Na animação “Moriarty: O Patriota” é retratado uma crítica à sociedade de classes onde as mazelas sociais é consequência do comportamento populacional. De maneira análoga, tal conjuntura é observada na conteporaneidade ao se analisar o atual cenário da leitura no Brasil, que é um problema ocasionado, principalmente pela displicência social. Desse modo, constata -se um impacto motivado não só pela negligência governamental, mas também pela ineficiência midiática.
Diante desse cenário, a débil ação do poder público é um agravante do revés. Acerca disso, o filósofo Thomas Hobbes, em seu livro “Leviatã”, defende a incumbência do Estado em proporcionar meios que auxiliem o progresso da coletividade. As autoridades, contudo, vão de encontro com a ideia de Hobbes, uma vez que possuem papel inerte em relação aos índices de desenvolvimento da leitura brasileira. Porém, esse cenário decorre do fato das autoridades, ao se orientar por um viés individualista, perfaz negligenciando suas responsabilidades, o que acarreta a situação da leitura em território nacional. Assim, devido a uma falha na esfera administrativa, a problemática se perdura no país.
Ademais, a impraticabilidade da mídia é outro fator que perpetua o entrave. Nesse sentido, conforme o sociólogo Pierre Bourdieu, as instituições, cujo dever é promover a democracia, não deve se converter em instrumento de violência simbólica. Nessa óptica, a mídia, a qual tem o papel de disseminar o conhecimento, faz é “alienar” a sociedade mediante conteúdos empobrecidos que não apresentam conteúdos empobrecidos que não apresentam melhorias para a questão. Dessa forma, o setor midiático contribui para a manutenção interna do infortúnio.
Portanto, torna-se imprescindível a tomada de medidas resolutiva para aumentar a prática de leitura no país. Para isso, compete ao Ministério da Educação, cujo dever é organizar o ensino em território nacional, incentive os cidadãos a criarem o hábito de ler, por meio da construção de bibliotecas públicas, com infraestrutura confortável e interativa para todas as idades, com o intuito de promover o aumento da prática da leitura pela sociedade, e assim formar uma realidade diferente da retratada na animação “Moriarty: O Patriota”.
Alam28012003
Claro, vou abordar o atual cenário da leitura no Brasil de acordo com os padrões do Enem.
O atual cenário da leitura no Brasil apresenta desafios significativos, refletindo uma realidade multifacetada que abrange tanto avanços quanto obstáculos. Embora tenha havido iniciativas governamentais e da sociedade civil para promover a leitura, como programas de incentivo à leitura e ações de democratização do acesso aos livros, ainda persistem desafios estruturais, como a falta de políticas públicas consistentes para a promoção da leitura, desigualdades socioeconômicas que limitam o acesso a materiais de leitura e a predominância de uma cultura de pouca valorização da leitura em alguns segmentos da população. Além disso, a ascensão das mídias digitais tem impactado os hábitos de leitura, com uma tendência à leitura fragmentada e superficial em detrimento da leitura profunda e reflexiva. Nesse contexto, é fundamental investir em políticas públicas que promovam a leitura de forma ampla e inclusiva, incentivando o acesso a diferentes tipos de textos e estimulando a formação de leitores críticos e reflexivos, capazes de compreender e interpretar o mundo ao seu redor.
Projeto Redação
INTRODUÇÃO:
Na animação “Moriarty: O Patriota” [1] é retratado [2] uma crítica à sociedade de classes onde [3] as mazelas sociais é [4] consequência [5] do comportamento populacional. De maneira análoga, tal conjuntura é observada na conteporaneidade [6] ao se analisar o atual cenário da leitura no Brasil, [*] que é um problema ocasionado, principalmente [7] pela displicência social. Desse modo, constata -se um impacto motivado não só pela negligência governamental, mas também pela ineficiência midiática.
Obs.:
1 – coloque a vírgula para isolar o adjunto adverbial grande.
2 – concordância. O correto é “retratada”, pois concorda com o feminino que vem em seguida.
3 – o pronome relativo “onde” só pode ser utilizado para se referir a lugares físicos. Usá-lo de forma incorreta ocasiona -40 pontos na c4. Aqui, deveria ser utilizado o “em que”.
4 e 5 – concordância. O correto é “são consequências”, pois concorda com “as mazelas sociais”.
6 – o correto é “contemporaneidade”.
7 – já que colocou uma vírgula antes do advérbio, coloque outra após ele.
* – problematize o tema. “cenário da escassez de leitura no Brasil…”
DESENVOLVIMENTO 1:
Diante desse cenário, a débil ação do poder público é um agravante do revés. Acerca disso, o filósofo Thomas Hobbes, em seu livro “Leviatã”, defende a incumbência do Estado em proporcionar meios que auxiliem o progresso da coletividade. As autoridades, contudo, vão de encontro com a [1] ideia de Hobbes, uma vez que possuem papel inerte em relação aos índices de desenvolvimento da leitura brasileira. (c3) Porém, [2] esse cenário decorre do fato das [3] autoridades, ao se orientar [4] por um viés individualista, perfaz negligenciando suas responsabilidades, (c3) o que acarreta a situação da leitura [*] em território nacional. Assim, devido a uma falha na esfera administrativa, a problemática se perdura no país.
Obs.:
1 – regência. O correto é “vão de encontro à…”
c3 – por que as autoridades possuem papel inerte em relação aos índices de desenvolvimento da leitura brasileira? Isso precisa ser explicado para evitar a lacuna argumentativa. Bastaria usar uma conjunção explicativa e falar o que o Estado não faz para aumentar o hábito de ler no país.
2 – Uso inadequado do conectivo, uma vez que não há motivo para usar a conjunção adversativa ali, já que a ideia é um completo da anterior. Use o conectivo “nesse contexto”.
3 – regência. o correto é “do fato de as…”
4 – concordância. O correto é “orientarem”, pois concorda com “autoridades”.
c3 – que responsabilidades são essas que são negligenciadas?
* – faltou problematizar o tema. Escrever apenas “a situação da leitura” não o torna problematizado. Para isso, bastaria escrever “a situação da precária prática de leitura…”
DESENVOLVIMENTO 2:
Ademais, a impraticabilidade da mídia é outro fator que perpetua o entrave. Nesse sentido, conforme o sociólogo Pierre Bourdieu, as instituições, cujo dever é promover a democracia, não deve [1] se converter em instrumento de violência simbólica. Nessa óptica, a mídia, a qual tem o papel de disseminar o conhecimento, faz é “alienar” [2] a sociedade mediante conteúdos empobrecidos que não apresentam conteúdos empobrecidos (c3) que não apresentam melhorias para a questão (c3). Dessa forma, o setor midiático contribui para a manutenção interna do infortúnio.
Obs.:
1 – concordância. O correto é “devem”, pois concorda com “as instituições”.
2 – aqui, o correto é escrever “[…] disseminar o conhecimento, aliena a sociedade […]”.
c3 – não entendi o que você quis dizer. Como assim conteúdos empobrecidos?
c3 – que melhorias e que questão é essa? O tema precisa aparecer no parágrafo.
c3 – deveria ter explicado o porquê de a mídia ser negligente, ou seja, o que ela não faz a respeito do incentivo à leitura no Brasil e as consequências disso (note que isso não tem em nenhum dos desenvolvimentos, o que gera uma argumentação superficial).
CONCLUSÃO:
Portanto, torna-se imprescindível a tomada de medidas resolutiva [1] para aumentar a prática de leitura no país. Para isso, compete ao Ministério da Educação, cujo dever é organizar o ensino em território nacional, incentive [2] os cidadãos a criarem o hábito de ler, por meio da construção de bibliotecas públicas, com infraestrutura confortável e interativa para todas as idades, com o intuito de promover o aumento da prática da leitura pela sociedade, [3] e [4] assim [5] formar uma realidade diferente da retratada na animação “Moriarty: O Patriota”.
Obs.:
1 – concordância. O correto é “resolutivas”, pois concorda com “medidas”.
2 – concordância. O correto é “incentivar”, pois concorda com “compete ao…”
3 – vírgula desnecessária.
4 e 5 – coloque as vírgulas para isolar o conectivo.
Todos os cinco elementos estão presentes. No entanto, a proposta de intervenção não está relacionada ao argumento do d2 (negligência da mídia), o que gera uma falha no projeto de texto (c3).
NOTA:
C1: 160
C2: 200
C3: 160
C4: 160
C5: 200
TOTAL: 880
sophiard
Competência 1 – Domínio da norma culta:
Sua redação demonstra um bom domínio da norma culta da língua portuguesa. As estruturas gramaticais estão bem utilizadas, e o texto é claro e coeso. 200
Competência 2 – Compreensão do tema e construção da argumentação:
Você compreendeu o tema proposto (“atual cenário da leitura no Brasil”) e apresentou uma argumentação consistente. Destacou a negligência governamental e a ineficiência midiática como fatores que impactam a leitura no país. 160
Competência 3 – Seleção e organização de ideias:
A organização das ideias está adequada. Você abordou a falta de ação do poder público e a influência negativa da mídia na promoção da leitura. 200
Competência 4 – Conhecimento dos mecanismos linguísticos:
Utilizou recursos linguísticos de forma eficaz, como a citação do filósofo Thomas Hobbes e do sociólogo Pierre Bourdieu. Isso enriquece sua argumentação. 200
Competência 5 – Proposta de intervenção:
Sua proposta de intervenção é relevante. Sugere que o Ministério da Educação incentive a criação de bibliotecas públicas com infraestrutura adequada para promover a leitura em todas as faixas etárias. 200
Le.Le.Lê
Olá! Espero que esteja bem. Devo salientar que sou uma estudante, como você, e embora venha me familiarizando com as redações do ENEM, não tenho nenhuma competência profissional para julgar o seu texto. Vou dar o meu melhor de acordo com o que aprendi até agora. Para isso, vou separar minha análise em trechos, na ordem em que aparecem no seu texto, colocando entre aspas as partes que foram escritas por você. Espero ajudá-la!
Introdução:
“…sociedade de classes onde as mazelas sociais…”
Nessa frase, o ideal não é usar “onde”, pois essa palavra é um advérbio de lugar, sendo usado quando estamos retomando sujeitos como um parque, uma cidade, etc. Como “onde” aparece no seu texto se referindo à sociedade, ao meu ver ficaria melhor substituir por “…sociedade de classes na qual as mazelas sociais…”
“…as mazelas sociais é consequência do comportamento populacional.”
Nesse trecho, houve um erro de concordância, tome cuidado com isso. Note que as palavras “as mazelas sociais” estão no plural, portanto é incorreto escrever em seguida “é consequência”, que está no singular. O correto seria “…as mazelas sociais são consequências do comportamento populacional.”
*”conteporaneidade” => contemporaneidade (faltou a letra “m”)
“o atual cenário da leitura no Brasil, que é um problema ocasionado, principalmente pela displicência social.”
Eu trocaria por:
“o atual cenário da leitura no Brasil, um problema ocasionado, principalmente, pela displicência social.” ou
“o atual cenário da leitura no Brasil, um problema ocasionado principalmente pela displicência social.”
É melhor evitar utilizar “que” quando não for necessário, já que costumamos repeti-lo sem perceber, e isso pode prejudicar nossa nota. Além disso, você separou o complemento do verbo nesse pedaço “problema ocasionado, principalmente pela displicência social.”, então essa vírgula está mal colocada. Eu fico em dúvida entre qual das duas formas acima é melhor (duas vírgulas, isolando o advérbio de modo, ou nenhuma), mas penso que colocar uma vírgula só esteja incorreto nesse caso.
Elogio:
“Desse modo, constata -se um impacto motivado não só pela negligência governamental, mas também pela ineficiência midiática.”
É muito bom usar como conectivo “não só … mas também”, tenho a impressão de que os corretores de redação do ENEM apreciam essa escolha.
D1
De modo geral, parece muito bem escrito, mas, por outro lado, assemelha-se muito àquele modelo de redação padrão, ou “coringa”. Apesar de isso funcionar várias vezes, é ruim quando você escreve de um jeito geral demais, porque o desenvolvimento precisa ser bem delimitado (afunilado).
É importante que você use palavras relacionadas ao tema e as utilize com forte argumentação, defendendo seu ponto de vista sem escapar da proposta. As redações nota mil costumam ter entre 7 a 20 palavras da frase temática distribuídas ao longo do texto, evitando repetição próxima, para evitar tangenciar o tema.
“As autoridades, contudo, vão de encontro com a ideia de Hobbes, uma vez que possuem papel inerte em relação aos índices de desenvolvimento da leitura brasileira. Porém, esse cenário decorre do fato das autoridades, ao se orientar por um viés individualista…”
Aqui você não deveria ter usado porém, porque essa conjunção é adversativa, dando a ideia de que você irá se opor ao que disse anteriormente (as autoridades possuem um papel inerte). Na verdade, você está reafirmando o que disse na frase anterior, porque você vai argumentar que as autoridades agem com negligência. Você poderia só suprimir o “porém” e começar a frase com “Esse cenário…”.
“ao se orientar por um viés individualista, perfaz negligenciando suas responsabilidades, o que acarreta a situação da leitura em território nacional.”
Esse trecho ficou bem confuso, não foi possível entender com clareza o que você quis dizer. Lembre-se, você não precisa usar palavras “difíceis”, sobretudo se elas forem desconhecidas por você e se tiver dúvidas sobre como usá-la. Naturalmente, agora é o momento para você testar coisas novas, está aprendendo, porém, no dia da prova, pode optar pelo simples. A linguagem formal não é necessariamente composta de palavras estranhas; a linguagem formal apenas exige de você coisas como gramática correta. É claro que um vocabulário vasto ajuda bastante, desde que bem utilizado.
Eu reescreveria da seguinte forma:
“Porém, esse cenário decorre do fato de as autoridades, ao se orientarem por um viés individualista, negligenciarem suas responsabilidades, acarretando na deplorável situação do acesso à leitura em território nacional.”
“Assim, devido a uma falha na esfera administrativa, a problemática *se* perdura no país.”
“Assim, devido a uma falha na esfera administrativa, a problemática perdura no país.
Não é preciso colocar o pronome “se”. Pronomes servem para substituir um substantivo (o nome), sendo o sujeito da oração. A sua oração já tem um sujeito: a problemática; por isso é incorreto colocar “se”.
D2
“Ademais, a impraticabilidade da mídia é outro fator que perpetua o entrave.”
Aqui, eu não teria usado “impraticabilidade”, porque parece que você está dizendo que a mídia não é praticada no nosso país, sendo que, na verdade, há muita mídia sendo difundida por aí. O problema não é a viabilidade da mídia, mas sim o que ela veicula, o fato de ela não se envolver com esse assunto, quando ela seria um forte propulsor de mudanças sociais. Eu substituiria por algo como:
“Ademais, a indiferença da mídia é outro fator que perpetua o entrave.”
Outras opções: apatia, desinteresse, etc.
“…as instituições, cujo dever é promover a democracia, não deve se converter em instrumento…”
Erro de concordância, o sujeito da oração é “as instituições” (no plural), enquanto que “não deve se converter” está no singular. Ademais, usar o pronome oblíquo “se” antes do verbo não é uma característica da linguagem formal, exigida pelo contexto da redação do ENEM.
“…as instituições, cujo dever é promover a democracia, não devem converter-se em instrumento…”
Conclusão:
*medidas resolutiva => medidas resolutivas (letra “s” ao final do adjetivo quando o sujeito estiver no plural)
“compete ao Ministério da Educação […] incentive os cidadãos”
*incentive => incentivar
Mesmo que você tenha uma oração no meio de outra, você precisa manter a concordância dentro da “oração externa”, que foi interrompida por “cujo dever é organizar o ensino em território nacional”, mas foi retomada com “incentivar os cidadãos a criarem o hábito de ler”.
Na minha opinião, a proposta de intervenção foi escrita numa frase muito longa, que deixa o texto menos fluído. Seria preferível escrever algo mais ou menos desse modo:
“Portanto, torna-se imprescindível a tomada de medidas resolutivas para aumentar a prática de leitura no país. Para isso, compete ao Ministério da Educação, cujo dever é organizar o ensino em território nacional, incentivar os cidadãos a criarem o hábito de ler. Isso pode ser concretizado por meio da construção de bibliotecas públicas com infraestrutura confortável e interativa para todas as idades. A iniciativa teria como finalidade promover o aumento da prática da leitura pela sociedade, assim formando uma realidade diferente da retratada na animação ‘Moriarty: O Patriota’.”
Elogio: é super válido retomar a contextualização que você usou lá na introdução (Moriarty), agora para fechar o texto; foi uma ótima ideia!
Nota de acordo com as competências:
I: 100
Demonstra domínio mediano da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa e de escolha de registro, com alguns desvios gramaticais e de convenções da escrita.
II: 160
Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.
III: 140
Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista.
IV: 160
Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
V: 180
Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
Total: 740
Desculpe se fui excessivamente detalhista, entretanto, isso é fundamental para uma preparação eficiente, afinal, nossa nota é composta da soma de detalhes. Sugiro que reescreva a sua redação de acordo com as sugestões que receber dos usuários aqui nessa postagem, assim você consolidará seu aprendizado. Se possível, poste a nova versão também aqui na plataforma, para vermos sua evolução!
Le.Le.Lê
Lembre-se, as cinco competências têm peso 200 cada uma, totalizando uma nota com peso 1000.
Jadson_Butzk
Olá Geovanna, muito interessante sua redação. Confesso que é a melhor que encontei até o momento aqui.
Eu apenas não compreeendi esse trecho: […]Nessa óptica, *a mídia*, a qual tem o papel de disseminar o conhecimento, *faz é* “alienar” a sociedade mediante[…]
Também me parece ter um erro de concordância verbal e de colocação pronominal nesse trecho: […]Porém, esse cenário decorre do fato das autoridades, ao *se orientar* por um viés individualista[…]
No restante não há o que falar, está ótima ao meu ver.
Competência 1: 100
Competência 2: 100
Competência 3: 100
Competência 4: 100
Competência 5: 100