TEXTO I
“No Brasil, 97% dos municípios têm cracolândias, apesar de lei federal que proíbe o uso dessa droga porque causa dependência e prejudica cérebro, coração, pulmões e rins. ‘Adolescentes de 13 anos já fumam crack no Brasil’, denuncia o psiquiatra Pablo Roig, Diretor da Clínica Greenwood, referência no tratamento de dependentes de drogas no Brasil. ‘É droga fumada até no narguilé por adolescentes, jovens e adultos em todas as classes sociais’. Mais grave ainda. ‘A mortalidade entre usuários de crack é sete vezes maior que a mortalidade geral da população’, conclui pesquisa feita em São Paulo.
O autor de livros sobre drogas e professor de dependência na Argentina e na Espanha, psiquiatra Pablo Roig descreve os riscos do uso do crack: 1. crack é fumado e chega ao cérebro em oito segundos; 2. crack é droga que cria dependência já na primeira ou segunda vez; 3. adolescentes de 13 anos já fumam crack no Brasil; 4. a maioria dos dependentes, começou experimentando cigarro, bebida, maconha, cocaína e, depois, crack; 4. um dependente chega a fumar de 20 a 30 pedras de crack, por dia; 5. para conseguir a droga, dependentes revelam serem capazes de fazer qualquer coisa, inclusive roubar e se prostituir”.
Fonte http://diarioantidrogas.com.br/2019/07/13/cracolandias-no-brasil/ – Acesso em 21.06.2021.
TEXTO II
“Nos últimos anos, apesar de diferentes ofertas de tratamento, emprego e acomodação por governos e ONGs, a região da cracolândia de São Paulo continua a atrair traficantes, moradores de rua, ex-condenados e pessoas incapazes de se integrar à sociedade. Mas o que pode ser feito para impedir que dependentes tomem ruas e se aglomerem para comprar, negociar e usar crack? E qual seria a forma mais eficaz de tratar essas pessoas para que abandonem o vício, retomando a saúde e a perspectiva de uma vida normal?
Para a professora livre-docente em Direito Internacional na USP Maristela Basso, por exemplo, uma atuação rígida da polícia inibirá a ação do tráfico e devolverá confiança à população sobre a efetividade de políticas para a região.
Maurício Fiore, pesquisador do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) e coordenador científico da Plataforma Brasileira de Política de Drogas, diz que é importante que o debate público sobre soluções ‘não misture o tratamento dos usuários com a região em si’.
‘Quando você busca uma solução para o espaço nem sempre é a mesma para as pessoas’, afirma o cientista social, para quem os dependentes químicos ‘se cansaram das ações repressivas porque isso não resolveu’.”.
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-40115560 – Acesso em 21.06.2021.
TEXTO III
“No meio da pandemia, os usuários de drogas da região da cracolândia em São Paulo viram diminuir a ajuda de voluntários e as doações de itens básicos que costumavam receber. Em parte por causa do coronavírus, em parte por receio da polícia. O que não diminui são os números da cracolândia. Passam por ali 2.000 pessoas diariamente, quase a mesma quantidade estimada em 2012. A diferença é que, agora, o total é aferido por um drone.
A contradição é visível: o policiamento constante e ostensivo não inibe ações criminosas e nem a sensação de insegurança de comerciantes, moradores e transeuntes. Usuários de drogas também relatam aumento da pressão para deixarem o local por causa das obras feitas no entorno do projeto de revitalização da Luz. Por lá, fora m erguidos prédios, parte de uma parceria público-privada de habitação popular, e está em obras a nova sede do hospital Pérola Byington.
Houve também uma debandada do voluntarismo, conta o pastor Rica, do projeto Da Pedra para a Rocha. Durante a pandemia, ele diz que tirou 500 pessoas do vício, distribuiu 2,2 milhões de refeições e 50 mil máscaras.
‘Caíram as doações, mas na cracolândia não existe Covid-19, as pessoas seguem lá. Doenças comuns, como tuberculose e pneumonia, têm sintomas como do coronavírus e ninguém queria chegar perto. Sem o serviço municipal, faltou o saneamento básico. Vi pessoas bebendo água de córrego, tomando banho em poça de água. Minha caminhonete virou Samu inúmeras vezes’, conta.”.
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2021/06/com-pandemia-cracolandia-em-sp-ve-menos-doacoes-e-mais-tensao-com-policia.shtml?origin=folha – Acesso em 21.06.2021.
TEXTO IV
Fonte: https://inpad.org.br/lenad/resultados/violencia-contra-crianca-ou-adolescente/resultados-parciais-2/ – Acesso em 21.06.2021.
A partir da leitura dos textos motivadores, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão, a respeito do tema: Estratégias para mitigar as problemáticas das cracolândias no Brasil. Selecione, organize e apresente fatos e argumentos relacionados a distintas áreas do conhecimento que contribuam para a defesa de um ponto de vista. Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
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