Na sociedade brasileira contemporânea, a educação como oportunidade de desevolvimento biopsicossocial ainda é um desafio. A Constituição de 1988, no artigo 205 descreve que a “educação é um direito de todos e dever do Estado e da família, que será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade.” Sob esta lei torna-se relevante debater sobre as implicações na prática pedagógica do ensino-aprendizado a pessoas com necessidades especiais e como as teorias psicológicas podem facilitar a metodologia de ensino-aprendizado.
Partindo deste pressuposto jurídico que a educação é direito de todos, a inclusão torna-se fundamental para as pessoas especiais nas instituiçoes de ensino. No entanto, segundo a pesquisa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Edcacionais Anísio Teixeira (INEP, 2018) a inserção dos alunos com Atendimento Educacional Especializado é irrisório, sendo apenas 40% dos matriculados, o que agrava o ensino apropriado e a atenção particularizada. Neste âmbito, nota-se que 60% dos alunos com alguma deficiência ainda são desamparados pela norma constitucional, aumentando sua dificuldade para se capacitar e instruir.
Não obstante, outro gargalo é a metodologia de ensino cristalizada. Conforme Piaget (2000) a metodologia de ensino deve enfatizar o papel ativo e criador do aluno, sendo que esse critica a repetição mecânica e a mera transmissão de informação em sala de aula. Outrosssim, Vygotsky (1999) afirma que a aprendizagem ocorre através da interação do sujeito com o ambiente social, a qual faculta domínio dos significados culturais e possibilita avanços nos modos de raciocínio. Assim sendo, a introdução da metodologia diversifica, com recursos lúdicos, ambientes de estudos externos a sala de aula -aproximando as temáticas da aula com a realidade do sujeito e uso de tecnologias para facilitar a elucidação são algumas urgências nas escolas públicas.
Por conseguinte, observa-se que o governo nas instâncias federal, estadual e municipal devem ofertar mais processos seletivos para docentes com especialização em educação especial, capacitar os professores atuantes para que adotem uma didática flexível, com recursos lúdicos e tecnológicos que despertem e facilite o aprendizado dos discentes especiais, adquirir mais instrumentos psicopedagógicos e de informática para as instituições, para assim promover uma educação realmente inclusiva e digna a todos, sem discriminação.
taynelc
C1: Foi apresentada mais de uma problemática em cima do tema proposto, e apresentada uma tese a ser defendida. O objetivo da sua introdução foi alcançado. Citar a lei para reforçar sua tese é um ponto forte, pois mostra domínio sobre o assunto proposto.
C2: O parágrafo dois está muito bom, conciso, direto e apresenta bons argumentos. Mas vale salientar, que o termo correto para pessoas com deficiência é ‘PCD’, e quando é uma deficiência ou alteração cognitiva diz-se ‘pessoas neuro divergentes’. É de extrema importância usar a nomenclatura correta para cada tipo de deficiência no caso da sua redação, pois demonstra domínio sobre o que está sendo dito, e não é generalista.
C3: O terceiro parágrafo tá bem elaborado, a citação sobre Vygotsky tem ideias bem parecidas às de Paulo Freire. Diria que agregaria na redação um pensador e educador brasileiro, reconhecido mundialmente por esses mesmos princípios, já que o problema também é brasileiro. Não vejo isso como uma ‘falta’ e sim como um adicional. Perspectivas sociais de pensadores do meio citado/proposto dá uma alusão ao leitor de maior domínio do conteúdo por parte do escritor/apresentador de ideias.
C4: Como foi citado pelas meninas, nota-se uma dificuldade da resolução da problemática apresentada, pareceu simplório a forma como discorreu o assunto, como se deixasse a entender que o problema é ‘fácil’ de resolver, e basicamente atribuiu toda resolução deum problema complexo a tecnologia ou aparatos tecnológicos, o que acaba desumanizando de certa forma o problema e terceirizando a resolução do mesmo as maquinas, houve uma discrepância de ideias, no começo fala que devesse tratar com mais humanidade o problema, e depois, diz que a resolução mais eficaz é o uso de máquinas.
Conclusão: O texto foi bem redigido, tem boas colocações, bons argumentos, o único problema real foi a conclusão. Mas você escreveu bem, e demonstrou autoridade no assunto.
Parabéns!
NiLins
Redação excelente, bem pontuada e defendida. Parabéns.
Talvez remanejar alguns trechos pode melhorar a redação, ex: “Assim sendo, a introdução da metodologia diversifica, com recursos lúdicos, ambientes de estudos externos a sala de aula aproximando as temáticas da aula com a realidade do sujeito e uso de tecnologias para facilitar a elucidação são algumas urgências nas escolas públicas.” – Esse trecho pode ser resumido, e ser melhor explicado na intervenção.
Não sei se estou certa, mas não costumo usar a expressão “por conseguinte” na conclusão, a redação é um fluxo contínuo, porém prefiro usar palavras que retomem o texto na intenção de concluir, como : Desta forma, portanto, destarte…
Outra questão é a quantidade de linha, não sei se é para io enem que você está estudando, mas costumo escrever a redação na folha mesmo, em 30 linhas e em seguida posto aqui, aqui o texto fica bem extenso.
victorEmmanuel
Foi um bom texto.
Concordo com a anandat. Aparentemente houve uma dificuldade na conclusão. Contudo, desenvolveu bem o tema e apresentou repertórios bem válidos para a problemática abordada.
Além disso, foi possível ler o texto sem precisar voltar, o que é muito bom, já que mostra um bom domínio da norma padrão e a capacidade de desenvolver bem o tema.
anandat
sou apenas aluna de ensino médio e conseguir entender a mensagem que o texto quis passar, mas senti que o escritor teve dificuldades na conclusão. sempre se tem dificuldade em introdução e conclusão então uma dica é citar o problema na introdução já sabendo a solução para colocar na conclusão. os desenvolvimentos estão claros e objetivos.