Os desafios do uso da tecnologia na educação brasileira

A série “Anne with an e” retrata como era a educação no ambiente escolar do século XIX, todavia, em um dos episódios é mostrado o impacto dos alunos com a chegada de um novo equipamento: a máquina de escrever. Hodiernamente, impactos como esse ainda são comuns na sociedade devido ao rápido avanço da tecnologia, em que as escolas estão se apropriando até mesmo de Inteligência Artificial para promover o ensino. Entretanto, existem desafios a serem solucionados para melhor fluidez didática, como a alienação digital e a falta de acesso, logo é necessário alternativas para resolver essas problemáticas.
Em primeiro plano, percebe-se que o uso da tecnologia de forma incorreta torna-se um êmulo à educação. No livro “Jogador Nº1”, de Ernest Cline, o ambiente em realidade virtual converte-se em uma comunidade em que até mesmo escolas são criadas dentro desse universo, fazendo com que os estudantes participem das aulas sem saírem do jogo, no entanto, o uso exagerado desses meios cibernéticos fazem com que as pessoas tenham dependência e alienação tecnológica ao ponto de não conseguirem viver sem o uso de tal conhecimento, segundo o autor. Nesse sentido, percebe-se que a afronésia digital se transfigura em um obstáculo pois há manipulação nos meios computacionais, em que os usuários não são capazes de se desvincular dessas.
Em segundo plano, é fato que existe uma omissão de acesso à tecnologia, sobretudo nas escolas públicas do país. Segundo a Controladoria-Geral da União(CGU), mais de 50 milhões de reais do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação(FUNDEB) foram utilizados de forma irregular entre os anos de 2018 e 2019. Logo, o desvio de verbas destinadas às instituições de ensino, por conta da insensatez governamental, é claramente o motivo pelo qual perfaz a falta de acesso e incentivo ao uso eletrônico nesses locais.
Desse modo, mediante ao que foi discutido, é necessário uma alternativa para mudar tal perspectiva. O FUNDEB, orgão responsável pela redistribuição de recursos destinados à educação básica na nação, e o Ministério da Educação deveriam criar um programa, o qual por meio de propagandas e palestras em ambientes pedagógicos instigaria o uso técnico-científico nas escolas públicas. Todavia, o conteúdo usufruído pelos alunos deve ser monitorado pelos professores, para que a manipulação das redes não atrapalhe o desempenho acadêmico. Assim, o uso da tecnologia na educação brasileira terá uma eficaz fluência didática, e o país dará um passo a mais em seu desenvolvimento.