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O trabalho escravo nos dias de hoje

O trabalho escravo nos dias de hoje

TEXTO I

“Infelizmente, tratar o trabalho escravo como uma página virada da história do Brasil é um erro. A Lei Áurea, de 13 de maio de 1888, foi, sem dúvida, um passo fundamental para que o Estado brasileiro reconhecesse como ilegal o direito de propriedade de uma pessoa sobre a outra. O problema, no entanto, ainda persiste, embora se apresente de forma diferente da ocorrida até o século 19. Mostra disso são os mais de 36 mil trabalhadores resgatados em situação análoga à de escravo desde 1995, segundo dados do Ministério do Trabalho. […]

Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), as formas contemporâneas de servidão têm dois elementos básicos: trabalho ou serviço impostos sob a ameaça de punição e aquele executado involuntariamente, sendo que ambos envolvem o cerceamento da liberdade. Segundo a última estimativa da OIT, mais de 12 milhões de pessoas em todo o mundo são vítimas do trabalho forçado. De cada quatro, três estão na Ásia.

Leonardo Sakamoto, presidente da ONG Repórter Brasil, uma referência no combate ao trabalho escravo no país, afirma que a escravidão do século 19 é bem distinta da atual. “Antes, o custo da caça aos índios ou da aquisição e do transporte de africanos era muito alto. Hoje temos um exército de mão de obra desempregada e pobre, que pode ser cooptado e aliciado”, diz. De acordo com Sakamoto, muitas pessoas seguem o aliciador acreditando ter conseguido um bom emprego, quando na verdade estão indo para uma forma de prisão.”.

Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/216/a-escravidao-ainda-existe#_=_ – acesso em 20.12.2020

 

TEXTO II

“O Brasil tem pessoas que vivem como escravos”

O mais recente vencedor do Prêmio Leya, Itamar Vieira Junior, retrata a realidade brasileira do sertão e dos camponeses escravizados e sem-terra em Torto Arado. Um dos grandes romances do ano, que recupera um tema esquecido e grandioso. […]

Pergunta do jornalista: A escolha do tema passa por uma questão pessoal?

Resposta do escritor: Sim, o meu trabalho como geógrafo e antropólogo levou-me para o sertão e vi como estas pessoas sobre quem escrevo permanecem invisíveis. A sua realidade pouco mudou nos últimos séculos e a sociedade brasileira não se preocupa, nem os escritores, pois os romances contemporâneos que se debruçam sobre este tema são feitos em complemento da vida nas cidades, em que o autor escreve sobre si e em autoficção. […]

Pergunta do jornalista: Disse quilombolas. O que significa?

Resposta do escritor: São as populações que descendem dos africanos escravizados no Brasil e que, mesmo após a abolição da escravatura, não tiveram os direitos respetivos garantidos de modo a terem uma vida digna e que acabaram por ocupar terras ou trabalhar num regime de servidão que permanece até aos nossos dias. Alguns tiveram os direitos reconhecidos, outros ainda lutam, mas há muito trabalho pela frente para essas populações.

Pergunta do jornalista: Neste romance, mesmo os que são livres têm uma vida de escravos. É a realidade?

Resposta do escritor: É, e até hoje. O romance trata de um período de quase 40 anos, começa com as personagens principais meninas e vai até à sua maturidade. São pessoas que continuam a viver nesse regime de servidão, trabalhando para o proprietário para ter o direito a uma casa e uma pequena roça; nada que lhes permita emancipar-se. É uma situação de exploração que confirma que de nada se avançou nessa questão social, pois o Brasil tem pessoas que vivem como escravos até hoje. Tanto assim que todos os anos são resgatados várias pessoas desse regime pelas autoridades e muitas vezes. 

Fonte: https://www.dn.pt/cultura/o-brasil-tem-pessoas-que-vivem-como-escravos-10599062.html [adaptado] – acesso em 20.12.2020.

 

TEXTO III

Fonte: https://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2020/05/grupo-movel-de-combate-ao-trabalho-escravo-completa-25-anos-sob-a-mira-do-proprio-governo/ – acesso em 20.12.2020.

 

TEXTO IV

Fotografias de Sebastião Salgado, no garimpo de Serra Pelada, Sudoeste do Pará, em 1980. 

Fonte: https://visao.sapo.pt/fotografia/2020-02-02-7-fotografias-ineditas-da-escravidao-que-sebastiao-salgado-encontrou-nas-minas-de-ouro-do-brasil/#&gid=0&pid=1  – acesso em 20.12.2020.

A partir da leitura dos textos motivadores, redija um texto dissertativo-argumentativo a respeito do tema: O trabalho escravo nos dias de hoje. Selecione e organize fatos e argumentos relacionados a distintas áreas do conhecimento que contribuam para a defesa de um ponto de vista. Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.

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