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A resiliência frente a desastres naturais

A resiliência frente a desastres naturais

TEXTO I

“A resiliência, conceito emprestado da física e introduzido nas pesquisas das ciências da saúde, sofreu transformações desde sua definição inicial como um traço ou característica individual até ser considerada como um processo que se desenvolve no âmbito das interações humanas frente às adversidades tendo como resultado a superação. Para Walsh, o processo de resiliência vai além do enfrentamento, incluindo o aprendizado com a situação de crise passada, a integração de sua elaboração, seja pessoal, familiar ou social, e o retorno desse aprendizado à comunidade. Ao definir a resiliência como um processo, pressupõe-se que existam fatores, mecanismos e variáveis que possam contribuir, facilitando ou dificultando seu desenvolvimento. Tais fatores são denominados risco e proteção.

Os fatores de risco são situações, características pessoais ou eventos estressores que predispõem as pessoas, famílias ou comunidades às crises e desestruturações, mas, ao mesmo tempo, as convida ao enfrentamento e a responder aos desafios.Já os fatores de proteção são potenciais facilitadores do enfrentamento desses desafios, que se traduzem em características pessoais, relações de vínculo, e situações do próprio contexto que nutrem o processo de resiliência”.

Fonte: SOUZA, M. Resiliência e desastres naturais. Revista Ciência e Cultura. São Paulo, 2011. – Acesso em 22.09.2021.

 

TEXTO II

Sobreviventes de Brumadinho relatam dor e resiliência diante da tragédia

Estadão Conteúdo

24/02/19 – 08h59

“Em dez anos vivendo em Brumadinho, o professor Jorge Rasuck, de 48 anos, tinha se acostumado com a vida tranquila da cidade do interior. Como gerente de banco e professor universitário, dedicava parte do seu tempo também a ser diácono da Igreja Católica, responsável pelas exéquias – cerimônias fúnebres – e fazia no máximo um enterro por mês. Desde que a barragem da Vale se rompeu, porém, já participou de 25.

“Não dá nem para fazer velório, só recomendo a Deus a alma das pessoas e já temos de enterrar”, relata.

Rasuck e muitos religiosos também têm feito visitas frequentes às famílias das vítimas para dar consolo. Só ele já visitou mais de cem casas, mas a demanda por um ouvido, um abraço, uma palavra amiga está em toda a cidade.

“Na faculdade, perdemos alunos, ex-alunos. Só em uma turma se foi um aluno, o pai de outro e os tios de outros dois. Batizei há três meses um bebê cuja mãe está desaparecida. Fui a casas que perderam três, quatro familiares. Uma senhora que perdeu três netos, um de cada filho. Uma mãe que perdeu dois filhos e um genro. Cada casa de Brumadinho perdeu ao menos um conhecido”, conta”.

Fonte: https://istoe.com.br/sobreviventes-de-brumadinho-relatam-dor-e-resiliencia-diante-da-tragedia/ – Acesso em 22.09.2021.

 

TEXTO III

“Casa e família, como categorias fundamentais da construção da identidade no mundo social, são colocadas à prova em contextos de desastre e, em razão disso, podem ser associadas ao conceito de resiliência, isto é, de fazer frente a situações de adversidade. Compreender essas situações de adversidade sob o ponto de vista daqueles que estão na linha de frente dos desastres, como os grupos domésticos/famílias que perderam suas moradias, é essencial para análise das condições sociais desiguais de tentar ser resiliente ou não. Nesse contexto, torna-se importante pensar nas estratégias de resiliência nos abrigos temporários”.

Fonte: MARCHEZINI, V; FORINI, H. Dimensões sociais da resiliência a desastres. Redes. Revista do Desenvolvimento Regional, vol. 24, núm. 2, pp. 9-28, 2019. – Acesso em 22.09.2021.

A partir da leitura atenta dos textos motivadores, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, a respeito do tema: A resiliência frente a desastres naturais. Selecione e organize fatos e argumentos relacionados a distintas áreas do conhecimento que contribuam para a defesa de um ponto de vista. Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.

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