No filme “A Justiceira”, de 2018, após começar a sua vingança contra o grupo de traficantes que matou a sua família, a protagonista é apoiada e admirada pelos usuárias da internet, o que, durante a longa-metragem, levanta discussões sobre a sua vilania. Indubitavelmente, fora da ficção, percebe-se que tais questionamentos apresentados na obra se relacionam ao problema da romantização de crimes na nação verde-amarela, uma vez que a “aceitação” de personalidades criminosas tem sido um empecilho consideravelmente ativo na sociedade. Logo, faz-se imperiosa a análise dessa questão, que tem como fatores motivadores a má influência midiática e a omissão estatal.
A priori, é válido destacar que a construção de personagens criminosos pela indústria torna a problemática constante. Consoante dito pelo escritor estadunidense Allan Gunsberg, “quem controla a mídia, as imagens, controla a cultura”. Isto é, quem exerce comando sobre os meios midiáticos culturais, filmes, músicas e séries, tem certo controle sobre o pensamento popular. Assim, o poder midiático acaba por persuadir as pessoas, as quais se sentem encorajadas a praticarem crimes, o que faz, desse modo, o índice de criminalidade no país aumentar. Dessa forma, a mídia sugestiona o comportamento à sociedade e auxilia na manifestação de atos criminosos.
Ademais, é fundamental evidenciar a ausência de medidas governamentais para combater o problema. Nesse sentido, o filósofo John Locke afirma que “as leis fizeram-se para os homens e não para as leis”. Ou seja, ao criar uma lei, é preciso que ela seja planejada para a garantia da melhoria no cotidiano em sua aplicação. Entretanto, na questão da romantização de crimes, a legislação não se mostrou efetiva para a resolução do empecilho, o que trouxe uma lacuna no que diz respeito à execução das normas estatais. Dessa forma, diante exposto, a capacidade do Estado de praticidade legislativa se mostra nula perante à mazela discutida.
Infere-se, por conseguinte, a necessidade para a atenuação desse impasse. Portanto, urge que o Poder Legislativo atue por meio de um projeto de leis intitulado Censucultura, ou Censura Cultural, com o intuito de evitar a admiração de personalidades criminosas. Logo, dentro desse plano, é dever do Ministério da Cultura subir a classificação de filmes ou séries notoriamente problemáticos, tais como obras com cunho perturbador, “sanguinário” ou com apelo à crimes sexuais, para mais de 18 anos e evitar a divulgação das mesmas nas plataformas. Assim, questionamentos iguais ao de “A Justiceira” serão evitados futuramente.
OBS: A redação tá bem ruim mesmo kkkkkkk eu fiz apressada mas enfim.
Daniella_sofia
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Achei sua redação ótima, continue assim!!!! (preciso de pontos )
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Spayke
Oi, tudo bem? Eu sou apenas um aluno, então irei corrigir com base em meus conhecimentos. Não costumo apontar erros de gramática, até porque atrasa um pouco e tento fazer a correção o mais rápido possível; além de que outras pessoas que corrigem já apontam os erros. Caso eu erre algo, me perdoe, estou aprendendo com vocês também. Sucesso!!
Introdução:
Sua introdução está perfeita na minha opinião. Você traz um repertório e o relaciona bem com o tema. Além disso, você aponta a sua tese dividida em dois argumentos que acredito que irá desenvolvê-los no desenvolvimento, o que eu super recomendo pois o leitor já irá saber o que irá se tratar os parágrafos seguintes.
Desenvolvimento 1:
Gostei muito do seu d1. Novamente um repertório legitimado e relacionado. Seu texto está de acordo com o tópico frasal, não fugiu do tema.
Desenvolvimento 2:
D2 bem interessante. A negligência governamental e estatal é um dos argumentos mais utilizados nas redações. Argumentação constante e muito boa.
Conclusão:
Na proposta de intervenção, você traz os 5 critérios (não sei se é esse o nome kkkk): Agente, Ação, Meio, Finalidade e Detalhamento. Fez o chamado Texto Circuito, que é trazer algo dito nos parágrafos anteriores para o final do texto, o que é muito positivo.
OBS: Não sei se tem ligação com a redação, mas não recomendo muito utilizar como ação a de criar leis ou algo do tipo, pois o país já possui várias leis e quase nenhuma funciona direito; além de que isso pode contradizer você no seu texto (por exemplo, você citar a negligência governamental e estatal como motivo do problema, afirmando que as leis do país não estão sendo eficazes, mas aí na proposta de intervenção você sugerir que o Estado/Governo crie projeto de leis fica algo contraditório. Não sei se esse é o seu caso mas fica a dica.
C1: 160
Bom domínio da escrita formal da língua portuguesa, mas com alguns erros de vírgula.
C2: 200
Ótima estrutura textual, com repertórios legitimados e bem relacionados.
C3: 160
Boa argumentação, porém aconselho um pouco mais de organização e mais concisão.
C4: 160
Alguns erros de coesão, com algumas repetições.
C5: 200
Proposta de intervenção completa.
NOTA FINAL: 880
Volder
Competência 1: 170
Alguns erros sintáticos, como vírgulas erradas e ausência de artigos.
Competência 2: 200
Ótimo entendimento do tema e da proposta apresentados.
Competência 3: 140
Argumentação menos concisa.
Competência 4: 170
Alguns erros coesivos.
Competência 5: 200
Proposta de intervenção bem estruturada.
Total: 880
marianailezyszyn
(nota: sou também uma – simples – estudante que busca melhorar a redação)
Olá, vou primeiro colocar a nota segundo a banca do ENEM, e depois passo para as disposições gerais:
C1: 160
C2: 200
C3: 160
C4: 160
C5: 200
TOTAL: 880
Agora, vou elencar alguns pontos específicos:
° “[…]a protagonista é apoiada e admirada pelos [1]usuárias da internet, o que, durante a longa-metragem, levanta discussões sobre a sua vilania.” Aqui o adequado seria “usuários”, para indicar generalidade.
° Isto é, quem exerce comando sobre os meios midiáticos[2] culturais, filmes, músicas e séries[…]”. Só faltou uma vírgula aqui.
° “Assim, o poder [3]midiático acaba por[…]”. A palavra “midiático foi repetida outra vez antes dessa frase. Recomendo trocar por um sinônimo (a frase anterior ficaria mais ou menos assim: “Isto é, quem exerce comando sobre os meios “de comunicação social (ou da imprensa, por exemplo) culturais,[…]).
° “Dessa forma, diante [4]exposto, a capacidade do Estado de praticidade legislativa se mostra nula perante à mazela discutida.” Creio que aqui caiba o artigo “o”, para especificar o assunto discutido anteriormente.
° “Infere-se, por conseguinte, a necessidade para a atenuação desse impasse[5].” É legal aqui lançar mão do recurso do “texto-circuito” (que os corretores do ENEM adoram), o qual se propõe em retomar partes do texto quando é pertinente. Para seguir isso, essa primeira frase do texto pode retomar (em outras palavras) o que foi dito na tese, o que ficaria meio assim: “Infere-se, por conseguinte, a necessidade de atenuação dos impasses causados pela idealização de transgressões na contemporaneidade canarinha”.
° “[…]para [6]mais de 18 anos e evitar a divulgação das mesmas nas plataformas[7].” Acho que “maiores” de 18 anos ficaria melhor colocado, e faltou uma especificação de quais seriam as “plataformas; ou seja, é só acrescentar a palavra “digitais” (remetendo à internet) que está tudo certo.
Enfim, para quem escreveu esse texto numa “correria” está de parabéns, muito coeso e coerente. A proposta de intervenção, por exemplo, contava com todos os requisitos, e a tese foi abordada na ordem correta. Continue treinando seu texto, e até mais!