Texto 1
Bolsa Família enfraquece coronelismo, diz socióloga
O programa Bolsa Família, implantado no início do governo Lula, mudou a vida nos rincões mais pobres do país. O tradicional coronelismo perdeu força e a arraigada cultura da resignação está sendo abalada. A constatação é da socióloga Walquiria Leão Rego, 67 anos, que escreveu com o filósofo italiano Alessandro Pinzani, o livro “Vozes do Bolsa Família”, lançado na terça-feira (11) pela Editora Unesp.
O programa mudou a vida dos rincões mais pobres do país.
Durante cinco anos, entre 2006 e 2011, a dupla de pesquisadores realizou entrevistas com os beneficiários do Bolsa Família e percorreu lugares como o Vale do Jequitinhonha (MG), o sertão alagoano e o interior do Maranhão, do Piauí e de Recife. “O Bolsa Família é o início de uma democratização real do País”, afirmou a socióloga.
Walquiria Leão Rego fala sobre esta transformação, para melhor, que o Bolsa Família provocou nas famílias que foram socialmente incluídas. “De repente, se ganha certa dignidade na vida, algo que nunca teve, que é a regularidade de uma renda. Se ganha uma segurança maior e respeitabilidade. Houve também um impacto econômico e comercial muito grande”, afirmou.
(Localizado em http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/06/1293113-bolsa-familia-enfraquece-o-coronelismo-e-rompe-cultura-da-resignacao-diz-sociologa.shtml)
Texto 2
A CAF e as ajudas financeiras do governo francês
Não é segredo para ninguém que a França tem um dos melhores sistemas de proteção social do mundo. Entre os vários tipos de ajuda financeira, existem os famosos auxílios. Tem auxílio moradia, auxílio pensão alimentar, auxílio para famílias com criança ou adulto com deficiência física ou intelectual e por aí vai. Claro que essas ajudas são somente para quem ganha salários até um certo limite e logo tem mais necessidade. Em contrapartida, o imposto é alto para os que ganham bem e não tem filhos. Nada mais justo!
(…)
Os auxílios mais comuns são o auxílio moradia e os auxílios para as famílias. As“prestations familiales” cobrem diferentes situações: chegada de um bebê, auxílio para a criança de até três anos, auxílio para contratar uma baba (no caso de não conseguir vaga numa creche pública), auxílio para família numerosa, auxílio volta às aulas, etc.
No caso do auxilio para a chegada de um bebê (Prestation d’accueil du jeune enfant – PAJE), a família ganha primeiro uma ajuda de 900€ (aprox.) em torno do oitavo mês de gravidez para poder se equipar para a chegada do novo membro. Vale lembrar que este primeiro “prêmio” não diz respeito às mulheres que chegam gravidas à França! Apos o nascimento do bebê, a família recebe 182,43€ por mês, até o terceiro aniversario da criança.
As famílias com mais de um filho podem também beneficiar de um auxilio mensal:
– 2 filhos : 127,05 € ;
– 3 filhos : 289,82 € ;
– 4 filhos : 452,59 € ;
– para cada filho a mais : + 162,78 €.
Vale lembrar que os ganhos mensais da família devem respeitar um certo limite para ter acesso a esses auxílios e a burocracia é implacável (porém não impossível).
(Localizado em http://parisdespetits.blogspot.fr/2012/06/caf-e-as-ajudas-financeiras-do-governo.html)
Texto 3
Bolsa Brasil
Ela está sempre em alta e vai sendo valorizada ao gosto de cada freguês
Se você achou que este artigo trataria das perspectivas para nossas ações, enganou-se. Vou falar dos programas de transferência de renda do governo e suas consequências. Com frequência, escuto inúmeras críticas ao Bolsa Família. Algumas procedentes, como o fato de o benefício não ter prazo para acabar e seu valor ser idêntico em locais com custo de vida tão díspares como São Paulo e o sertão nordestino. Outras, como a existência do programa, improcedentes.
O que realmente impressiona é que outros programas de transferência de renda e subsídios implícitos ou explícitos, com custos muito mais elevados do que os R$ 16 bilhões anuais do Bolsa Família, não recebam as mesmas críticas. Por exemplo, o Bolsa Empresário – diferença entre o custo de financiamento do Tesouro Nacional e as taxas dos empréstimos do BNDES – custará R$ 18 bilhões em 2011. O Bolsa Exportador – diferença entre a remuneração das reservas internacionais e o custo de financiamento da dívida pública – custará mais de R$ 60 bilhões. O Bolsa Aposentado custará mais de R$ 90 bilhões – o déficit de nosso sistema de previdência.
Você deve estar pensando “só eu não ganho o meu”. É muito provável que ganhe, sim. Há, por exemplo, o Bolsa Idoso e o Bolsa Estudante, conhecidos popularmente como Lei da Meia-Entrada, que faz com que todos os demais paguem ingressos mais caros para que estudantes e idosos paguem menos. Há ainda o Bolsa Mulher, a lei que permite que mulheres se aposentem cinco anos antes dos homens; o Bolsa Rural, com linhas de créditos subsidiadas para o setor; o Bolsa Banqueiro, abençoado pelas nossas taxas de juros elevadíssimas para cobrir as enormes necessidades de financiamento do setor público; o Bolsa Funcionário Público, devido a salários superiores aos praticados pela inciativa privada para as mesmas funções e às aposentadorias privilegiadas; o Bolsa Universitário, para os estudantes de universidades públicas gratuitas. Não nos esqueçamos do Bolsa Corrupto, recursos do inchado erário desviados para bolsos privados.
Eu sei, eu sei. O programa que beneficia especificamente você é completamente diferente dos demais e plenamente justificado. É por isso que o Brasil tem hoje uma das cargas tributárias mais elevadas do planeta, mas faltam recursos para investimentos em educação, saúde e infraestrutura. E continuamos discutindo a elevação do Bolsa Político – a arrecadação pública – criando-se mais um imposto para financiar o setor de saúde.
Uma das funções mais importantes do Estado é corrigir distorções de mercado – como, por exemplo, uma excessiva concentração de renda. No Brasil, confundimos isso com governo gastão, que se mete em tudo e distorce mais do que corrige distorções. Enfim, enquanto você continuar convencido de que o seu programa é mais do que justo, pense duas vezes antes de reclamar do Bolsa Família, dos impostos altíssimos, da infraestrutura precária e da saúde, educação e segurança deficientes. Ao compactuar com o atual sistema, a sociedade brasileira faz uma opção por um governo forte e poderoso que nos oferece migalhas e um país cuja capacidade de se mover é limitada pelo peso do próprio governo. Escolhemos o dinheiro dos Bolsas, em vez de dinheiro nos bolsos. Já passou da hora de refazermos nossas escolhas.
(Localizado em http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/coluna/169948_BOLSA+BRASIL)
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Os textos acima falam sobre programas assistenciais no Brasil e na França, que buscam dar melhores condições de vida aos que pertencem a uma classe social mais baixa. Com base na coletânea e no seu conhecimento de mundo, escreva um texto dissertativo-argumentativo sobre o seguinte tema:
Os programas assistenciais e o combate à desigualdade social no Brasil.
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A redação não tem limite de linhas, porém, os vestibulares no geral fornecem ao candidato uma folha pautada contendo de 30 a 40 linhas. Tente não passar desse limite. Leve em conta o tamanho da sua letra de mão na hora de escrever seu texto no computador.
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amei o curso .