O livro “Ensaio Sobre a Cegueira”, do escritor português José Saramago, retrata o drama da população de uma cidade inteira atingida por uma grave doença: a cegueira, a qual representa uma metáfora das mazelas sociais. Fora da ficção, o Brasil hodierno também enfrenta a chamada “cegueira branca”, diante do gritante número de ” invisíveis”- pessoas que, sem registro civil, são privadas do direito à cidadania , e possuem direitos básicos, como a educação, negados. Essa triste situação ocorre tanto pelo isolamento geográfico, que dificulta a ida dos cidadãos de áreas longínquas aos cartórios, quando pela falta de informação de parte da população, que desconhece seus direitos, atravancando o desenvolvimento socioeconômico da nação.
Segundo a Constituição Federal de 1988, todo cidadão tem direito a um nome.Entretanto, essa garantia é vilipendiada, visto que, devido à concentração de cartórios- órgãos emissores de documentos- em grandes centros urbanos ou áreas muito povoadas, os moradores de áreas mais distantes e isoladas são privados do acesso ao serviço, já que necessitam percorrer longas e dificultoso distâncias, e muitas vezes preferem não ir mesmo que direitos essenciais lhes sejam negados,como a educação, pois a efetivação da matrícula escolar só ocorre mediante apresentação da certidão de nascimento. Logo, o descaso com a população mais isolada, restringe a garantia da documentação a uma seleta parcela de pessoas, e impede a democratização da cidadania, perpetuando a invisibilidade.
Ademais, de acordo com o jurista Mauro Cappelletti, o pilar de uma sociedade justa, igualitária e que efetivamente garanta os direitos dos cidadãos deve ser a justiça. Contudo, esse cenário afasta-se exponencialmente da realidade, pois milhares de pessoas – geralmente vulneráveis economicamente- por não possuírem informação acerca dos meios burocráticos burocráticos e administrativos, vão postergando e acabam por não concretizarem a emissão de seus documentos de identificação, e consequentemente seus cadastros nos registros estatais. Assim, o Estado sequer sabe da existência desses cidadãos, que são privados de auxílios econômicos ou mesmo do direito de trabalhar pois há obrigatoriedade da carteira trabalhista para o vínculo empregatício. Desse modo, essa parcela de “cidadãos desconhecidos”, vivem sem expectativa de melhorar o cenário de pobreza e abandono a que são historicamente submetidos.
Destarte, é necessário que os governos estaduais, representantes do Poder Executivo e garantidores do interesse público, democratizar o acesso à emissão de documentos, através do envio de cartórios itinerantes às áreas mais longínquas, a fim de registrar civilmente crianças e adultos ” invisíveis “, e garantir-lhes a cidadania. Cabe ainda ao Governo Federal, através do Ministério da Cidadania, veicular propagandas pedagógicas mostrando e informando os cidadãos acerca de seus direitos e garantias, com o objetivo de diminuir o déficit de registros e evitar a cegueira descrita por Saramago.
Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”
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fasilva
O livro “Ensaio Sobre a Cegueira”, do escritor português José Saramago, retrata o drama da população de uma cidade inteira atingida por uma grave doença: a cegueira, a qual representa uma metáfora das mazelas sociais. Fora da ficção, o Brasil hodierno também enfrenta a chamada “cegueira branca”, diante do gritante número de ” invisíveis”- pessoas que, sem registro civil, são privadas do direito à cidadania, e possuem direitos básicos, como a educação, negados. Essa triste situação ocorre tanto pelo isolamento geográfico, que dificulta a ida dos cidadãos de áreas longínquas aos cartórios, quando [1] pela falta de informação de parte da população, que desconhece seus direitos, atravancando o desenvolvimento socioeconômico da nação.
1 – Aqui seria QUANTO, já que se refere à relação tanto…quanto.
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Segundo a Constituição Federal de 1988, todo cidadão tem direito a um nome. Entretanto, essa garantia é vilipendiada, visto que, devido à concentração de cartórios- órgãos emissores de documentos- em grandes centros urbanos ou áreas muito povoadas, os moradores de áreas mais distantes e isoladas são privados do acesso ao serviço, já que necessitam percorrer longas e dificultoso [2] distâncias, e muitas vezes preferem não ir mesmo que direitos essenciais lhes sejam negados, como a educação, pois a efetivação da matrícula escolar só ocorre mediante apresentação da certidão de nascimento. Logo, o descaso com a população mais isolada, [3] restringe a garantia da documentação a uma seleta parcela de pessoas, [4] e impede a democratização da cidadania, perpetuando a invisibilidade.
2 – Concordância – deveria ser dificultosas, já que se refere a um termo feminino e no plural (distâncias)
3 – Nesse caso, não se separa o sujeito (população mais isolada) do verbo (restringe). Você pode entender mais sobre isso aqui: https://gramaticaonline.com.br/gramatica/a-virgula-entre-o-sujeito-e-o-verbo/
4 – Vírgula desnecessária
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Ademais, de acordo com o jurista Mauro Cappelletti, o pilar de uma sociedade justa, igualitária e que efetivamente garanta os direitos dos cidadãos [5] deve ser a justiça. Contudo, esse cenário afasta-se exponencialmente da realidade, pois milhares de pessoas – geralmente vulneráveis economicamente- [6] por não possuírem informação acerca dos meios burocráticos burocráticos [7] e administrativos, vão postergando e acabam [8] por não concretizarem a emissão de seus documentos de identificação, e [9] consequentemente seus cadastros nos registros estatais. Assim, o Estado sequer sabe da existência desses cidadãos, que são privados de auxílios econômicos ou mesmo do direito de trabalhar [10] pois há obrigatoriedade da carteira trabalhista para o vínculo empregatício. Desse modo, essa parcela de “cidadãos desconhecidos”, [11] vivem [12] sem expectativa de melhorar o cenário de pobreza e abandono a que são historicamente submetidos.
5 – Faltou vírgula. Esse “deve ser a justiça” se refere a “o pilar de uma sociedade justa”, então como você explicitou bastante essa sociedade, é bom deixar entre vírgulas essa parte.
6 – Faltou vírgula.
7 – Acredito que tenha sido erro de digitação, mas você repetiu burocráticos duas vezes.
8 – Evite usar o verbo acabar. Pode se tornar um vício de linguagem. Nesse caso, por exemplo, você pode usar “vão postergando e tendem a não (…)”.
9 e 10 – Faltou vírgula.
11 – Nesse caso, não se separa o sujeito (cidadãos desconhecidos) do verbo (vivem).
12 – Concordância: O verbo viver tem que concordar com o sujeito parcela, então deve ser VIVE.
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Destarte, é necessário que os governos estaduais, representantes do Poder Executivo e garantidores do interesse público, democratizar [13] o acesso à emissão de documentos, através do envio de cartórios itinerantes às áreas mais longínquas, a fim de registrar civilmente crianças e adultos ” invisíveis “, e garantir-lhes a cidadania. Cabe ainda ao Governo Federal, através do Ministério da Cidadania, veicular propagandas pedagógicas mostrando e informando os cidadãos acerca de seus direitos e garantias, com o objetivo de diminuir o déficit de registros e evitar a cegueira descrita por Saramago. [14]
13 – Concordância: é necessário que os governos estaduais….DEMOCRATIZEM.
14 – Você optou por usar duas propostas, mas as duas estão incompletas. Pelo menos uma deve cumprir os 5 requisitos: agente (governos estaduais), ação (democratizar o acesso à emissão de documentos), modo/meio (através do envio de cartórios itinerantes às áreas mais longínquas), finalidade (a fim de registrar civilmente crianças e adultos ” invisíveis “, e garantir-lhes a cidadania) e detalhamento (?).
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Observação: Sua argumentação é ótima e seu vocabulário é bem vasto. Boa escolha de repertórios, só se atenta quanto ao uso das vírgulas, parabéns pelo texto :)
Camilayyy
Competência 1″120
Competencia2: 160
Competência 3:160
Competência 4:160
Compreendia 5:200
Nota:780…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..
Ana Leticia G
olá
(vou deixar essa correção aqui baseada no que eu sei, nada muito profissional)
Gostei bastante do seu repertório, deixou a redação bem rica.
Sua introdução contém os dois argumentos necessários que irão dar base para o restante da construção.
Usou conectivos que deixam o texto sequencial (exemplo: tanto e quanto, ademais)
Poderia ter usado conectivos também no início do segundo e terceiro parágrafos para deixar o texto mais coeso
Achei sua proposta de intervenção um pouco confusa, não deu pra entender bem se são duas propostas ou se uma se mistura com a outra.
Gostei da retomada da introdução na conclusão, enriqueceu e deixou bem coeso o seu texto.
Poderia também ter dividido seu texto em parágrafos, para deixa-lo organizado e no estilo dissertativo argumentativo.
Logo te daria nota 820 na sua redação
Parabéns!!!!!
DanielVM
Olá! Peço que na hora do envio dê espaço para os parágrafos, pois fica melhor para os corretores.*
1° parágrafo: usar Saramago foi muito bom. Contudo, se atente às repetições. Você usou muito a palavra cegueira, por exemplo. Isso quebra a sequência (dinâmica) do texto. Então, você seria despontuada (o) na C1 no quesito paralelismo. Além disso, houve também quebra de sequência, quando você fala que a metáfora é para as mazelas, mas em seguida traz o problema em si de forma um pouco confusa.
*É uma ideia de construção, mas você pode fazer de outra forma. Apenas um exemplo.*
”O livro ‘Ensaios sobre a cegueira’ (…) retrata o drama da população de uma cidade inteira atingida pela perda da visão, a qual representa uma metáfora dentre as várias mazelas sociais na Federação: a invisibilidade diante do registro civil. Isso porque fora do mundo fictício, há um enorme número de anônimos” (…)
*gritante soaria informal*
*Se você deixou bem claro o tipo de registro, poderia omitir e usar artigo definido, mas vou corrigir como foi escrito*
* (…) Pessoas que sem registro civil são privadas do direito à cidadania e possuem direitos básicos, como a educação, negados.* Há repetição nesse trecho também*
2°: * Cuidado com período extenso. Então, a dica é que você pode optar pelo ponto e vírgula (se tiver dúvidas no uso pesquise sobre, pois vai te ajudar bastante) ou usar ponto final com uma palavra que retome sua ideia. Por exemplo: (…) ”do acesso ao serviço. ‘Isso porque’ necessitam percorrer longas e *dificultosas* distâncias (…).
*Sons repetidos: educação/ efetivação/ apresentação/ certidão…
*Organize melhor as ideias*
3° Apesar de algumas informações novas, faltou organizar melhor também.
*,pois*
4° Boas propostas e detalhamento.
*Mantenedores é um ótimo sinônimo*
É necessário que os governos estaduais *democratizem*. Através da presença (…) Fica mais coerente assim.
*Seu texto se adequou ao tema, só é questão de aprimorar mesmo. Bons estudos!!!!