urgentemente que o Ministério da Saúde disponibilize suporte gratuito e o barateamento dos medicados(1), por meio da criação de novos projetos direcionados aos enfermos mentais, a fim de democratizar o serviço psíquico a todos. Ademais, faz-se fundamental a utilização dos meios de comunicação(2), tal(3) como rádios, emissoras televisivas e redes sociais(4) para discutir e informar o(5) público sobre a temática. Assim, será possível superar a rejeição imposta na Idade Média.”
1 – Medicamentos? Medicados são as pessoas medicadas, não? Mas aí ficaria Eco, registre-se kk;
2 – Eu já estava com saudade do Eco (utilização, comunicação);
2 – Tais – referente a “meios”;
3 – Faltou vírgula (precede explicação – explicação é diferente de causa…);
4 – Informar algo a alguém: eis a regência de informar;
————————————————————— Minhas conclusões
Acho que teve muito erro de digitação, no geral você escreve bem.
O tema pode ter sido difícil, eu posso não ter explicado bem, especialmente sobre o problema do segundo parágrafo, e aí peço que me pergunte, porque supus que você já lera em outra correção minha e eu não quis ser repetitivo. Talvez eu tenha que ler o livro ou ver o filme pra entender completamente as suas ideias, e eu só sei que definitivamente não será isso o que um corretor Enem fará na hora da correção.
Me perdoe se eu trouxe alguma confusão. Desenvolvimentos não são fáceis e eu torço para que você tenha dúvidas e formule perguntas, é muito difícil dialogar com monólogos. Contém ironia!
C1: 120 (os Ecos, algumas frases longas, alguns erros de pontuação e, principalmente, algumas palavras que me parecem sem sentido exato);
C2: 120 (bati muito nessa estrutura, né?);
C3: 120-160 (não conheço os textos de apoio pra definir isso);
C4: 200 (não acho que o Enem seja mais rigoroso do que eu);
C5 : 120-160 (a diferença entre o bem e o mediano pra mim é tão pequena – eu considero que faria mais sentido vc focar na segunda proposta, e a segunda foi justamente a menos detalhada… Temos que pensar isso aí)
Sobre um comentário da Melissa: 330 palavras está na média de 10/12 palavras por linha, não há nada de exagerado aí, pelo contrário, há redações notas mil em que você vê facilmente mais de 400 palavras. Inclusive é contra isso que muitos de vocês estão competindo, essa média de letrinhas pequenas entre os concorrentes nota mil.
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