Segundo o cientista Albert Einstein: “é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”. Assim, pode-se relacionar a fala com os desafios contemporâneos da valorização da herança africana no Brasil, visto que tais povos são vinculados diretamente ao sofrimento e à pobreza. Contudo, essa imagem se dá em decorrência da escravidão e os limitam a essa problemática, ignorando suas tradições, costumes e a importância de seus legados. Desse modo, faz-se necessário o debate para a efetivação de seus valores na coletividade, visando dois tópicos importantes: o reconhecimento nas escolas e a desconstrução da visão pessimista aos povos africanos.
A partir desse ponto, é importante ressaltar a necessidade de incrementação curricular nas escolas sobre a história do continente africano e como isso impacta no desenvolvimento populacional. No Brasil atual, infelizmente, o racismo estrutural ainda é presente nas escolas e, consequentemente, o incremento de novas bases curriculares relacionadas a culturas africanas se torna uma dificuldade aos docentes. Entretanto, ao incluir tais matérias desde cedo nas instituições poderá formar um conjunto de alunos conscientes e detentores da importância da valorização ao tema e, por mais que haja empecilhos, a luta deve ser contínua. Ademais, com a aplicação da análise feita, não apenas terá uma valorização às comunidades africanas, como também a luta contra o racismo enraizado nas instituições de ensino, haja vista a fala de Ângela Davis: “numa sociedade racista, não basta não ser racista, deve-se ser antirracista”. Dessa forma, ao vincular tal fala e a incrementação curricular, nota-se o impacto que o reconhecimento das culturas africanas poderá ocupar nas escolas brasileiras.
Além disso, percebe-se que o corpo social contemporâneo ainda possui visões pessimistas aos povos africanos e como isso possui raízes profundas. Desde a era colonial, pessoas pretas de origem africana eram raptadas e trazidas ao Brasil para a exploração de sua mão de obra e a efetivação do trabalho escravo. Contudo, mesmo com a abolição da escravidão em 1888, essas pessoas, mesmo que livres, foram expostas ao mundo como inferiores. Com isso, a percepção errônea e a falsa hierarquia humana – na qual os brancos eram superiores – moldou-se um país com ideias enraizadas sobre os povos africanos e no esquecimento da herança deixada por eles, como as religiões de matrizes africanas, ritmos e culinárias que, devido à falta de valorização e à falta de conscientização, muitas são consumidas ou praticadas sem a consciência de suas origens. Dessa maneira, percebe-se como o passado se impõe no futuro e na construção dos pensamentos.
Portanto, para a resolução dos desafios e o reconhecimento nas escolas, deve haver medidas eficazes para a desconstrução de ideias pessimistas aos povos africanos. Para isso, cabe ao Ministério da Educação, em conjunto com as instituições de ensino público e privado, promover a criação de novas bases curriculares obrigatórias sobre a história africana e como ela possui inúmeras riquezas, como também realizar campanhas de conscientização sobre a origem desses povos por meio da aplicação de normas fiscalizadoras e a parceria com redes de comunicação para transmitirem as campanhas, a fim de desconstruir pensamentos enraizados e reconhecer a herança dos povos africanos. Logo, tais medidas, quando cumpridas, trarão um país conscientizado e que valoriza as tradições culturais.
LucasBaptista
Sua redação está ótima! Você explicou muito bem como a herança africana no Brasil ainda é subestimada, especialmente nas escolas. As ideias para mudar isso, como incluir mais sobre a história africana no currículo, são muito relevantes e bem colocadas.Parabéns, seu texto está muito bem estruturado. é 1000
nivialarac
Ótimas colocações, redação bem estruturada, com conectivos e repertórios muito bem utilizados. Não sou especialista no assunto, tampouco mestre, mas, se eu fosse corretora do ENEM, sua redação certamente receberia nota 1000. Parabéns pela excelência!
raphabuck
Gostei super da sua redação, vi um comentário sobre a escolha ruim de conectivos e não concordo com ele. Há bastante variedade destes, e achei coeso com o que gostaria de passar. Gostei da citação à Albert Einstein e Ângela Davis, ambas foram bem colocadas no texto. Entretanto, o D1 está muito alongado, boa parte dele não precisa estar ai e poderia estar resumido! Mas parabéns! Ficou muito bom! 👏
analuu123@iza
Sua redação está boa, porém tem uns pontos que podem melhorar. Seu D1 ficou muito grande e não precisava, bastava vc contextualizar de forma breve, colocar seu repertório (Angela Davis ) e finalizar o parágrafo. Além disso, acredito que a escolha dos conectivos não foi das melhores, porém seu texto está rico de repertórios pertinentes ao assunto. A proposta de internação n está completa pois faltou o detalhamento da ação ou agente, por isso, você n levaria 200 e sim 160 na competência 5. Também percebi usos repetitivos da mesma palavra no texto, sem a presença de sinônimos, o q também tiraria pontos.