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Grandes epidemias

Grandes epidemias

Texto 1

Nem toda constituição é epidemia mas a epidemia é uma constituição de tessitura mais compacta de fenômenos constantes e mais homogêneos … a epidemia é mais do que uma forma particular de doença. E, no século XVIII, um modo autônomo, coerente e suficiente de ver a doença… Não há diferenças de natureza ou espécie entre uma doença individual e um fenômeno epidêmico; basta que uma afecção esporádica se reproduza algumas vezes e simultaneamente, para que haja epidemia. Problema puramente aritmético de limiar, o esporádico é apenas uma epidemia infraliminar. Trata-se de uma percepção não mais essencial e ordinal como a da medicina das espécies, mas quantitativa e cardinal. (FOUCAULT, M. FOUCAULT, Michel O Nascimento da Clínica Rio de Janeiro Ed. Forense Universitaria, 1977.)

 

Texto 2

Enquanto a China intensifica as medidas para controlar a transmissão do coronavírus de Wuhan, que causou a morte de 56 pessoas e infectou mais de 2.000 no país, a natureza do patógeno vai sendo melhor conhecida. As más notícias: a capacidade de contágio do vírus parece se tornar mais forte, como disse o ministro da Saúde, Ma Xiaowei, de modo que o número de infectados continuará crescendo por enquanto. As boas notícias: até agora os cientistas chineses não detectaram indícios claros de mutação (ainda que não o descartem no futuro). E já começaram a desenvolver uma vacina.

Em uma abarrotada entrevista coletiva no centro de Pequim, em que a imensa maioria dos jornalistas usava máscaras protetoras, o ministro reconheceu que o que se sabe do novo coronavírus 2019-nCoV ainda é muito limitado. Ao contrário do vírus causador da SARS, com o qual está aparentado, pode contaminar durante o período de incubação – de um a 14 dias –, durante o qual o portador ainda não apresenta sintomas. Outra diferença em relação à epidemia de 2003 que deixou quase 800 mortos em todo o mundo: à época, a infecção demorou de três a quatro meses para se transformar em epidemia. Dessa vez só precisou de um mês. “Os seres humanos se adaptam aos vírus e ficam menos doentes. Eles também se adaptam a nós”, disse o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, Fu Gao, também presente na entrevista. (Disponível em https://brasil.elpais.com/internacional/2020-01-26/china-avisa-que-a-capacidade-de-contagio-do-coronavirus-se-torna-mais-forte.html. Acesso em 26 jan. 2020)

 

Texto 3

O caráter distintivo das Epidemias está em sua manifestação coletiva e singular; coletiva enquanto fenômeno que atinge grupos de indivíduos provocando alterações no modo de “andar a vida” e singular enquanto ocorrência única na unidade de tempo e espaço em que ocorre.3

As práticas de intervenção utilizadas para o combate às epidemias refletem, de um lado o conhecimento que se tem do fenômeno e de outro lado, as formas de atuação do Estado em cada período histórico.

As epidemias estiveram sempre presentes na História do homem na Terra, intensificando-se nas épocas de transição entre os modos de produção e nos momentos de crise social.

Inúmeros são os relatos de epidemias durante a Antiguidade e a Idade Média, entretanto, é no período de transição entre o modo de produção feudal e o modo de produção capitalista (mercantilismo) que as “pestes” assumem proporções devastadoras.

As palavras latinas “pestes” e “pestilentia” são usadas para indicar qualquer doença com mortalidade elevada que acomete um grande número de pessoas ao mesmo tempo, sem indicar, obrigatoriamente, a doença em questão.

A Peste Negra, pandemia de peste bubônica, do século XIV, provocou grande impacto na população dos países europeus. As citações seguintes demonstram as concepções à cerca dessa epidemia e as práticas preventivas e terapêuticas da época. (BARATA, R. C. B. Epidemias. In: Cadernos de Saúde Pública, 1987)

Com base nos textos acima e no seu conhecimento de mundo, escreva um texto dissertativo-argumentativo sobre o seguinte tema:

Os problemas das epidemias e suas consequências sociais

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