Os desafios para combater a influência negativa dos jogos virtuais na vida dos jovens brasileiros

De acordo com o ativista estadunidense Martin Luther King, ” A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar”. Tal contexto, é válido nos ambientes virtuais como por exemplo os jogos que fazem parte da vida de milhares de jovens. Contudo, há uma grande problemática a respeito desse universo trazendo influências negativas de acordo com a sociedade. Desse modo, o abandono parental e social em conjunto com a prática do bullying são fatores alarmantes para uma possível impasse.

Primordialmente, vale ressaltar que a ausência familiar tem diversas formas entre elas a física, emocional e ética. Sob esse viés, no ano de 2019 houve o massacre de Suzano no estado de São Paulo onde os autores de tal ato extremista, ex-alunos da instituição, causaram a morte de oito pessoas e onze feridos, e no final cometeram suicídio. Nessa perspectiva, há diversas razões para que indivíduos como Guilherme Taucci Monteiro e Henrique Castro exercecem tamanha violência, porém, a mais evidente é o descaso, por parte da família e a criação negligenciada; o diálogo escasso e o tempo corrido do dia a dia. Logo, é um problema complexo e difícil de ser resolvido.

Por conseguinte, cabe pontuar que o bullying é presente no cotidiano de vários adolescentes e a falta de ações para o seu combate contribui para a não modificação desse panorama. Sob essa ótica, na série ” Os 13 porquês”, lançada no ano de 2017, traz uma forte crítica acerca do assunto através de personagens como Hanna Baker, na qual, tira a própria vida e Tyler que quase inicia um massacre na sua escola. Dessa forma, a discriminação e a intolerância geram consequências inimagináveis e sequelas irreversíveis em um cidadão. Portanto, é necessário está alerta quanto à temática.

Diante do exposto, é essencial buscar soluções práticas para reverter esse cenário. A princípio é preciso urgentemente que o Ministério da Educação juntamente com escolas e responsáveis, organize campanhas informativas sobre os games, os seus prós e contras, e o vício; por meio de palestras onlines ou nas escolas, a fim de propor conhecimento aos usuário e até mesmo os que não utilizam. Ademais, as conferências de conscientização devem abordar não somente sobre os jogos mas a questão da família e seu papel na vida do ser humano. Dessa maneira, será possível superar a injustiça descrita por Martin Luther King.