A obra “O grito”, do pintor norueguês Edvard Munch, retrata uma figura em profundo momento de desespero e preocupação. De maneira análoga à obra expressionista, tal situação de desconforto também se faz presente no atual cenário brasileiro, já que parte do tecido social sofre com a garantia de acesso à cidadania no Brasil. Nesse sentido, é lícito afirmar que o Estado e a sociedade contribuem para a perpetuação desse cenário negativo.
Nesse contexto, a inoperância estatal é responsável por potencializar esse problema. Sob esse viés, cabe salientar que o filósofo francês Jean-Jaccques Rosseau afirmou que o Estado se responsabiliza pelo desenvolvimento de condições básicas à sociedade ao promover o bem-estar social no corpo cívico. Entretanto, essa premissa não se concretiza, uma vez que o Governo pouco investe em campanhas de conscientização, com o fito de mostrar a importância que o registro civil tem, soma-se também, a baixa fiscalização, no momento em que nasce uma criança, na maioria das vezes pobre, deixando-a sem uma certidão de nascimento – documento de maior relevância para o indivíduo no país – condenando-a a uma situação de invisibilidade jurídica e social. Diante dos fatos apresentados, é imprescindível uma ação estatal para alterar essa realidade.
Outro fator preponderante para o acesso à cidadania no País é a sociedade. Segundo o filósofo francês Pierre Bordieu, na sua “Teoria do Habitus”, a sociedade incorpora uma determinada estrutura social, de modo a neutralizá-la e reproduzi-la. Com base nesse pensamento, é possível apontar que a pífia educação sobre registro civil e invisibilidade social, em âmbito nacional, está na base desse comportamento negligente dos cidadãos tupiniquins. A exemplo disso, tem-se o preconceito, a discriminação social, a dificuldade do acesso a benefícios governamentais. Logo, sem a instrução devida, os indivíduos permanecerão nesses hábitos nocivos a essas pessoas, comprovando, dessa forma, a teoria de Bordieu.
Portanto, para legitimar o pensamento de Rosseau, além de contrariar o que é proposto por Bordieu, urge que o Governo, instância máxima da administração do poder público, por meio das escolas, deve promover palestras educativas e de conscientização, coordenadas por defensores públicos, a fim de que as pessoas busquem se regularizarem civilmente. Diante disso, tal panorama de desconforto, presente no hodierno painel brasileiro, não será mais frequente.
REDAÇÃO ENEM 2021: Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil
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Juliahh
Olá, irei compartilhar alguns conhecimentos.
Boa introdução, apresenta repertório e uma conexão com o tema e uma boa tese, parabéns!!!
D1
Nesse contexto, a inoperância estatal é responsável por potencializar esse problema (qual problema?) . Sob esse viés, cabe salientar que o filósofo francês (1) Jean-Jaccques Rosseau (1) afirmou que o Estado se responsabiliza pelo desenvolvimento de condições básicas à sociedade ao promover o bem-estar social no corpo cívico. Entretanto, essa premissa não se concretiza, uma vez que o (2)Governo pouco investe em campanhas de conscientização, com o fito de mostrar a importância que o registro civil tem, (3) soma-se também, a baixa fiscalização, no momento em que nasce uma criança, na maioria das vezes pobre, deixando-a sem uma certidão de nascimento – documento de maior relevância para o indivíduo no país – condenando-a a uma situação de invisibilidade jurídica e social. Diante dos fatos apresentados, é imprescindível uma ação estatal para alterar essa realidade.
(1) colocar entre vírgulas;
(2) não é necessário escrever estado e governo com letra maiúscula no início;
(3) recomendo colocar aqui um ponto final e um conectivo, assim, ficaria mais coerente;
D2
(1)(2)Outro fator preponderante para o acesso à cidadania no País é a sociedade. Segundo o filósofo francês Pierre Bordieu, na sua “Teoria do Habitus”, a sociedade incorpora uma determinada estrutura social, de modo a neutralizá-la e reproduzi-la. Com base nesse pensamento, é possível apontar que a pífia educação sobre registro civil e invisibilidade social, em âmbito nacional, está na base desse comportamento negligente dos cidadãos tupiniquins. A exemplo disso, tem-se o preconceito, a discriminação social, a dificuldade do acesso a benefícios governamentais. Logo, sem a instrução devida, os indivíduos permanecerão nesses hábitos nocivos a essas pessoas, comprovando, dessa forma, a teoria de Bordieu.
(1) acrescentar um conectivo com sentido de adição, como: Ademais, outrossim, além disso, para que seu texto flua bem.
(2) dica extra, é importante que os parágrafos conversem, estejam conectados, geralmente eu já faço uma conexão do d1 com d2, assim:
conectivo + somado ao (problema citado no d1) + tópico frasal junto ao problema 2 presente na tese + alusão + conexão com o problema e….
aqui destaco que você tem bons argumentos e sabe organiza-los bem, tem bom repertório e boa conclusão, isso mostra o quanto você tem potencial, mas ainda é preciso melhorar em algumas coisas, indico que use e abuse de conectivos, eles são a chave para uma boa organização e coerência, sem falar da conexão entre os argumentos.
Parabéns, espero que nunca desista de seus sonhos!!
Lembre-se sempre, que errar é sempre uma nova oportunidade que temos para fazer melhor do que antes!!
Vitória Guedes
Olá, tudo bem?
Deixarei minha análise com base em alguns conhecimentos.
Competência 1
Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita: 160
Competência 2
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo:160
Competência 3
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista:120
Competência 4
Demonstrar conhecimento dos mecanismos necessários para a construção da argumentação:120
Competência 5:
Elaborar proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural:140
Pontuação final: 700