Desemprego estrutural e evolução tecnológica: como conciliar?

No filme “A Rede Social”, baseado em fatos reais, a história do universitário Mark Zuckenberg é exibida e mostra como a formação e o esforço o fizeram ascender economicamente ao criar o “Facebook”. Em contraste, nos tempos hodiernos, a evolução tecnológica tem sido um entrave, pois gera o desemprego estrutural para parte da população brasileira. Nesse sentido, é necessário compreender o modo pelo qual a lacuna educacional e a falta de debate contribuem para a existência desse problema.

Em primeiro lugar, a falta de instrução a respeito da adaptação às tecnologias auxiliam, infelizmente, o crescimento da desocupação. Sob esse viés, o vencedor do prêmio Nobel, Nelson Mandela afirma que a educação é a melhor arma que se tem para mudar o mundo. No entanto, a maioria das escolas públicas brasileiras não abordam um conteúdo técnico, que mostre como não ficar desempregado apesar de tantas máquinas  ocuparem funções humanas. Destarte, vale ressaltar que  isso ocorre por causa do conformismo governamental, percebido pela tendência do Governo em não investir verbas nas reformas educacionais.  Por isso, é importante que essa realidade calamitosa seja transformada pela ação estatal.

Em segundo lugar, percebe-se que o silêncio da população brasileira, em geral, contribui para o impasse da desocupação dos trabalhadores. Nesse contexto, o sociólogo alemão Jurgen Habermas afirma que a comunicação é um modo de agir, o que é perceptível principalmente em uma política democrática, como o Brasil, em que a mudança da mentalidade coletiva tem muita influência sobre o país. Por outro lado, a maioria da comunidade tupiniquim não discute sobre como superar o desemprego gerado pela ascensão das tecnologias, principalmente por considerarem normal que aconteça essa “substituição”, uma vez que o avanço tecnológico é inevitável. Ademais, a desinformação também sustenta a falta de discussão sobre a problemática, posto que pouco se sabe sobre como a superar.

Depreende-se, portanto, que cabe ao Governo Federal, por meio do investimento de verbas, promover a educação técnica em escolas públicas, com a contratação de profissionais das áreas de Empreendedorismo, Informática e Economia. Sob esse prisma, esse contrato terá o objetivo de direcionar os jovens para o mercado de trabalho, ensinando-os a como lidarem com as tecnologias e, dessa forma, evitarem a desocupação. Destarte, o Brasil apresentará melhores índices quanto à redução do desemprego.