Olá Calebe, tudo bem? Só repassando que não corrijo as com nota, (infelizmente) não possuo segurança para tal. Entretanto, espero que meus olhos e meus conselhos te ajudem em sua trajetória. Vamos lá?

O poeta Carlos Drummond de Andrade declarou: “A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas, por incrível que pareça, a quase totalidade – da população – não sente esta sede.” E essa falta de sede ao hábito de leitura, citada por Carlos Drummond, é vista dentre os jovens brasileiros que, por consequência, está prejudicando o desenvolvimento cognitivo e enfraquecendo o senso de criatividade dentre eles.

***Pra mim, sua introdução foi muito bem feita e articulada. Sem comentários.

A leitura tem como um dos principais objetivos o desenvolvimento cognitivo [1]. Sem o consumo de livros, o que se tem por conhecimento não existiria, já que todo conhecimento[2] primitivo e contemporâneo é guardado entre páginas de livros físicos e virtuais. Seja livros de fábulas até livros de conhecimento científico, toda leitura desenvolve a aprendizagem, e sem ela os jovens não terão capacidade de “ser alguém” nessa sociedade[3]. Como pronunciou Joseph Addison: “A leitura é para o intelecto o que o exercício é para o corpo”. É por meio do exercício da leitura que grande parte da aprendizagem surgirá e a sua falta resultará no fracasso do indivíduo na sociedade, que já é realidade no Brasil.

[1] Você utilizou “desenvolvimento cognitivo já no finalzinho de sua introdução, quando colocou já na primeira linha de seu segundo parágrafo, torna-se repetitivo. Que tal trocar este termo por outro de mesmo ?
[2] Repetiu a palavra “conhecimento”‘, recomendo que em um dos casos substitua por: “aprendizado” ou “compreensão”. Acredito que com essa mudança, algumas palavras (sendo elas antes ou depois) vão ter que ser modificadas. Apenas tome cuidado para não mudar seu significado original.
[3] O termo “ser alguém na sociedade” me incomoda um pouco. Para você, o que é ser alguém na vida ou na sociedade? Alguém que não saiba ler não é qualificado? É preciso tomar cuidado com isso, talvez nem fosse sua intenção, mas pode ofender muitas pessoas. Acho que essa parte da sua redação poderia ser modificada.

Ademais, o despertar da criatividade surge pela leitura[4]. Visto que os contos – como “As Crônicas de Nárnia” – são propícios a despertar no leitor um senso de imaginação, que nada mais é do que senso de criatividade, mostrando que a leitura traz o benefício da criação. Como disse Pablo Picasso: “O maior inimigo da criatividade é o bom senso.” ou seja, o hábito de leitura resulta na criatividade que não vem pelo bom senso, mas pelo senso da imaginação.
[4] Nem sempre, por exemplo, crianças da pré-escola, são indivíduos que ainda não tiveram contato com a leitura feita por si mesmos, mas em aulas de artes podem muito bem apresentar criatividade por meio de desenhos. Alguns são por música, outros na dança. A criatividade é ampla, e não é apenas por meio da leitura que ela se manifesta. Da maneira em que colocou, deixou parecer que era.
****Conclusão final do parágrafo: Por consequência da sua frase inicial, todo o restante ficou muito generalizado, como eu disse anteriormente não apenas a leitura que resulta na criatividade, mas vários outros fatores também. Não estou dizendo que você está errado, em parte está certo. Ler é muito importante e contribui com tudo o que falou, mas não é realmente a base. Tome cuidado com as colocações, já que elas podem possuir um significado ou interpretação não condizentes com o que você planeja passar ao leitor, ok?

Diante disso, visando melhorar o hábito de leitura entre os jovens brasileiros, é necessário que o Ministério de Educação e Cultura desenvolva projetos de incentivo para o consumo de leitura dentro das salas de aula e que, mediante a esse projeto, toda instituição de ensino tenha uma biblioteca e pacotes de livros digitais para consumo a fim de se desenvolva conhecimentos cognitivos e senso de criação dentre os jovens.
****Conclusão do parágrafo: Sua ideia de intervenção é boa, mas não é muito desenvolvida. É importante que você saiba que, os professores do pré estão incentivando a leitura quando leem chapeuzinho vermelho ou os três porquinhos nas salas de aula. Inclusive, não conheci uma escola que não tivesse uma biblioteca. Então você pode falar sobre o incentivo em casa, dos pais e mães, na hora de dormir, por exemplo.

Conclusão final: A escrita é boa e possui ampla capacidade de citações, apenas tendo a dificuldade de relacioná-los com o seus argumentos para validá-lo.

Olá Wolf, tudo ok?
Vamos lá, seu título é direto, então quem o ver vai ter uma ideia geral do que se trata. Quando comecei a ler esperei algo impactante, mas sua introdução me pareceu ir por um rumo no qual os dois temas “meritocracia e desigualdade” estão avançados. Você precisa apresentar o tema, diga aí o que é a meritocracia e como isso reflete na sociedade, e seja assertivo, diga que gera desigualdade já que isso é o que frisou no título. Ah, outra coisa, tome cuidado com seus acentos nos “a”, que eu saiba, usamos somente a crase que é ” ` “, mas o acento agudo em a sozinho? Não.
Entendi a essencial do segundo paragrafo, mas sua maneira de criticar a sociedade brasileira foi muito de repente, sem muito firmamento em relação ao seu texto. Ali está claro um rastro de sua opinião pessoal, mais do que é considerado em uma redação dissertativa argumentativa. Então, se quer falar sobre a diferença entre escolas públicas e particulares, fale, mas não ataque uma das partes como fez. Tente não repetir palavras e use sua pontuação com mais atenção. Tu tens um bom vocabulário, portanto use-o com mais atenção e coesão.
No terceiro paragrafo usaste “no entanto”. Não fez sentido algum, já que quando usamos no entanto, estamos protestando sobre algo, colocando-o como exceção. Indico-lhe que use “além disso”, onde dará mais reforço a sua convicção. Outra coisa, quando colocar uma sigla, como colocou o SIS, entre parênteses indique o significado da sigla, é importante.
Por último, sua conclusão. Como houve todos esses problemas no decorrer de sua redação, é normal que a conclusão seja um pouco vaga. Quando produzir um desfecho, use o que você citou anteriormente, como a escola e o tratamento entre os de alta e baixa renda, ao contrário do que fez, deixou muito geralzão. Por fim, cuidado com esse “sabido” aí, use algo como “é sábio dizer” ou “é um fato que…” para deixar mais coloquial.

Espero ter ajudado!!! s2