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Ansiedade

Ansiedade

Texto 1

 

an·si·e·da·de 
(latim anxietas, -atis)

substantivo feminino

1. Comoção aflitiva do espírito que receia que uma coisa suceda ou não.

2. Sofrimento de quem espera o que é certo vir; impaciência.
“ansiedade”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/ansiedade [consultado em 31-03-2014]. [protected]

 

 

Texto 2

 

O futuro é agora

Ansiedade não é doença. Faz parte do nosso sistema de defesa e está projetada em quase todos os animais vertebrados, do peixinho dourado até aquela sua tia histérica. Foi ela que nos trouxe aqui através da evolução. A seleção natural, aliás, favoreceu animais e pessoas preocupadas em excesso. Imagine o seguinte: um grupo de homens das cavernas passeia pelos campos da Pré História, quando, de longe, aparece um tigre dentes de sabre enfurecido. Aqueles mais inquietos, atentos ao mundo à volta, escapam primeiro. Mas os distraídos (e menos ansiosos) são presas fáceis para o animal – e, assim, também acabam eliminados do rol genético da época. Transfira isso para milênios e milênios de evolução e o resultado é que todo mundo é ansioso em menor ou maior grau.

Hoje não há mais predadores vorazes à solta para nos atacar. Mas convivemos com outras ameaças. Psicólogos da Universidade Stanford, por exemplo, provaram que pessoas mais ansiosas perdem menos dinheiro em investimentos financeiros de risco. É simples: quem se preocupa demais aprende mais rápido quando o risco de perder dinheiro é real. Ou seja, a ansiedade pode salvar sua pele.

É meio complicado definir esse quadro. Sim, você sabe o que é ansiedade, mas consegue realmente explica-la? O termo em si é novo, tem pouco mais de 100 anos de idade. O primeiro que falou em ansiedade da maneira como a conhecemos foi Sigmund Freud, no fim do século 19, e, ainda assim, com uma definição bem pouco precisa: ansiedade é o medo de “algo incerto, sem objeto”.

O significado mais aceito hoje em dia vem do psiquiatra australiano Aubrey Lewis que, em 1967, descreveu o termo como “um estado emocional com a qualidade do medo, desagradável, dirigido para o futuro, desproporcional e com desconforto subjetivo”. De uma forma geral, a ansiedade é um sentimento incômodo e projetado para o futuro. A pessoa ansiosa vive num estado de alerta constante por causa de uma situação que pode acontecer – e causar sofrimento. É o caso do homem que quer puxar assunto com uma mulher bonita, mas tem medo de ser rejeitado. A crise interna que ele sente nesse momento, em que não sabe se deve ir ou ficar na vontade, é a ansiedade.

Não é à toa que o medo é um sentimento essencial para descrever a ansiedade. Ambos surgem no mesmo sistema do nosso corpo, o límbico, e estão localizados nas mesmas regiões do cérebro: a amígdala, a substância cinzenta periaquedutal e o septohipocampal. As 3 são áreas que fazem parte do nosso mecanismo de defesa, que analisa o mundo à volta à procura de ameaças, registram os perigos e também armazenam novos riscos para o futuro.

A diferença entre as duas sensações está na distância do perigo: na ansiedade, o motivo de preocupação está no futuro; no medo, a ameaça está próxima. Quem teme constantemente ser assaltado na rua, vive num estado ansioso – mas, no momento do assalto, a pessoa sente simplesmente medo. O jeito como o corpo reage a cada um desses estados emocionais também é completamente distinto. Quando sentimos ansiedade, conseguimos agir racionalmente e traçar planos para eliminar o perigo com calma. Já quando sentimos medo, as nossas reações básicas são as mesmas de um animal acuado, que decide se enfrenta a ameaça ou se sai correndo para longe o mais rápido possível. Desde os anos 50, experimentos em ratos e macacos identificaram quais são as regiões do cérebro que regulam a ansiedade e quais são os comandos que elas liberam para o nosso corpo. Por meio de testes que medem as atividades neurológicas de cada área do cérebro, percebeuse que ratinhos ansiosos (aqueles que sentiram somente o cheiro de um gato, mas não o viram) tinham grande movimentação na lateral de sua amígdala e na parte central de seu hipotálamo. Assim, também descobriram que ratos sem a substância cinzenta periaquedutal não sentem medo e são capazes de passar na frente de gatos ou outros predadores tranqüilamente. (…) (Adapatado de HUECK, Karen. Sobre a ansiedade, Revista Superinteressante, 2008 – http://super.abril.com.br/saude/ansiedade-447836.shtml)

 

Texto 3

 

Aflição, agonia, impaciência, inquietação. Esses são alguns sinais da ansiedade, sentimento capaz de prejudicar a qualidade de vida, autoestima e saúde do ser humano.

Aprender a lidar com ela é fundamental para garantir uma vida saudável. E para isso, é preciso entender os seus mecanismos.

“A ansiedade é uma excitação do sistema nervoso central, que acelera o funcionamento do corpo e da mente. Quando estamos ansiosos, liberamos o neurotransmissor noradrenalina, que provoca toda essa excitação. É um processo que pode ser tanto hereditário como adquirido através das experiências que temos nos ambientes mais hostis. A ansiedade está intimamente vinculada à forma como interpretamos as situações da vida”, explica a psicóloga Sâmia Aguiar Brandão Simurro, de São Paulo (SP), que é vice-presidente de Projetos e Expansão da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV).

Para o psicólogo Alexandre Bez, especialista em relacionamentos pela Universidade de Miami e em ansiedade e síndrome do pânico pela Universidade da Califórnia, a ansiedade é o pior de todos os males psicológicos. “Ela é o gatilho para desencadear outros transtornos. Dentro do ponto de vista psicológico, podemos definir ansiedade como um estado mental praticamente subjetivo carregado de apreensão e recheado de incertezas”, diz.

Por causa dos múltiplos papéis que desempenham e devido às variações hormonais, algumas mulheres sofrem mais com a ansiedade e o estresse. Porém, os homens não estão imunes a esse mal. Questões profissionais e financeiras também podem desencadear a sensação de angústia e impaciência no sexo masculino. (Adaptado de NORONHA, H. Ansiedade é o pior de todos os males psicológicos, diz especialistas – http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2011/05/17/ansiedade-e-o-pior-de-todos-os-males-psicologicos-diz-especialista.htm)

 

 

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Muitos consideram a ansiedade como o mal do século, já outros consideram tal sentimento como sendo algo essencial para a sobrevivência do ser humano. Com base nos textos acima e no seu conhecimento de mundo, escreva um texto dissertativo argumentativo levando em conta os pontos positivos e negativos da ansiedade em nossa sociedade.

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A redação não tem limite de linhas, porém, os vestibulares no geral fornecem ao candidato uma folha pautada contendo de 30 a 40 linhas. Tente não passar desse limite. Leve em conta o tamanho da sua letra de mão na hora de escrever seu texto no computador.

 

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