Educação Domiciliar: Solução para o Ensino Brasileiro ou Fracasso do Sistema?

No filme “Meninas Malvadas”, a protagonista recebe educação domiciliar desde pequena, quando chega no ensino médio, opta por frequentar a escola. Paralelo ao filme, cenários como esse são comuns nos EUA, mas não no Brasil, tendo em vista que são realidades totalmente diferentes. A adesão a essa modalidade de ensino possui dois principais empecilhos: a disponibilidade dos pais e a falta de recursos.

Em primeiro plano, é notório que, grande parte dos estudantes brasileiros estudam em escolas públicas, muitos pais não tem condição de manter um filho em escola particular; E por terem que trabalhar a maior parte do dia, não sobraria muito tempo para se dedicar a educação dos filhos totalmente ou contratar um professor particular, dois papéis que a escola pública fornece de forma gratuita a população.

Outrossim, a falta de recursos também é um empecilho, pois na realidade brasileira, milhões de pessoas não possuem recursos para complementar ou até mesmo servir como base para o aprendizado, seja livros ou computadores; O que torna a adesão a educação domiciliar uma questão que não atenderia em larga escala, ressaltando que para fazer mudanças no país, é necessário olhar a realidade do mesmo.

Portanto, compete ao Ministério da Educação elaborar o projeto “É seu, é meu”, que visa melhorias em escolas públicas de todo o país, por meio de ações financeiras para a infraestrutura, recursos e profissionais qualificados; E para atender as demais necessidades, regulamentar a prática do ensino domiciliar por meio de uma pauta para o STF, ampliando o conceito de educação.