Analfabetização digital

A Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 23, o direito aos meios de acesso à tecnologia como inerente a todo cidadão brasileiro. No entanto, o analfabetismo digital impossibilita que parcela da população desfrute desse direito universal na prática. Diante dessa perspectiva, é necessário analisarmos os fatores que favorecem esse quadro.

Em uma primeira análise, deve- se destacar a ausência de medidas governamentais como um dos complicadores da analfabetização no meio digital. Nesse sentido, segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser articulada pelos homens a fim de alcançar o equilíbrio social, porém, o analfabetismo na esfera digital rompe essa harmonia. Devido à falta de atuações das autoridades o país apresenta uma grande diferença socioeconômica entre as pessoas, consequentemente, muitas pessoas não têm acesso a Internet, pois este recurso exige investimentos e infraestruturas muito caras para as regiões menos desenvolvidas economicamente. Desse modo, torna-se indispensável a reformulação dessa postura estatal de forma urgente.

Ademais, é fundamental apontar a falta de competências digitais como impulsionador de tal impasse no Brasil, pois isto impede o manejo da tecnologia. Por conseguinte, temos a exclusão digital que por sua vez pode ocasionar isolamento social, uma barreira ao estudo e ao conhecimento e a delimitação as opções de encontrar um trabalho. Logo, é inaceitável que esse cenário continue a perdurar.

Percebe-se, portanto, a necessidade de combater esses obstáculos. Para isso, é essencial que o Ministério da Educação, por meio de salas de informática, inclua mecanismos de acesso à tecnologia nas escolas públicas, para que mais pessoas possam ter suporte e instruções de utilização, com isso será possível alcançar  uma inclusão equânime ao setor digital. Com tais implementações, o problema poderá ser uma mazela passada na História brasileira.