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Caminhos para combater os maus-tratos aos animais
gabriel.augz
Olá. Vou fazer algumas observações sobre o seu texto. Conforme o artigo 32 da Constituição Federal de 1988, é proibida a prática de maus-tratos aos animais, no entanto, essa prática é muito presente no Brasil hodierno. Nessa perspectiva, destaca-se a negligência governamental, somada à falta de consLeia mais
Olá. Vou fazer algumas observações sobre o seu texto.
Conforme o artigo 32 da Constituição Federal de 1988, é proibida a prática de maus-tratos aos animais, no entanto, essa prática é muito presente no Brasil hodierno. Nessa perspectiva, destaca-se a negligência governamental, somada à falta de consciência por parte da populacão(1) como causadores dessa chaga. Ademais, é valido(2) citar a violação dos direitos dos(3) animais como consequência desses aspectos citados acima.
(1) População. Creio que tenha sido erro de digitação.
(2) Válido. Acento agudo.
(3) Repetição desse “dos”. Seria interessante reconstruir assim: “é válido citar a violação AOS direitos do animais como…”
*Boa introdução. Soube apresentar os argumentos que serão, posteriormente, desenvolvidos nos outros parágrafos.
Primeiramente, vale salientar que a inoperância das esferas do poder é um fator catalisador desse óbice. Nesse âmbito, observa-se que o governo não toma as devidas medidas para amenizar tal problemática, uma vez que é recorrente as situações em jornais, revistas, telejornais, notícias e reportagens acerca de indivíduos que maltratam animais(1) tendo em vista sua decisão pessoal e ideológica que não foram punidos ou foram absolvidos da respectiva causa jurídica por causa da não apuração concreta dos fatos ou negligência(2). Ademais, a não conscientização da população(3) acerca dos direitos animais também é uma causa desse estigma, prova disso é a afirmação do pensador Arthur Schopenhauer quando diz que “A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de caráter, e quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem”.(4)
(1) Creio que viria uma vírgula aqui.
(2) Eu evitaria essa ambiguidade. Seria interessante colocar esse negligência ligado a alguma coisa.
(3) Eco. “ConscientizaçÃO da populaçÃO…” Cuidado.
(4) Uma dica: seria preferível você colocar essa citação no começo ou meio do texto. Aqui no final parece que você não desenvolve bem o argumento.
*Um bom desenvolvimento, porém senti uma falta de aprofundamento nessa argumento sobre a conscientização da sociedade. Ficou algo bastante jogado no texto, percebe?
Em segundo lugar, cumpre lembrar em relação ao aspecto supracitado quanto à violação do direito animal, que esta é uma situação muito recorrente onde a fiscalização é frágil, o que significa uma problemática para o país. Nesse âmbito, vale citar o filme “As aventuras de pi” que retrata os maus-tratos aos animais em uma(1) navio distante da costa. Nessa veia, observa-se que as atividades de fiscalização em navios não são bem estruturadas, facilitando a extraviação(2) de espécies exóticas no mercado negro e práticas ilícitas contra estas, corrompendo seus direitos. Nesse contexto, pode-se salientar que essas práticas são comuns não somente em navios, mas também em casas e outras localidades, o que deixa explícito que medidas devem ser tomadas.
(1) Um navio.
(2) O extravio.
*Ótimo desenvolvimento. Não encontrei mais erros além desses.
Dessarte, o Ministério do Meio Ambiente deve propor medidas para combater esse óbice, sendo elas a criação de operações fiscalizadoras no mar e em domicílio, através da deslocação de fundos e a estimulação da população(1), por meio das propagandas televisivas, a denunciar qualquer tipo de maus-tratos aos animais para amenizar essa celeuma. Além do mais, compete também ao governo brasileiro, em parceira com a mídia, promover uma visão de companheirismo acerca de “pets”, rompendo com a psicologia abusiva e derivadas da não conscientização da sociedade.
(1) Eco de palavras.
*Boa proposta de intervenção, encontrei as 5 exigências do ENEM. Porém, não se faz necessário duas propostas de intervenção. O ENEM avaliará apenas uma, que será a que estiver mais completa — no seu caso, a primeira que cita o Ministério do Meio Ambiente.
Gostei bastante da sua redação, tenho certeza que ela é nota 900 para cima. Não vou colocar nota, pois ficaria bem parecido com a da Lelê ali em cima, só adicionando mais uma justificativa dela para a nota da C4. Você repetiu alguns conectivos (“nesse âmbito” e “ademais”) e a razão que ela colocou.
Poucos erros, sendo a maioria deles exigindo apenas uma atenção maior nessas repetições de palavras e organização.
Parabéns, e continue treinando!
See lessMedidas de Punição e Educação para redução da violência no transito brasileiro
Mr.Crozma
Quero apenas te dar uma noção da nota que receberia, já que os comentários dos colegas parecem ser o suficiente para você estudar. Contei 10 erros de norma culta na introdução (muitos causados por não pensar o parágrafo no plural, já que falou de dois direitos ("acesso à justiça" e "segurança") 5 noLeia mais
Quero apenas te dar uma noção da nota que receberia, já que os comentários dos colegas parecem ser o suficiente para você estudar.
Contei 10 erros de norma culta na introdução (muitos causados por não pensar o parágrafo no plural, já que falou de dois direitos (“acesso à justiça” e “segurança”)
5 no 2º parágrafo
5 no 3º parágrafo
10 no 4º parágrafo
Isso é uma quantidade bem alta, motivo pelo qual deverá receber 120 na norma culta.
— Para alcançar 200 na Competência 1, você só pode cometer 2 desvios de norma culta, o que é difícil para todo mundo.
Se quiser saber quais foram todos os erros, avise-me por mensagem. Por ora, acho desnecessário focar nisso. Seus maiores problemas estão no desenvolvimento das ideias.
O desenvolvimento afeta especialmente as competências 2, 3 e 4.
Na Competência 2, repertórios baseados em textos de apoio só recebem 120. Portanto, busque reflexões para além do que ler ali.
— Para alcançar 200 na Competência 2, você precisará ter, pelo menos, um repertório original, pertinente ao tema, legitimado pelas Áreas de conhecimento e com produtividade.
Se Sartre era uma ideia a ser trabalhada, talvez você pudesse perceber que a punição nada mais é do que retribuir a violência, praticar vingança, e aí a citação do Sartre chega a ser até contraditória, já que não se pode negar o nível de violência que é prender alguém, ainda mais nos cárceres cruéis que temos pelo Brasil.
A citação do Sartre faz menção a um dos elementos da frase-tema, e portanto é pertinente ao tema, tem respaldo e apenas não é produtiva, principalmente por conta da contradição de que falei.
Daqui pego um gancho para avaliar a competência 3, que vai tratar da coerência textual, do projeto de texto, e ele contém, além dessa falha, um problema de “acesso à justiça” que não foi trabalhado no texto.
“Acesso à justiça” não é “poder ter justiça”, num sentido amplo, mas poder entrar na justiça, ou seja, poder fazer pedidos a um juiz. Isso é algo que não recomendo de citar numa redação, pois traz problemas desnecessários de brechas argumentativas que você não pode deixar para o leitor explorar.
Apesar dessas importantes questões, a Competência 3 diz que quem desenvolver a maior das informações no texto deverá receber 160, e foi isso o que ocorreu, sem mais nem menos.
— Para alcançar os 200 na C3, você deverá ter um “projeto estratégico”, com as ideias todas conectadas e defendidas de tal maneira que o corretor tenha a sensação de que o texto é incontestável.
Quanto à Competência 4, seu texto demonstrou uma preocupação até excessiva com os recursos coesivos (“Por fim, visto isso”), sendo merecedora dos 200 aqui.
— Seu texto merece o 200 por ter usado uma quantidade expressiva de recursos coesivos, com raras repetições (a repetição de “violência no trânsito” é tolerada por estar frase-tema), sem inadequações e com, pelo menos, 2 conectivos entre parágrafos e, pelo menos, um conectivo em cada parágrafo.
Sobrou a Competência 5, que vai meramente contar os 5 elementos que você precisa entender:
Agente: “governo do Brasil, através do Ministério da Justiça e o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação”. Esse tipo de “através” não é considerado “meio”, mas apenas uma adição de outro agente. Fique esperta.
Ação: “realizar a implementação de leis eficazes para punição dos acidentes de transito, bem como a realização de campanhas online sobre a gravidade destes acidentes”.
Efeito: “assim, espera-se que mais condutores compreendam a gravidade de causar um acidente, bem como ser punido perante a lei, e o evite”.
Faltaram, portanto, o “meio” e o “detalhamento”. Sobre o meio/modo, é uma dor de cabeça que poderia ter sido evitada se você desse destaque ao “online”, mostrando que aquilo ali era uma maneira de conduzir a ação “realizar campanhas”. O corretor lê rapidamente e não percebe as sutilezas, e você não pode contar com a boa vontade dele, ainda mais com essa frase gigante. Tente separar o máximo que der, inclusive para colocar os conectivos e as construções frasais que caracterizam esses elementos.
Sobre o detalhamento, é importante aprender que ele é uma informação extra e dispensável para a compreensão do foco da proposta. A ideia é transmitir segurança de que aquela proposta faz sentido.
O detalhamento pode ser do agente, da ação, do modo e do efeito.
Ele pode ser uma exemplificação, uma explicação, uma justificativa ou uma contextualização.
Neste link – http://inep.gov.br/web/guest/enem-outros-documentos –, baixe pelo menos o manual da competência 5 e abra na página 18, que é uma página com exemplos de detalhamento e explicação bem fácil de entender.
Não é necessário, mas, se quiser esse tipo de reforço para as outras competências, você não terá dificuldade alguma de entender os outros materiais, nos quais me baseei.
Sendo assim
C1: 120
C2: 160
C3: 160
C4: 200
C5: 120
760 que num estalar de dedos vira 840. Depois é que começa o sofrimento.
See lessVou deixar salvo o doc se estiver à vontade para tratar da norma culta.
Medidas para redução da violência no trânsito no Brasil (Não é Enem)
Mr.Crozma
Me comprometi a corrigir todas as redações referentes ao tema da violência no trânsito, motivo pelo qual retorno aqui, tentando não tocar em temas que falei na última correção. Coesão é a capacidade de conectar frases e parágrafos de tal maneira que, se invertidos, perderiam o sentido. Quando vejo eLeia mais
Me comprometi a corrigir todas as redações referentes ao tema da violência no trânsito, motivo pelo qual retorno aqui, tentando não tocar em temas que falei na última correção.
Coesão é a capacidade de conectar frases e parágrafos de tal maneira que, se invertidos, perderiam o sentido. Quando vejo este seu primeiro parágrafo, sinto que as frases vieram de um hábito de resumo de tcc, estão rápidas demais, comeou na quinta marcha, o que não é uma boa pedida em dissertações-argumentativas. Peço, então, que tente fazer uso dos recursos coesivos em todo o texto. Incorporar essa ideia de pensar coesivamente te evita de repetir palavras, como anotarei ao final. Por fim, ao que me parece, a sua intenção foi jogar as ideias no texto o mais rápido possível, e aí só lhe indico que faça uso de um rascunho, se for o caso.
Fiquei com a sensação de que você quis pensar o desenvolvimento com “medidas” e desistiu, optando por falar sobre “causas”. Há, pra mim, um certo problema de promessa introdutória, que, na verdade, não costuma combinar com argumentação – a introdução não deve vir com operadores argumentativos como o “isso ocasiona”, “a causa disso é”, já que podem bagunçar a promessa.
Não achei bem sucedida essa ideia de que a cultura carrocrata do JK é a razão para o desrespeito atual às normas de trânsito, situação que, inclusive, não é apenas privilégio do Brasil.
Me parece que a influência dele hoje é, sim, sobre estruturas que até agora não conseguimos desmontar: ruas mal afastadas, pensadas só para carros (a maioria dos óbitos são de motociclistas), algumas sem um básico de proteção, como luz! Talvez você tivesse uma melhor argumentação nesse sentido, mas aí perderia o centro do seu argumento, que era o comportamento dos motoristas. Daí a importância de planejar o texto no rascunho.
Na conclusão, senti falta da retomada de Kant, apesar de ter visto a inclinação deontológica do seu texto. A ideia aqui seria mostrar ao corretor que tudo foi pensado em torno da primeiríssima frase que o texto trouxe, causando um impacto no leitor.
Enfim, talvez você só queira a norma culta, e aqui está:
De acordo com Immanuel Kant(1) “O homem deve agir de modo que essa prática seja universal”. A violência no trânsito vai de encontro a(2) ética kantiana, pois desrespeita o comportamento adequado(3) que deve ser universal. A negligência social com as normas e(4) leis de trânsito é a principal causa da violência no trânsito(5). Isso ocasiona impactos sociais e econômicos. Por conseguinte, nota-se a necessidade de empreender medidas no tráfego de veículos, com o objetivo de diminuir as consequências provocadas pela violência(6).
1 – Vírgula. Tem mais de 4 palavras, o corretor pode implicar;
2 – Crase;
3 – Vírgula. Oração adjetiva explicativa;
4 – Faltou o artigo, por questão de paralelismo;
5, 6 – Repetir palavras é problema de coesão. No enem, o corretor tende a relevar quando a palavra é da frase-tema, mas é por ser bonzinho com alunos que têm medo de fugir do tema Não deve ser o caso da sua banca.
Em primeiro plano, é notório destacar que o governo do presidente Juscelino Kubitschek impulsionou a cultura automobilística no Brasil. Com isso, teve(1) um aumento de transportes particulares em circulação, necessitando de mais leis e cuidados neste(2) cenário. Dessarte, o desrespeito às normas do trânsito ainda é cultural em grande parte dos condutores de veículos. Essa negligência põe em risco tanto a segurança individual como a de pedestres e outros motoristas.
1 – Houve;
2 – Nesse. Num texto dissertativo-argumentativo dificilmente o emprego do “este” está correto. Pra retomadas, s.
Ademais, o grande número de acidentes em estradas e ruas leva à(1) gastos exorbitantes na saúde pública com verbas hospitalares. São necessários muitos recursos para socorrer as vítimas de acidentes desse tipo. Além disso, o sofrimento psicológico das vítimas e(2) familiares é um custo intangível e irreparável que a violência acarreta, proporcionando um aumento de casos de sofrimentos psíquicos na sociedade. Percebe-se que todos esses prejuízos poderiam ser evitados com uma melhoria na formação dos condutores de veículos.
1 – Crase indevida. Imagino que tenha sido erro de digitação;
2 – Dos. Paralelismo de novo.
Portanto, a violência no trânsito do Brasil, gerada pela negligência social(1) traz problemas sociais e econômicos, visto que há poucos investimentos no aperfeiçoamento da formação de motoristas, impossibilitando uma prática universal e(2) produzindo sofrimentos psicológicos e prejuízos econômicos no país.
1 – Vírgula;
2 – Vírgula seria melhor no lugar do “e”.
Poucos erros de norma culta. A maioria deles no primeiro parágrafo, o que pode me sugerir um nervosismo de início. Não faça o início com pressa, pois ele é a primeira impressão que você causa no corretor, e nós sabemos a importância da primeira impressão.
Texto bem escrito, bom de ler. Só fica o registro para tomar cuidado com o excesso de informações que pode trazer dificuldades de organização textual, já que não foram as “medidas” que vieram em forma de tópico frasal, mas, talvez, “causas”, “contextualizações”, o que pode frustrar o leitor da promessa introdutória.
See lessCaminhos para combater os maus-tratos aos animais no Brasil. (Se puderem dar nota, vai ajudar muito)
gabriel.augz
Olá. Vou fazer algumas observações. Recentemente(1) uma publicação feita no Instagram bombou(2) no mundo todo, a postagem contava com um coelho chamado Ralph que habitava em um laboratório junto com sua espécie com(3) para ser usado em testes de cosméticos,(4) Ralph no vídeo chega a dizer que esse éLeia mais
Olá. Vou fazer algumas observações.
Recentemente(1) uma publicação feita no Instagram bombou(2) no mundo todo, a postagem contava com um coelho chamado Ralph que habitava em um laboratório junto com sua espécie com(3) para ser usado em testes de cosméticos,(4) Ralph no vídeo chega a dizer que esse é seu dever como animal, e que fazendo parte disso, protege os humanos. Acontece que a realidade devia ser a contrária,(5) nós que temos o dever de proteger os animais, e medidas devem ser tomadas para reverter a situação.
(1) Vírgula.
(2) Seria preferível colocar bombou entre aspas.
(3) Provável erro de digitação.
(4) Ponto final seria o ideal aqui.
(5) Os dois pontos aqui seria perfeito.
*Bom repertório sociocultural e ótimo uso dele. Único problema foi não apresentar os argumentos no final da introdução.
(1)Ainda na contemporaneidade(2) várias espécies de animais são usadas em testes de cosméticos sem necessidade, afinal de contas existem vários meios tecnológicos que permitem que testes sejam feitos com sucesso e qualidade sem causar danos aos nossos bichinhos. Além de tudo, lugar de animal selvagem ou silvestre é na natureza e não em laboratórios.
(1) Comece com conectivo. *Esse ponto vale para todos os seus parágrafos!
(2) Vírgula.
*Senti a falta de algo que comprovasse o seu argumento.
É de extrema importância citar também, que os indivíduos e as empresas e negócios(1) que realizam atos como os citados acima(2) ou atos relacionados(2) estão cometendo um crime ambiental e devem ser devidamente punidos segundo a lei Federal 9.605/98(3) que tem como finalidade prevenir os maus-tratos aos diversos tipos de animais.
(1) Aqui seria bom reconstruir essa frase: “que os indivíduos, empresas e negócios…”
(2) Vírgulas.
(3) Vírgula.
*Boa utilização de repertório, porém faltou uma argumentação mais incisiva sua. Falta de conectivos e frases muito longas, sem ponto final.
Reconhecendo o tamanho da problemática e os danos que podem ser causados a partir de tal ato, é dever do governo(1) por meio do poder legislativo(1)(2) criar mais leis com punições mais(3) rígidas que permitem que a proteção necessária seja dada a “bicharada”,(4) também é dever da sociedade procurar se informar das marcas que utilizam esses atos tão cruéis, e agir através de denúncias e divulgações na internet. Com ações como estas, será possível plantar a harmonia entre a natureza e a humanidade.
(1) Vírgulas.
(2) Os três poderes sempre em maiúscula. Poder Legislativo.
(3) Repetição do “mais”. O ENEM não curte.
(4) Ponto final.
*Duas propostas de intervenção, mas nenhuma está realmente completa. Cuidado, o ENEM exige apenas uma, desde que esteja completa. Faltou detalhamento nas duas. Como essas leis vão punir? O que facilitará para a sociedade procurar essas marcas? De que forma a sociedade pode procurar essas marcas? Esses detalhes são cruciais para a conclusão de seu texto. Frases longas, novamente, e falta de conectivos.
Alguns probleminhas que você precisa dar atenção: organizar o texto e pontuação. Percebi que você em diversos momentos utilizou a vírgula, ou não a utilizou, de maneira errada. Cuidado, isso tira muito ponto seu. Especialmente porque isso atrapalha, ou pode atrapalhar, o entendimento do corretor na hora.
Último ponto: lembre-se que é preciso utilizar o ponto final. É de extrema importância que você o utilize, pois é esse ponto que dá a continuidade no seu texto e acaba organizando ele.
Minha dica é dar uma olhada em pontuação e como utilizá-la. Dê uma lida em redações nota mil também, e observe como essas pessoas utilizam a pontuação no texto.
Fazendo a leitura dessas redações você pega o esquema de organizar o texto também.
Vou tentar dar a nota agora:
C1: 120 — Probleminhas de escrita e erros gramaticais.
C2: 120 — Estou dando 120 pois no D2 o seu argumento foi quase inexistente, apenas se apropriando, totalmente, do repertório. Houve uma falta de repertório no D1.
C3: 160 — Houve erros de organização, mas poucos. Soube apresentar informações para defender um ponto de vista.
C4: 120 — A falta de conectivos poderia fazer sua nota descer bem mais aqui.
C5: 160 — Não será 200 pois a proposta foi incompleta.
Caso tenha alguma dúvida, sinta-se livre para me enviar uma mensagem.
Parabéns, e continue treinando!
See lessDesenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar interesses em conflito?
Mr.Crozma
I - Repertórios. II - Aprofundamento argumentativo. III - Constatação ou Proposta? IV - Norma culta. I - Se eu não estiver enganado, o seu desafio continua sendo argumentativo, e não porque a argumentação desta aqui tenha ficado ruim, mas porque os argumentos estão tão específicos (documentário, dadLeia mais
I – Repertórios. II – Aprofundamento argumentativo. III – Constatação ou Proposta? IV – Norma culta.
I – Se eu não estiver enganado, o seu desafio continua sendo argumentativo, e não porque a argumentação desta aqui tenha ficado ruim, mas porque os argumentos estão tão específicos (documentário, dados, conceito biológico…) que eu me dou a liberdade de considerar que foram frutos de leituras direcionadas ao tema. Sendo esse o caso, a questão da C2 – argumento baseado em texto de apoio – persiste.
Eu tenho as minhas dúvidas se o respaldo precisa ser demonstrado. Do tipo, “vacas contribuem para o aquecimento global” precisa de um “segundo a oms” para ter o seu respaldo verificado, se ele existe independentemente da oms?
Esse é um problema que eu adoraria tratar com meus professores e não posso mais, mas é algo que talvez ajudasse os candidatos a se desprenderem em temas com os quais têm pouca intimidade, e eu não acredito que dê para estudar todas as possibilidades de tema em um ano – a chance de ser um tema desconhecido é grande.
De toda forma, a minha orientação é ler livros com autores e conceitos mais amplos/gerais, ou seja, que possam ser trabalhados em vários temas. Isso significa, então, pensar nas matérias (biologia, sociologia, história, economia, psicologia etc.) e buscar nelas um conceito que você domine e, por conseguinte, consiga aplicar produtivamente.
Como falei, o problema obviamente não são os repertórios apresentados neste texto, mas a minha hipótese de você seguir precisando dessas muletas. Se puder me tranquilizar, agradeço uma resposta sobre isso que acabei de pontuar.
II – A produtividade é o desfecho do parágrafo argumentativo, e é onde você demonstra uma habilidade em retomar a ideia principal do parágrafo – que você deve posicionar como tópico frasal (a frase curta do 3º parágrafo) nos dois parágrafos de desenvolvimento.
Essa produtividade são as consequências daquilo que foi argumentado, o tal do “logo”, que pode ser uma ratificação do argumento, demonstrando/reforçando a sua pertinência, ou pode ser um encaminhanto da proposta, reforçando a ideia da prórpia tese de que “medidas devem ser pensadas”.
Enfim, essa produtividade/desfecho ficou faltando nos dois parágrafos de desenvolvimento, com um detalhe: demonstrar a relevância da emissão de gases não me leva a concluir pelo desinteresse em diminui-la. Então, é importante pensar nesse “e daí?” que faltou nos dois argumentos até pra perceber se de fato você está conduzindo bem a ideia exposta, e isso é pra ser resolvido lá no planejamento de texto.
IV – O manual dos corretores faz uma diferença entre propor claramente uma intervenção e constatar um fato. Tem que ser muito babaca, eu sei, pra tirar ponto nessa sua construção, mas, em todo caso, opte por escrever “o Agente deve”, “é necessário que o Agente realize”, para evitar qualquer problema em relação a isso, sobre o que, a propósito, desconheço qualquer relato de perda de ponto.
V – Abaixo, todos os erros e sugestões de norma culta que eu posso dar aqui-e-agora:
No documentário Cowspiracy(1) é mostrada(2) as consequências ambientais da agropecuária intensiva através do prejuízo a rios e ao(3) aumento de gases do efeito estufa. Entretanto, tendo em vista que o crescimento econômico é sustentado não só pela indústria como também pelo setor primário, medidas devem ser pensadas a fim de conciliar preservação a(4) desenvolvimento.
1 – Aspas;
2 – Qual é o sujeito disso, Cris? Já falei sobre os problemas da inversão, pode ver lá;
3 – O complemento daqui refere-se ao “através de” e não ao “prejuízo a”;
4 – Comer palavra, mesmo que a gente perceba que foi distração, é um erro grave.
Primeiramente(1), ao falar em economia e sustentabilidade, costuma-se apresentar a indústria como principal interferente, desde pela(2) sua pegada hídrica (termo referente a(3) quantidade hidrográfica gasta que não vemos)[4], até a emissão de gases; porém, esquece-se a atuação da agropecuária(5) que utiliza um número exorbitante de água na irrigação e(6) alimentação dos animais – cerca de 2.500 litros para 1kg(7) de carne, segundo o documentário. (8)
1 – Eu odeio corrigir o “primeiramente”, mas ele pode ser considerado um erro, até porque ninguém aceita o “segundamente”, e há razões; portanto, evite-o no Enem;
2 – Ahh, aqui tu esqueceu de apagar alguma coisa – esquecer de riscar também é grave;
3 – Faltou a crase;
4 – Evite qualquer construção com parênteses, que sempre trazem uma informação irrelevante para a compreensão do texto – opte sempre pelo travessão, que serve para trazer uma informação nova e relevante argumentativamente;
5 – Faltou vírgula;
6 – Comeu o “na” – repita os artigos e as preposições numa enumeração, sem dó.
7 – Preciso dizer qual é o erro? UM QUILOOOO;
8 – Frase gigante que se fez parágrafo, completamente desnecessário! Isso é considerado um erro e, se for uma estrutura predominantemente observada no texto, sua nota não poderá passar de 120 pontos na C1. Entendeu o tamanho do problema, né?
Além disso, vale postular(1) o desinteresse em diminuir a emissão de poluentes causadores do efeito estufa. Estes(2) gases provocam o aquecimento global(3) afetando diretamente biomas. Na agricultura, vemos isso a partir da utilização de máquinas (que emitem CO2)[4] e a(5) criação de gado, em particular das vacas – Isto(6) pois(7) durante o processo de digestão, seu intestino produz o gás metano, um dos mais potentes e maléficos à saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde.
1 – “Postular”, pelo menos no mundo jurídico e no meu dicionário, é “pedir”. Meu conselho mais sincero possível: não inventem. Não tem por que usar no enem palavras menos usuais no cotidiano;
2 – Esses. Num texto, raríssimas vezes você usará “este”, que não faz retomada, mas aponta para o que virá adiante;
3 – Vírgula antes do gerúndio é quase sempre uma pedida. Em todo caso, dê uma estudada nisso, há sutilezas nesta norma que eu não vou conseguir tratar aqui;
4 – Mesmo problema entre parênteses e travessão;
5 – Da. Faltou trazer a preposição junto;
6 – Isso;
7 – Soa errado, mas não tenho muita certeza do porquê; todo “pois” que não vem precedido de vírgula me parece errado, mas tenho limites de conhecimentos linguísticos kkkk. Quem descobrir, por favor, pode me avisar. Na dúvida, “isso porque” – combinado?
Logo, sabendo que ambos(1) principais setores da economia causam efeitos negativos, é dever do Ministério do Meio ambiente – órgão responsável por projetos ligados a natureza – realizar e incentivar práticas ambientalistas(2) por meio da plantação de árvores e diminuição de poluentes(3) a fim de compensar a interferência humana e conciliar a sustentabilidade aos interesses econômicos, que são inegavelmente(4) essenciais para o desenvolvimento do país. (5)
1 – Pode colocando o artigo aqui – ambos os;
2 – Essa vírgula parece opcional, mas numa frase gigante, é de bom tom colocá-la, até pra facilitar o trabalho de identificação pelo corretor;
3 – Idem;
4 – Evite esse tipo de palavra: preze pela humildade intelectual, sob o risco de falar algo errado e causar um desgosto profundo no seu corretor;
5 – Segunda frase gigante. O manual é malandro/burro. Pegou um exemplo com 5 parágrafos, aí definiu a predominância como o texto que tem 3 parágrafos com o período único. Não sei o que fariam no seu caso, e como devo ser malvado, aplicaria o 120 na C1, mas a tua sorte é que eu não vou dar nota, ela é irrelevante pra você, porque você sabe quando erra e quando acerta.
See lessOs desafios para superar a saúde pública no Brasil
gabriel.augz
Olá. Vou fazer algumas observações sobre o seu texto. Promulgada pela ONU em 1948(1) a declaração dos direitos humanos(2) garante a todos os indivíduos o direito à saúde e ao bem-estar social. Contudo, superar os desafios da saúde pública no Brasil é uma realidade cada vez mais distante. Nessa perspLeia mais
Olá. Vou fazer algumas observações sobre o seu texto.
Promulgada pela ONU em 1948(1) a declaração dos direitos humanos(2) garante a todos os indivíduos o direito à saúde e ao bem-estar social. Contudo, superar os desafios da saúde pública no Brasil é uma realidade cada vez mais distante. Nessa perspectiva, é evidente que a saúde pública é um desafio no Brasil; o qual ocorre, infelizmente, devido as grandes filas de espera, como também a falta de demanda de profissionais na área supracitada.
(1) Vírgula.
(2) Qualquer documento ou organização sempre em letra maiúscula. O correto seria: Declaração dos Direitos Humanos.
*Uma boa introdução: utilizou um repertório e deixou bem claro o que será falado no D1 e D2.
(!)É pertinente elencar que a alta concentração de pacientes à espera de procedimentos médicos simples, como exames, consultas e pequenas cirurgias, –(2) são números exorbitantes, e preocupantes-(2). De acordo com (3) G1, as filas de pacientes no RJ(4) dobraram durante o governo Crivella, a cidade saltou de 143.390 para 342 mil pessoas esperando atendimentos pela SISREG(5). Todavia, é inadmissível que a sociedade aceite este sistema de saúde repleto de negligências que podem levar a um caos em maior escala.
(1) Aconselho começar o texto com algum conectivo, de preferência um não utilizado no texto.
(2) Aqui não precisava desses travessões. É melhor que você escolha usar um ou outro.
(3) Falta de um artigo. “De acordo com O G1…” Na dúvida, sempre coloque o artigo.
(4) Sempre que puder coloque o nome por extenso. Rio de Janeiro.
(5) Mesma coisa do (4).
*Bom desenvolvimento no geral. Fora esses pontos que apontei, utilizou o dado de maneira produtiva.
(1)Outro fator imprescindível é a carência de profissionais, principalmente em áreas específicas, o que acarreta na transferência do paciente para outra unidade hospitalar e consequentemente, sobrecarregando (2) profissional. (3)Como diria Salvador Allende -“é impossível da Saúde (4)aqui em(5) veste trapos e trabalha com salários que não permitem condições mínimas de subsistência…” – Médico e ex- presidente do Chile.(6) Certamente, as situações em que os médicos são submetidos não lhe favorecem a desempenhar um bom papel, seja pelo salário ou por sua precariedade no ambiente de trabalho.
(1) Mesma coisa do ponto (1) do D1.
(2) Artigo. O profissional.
(3) Faltou um conectivo aqui.
(4) Faltou colocar um “R” ali em “da”. Ou seja: “É impossível DAR saúde…”
(5) A quem.
(6) Sugestão: seria melhor já colocar quem foi Salvador Allende no começo. Ou seja: “Como diria Salvador Allende, médico e ex-presidente do Chile, “é impossível…”
*Houve uma falta de organização no desenvolvimento (que eu já apontei acima). Boa escolha de frase, coube bem no momento do texto.
É evidente, portanto, que existe entraves para garantir a solidificação de políticas que visem a construção de um sistema de saúde pública com qualidade. Dessa maneira, é essencial que o ministério da saúde(1)(2) junto ao estado e municípios(2) possam capacitar os profissionais em áreas especializadas, promovendo assim, um aumento no quadro de profissionais,(3) espera-se com isso que as filas de espera diminuam e a população seja contemplada.
(1) Maiúscula. Ministério da Saúde.
(2) Vírgula explicativa aqui.
(3) Seria preferível um ponto final aqui.
*Proposta de intervenção incompleta. Faltou falar sobre o modo e o detalhamento da proposta. De que modo será feito isso? Quais detalhes precisam ser pontuados? Detalhar a proposta é essencial para tirar 200 nessa competência (5 no caso).
Competência 1: 160 — Houve desvios na escrita formal.
Competência 2: 160 — Boa argumentação e bom uso do repertório, porém houve algumas falhas em relação ao texto dissertativo-argumentativo.
Competência 3: 160 — Só não vou atribuir 200 aqui por conta daquele erro de organização.
Competência 4: 160 — Falta de conectivos.
Competência 5: 120 — Proposta de intervenção completa.
Total: 760
Obs.: Não leve tão a serio a nota, não sou muito bom em atribuir isso kkkk. Considere mais as observações que eu fiz lá em cima.
Fiz a correção me baseando nessa cartilha oficial do INEP: https://download.inep.gov.br/publicacoes/institucionais/avaliacoes_e_exames_da_educacao_basica/a_redacao_do_enem_2020_-_cartilha_do_participante.pdf
Inclusive, recomendo demais você ler, especialmente a parte em que há correção de redações nota mil.
Você tá no caminho certo. Já entendeu o modelo que o ENEM quer, só precisa se adequar sobre esses pontos que eu coloquei. Acredito que a maioria aí foi por uma falta de atenção mesmo, já que são erros bem bobos.
Parabéns, e continue treinando!
See lessAs duas faces da industria farmacêutica (Não é Enem)
Mr.Crozma
I - 206 palavras. II - Operadores argumentativos. III - Coerência argumentativa. IV - Funções da conclusão. V - Norma culta. I - Isso dará algo em torno de 20 linhas. Se tem medo de não sobrar espaço, suspeito que a sua letra seja muito grande (caneta ponta grossa?), ou que você esteja mesmo a dar eLeia mais
I – 206 palavras. II – Operadores argumentativos. III – Coerência argumentativa. IV – Funções da conclusão. V – Norma culta.
I – Isso dará algo em torno de 20 linhas. Se tem medo de não sobrar espaço, suspeito que a sua letra seja muito grande (caneta ponta grossa?), ou que você esteja mesmo a dar esse espaço enorme para indicar a paragrafação, o que, apesar de ser mais bonito, pode causar uma má impressão no examinador, tanto quanto a letra gigante.
II – Alice está certa quando aponta problemas de coesão. Mais do que pensar em conectivos, você deve pensar em “operadores argumentativos”, que são o que dão o sentido para a frase dentro de um contexto. Uma mesma frase pode servir de exemplo ou de consequência (em relação à frase ou ao parágrafo anterior), o que define o sentido que você quer dar a essa frase é o uso do operador argumentativo: “por exemplo” ou “consequentemente”. Lembre-se disso porque você não quer ter o seu texto lido como “expositivo” por causa de uma bobeira dessas.
III – O 1º argumento está menos desenvolvido do que o 2º, e não há uma justificativa no texto para isso, até porque você demonstrou saber fazer o chamado “aprofundamento argumentativo”, explorando causas e consequências. Sugiro que mantenha esse padrão para os dois parágrafos argumentativos, até mesmo para fechar brechas que você esteja enxergando – o comentário da Alice sobre “excesso de informações” mais me parece, na verdade, ser causado pela ausência de algumas explicações.
IV – Há diversas formas de se concluir um texto, sendo uma delas a conclusão propositiva. Entende-se que a propositiva é a forma mais apropriada de se concluir um texto em que você só se propõe a criticar. Quando, por um lado, o Enem força o candidato a propor uma intervenção, ele também está dizendo que é inapropriado fazer uma dialética, por exemplo. No outro lado estão as bancas que entendem que o senso crítico não necessariamente redunda em proposta de intervenção, já que há temas que são difíceis de se resolver mesmo, como é este caso da indústria farmacêutica.
No entanto, como já falei, a propositiva é uma das estratégias conclusivas – há outras. É importante entender a função da proposta.
A conclusão tem duas principais funções dentro de um texto dissertativo-argumentativo: retomar a tese/ratificar o que já disse (formando o texto-circuito); e manter o leitor interessado até a última frase!
Então, ela não precisa se limitar a uma mera retomada da tese, sob pena de você escrever tal parágrafo em uma única frase, o que pode te levar a um parágrafo embrionário. Daí a ideia de propor uma intervenção, no Enem: é para deixar o leitor pensando no além-do-problema.
Quais as outras formas de manter o leitor interessado?
Você é quem vai pensar no que é mais adequado, porque estas provas, de fato, carregam uma necessidade de valorar o “espírito” da instituição; então, por exemplo, a estratégia de ironia, que muitas vezes é genial, pode não ser bem-vinda. Vale a pena pensar na estratégia que você vê em textos (no meu caso, vídeos-textos, como o Greg News e o Meteoro Brasil) que te prendem.
Além da conclusão propositiva e da irônica, aprendi a fazer as conclusões i) por Ressalva, ii) a Reflexiva, iii) a com alguma Referência Cultural e, por fim, iv) a com Metáforas.
Vou te pedir pra notar alguma dessas estratégias nas dissertações-argumentativas que você costuma curtir, e aí testa se consegue encaixar um além-da-retomada-de-tese.
Lembrando, também, que há momentos em que é apropriado, especialmente quando você domina o assunto, terminar propondo uma intervenção – que é a melhor forma, sem sombra de dúvidas, de se concluir textos sobre problemas sociais –, só que sem esses moldes que elevam o candidato Enem à sensação de salvador do problema, dando ordens a ministérios, fazendo planejamento de execução, essas coisas que só o Enem mesmo pra cobrar.
V – Não entendo justo que erros de alguém que escreva 400 palavras sejam contados com o mesmo peso das 206 que foram escritas aí. De toda forma, se forem esses os critérios, talvez a principal dica seja não inverter frases, construí-las sempre de maneira curta, sem inventar usar palavras que desconhece. Eu acho isso pobre, e no Enem, pelo menos, essa construção pobre de frases impede o candidato de tirar 200 na competência 1 – se a EAOAP funciona assim, tu num tem nada a ver com isso kk. Antes, um alerta: o corretor talvez não note todos os erros que eu notei abaixo, lendo com calma; talvez ele ignore algumas coisas também; enfim, fui o corretor mais perverso possível:
Introdução
O período da Segunda Revolução Industrial iniciou o processo da farmácia como um segmento da indústria química. A importância dos medicamentos produzidos é inegável, pois(1) sem eles, muitas doenças não poderiam ser tratadas. Entretanto, apesar de esse aparentar ser um panorama extremamente promissor, o desenvolvimento exacerbado e o poder conquistado(2) pela indústria farmacêutica gera(3), hoje, muitos distúrbios que ameaçam a sociedade.
1 – Vírgula. Era pra destacar completamente a circunstância deslocada para o meio da frase (“sem eles”);
2 – Eco. Esse som “ado-ado” deve ser… evitado. O eco é um problema parecido com a repetição de palavras, e é marca de outro tipo textual, devendo ser evitado em dissertações-argumentativas;
3 – Concordância. Erro grave: qual é o sujeito deste verbo?
Argumento 1
Em primeiro plano, de acordo com o médico inglês Ben Goldcare(1), os estudos sobre os medicamentos, principalmente os anti-depressivos(2), não são publicados. As pessoas que desenvolvem as “doenças do século”, como a ansiedade e(3) depressão, tomam os fármacos muitas vezes sem(4) conhecimento de seus malefícios e benefícios.
1 – O Enem perdoaria errar o nome, mas será que a sua banca perdoa?
2 – Sem hífen. É dureza ter aprendido a escrever antes de 2009;
3 – Comer artigos não é recomendado em textos formais, principalmente em casos de paralelismo: se você deu um artigo pro primeiro elemento, deve fazer o mesmo no segundo, e assim por diante. São bem específicos os casos em que o artigo é optativo;
4 – Esse seria um caso, se “conhecimento” aqui não fosse um específico: o conhecimento sobre malefícios e benefícios dos fármacos. Não existe a opção “um conhecimento” aqui, então você comeu o artigo “o” indevidamente. Na dúvida, põe – é isso.
Argumento 2
Outrossim, o objetivo da indústria farmacêutica alterou-se consideravelmente desde o século XIX. Na contemporaneidade, o foco empresarial é igual à(1) de uma outra empresa normal, que consiste apenas(2) no lucro. Muitos médicos se tornam “patrocinadores” dessas grandes industrias(3), de modo que essas(4) pagam comissões para doutores prescreverem indiscriminadamente suas marcas, lesando tanto os princípios de livre mercado,(5) como os direitos do paciente de obter o melhor fármaco.
1 – Concordância… Omitiu a palavra “o foco” e aí colocou crase como se a palavra omitida fosse feminina. Seu problema não parece ser de crase porque, neste texto, você não apresentou problemas de regência. Aqui foi bagunça na hora de evitar repetir palavras;
2 – Palavras perigosas: cuidado com essas palavras que limitam demais as opções, até porque nem todas as empresas pensam “só” no lucro, especialmente as pequenas, que estariam sendo ofendidas por essa frase. “apenas”, “somente”, “todos”, “deve”… Tudo isso é um risco que deve ser bem calculado na hora de escrever;
3 – Não entendi por que comeu o acento desta proparoxítona;
4 – Eco. “Dessas”, “essas”;
5 – Vírgula indevida. A expressão “tanto… quanto/como” é escrita sem pausas, tal qual seria no caso de um “e” no lugar dela.
Conclusão
Portanto, mesmo que(1) as evidentes vantagens que os medicamentos trazem para a sociedade, as industrias(2) farmacêuticas transformaram tais benefícios em um desregulado comércio, visando mais o(3) lucro do que o(4) auxilio(5) à população.
1 – A escolha do “que” aqui complicou bastante a frase: mesmo que essas vantagens… Cadê o complemento? Acho que você queria dizer “com”. Ta aí um problema das frases longas: se perder;
2 – Proparoxítona de novo. Como é que tu acerta “benefícios” e erra “indústrias”, hein?
3 e 4 – Visando ao lucro; visando ao auxílio: visar é vti, pede a preposição “a” – erro muito comum;
5 – Eu vou atribuir esses últimos erros ao cansaço, digitação, sei lá, mas tá aí mais um problema com pro-pa-ro-xí-to-na. Não posso admitir este erro nem por distração!
See lessObesidade no Brasil -(socorro, é amanhã)
Mr.Crozma
Não vale a pena receber muitos julgamentos um dia antes da prova não kkkk Espero que tenha conseguido dormir. Preste muita atenção na frase-tema. Ela é composta por elementos-chave que delimitam ou ampliam o tema. Considerando que é uma prova sem textos de apoio, nada nela é por acaso. Vale a pena aLeia mais
Não vale a pena receber muitos julgamentos um dia antes da prova não kkkk
Espero que tenha conseguido dormir.
Preste muita atenção na frase-tema. Ela é composta por elementos-chave que delimitam ou ampliam o tema. Considerando que é uma prova sem textos de apoio, nada nela é por acaso. Vale a pena até tentar extrair pensamentos sobre o fato de a frase escolher um artigo definido, em vez de um indefinido kk
Geralmente provas assim têm textos na prova de português que são direcionados à interpretação do tema, que dão ideias, sem, no entanto, se posicionarem de modo a serem copiadas. Espero que seja esse o caso.
Porque, se não for, a banca estará dando uma liberdade enorme de abordagem, e aí não faz nem sentido prender o aluno aos moldes do Enem.
Sendo Enem, a garantia para não se perder está na proposta, que acaba por definir quais tipos de tema podem ser cobrados e qual é o posicionamento que você deve ter, já que obviamente não pode defender um “a obesidade no Brasil não é um problema”, fato esse que deveria te deixar tranquila de que saberá sobre o que escrever.
Quando receber a prova, anote no rascunho todos os conectivos que conseguir lembrar, pois são eles que melhor te guiam na construção de ideias quando está nervosa.
No mais, divirta-se – as suas redações têm cara de nota alta.
See lessOs desafios atuais da imigração no Brasil (corrigem do jeito mais rígido possível, me fale os detalhes e no final coloque a nota)
gabriel.augz
Olá. Vou fazer algumas observações sobre o seu texto. A primeira coisa que eu preciso falar é que sua redação está muito longa. São quase 560 palavras. Normalmente as redações nota mil possuem entre 400-450. Lembre que você terá apenas 30 linhas no ENEM. Claro, se coube tudo na folha, ótimo. Mas mesLeia mais
Olá. Vou fazer algumas observações sobre o seu texto.
A primeira coisa que eu preciso falar é que sua redação está muito longa. São quase 560 palavras. Normalmente as redações nota mil possuem entre 400-450. Lembre que você terá apenas 30 linhas no ENEM.
Claro, se coube tudo na folha, ótimo. Mas mesmo assim, ainda está um texto gigante.
De acordo com o pedagogo brasileiro Paulo freire(1)(2) “a inclusão acontece com as diferenças e não com as igualdades” promovendo assim, uma concessão dos direitos e deveres civis interligados, em prol da sociedade. Todavia, os desafios impostos atualmente acerca da imigração no Brasil, corrobora integradamente com o seu contexto em pleno século XXI, para a subsistência de uma conjuntura iníqua, a qual esvai-se a inserção dos cidadãos brasileiros. Nesse âmbito, contempla-se um inquietante cenário, em consequência da busca de uma melhor qualidade de vida e da escolha de uma carreira profissional fora da(3) país. Dessa maneira, evidencia-se a necessidade de serem tomadas atitudes pelas autoridades competentes para resolver a obstrução da incorporação no ambiente.(4)
(1) Nome próprio. Letra maiúscula.
(2) Aqui viria uma vírgula também.
(3) Não sei se foi erro de digitação, mas tenho que analisar com o que está escrito: *do* país.
(4) Nessa última frase seria importante você já dar um “spoiler” dessas atitudes.
*Bom vocabulário e escolha de palavras, mas preciso dizer que seu parágrafo de introdução está muito longo. O tamanho desse parágrafo ficaria perfeito para um de desenvolvimento, porém, para um de introdução está grande.
*Fora isso, dê uma atenção ao que eu falei no (4) ponto. Soltar os pontos que você irá desenvolver nos outros dois parágrafos é de extrema importância para a introdução.
Em primeiro lugar, vale ressaltar o nefasto desequilíbrio proporcional equiparado à outros países, indagando-se por uma melhor condição de vida em países desenvolvidos, negligenciando preceitos ufanitas(1). Nesse viés, o ex- presidente(2) Barack Obama assegura que “todos somos iguais e temos direito de seguir nossa própria versão da felicidade”. Entretanto, diversos países ainda mantém esse sistema internacional burocrático, na qual,(3) dificulta cada vez mais o acesso das pessoas nesses locais, (4)também delimitam fronteiras impedindo-as por alguma discrepância na identidade cultural de um cidadão, ou então, por algum preceito racial referente ao fato ancestral histórico da miscigenação, banindo a ideia de aculturação.(4) Não obstante, torna-se inconcebível que esta conjunção se perdure, porquanto, traz conclusões gravíssimas, como o incremento do desemprego e a disseminação iminente dos atos de violência, diretamente proporcional ao infausto acréscimo de decessos por toda extensão global.
(1) Acredito que você quis dizer “ufanistas”.
(2) Ex-presidente.
(3) Vírgula indevida. Sem a vírgula a compreensão fica bem melhor.
(4) Frase bem longa. A chance de você falhar nessas frases são maiores. Cuidado.
*Boa utilização dos conectivos. Explicou muito bem o argumento e utilizou as vírgulas nesse final de uma maneira excelente.
Ademais, é crucial dar ênfase à tese da obrigatoriedade de um ensino de qualidade–em êxito nos países desenvolvidos–, para um dos aspectos que assevera o mantimento da calamidade existem em todo seu território. Segundo o filósofo alemão Friederich Nietzsche(1) “a desigualdade dos direitos é a primeira condição para que haja direitos”. Destarte, a disparidade de investimentos educacionais em todo mundo(2), faz com que determinadas localidades se tornem disprovidas(3) de uma boa base educacional(4) resultando nos interesses de cada estudante em ingressar em um curso ou faculdade fora de sua regionalidade, a vista de,(5) um maior rendimento para o futuro e contribuindo na formação de qualidade, tendo como exemplo, um país, um país(6) de grande histórico educacional–Estados Unidos da América–levando em conta(7), um dos países mais almejados por emigrantes pelo seu elevado índice de desenvolvimento socioeducacional e econômico. Entrementes, essa diferença sócioespacial(8) concernente à instituições de ensino, vigoram como uma estável obstrução para a solução do entrave.
(1) Vírgula.
(2) Todo mundo se refere a todas pessoas. Creio que você quis dizer “todo O mundo”.
(3) Desprovidas.
(4) Vírgula.
(5) Vírgula indevida aqui.
(6) Erro de digitação? Não sei. Mas não poderia ter essa repetição de “um país”.
(7) Mesma coisa do (5).
(8) Socioespacial. Sem acento.
*Achei que houve uma falta de organização de argumentos aqui. Você repete bastante, especialmente no final, sobre esses países desenvolvidos, tornando o texto um pouco cansativo. É preferível que você não enrole tanto assim no texto, deixando o argumento da forma mais clara possível.
Por conseguinte, é mister que as autoridades competentes adote providências para atenuar o quadro previamente descrito. Para isto, urge que a imprensa–meio de ampla acessibilidade informacional– promulgue um projeto, com propósito de liberar essas fronteiras frente aos infortúnios, em procura de uma melhora habitacional e uma rica formação educacional; através de uma vasta propalação midiática, englobando entrevistas em jornais, sites, propagandas televisivas e debates em especialistas no assunto. Nessa acepção, o desígnio de tal parâmetro deve ser a qualificação dos direitos de um emigrante em que solicita de uma demanda condição financeira e econômica abrangente, tanto,(1) aos sujeitos que necessitam de um futuro profissionalmente estável(2) erradicando o precário sistema educacional brasileiro. Deste modo, o procedimento principiado recentemente será apto à(3) modificar totalmente o futuro distópico da sociedade brasileira como antevisto, dispondo como suporte fundamental, a inserção social, conjecturada pelo pedagogo Paulo Freire.
(1) Aqui não viria vírgula.
(2) Vírgula explicativa.
(3) Não vejo motivos para essa crase.
*Boa proposta de intervenção. Na minha opinião, possui os 5 elementos que o ENEM exige. Senti um pouco uma falta de organização também, semelhante no D2, mas não acredito que isso poderia tirar nota na competência 5.
Competência 1: 160. Poucos desvios gramaticais.
Competência 2: 200. Tem repertório sociocultural, utilizando-o de maneira produtiva.
Competência 3: 120. Há opinião sua e marca de autoria, mas a falta de organização aqui justifica essa nota. Vou falar um pouco mais sobre isso no final.
Competência 4: 160. Poucas inadequações. Só não vai 200 aqui por isso.
Competência 5: 200. Ótima proposta de intervenção.
Total: 840
Não sou tão bom para dar a nota, mas acho que não estou tão distante de uma nota real. Provavelmente ficaria entre 800-900 mesmo.
A falta de organização, quase com certeza, se deve ao fato do seu texto estar muito longo. Caso você não tenha escrito no papel, saiba que você deu uma exagerada kkkk. Acho muito difícil você conseguir alocar quase 600 palavras naquela folha de 30 linhas do ENEM. Caso você tenha conseguido, parabéns.
Mas a minha sugestão é que você reduza um pouco esse tamanho. Tente reduzir o tamanho da sua redação, que vai facilitar na parte de organizar os argumentos.
Não tenho muito mais o que falar. Você tem um ótimo vocabulário e já entendeu o que o ENEM quer. Só esse ponto mesmo que acredito que você deva considerar.
Parabéns, e continue treinando!
See lessRedação sobre os perigos do trânsito
Mr.Crozma
Produtividade. Lembro de você! Muito legal te ver escrevendo "do zero", só com o que pôde saber, provavelmente, em textos de apoio. Esse tema me toca bastante, e você está no caminho certo do desenvolvimento das informações. 162 palavras é o alerta de que você precisa ler mais, mas é preciso garantiLeia mais
Produtividade.
Lembro de você! Muito legal te ver escrevendo “do zero”, só com o que pôde saber, provavelmente, em textos de apoio.
Esse tema me toca bastante, e você está no caminho certo do desenvolvimento das informações.
162 palavras é o alerta de que você precisa ler mais, mas é preciso garantir que não escreva parágrafos embrionários, mesmo em temas sobre os quais não saiba escrever, e isso se faz com atendimento às funções de cada parágrafo.
Todas as três partes do texto dissertativo-argumentativo pedem cumprimento de funções.
A introdução cobra:
1. Apresentação do tema
2. Exposição da tese
3. Antecipação argumentativa, que ficou faltando.
O desenvolvimento pede
1. Tópico frasal (argumento sintetizado)
2. Explicação do tf (contextualização do argumento)
3. Aprofundamento argumentativo (uso de táticas de convencimento), que você precisa estudar.
A conclusão propositiva pede
1. Retomada da tese
2. Uma proposta de intervenção:
– Agente (duplicou: Ministério da Justiça/governo)
– Ação (duplicou: endurecer penas/fornecer ouvidorias)
– Modo (somente para a população relatar…)
– Efeito (não tem)
– Detalhamento de qualquer um dos outros 4 elementos (também não tem)
Com esta exposição, eu apenas quis situar que o problema da pouca produtividade não se basta na falta de leituras, mas é, principalmente, um problema de estratégia dissertativa, que eu não sei como você foi orientada a fazer, ou se ainda vai ver, mas tenho a certeza de que você conseguirá resolver a questão produtividade com o estudo das funções dissertativo-argumentativas.
Pratique-as em temas que você já domina, para não ter a dupla dor de cabeça de precisar de conteúdo e de técnicas dissertativas ao mesmo tempo.
Pode me enviar quaisquer perguntas que tenha a partir daqui. Acho que esse é um momento muito importante nos seus estudos, e será de muito suor.
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