TEXTO I
romantização
derivação fem. sing. de romantizar
ro·man·ti·zar
– Conjugar
verbo transitivo
1. Tornar romântico.
2. Contar em forma de romance.
3. Fantasiar.
verbo intransitivo e pronominal
4. Dar-se ares de romântico.
5. Idear romances.
Fonte: https://dicionario.priberam.org/romantiza%C3%A7%C3%A3o – Acesso em 20.07.2021.
TEXTO II
“A série You tem feito enorme sucesso desde que estreou na Netflix. Mais do que a trama cheia de reviravoltas e a ironia sutil do enredo à geração dos “Millenials”, é o protagonista, Joe (Penn Badgley), que caiu no gosto do público. Para conquistar Beck (Elizabeth Lail), Joe não hesita em apostar em uma série de comportamentos stalkers e, conforme a fixação vai avançando, acaba cometendo assassinatos – mesmas atitudes que tivera num romance anterior.
Em tempos de índices chocantes de feminicídio e relacionamentos abusivos em diversas partes do mundo, a paixão do público pelo psicopata Joe precisa ser encarada com ressalvas. Na verdade, You não é a primeira obra de ficção com um ‘protagonista’ de conduta duvidosa a encantar pessoas nos últimos tempos. A lista inclui o vampiro Edward Cullen da série Crepúsculo, que persegue e vigia Bella até mesmo durante o sono da garota; o milionário controlador de gostos peculiares Christian Grey, da trilogia Cinquenta Tons de Cinza, e o estuprador misógino Berlim, interpretado por Pedro Alonso em “A Casa de Papel.
Marcelo Lábaki Agostinho, psicólogo do IP-USP (Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo), questiona se é a própria compreensão das pessoas que necessita ser trabalhada. ‘É difícil explicar a popularidade de personagens como Joe ou Berlim, cujos aspectos manipuladores são apontados e criticados na história. Será que o público não consegue mais ver o todo de uma situação, escolhendo apenas ver um aspecto da situação mostrada? Acredito que isso também tem acontecido com as fake news e com o entendimento do mundo complexo em que vivemos, de modo geral”, observa”.
Fonte: Adaptado de https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2019/01/26/por-que-devemos-parar-de-romantizar-psicopatas-e-stalkers-da-ficcao.htm?cmpid=copiaecola – Acesso em 20.07.2021.
TEXTO III
“Foi por volta dos 15 anos que Caroline conheceu seu primeiro ídolo: Charles Manson. A entusiasta da cultura hippie teve contato com a história do assassino americano durante seus estudos, e foi aí que seu interesse por serial killersdespertou. A jovem passou a consumir todos os tipos de conteúdos relacionados ao assunto, desde filmes e livros até participar das comunidades de fãs na internet. ‘Eu não era nem um pouco sensível. Via vídeos de pessoas sendo mortas e não sentia nada’.
A reviravolta na percepção de Caroline sobre seus ídolos veio quando a garota leu a entrevista da mãe de uma das vítimas do assassino e estuprador americano Ted Bundy. Nela, a mulher se queixava do foco da mídia nos criminosos e da falta de atenção para suas vítimas, que precisavam ser mais humanizadas. Foi então que a garota percebeu que, além de assassinos, os homens que admirava eram estupradores, tornando-a um alvo potencial. Isso fez com que ela desenvolvesse empatia e enxergasse tudo por outro aspecto. ‘Pensei: poxa vida, eu estou idolatrando um estuprador’.
Hoje, Caroline avalia que foi a romantização da mídia que transformou homens como Ted Bundy em grandes ídolos, espetacularizando suas histórias. ‘Quando você pesquisa a vida dele em qualquer lugar, está escrito ‘estudou Direito, defendeu a si mesmo no Tribunal, era muito inteligente…’. Mas na verdade, ele não era tão esperto quanto a mídia e a publicidade queriam mostrar. Ao invés de ser retratado como um vilão, ele se tornou um anti-herói’”.
Fonte: https://www.portalcomunicare.com.br/quando-o-crime-se-torna-sucesso-de-bilheteria/ – Acesso em 20.07.2021.
A partir da leitura dos textos motivadores, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão, a respeito do tema: As consequências da romantização de crimes na sociedade brasileira. Selecione e organize fatos e argumentos relacionados a distintas áreas do conhecimento que contribuam para a defesa de um ponto de vista. Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
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Goya
Muito top.