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Justiça com as próprias mãos e o impacto na sociedade brasileira
Mr.Crozma
Salve, Pamela! --------------------------------------------- 1º parágrafo Você tá começando a pegar a ideia de mexer com essa citação do Marx, mas ainda ficou devendo e acho que você reconheceu isso. Tua grande questão é: qual a melhor relação que Marx pode ter com o seu texto? É mesmo de “analogia”Leia mais
Salve, Pamela!
——————————————— 1º parágrafo
Você tá começando a pegar a ideia de mexer com essa citação do Marx, mas ainda ficou devendo e acho que você reconheceu isso. Tua grande questão é: qual a melhor relação que Marx pode ter com o seu texto? É mesmo de “analogia”? Será que cabe essa analogia? O que que Marx entende de justiça com as próprias mãos? Você consegue funcionar com uma apresentação de tema diferente dessa apresentação marxista?
Você precisa minimamente ter essa flexibilidade, pra quando chegar na hora da prova não citar Marx de maneira completamente aleatória. Justiça com as próprias mãos é um tema fácil de se apresentar!
De toda forma, não nego que gostei da sua tentativa de variar, mas é óbvio que eu esperava uma relação intensa entre tema e tese. Mas sério, responda a si própria, com a folha em branco na mão, se você consegue produzir uma introdução completamente diferente dessa. Algo que cite a Constituição, por exemplo, uma introdução com fato concreto, como os que você cita no Desenvolvimento daqui, enfim, algo nesse sentido, como exercício de flexibilidade criativa.
——————————————— 2º parágrafo
Salve o nosso neomedievalismo! Deixa eu te perguntar, qual que é o conectivo que a gente coloca nessa segunda frase do desenvolvimento?
Vamos falar de argumentação: Argumento = TF + Explicação + Aprofundamento. Você não está tão longe disso, mas faltou uma explicação mais detalhada, antes de partir para o Aprofundamento exemplificativo.
Imagine um “Isso porque” sempre que você terminar o seu Tópico Frasal (TF). A sua missão aí é explicar “por que o desapoio (omissão, vai) do governo gera os linchamentos?”.
O “isso porque” te dá uma segurança de que o que você vai explicar sobre o TF dá sentido à argumentação. Estou falando que você errou? Claro que não, mas a explicação completa é “causa + causa da causa”. Eu vou te perguntar, porque sou rigoroso, por que as pessoas se sentem no direito de se vingarem, se, por exemplo, a lei fala que o cidadão tem o direito de entrar com processo criminal, no lugar do Ministério Público, se este não cumprir com o seu dever legal? E aí, o que eu vou esperar é uma eventual justificativa cultural, psicológico-social, educacional, enfim, é por aqui que a gente encontra o seu repertório interdisciplinar.
Tente sempre buscar um exemplo mais curtinho, pra sobrar espaço para a exploração das consequências/efeitos. Você está fazendo certinho ao citar o exemplo depois da explicação, e isso deve significar que você pode citar o exemplo já embutido na causa da causa. Casos clássicos, de conhecimento geral, não precisam de detalhes como “há o caso da dona de casa linchada no Guarujá… os moradores tomaram atitude, uma vez que nada havia sido feito judicialmente contra ela”.
Essas palavras que eu destaquei devem ser óbvias, devem ser desnecessárias, porque você já explicou o TF com as suas palavras, e o exemplo serve pra dar suporte a essas palavras: presume-se, portanto, que o exemplo não dirá o oposto do que você quis trazer! Achei o exemplo apropriado, mas confesso que imagino ser bem difícil lembrar de exemplos que se encaixem perfeitamente na hora do Enem.
O feijão com arroz sequer exige citação, dados, exemplos, provas concretas (um dever constitucional ou notícias comprovadas, por exemplo). O feijão com arroz se chama exploração de causas e consequências. E pensar em consequências significa, aqui, pensar na consequência de a omissão ser inconstitucional. É inconstitucional e ponto final? Não tem uma consequência pro Estado?
“O linchamento não poder ser desfeito” não é exatamente a consequência de a omissão do Estado ser inconstitucional. Então você tem que responder à seguinte pergunta: “e daí que isso é inconstitucional?”. Aí você chega na consequência da consequência e fecha a ideia que se espera do seu parágrafo.
——————————————— 3º parágrafo
Ninguém vira justiceiro sem um mínimo de hipocrisia e busca de satisfação egocêntrica. Achar puro altruísmo e valentia nestes gestos é nocivo à sociedade, lutar por bens é algo em que Marx se encaixaria como uma luva, diga-se de passagem. Ó a responsabilidade que citar Karl traz kkkk. Aqui faltou uma explicação melhor (lembra da minha ênfase no “isso porque”?), eu acho que entendi: vi causa + causa da causa aqui, algo do tipo…
“A busca por vingança organizada não tem sucesso. Não tem sucesso por causa do despreparo entre civis para a segurança pública, já que há casos de mortes desses civis, como no caso da Barra, em 2017.”
Eu tentaria buscar uma causa para o despreparo (uma razão para não se treinar cidadãos para o combate – algo como “se até policiais morrem em confronto, quem dirá civis né”), e só depois eu provaria com o exemplo da Barra. Isso é uma forma de aprofundar o seu repertório, de dar consistência e de provar que você sabe do que está falando.
Depois do exemplo, você me dá uma consequência e outra consequência da consequência, talvez não tão boa quanto pudesse ser, mas já é uma noção argumentativa. Talvez entendendo melhor a sua própria estratégia, você consiga ir mais à fundo nessa argumentação.
——————————————— 4º parágrafo
A proposta ficou legal, só não precisava dizer que o MP vai fazer parceria com a Polícia Federal, primeiro porque são independentes, MP inclusive tem a função de fiscalizar a polícia; é de fato a polícia que precisa melhorar os atendimentos – é a polícia que está na rua -, e não é a PF que cuida de crimes comuns não, esses linchamentos por causa de roubo, furto, essas bobeiras aí, são função da Polícia Estadual. Eu não sei mesmo se o Enem desconta ponto dessas questões de competência, eu acho sinceramente tão exagerado pedir que vocês detalhem os agentes, que saibam as competências constitucionais, vocês precisariam de aula de Direito Constitucional, fica aqui o meu desabafo kkkk.
——————————————— Minhas conclusões
Eu ainda não quero partir pra comentários sobre norma culta pra não te encher de dor de cabeça, já imagino estar dando trabalho suficiente pra repensar essa Introdução, cujas dúvidas você pode sempre tirar comigo nas mensagens. Eu creio que essas adaptações no Desenvolvimento não serão difíceis pra você, muito pelo contrário, dar um sistema pra essa argumentação vai te ajudar bastante, a dificuldade vai ser no espaço dentro da folha, ou seja, na tua capacidade de síntese sem perda de conteúdo. Achei seu desenvolvimento mais organizadinho dessa vez, mas a introdução ainda ficou devendo: não tenha medo de testar. Repetição só se começa a fazer quando voce encontra o seu estilo perfeito: se Marx não está sendo sequer lembrado, mesmo quando você argumenta sobre direito à propriedade privada, é sinal de que seu texto precisa mais coerência. Eu imagino essa redação ainda abaixo dos 800, acima dos 700, é a faixa de nota mais truncada de evoluir.
Obs: você não tem que concluir nada da Introdução!!!! Esquece esse “logo”, tu num desenvolveu nada na Introdução pra concluir o que quer que seja, você tem que me convencer de que a vingança é um problema, imagina que eu sou justiceiro pegando a tua olha escrita no chão. Sim, ficou faltando isso na minha observação da Introdução, eu tô começando a ficar sonolento e, consequentemente, preguiçoso, não me julgue por colocar a Introdução na Conclusão (ou vice-versa), eu posso, você é que não pode!
See lessOs cuidados com a saúde mental no Brasil
Mr.Crozma
--------------------------------------------------------------- 1º parágrafo Essa apresentação de tema não ficou legal. Idade Média parece ter sido jogada só para você poder ter uma ideia sobre como fechar o texto, e isso nem sempre é necessário. Há outras formas de fechar o texto, com ideias conectLeia mais
————————————————————— 1º parágrafo
Essa apresentação de tema não ficou legal. Idade Média parece ter sido jogada só para você poder ter uma ideia sobre como fechar o texto, e isso nem sempre é necessário. Há outras formas de fechar o texto, com ideias conectadas ao desenvolvimento, à tese, você não precisa da Apresentação para isso. A função dela é mostrar pro corretor que você e ele estão falando a mesma língua! Idade Média ou religião provam que você está falando de saúde mental? Muito cuidado com essas apresentações, até mesmo para o corretor não bater o olho e achar que você fugiu do tema.
Além disso, não há, no Desenvolvimento, qualquer referência à palavra “possuídos”, que tinha a pretensão comparativo-introdutória e, portanto, era fundamental para a compreensão da sua tese. Os argumentos nascem em defesa da tese. Esse é um padrão que eu vi nas suas últimas duas redações: Aristóteles e Drogas têm uma ligação bem suspeita – pra não dizer inexistente -, assim como a ligação entre o descobrimento do Brasil e a emergência atual dos biomas brasileiros precisaria de uma forte argumentação, talvez sob o ângulo de traumas transgeracionais, para existir.
Proponho que seja mais flexível nessas possibilidades de introdução, recorrendo à introdução tradicional, se for necessária (Muito/Pouco se discute a respeito de..). Uma Apresentação em que eu veria mais lógica para o seu texto seria algo do tipo: “A Literatura atual é farta de estórias que narram aspectos marcantes para a saúde mental do século XXI”. Algo desse tipo se encaixaria muito mais aos seus propósitos dissertativos e, talvez, lhe proporcionassem alguma reflexão maior sobre isso.
No mais, vejo que você sabe cumprir as funções de um parágrafo introdutório.
“A Idade Média é vista como um marco na história da humanidade devido a(1) intensa presença(2) da religião na vida dos cidadãos(3). Tal contexto histórico mostra-se relevante, já que a exclusão dos indivíduos considerados “possuídos”(4) ocorre de forma análoga hodiernamente(5) com a saúde mental, o(6) qual(7) é um grande problema para a população brasileira. Nesse âmbito, torna-se imprescindível compreender as motivações da banalização dos problemas psicológicos e a falta de atendimento especializado.”
1 – Aqui o “devido” pede crase;
2 – Cuidado com o Eco (intensa presença), eu vou fazer várias observações sobre isso: você evita palavras repetidas não só por causa da pobreza vocabular, mas porque gera Eco, é horrível de ler, leia as suas redações em voz alta numa revisão;
3 – Eco (religião, cidadãos);
4 – Eco (indivíduos possuídos);
5 – Se o verbo já foi conjugado no presente, fica essa sensação de redundância, e é por isso que é melhor citar o advérbio antes, o que dá mais ênfase ao tempo que você quis destacar;
6 – O qual é a saúde? A qual;
7 – Eco (mental, qual) – aqui revela um vício para o Eco, não havia muitos motivos para você não usar a palavra “que”;
————————————————————— 2º parágrafo
Aqui no Desenvolvimento eu vejo que você entende do Tópico Frasal (TF) e o conecta aos fios soltos introdutórios (se é que você chama assim aquela antecipação de argumentos no 1º parágrafo). Isso facilita muito a compreensão do que você quer passar.
A minha maior dificuldade com a sua redação foram referências não clássicas (best-seller não é clássico, estamos de acordo?). Minha dica é que se você puder focar em referências clássicas, você vai ajudar o corretor a não se estressar caçando referências na internet, porque ô como é difícil encontrar uma resenha objetiva sobre o livro do John Green!
Eu acho que você já leu em outro comentário a ideia de argumentação que aprendi. A lógica é simples: o filme é exemplo, exemplo não é explicação. Quando você escreve esse TF, a sua primeira obrigação é explicar pro leitor o que você entende por “negligência” e “bem-estar”. Eu não posso fazer uma interpretação do filme por você, é você quem tem que me indicar qual é a sua explicação sobre o que é negligenciar, o que é bem-estar mental, e uma explicação completa pede causa e causa da causa. Por que negligenciam? Você me responde: porque banalizam. E por que banalizam? A resposta aqui é o exemplo?! Acho que esse erro vai ficar mais claro no segundo argumento.
“Primordialmente, vale ressaltar que uma boa parcela dos indivíduos negligência(1) o seu bem estar(2) mental. Sob esse viés, no filme ”Por lugares incríveis” de Jennifer Niven e Liz Hannah, há uma forte crítica a respeito do personagem Finch(3) que esconde de todos a sua dor e consequentemente a necessidade de pedir ajuda. Fora da ficção(4) a realidade não é diferente, visto que na contemporaniedade(5) as doenças psicológicas são por diversas vezes banalizadas e tratadas com menos importância que as demais. Dessa forma, a ausência de notoriedade(6) é capaz de gerar danos irreversíveis aos doentes.
1 – Negligencia, como verbo, é oxítona, sem acento;
2 – Bem-estar tem hífen;
3 – Aqui faltou vírgula, você sabe por quê?
4 – Acho que aqui você só esqueceu da vírgula;
5 – ContemporanEIdade. Estranho, eu sei;
6 – Essa palavra não ficou muito clara, acho que vc quis dizer “atenção”, porque “notoriedade” tá mais pra fama;
————————————————————— 3º parágrafo
Aqui eu acho que fica mais claro o problema de pensar no exemplo antes de pensar nas causas. Eu vou querer que você me explique por que falta atendimento especializado (e o tema é “no Brasil”) e o exemplo fala de um livro sobre uma americana, que, se eu não me enganei nas resenhas, recebe uma quantia de 100 mil reais de um bobão milionário. Aí, quer dizer, como isso pode se conectar à realidade brasileira? O que isso explica sobre a realidade dos nossos hospitais públicos? Ou, qual é a especificidade dos atendimentos especializados que dificulta a sua implementação em sistemas públicos brasileiros, no que pecam os CAPS? O exemplo não entra na explicação; exemplo esclarece, é um plus, é algo que vale, no máximo, uma linha, em vez de três. Eu queria ter acesso aos textos de apoio pra te ajudar a pensar a argumentação sem ter que levá-la ao exemplo de um livro que vem à cabeça e não necessariamente vai te dar uma argumentação interessante, seja porque são antigos, seja porque são de autores estrangeiros. Temas “no Brasil” merecem a sua atenção redobrada.
“Por conseguinte, cabe pontuar que,(1) a inércia governamental acerca do auxílio especializado contribui para a não modificação desse panorama. Nessa perspectiva, no livro ” Tartarugas até lá em baixo” de John Green, é retratada a vida de Aza Holmes(2) uma adolescente de dezeseis(3) anos que possui TOC (Transtorno obsessivo compulsivo), e regulamente(4) retém(5) acompanhamento médico. Em contrapartida(6) no cenário atual, é explícito(7) as dificuldades para obtenção de assistência(8) considerando a situação financeira dos brasileiros e o mínimo amparo dos hospitais públicos.”
1 – Não tem essa vírgula. Vírgula é exceção, você consegue justificá-la?
2 – Aqui faltou vírgula (geralmente, quando introduz uma explicação, vc vai colocar vírgula para separá-la);
3 – DezesSeis;
4 – RegulaRmente;
5 – Era essa palavra que você queria dizer mesmo? “Retém” com sentido de “possui”??
6 – Vírgula aqui, você sabe disso;
7 – As dificuldades é explícita? São explícitas as dificuldades. Ó o problema das frases invertidas…
————————————————————— 4º parágrafo
Seus argumentos falam de banalização e de falta de atendimento médico especializado. A proposta fala de medicamentos. Poxa, cadê a palavra “medicamentos” no desenvolvimento? O problema do atendimento especializado é a falta de medicamentos? Como eu posso extrair essa ideia do seu argumento? Essa contradição será descontada em alguma competência (entra como se fosse uma novidade na conclusão). Essa ideia de fazer duas propostas, pra mim, é tão problemática… Foca só em um dos argumentos e mete uma solução bem detalhada, a banalização parece ser o seu argumento mais forte, foca nele, o problema é esse mesmo, é falta de conscientização e empatia coletiva, nosso problema de saúde mental é público, é geral, é comunitário, a causa são os tabus, é isso que o filme diz e você devia enfatizar, com as suas palavras, pra sentir a própria firmeza na resolução do problema! Barateamento de remédio é um problema tão complicado quanto posterior ao principal problema que você mesma aponta no seu texto, que é o medo do diagnóstico, o medo das próprias sombras/traumas, enfim, da falta de humildade. Além disso, já comentei, aquela frase da Idade Média não passa sensação nenhuma de que o texto foi interligado do início ao fim, acho que isso você msm reconhece kkkk.
“Diante do exposto, é essencial buscar soluções práticas para reverter essa situação. A princípio, necessita-se urgentemente que o Ministério da Saúde disponibilize suporte gratuito e o barateamento dos medicados(1), por meio da criação de novos projetos direcionados aos enfermos mentais, a fim de democratizar o serviço psíquico a todos. Ademais, faz-se fundamental a utilização dos meios de comunicação(2), tal(3) como rádios, emissoras televisivas e redes sociais(4) para discutir e informar o(5) público sobre a temática. Assim, será possível superar a rejeição imposta na Idade Média.”
1 – Medicamentos? Medicados são as pessoas medicadas, não? Mas aí ficaria Eco, registre-se kk;
2 – Eu já estava com saudade do Eco (utilização, comunicação);
2 – Tais – referente a “meios”;
3 – Faltou vírgula (precede explicação – explicação é diferente de causa…);
4 – Informar algo a alguém: eis a regência de informar;
————————————————————— Minhas conclusões
Acho que teve muito erro de digitação, no geral você escreve bem.
O tema pode ter sido difícil, eu posso não ter explicado bem, especialmente sobre o problema do segundo parágrafo, e aí peço que me pergunte, porque supus que você já lera em outra correção minha e eu não quis ser repetitivo. Talvez eu tenha que ler o livro ou ver o filme pra entender completamente as suas ideias, e eu só sei que definitivamente não será isso o que um corretor Enem fará na hora da correção.
Me perdoe se eu trouxe alguma confusão. Desenvolvimentos não são fáceis e eu torço para que você tenha dúvidas e formule perguntas, é muito difícil dialogar com monólogos. Contém ironia!
C1: 120 (os Ecos, algumas frases longas, alguns erros de pontuação e, principalmente, algumas palavras que me parecem sem sentido exato);
C2: 120 (bati muito nessa estrutura, né?);
C3: 120-160 (não conheço os textos de apoio pra definir isso);
C4: 200 (não acho que o Enem seja mais rigoroso do que eu);
C5 : 120-160 (a diferença entre o bem e o mediano pra mim é tão pequena – eu considero que faria mais sentido vc focar na segunda proposta, e a segunda foi justamente a menos detalhada… Temos que pensar isso aí)
Sobre um comentário da Melissa: 330 palavras está na média de 10/12 palavras por linha, não há nada de exagerado aí, pelo contrário, há redações notas mil em que você vê facilmente mais de 400 palavras. Inclusive é contra isso que muitos de vocês estão competindo, essa média de letrinhas pequenas entre os concorrentes nota mil.
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Mr.Crozma
Esse não é um tema Enem. Você nunca terá, no Enem, essa possibilidade de propor um não fazer, pura e simplesmente porque o Enem fala em intervenção - ação de intervir. Isso me faz imaginar que você pode estar escolhendo temas aleatoriamente ou você pode estar escrevendo para outros vestibulares. NãoLeia mais
Esse não é um tema Enem. Você nunca terá, no Enem, essa possibilidade de propor um não fazer, pura e simplesmente porque o Enem fala em intervenção – ação de intervir. Isso me faz imaginar que você pode estar escolhendo temas aleatoriamente ou você pode estar escrevendo para outros vestibulares. Não recomendo essa mistura.
E aí o que eu faço? Corrijo conforme critérios de vestibulares como a Fuvest ou peço que envie outra redação, num tema estilo Enem? A única dica que eu quero dar é essa de treinar temas Enem.
Espero que goste de estudar sociologia jurídica, criminologia, filosofia jurídica, você merece ampliar os seus conhecimentos sobre isso. Quer dizer… Tua escrita tem a cara de jurista.
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Mr.Crozma
Dizer que "a priori é visível" é uma contradição em termos. Se a priori significa antes da experiência, você só está no plano da imaginação, que, aliás, é péssimo de se considerar argumentativamente. O argumento é mais forte antes ou depois da experiência, da prova, do exemplo? Essa lógica de a prioLeia mais
Dizer que “a priori é visível” é uma contradição em termos. Se a priori significa antes da experiência, você só está no plano da imaginação, que, aliás, é péssimo de se considerar argumentativamente. O argumento é mais forte antes ou depois da experiência, da prova, do exemplo? Essa lógica de a priori/a posteriori no Enem enfrenta alguns olhares feios de quem entende os conceitos e pode lhe trazer problemas desnecessários.
“Em suma” também não é um conectivo satisfatório. Em algumas conclusões ele até faz sentido, mas numa conclusão propositiva você não está prestes a resumir; você está trazendo uma consequência lógica de toda a sua problematização. Do contrário, você está se dispondo a escrever uma frase-ideia repetida nesse Tópico Frasal da conclusão.
Bah, “é mister a necessidade” me parece ser redundante. Não sei se concorda…
Eu vejo que você faz a técnica de causas e consequências com exemplificação. Só que a sua técnica está distribuída de uma maneira um pouco diferente da que aprendi.
Quando eu leio o seu Tópico Frasal, eu pergunto a ele “por quê?”, e ele não me responde de primeira. Isso importa pra sensação de solidez argumentativa que você quer passar pro leitor.
A estrutura que eu aprendi é a seguinte:
Ideia (Tópico Frasal)
Explicação
Aprofundamento
Ao invés da causa imediata, o texto suspende a argumentação pra dar um exemplo ou uma citação que seriam mais interessantes no meio do parágrafo, porque são aprofundamentos, não explicações do SEU argumento.
E veja: seu exemplo está muito grande. Imagina que o Exemplo ideal tem que gastar só uma linha, porque uma boa explicação anterior já o faz se encaixar perfeitamente no seu argumento. Você está sentindo essa necessidade porque cita o exemplo antes de dar a causa do seu argumento.
Da mesma forma, a citação parece não estar encaixando tão bem logo de início. Vale a pena testar essa inversão de que falei acima.
Quando a gente fala que é Desenvolvimento é igual a Tópico Frasal + Aprofundamento, a gente está levando em consideração que o Aprofundamento já está incluindo a causa, e muitas pessoas não levam isso em consideração quando falam que se deve fazer Citação, Exemplificação ou Dados. Eles são complementos da explicação, a ideia é eles apareçam no meio ou no final do parágrafo, como suportes.
Inclusive essa ideia de pensar no Exemplo como complemento te ajuda a se virar argumentativamente em temas para os quais você não tenha exemplos e, consequentemente, não tenha que inventar e eventualmente tangenciar o tema.
Pense que “TF + Causa + Causa da Causa + Consequência + Consequência da Consequência” é a estrutura base que já serve para garantir o argumento forte.
Divirta-se considerando essas palavras e essa mudança de ordem nos parágrafos, se quiser né. Espero que eu tenho sido convincente e claro.
Quando você tiver segurança da sua estrutura, dificilmente sentirá necessidade de escrever o texto inteiro com tanta frequência, pra poupar tempo e focar nas outras disciplinas do seu vestibular. Eu imagino que você queira coisa grande, resolve essa questão estrutural logo.
See lessA pena de morte e a criminalidade no Brasil (sei que violei direito humanos, mas como expor uma opinião contraria a tais direitos sem viola-los?)
Mr.Crozma
Você tem que saber diferenciar tema Enem de tema não Enem. Esse tema aí não pede proposta! Se você pode se posicionar contra ou a favor da pena de morte, isso significa que a proposta de intervenção é obrigatória, porque um dos lados diz que não tem problema (nesse caso, os que não defendem a pena dLeia mais
Você tem que saber diferenciar tema Enem de tema não Enem. Esse tema aí não pede proposta! Se você pode se posicionar contra ou a favor da pena de morte, isso significa que a proposta de intervenção é obrigatória, porque um dos lados diz que não tem problema (nesse caso, os que não defendem a pena de morte e, portanto, não precisariam propor nada, porque a lei já proíbe, exceto em crimes de guerra).
Tô lendo essa redação porque eu tava corrigindo uma outra, em que você também comentou, e lá você disse que não tá se preparando pro Enem. Meu, é importante dizer qual é o vestibular para o qual vc está se preparando, até pro pessoal não corrigir a sua redação conforme os critérios do Enem. O Enem é todo moldado na proposta de intervenção. Ela define os tipos de tema e a sua tese, que é necessariamente problematizante – e aí define os seus argumentos – além, por óbvio, da sua conclusão propositiva.
Há vestibulares que sequer cobram argumentação. Você tem que estudar temas específicos deles, com a cabeça deles. Daí que Pena de Morte é um tema que faz todo sentido na Fuvest e na Uerj, mas que não faz sentido nenhum no Enem.
E só uma provocação: como defender os presídios brasileiros e não desrespeitar os direitos humanos?
See lessAdolescência e o despertar para o exercício da cidadania.
Mr.Crozma
Tema apropriado! Agora vai. ----------------------------------------------------------- Comentários iniciais Tem gente que consegue escrever 400 palavras na redação Enem. Eu já li uma redação nota mil com 499! Ah, a sua tem 328, performance média entre 10-12 palavras por linha; aceitável, pois. NãoLeia mais
Tema apropriado!
Agora vai.
———————————————————– Comentários iniciais
Tem gente que consegue escrever 400 palavras na redação Enem. Eu já li uma redação nota mil com 499! Ah, a sua tem 328, performance média entre 10-12 palavras por linha; aceitável, pois.
Não vejo problema de norma culta no “Primordialmente”, mas há um problema lógico que você deve evitar. A ideia de “primeiro”, numa dissertação-argumentativa, é sobre o primeiro argumento, a primeira ideia. Num texto expositivo, a primeira “exposição” faz sentido ser a Introdução.
Veja que criou um conflito com o conectivo do segundo parágrafo: afinal, o que vem primeiro aí?! Inclusive, esse lance “Primeiramente” no segundo parágrafo vem da ideia de que vários argumentos eram listados com 03 parágrafos de Desenvolvimento.
Dependendo da estrutura, pode ser mais interessante pensar não dar o conectivo, justamente pra passar uma ideia de transição natural, já que, como exemplifico abaixo, a ideia da Introdução não foi concluída no parágrafo introdutório:
…Introdução termina:
“… desafios que têm como base dificuldades informacionais e
administrativas.”
…Desenvolvimento 1 começa:
“Há um excesso desafiador de informações disponíveis.”
… Desenvolvimento 2 começa:
“Por sua vez, a má performance da política educacional brasileira
evidencia-se na sua omissão.”
Enfim, mudei um pouquinho as suas palavras, só pra mostrar que o primeiro parágrafo pode criar uma expectativa de continuação/explicação dos ‘fios soltos”. É por isso que fiz uma observação sobre esses fios soltos – ou seja, a expectativa argumentativa que você cria na Introdução – estarem no meio do parágrafo, em vez de no final. Só agora consegui entender o que estava acontecendo naquela outra redação. Vou tentar explicar direitinho a seguir.
———————————————————– 1º parágrafo
“Primordialmente, é válido afirmar que a educação estimula o exercício da cidadania, além de preparar os jovens para o mercado de trabalho. Entretanto, a educação passa por desafios que surgem como base: o excesso de informações tecnológicas no ensino e a omissão do Governo, no que tange,(1) a área de ensino-aprendizagem. Desse modo, surge(2) como maior consequência,(3) o baixo nível de aprendizagem para exercer uma cidadania correta e a falta dos mecanismos necessários para um conhecimento adequado.”
— O Lucas comentou que você poderia explicar o conceito de cidadania. Ele está certo: o que ele queria era a apresentação do tema!
Você tem que se inspirar no seguinte sentido: imagine que alguém pegue a sua redação num chão de praça e precise entender do que você está tratando, já no primeiro parágrafo, pra não pegar o papel e jogar no lixo.
A missão da sua primeira frase é mostrar pro leitor que você e ele se entendem, tão falando e pensando sobre a mesma coisa. Então, mais do que conceituar a cidadania, cabia à Introdução apresentar o tema, o problema que você quer abordar.
Por isso a técnica tradicional: “Muito se discute sobre a consciência cidadã do adolescente em formação”.
Consegue perceber que essa contextualização precede a afirmação de que “a educação estimula o exercício da cidadania”? Essa sua frase inicial, na verdade, é uma parte da tese. Como ficaria muito pequena a sua Introdução, você colocou uma conclusão, em forma de consequência, cujo lugar já estava definido no Desenvolvimento.
A ideia da Introdução é esta: termine com fios soltos para serem puxados no Desenvolvimento, os fios soltos estão no meio da sua Introdução e você tá sentindo necessidade de concluir esse 1º parágrafo porque não está apresentando o tema devidamente. Uma das formas evoluídas de Apresentação do tema é a Introdução por Definição sugerida pelo LucasGabriel.
1 – O “no que… a” pede a preposição a – nesse caso, a crase -, e essa vírgula aqui não existe, ou seja: no que tange à área;
2 – Repetição de palavra, e eu achei o primeiro “surgem” ruim, eu preferia o “têm”;
3 – “como maior consequência” é a expressão deslocada: vírgula atrás e na frente, portanto;
———————————————————– 2º parágrafo
“Em primeira análise, cabe pontuar que desde a década de 1940,(1) a sociedade atribuiu às escolas a responsabilidade da formação dos jovens, tanto para exercer uma cidadania correta quanto para o mercado de trabalho. Todavia, devido o(2) excesso de informações tecnológicas no ensino, os mecanismos do conhecimento transformou-se(3) em desafios, que está(4) presente na sociedade atual. Como resultado, trouxe(5) de forma visível à(6) desigualdade na construção de uma sociedade, no que se refere,(7) à realização precisa da cidadania.”
— A Ninadeath está parcialmente correta. Você não explorou o centro do argumento porque não o colocou como centro do argumento. Explico: a função do Tópico Frasal é apresentar o seu argumento na sua forma mais pura, para, a partir dele, aprofundar. Argumento = Tópico Frasal + Aprofundamento. Essa primeira frase tem uma função introdutória que também não existe, e acho que você sentiu essa necessidade porque concluiu a sua Introdução. Enfim, tente realocar as suas peças para não passar essa sensação de confusão entre argumentos ou essa insuficiência argumentativa. Como o excesso de informações gera desigualdade? Quais são esses desafios? Como o excesso de informações atrapalha o exercício da cidadania pelos jovens? São essas algumas das perguntas que ficaram abertas no parágrafo.
1 – Mesmo problema do “3” anterior;
2 – Devido ao. Dever é verbo transitivo direto e indireto: devo algo a alguém, devo a alguém algo;
3, 4 – Aqui uma sequência de erros de concordância, que que aconteceu? Mecanismos transformaram-se; desafios que estão presentes;
5 – Sujeito muito distante, revele o sujeito: isso trouxe;
6 – Aqui é sem crase;
7 – Aqui também não tem vírgula, assim como no “1” da Introdução;
———————————————————– 3º parágrafo
“Outrossim, evidencia-se a omissão do Governo como impulsionador do problema. Segundo o filósofo Michael Montaigne(1): ‘’A mais honrosa das ocupações é ser útil as(2) pessoas’’,(3) no entanto, de maneira análoga(4) ao pensamento do filósofo, as atuações governamentais se opõem ao desenvolvimento de ações destinadas ao ensino. Dessa forma, as consequências que surgem na construção do conhecimento são visíveis. Comprova-se a exposição do argumento acima(5), o fato das(6) escolas brasileiras qualificarem os alunos para o ano seguinte sem os devidos conhecimentos, trazendo(7) consigo problemas,(8) que afetam as relações sócias(9) e acadêmicas.”
— Esse aqui já está mais organizado, justamente por causa do Tópico Frasal que você fez. Essa estrutura daqui (TF + Aprofundamento) é pra ser repetida no outro parágrafo argumentativo.
1 – Michel de Montaigne;
2 – “Ser alguma coisa a alguém” – aqui tem crase;
3 – Aqui era pausa de ponto-e-vírgula ou ponto final. Esse “no entanto” está à deriva;
4 – Aqui você quis contrastar, não comparar: “em contraste ao…”;
5 – Eita conectivo extenso, conhece o “Isso porque”? Use-o.
6 – O fato de as escolas. Você não conhece núcleo de sujeito algum que seja precedido por preposição. Se o sujeito de “qualificarem” é “as escolas”, trate de separar o artigo da preposição;
7 – Quem está trazendo? Pelo contexto dá pra entender, mas construa as frases de maneira a não depender do contexto para ser entendida, gerúndio tem desses problemas, evite-o.
8 – Aqui a vírgula muda o sentido da palavra “problemas”: recomendo estudar as orações adjetivas;
9 – Sociais… Imagino que tenha sido erro de digitação;
———————————————————– 4º parágrafo
“Em síntese(1), é dever do Ministério da Educação,(2) atuar através de um melhor investimento nas escolas brasileiras, visando transformar o ambiente tecnológico em um ambiente onde o convívio social predomina. Bem como(3), o desenvolvimento de programas que por meio de palestras escolares(4), visem(5) aumentar as atuações governamentais(6) aos órgãos estudantis. Na sequência, (7)atuar através(8) de uma reforma pedagógica em todos os níveis de ensino. Dessa maneira, os educadores transformarão os adolescentes em verdadeiros cidadãos étnicos(9) e críticos. Feito isso, a sociedade se fortalecerá.”
1 – Sua conclusão não faz um resumo – sugestão que dou a todos os meus alunos: sob esse prisma;
2 – Sem essa vírgula aqui;
3 – “Bem como” não inicia frase; explico se vier a reiterar este erro;
4 – “por meio de palestras escolares” é a expressão descolada: tem vírgula depois e antes;
5 – Palavra repetida desnecessariamente: busquem, procurem, aumentem…
6 – Aqui você queria dizer “junto aos”, né? Comeu palavra;
7 – Quem tem que atuar??
8 – Repetido e equivocado: “através” tem um uso tão especial que dificilmente é usado corretamente. Prefira: por meio de, junto a, com, ao lado de, e outros;
9 – Ético é uma coisa, étnico é outra;
———————————————————– Minhas Conclusões
Acho que muito da dificuldade que você teve para construir esse texto vem dessa confusão entre Introdução e Desenvolvimento. A Apresentação do tema define muita coisa, eu consigo imaginar você confundindo tese com fio solto aí! Tese não é a causa do seu adjetivo; a tese é o seu adjetivo! Qual é o adjetivo? A educação passa por desafios, a educação está em crise, o despertar está em crise, o despertar é criticável; adjetivo: criticável.
Recomenda-se que a Tese seja destacada numa única frase em separado, ou seja, aquele dois-pontos ali no meio da Introdução, de alguma maneira, viriam como um ponto final. Isso vai mudar toda a sua forma de estruturar a Introdução, mas achei importante, principalmente pra organizar o 1º parágrafo de desenvolvimento, que omitiu a conclusão porque essa conclusão foi posta na Introdução. No 2º parágrafo vc parece ter feito até um esforço pra não repetir a expressão “conhecimento adequado”, mas se a gente faz uma leitura só, a gente já perdeu o fio da meada…
Enfim, torço para que eu tenha me feito minimamente entendido, essa adequação da teoria à prática é a parte mais difícil e me coloco à disposição pra entender o que quer que você não tenha entendido.
C1: 120, muitos errinhos;
See lessC2: 80-120 também;
C3: 120, não houve contradição;
C4: 160, teve algumas inadequações sim;
C5: 160, teve mais propostas do que detalhamentos
Como o desperdício de alimentos impacta a sociedade
Mr.Crozma
Boa redação! --------------------------------------------------- 1º parágrafo "Em 2017, em decorrência da acentuação do desemprego e da extrema pobreza, o Brasil voltou a fazer parte do mapa da fome da ONU. No entanto, enquanto milhares de brasileiros não tem(1) do que se alimentar, toneladas de aliLeia mais
Boa redação!
————————————————— 1º parágrafo
“Em 2017, em decorrência da acentuação do desemprego e da extrema pobreza, o Brasil voltou a fazer parte do mapa da fome da ONU. No entanto, enquanto milhares de brasileiros não tem(1) do que se alimentar, toneladas de alimentos são diariamente destinados ao lixo. E(2) este cenário ocorre não só em razão da compra excessiva de alimentos, mas também da cultura de não reaproveitamento de suprimentos.”
— Ótima introdução: compreensão de tema, exposição de tese e de expectativas argumentativas devidamente feitas.
1 – Plural: têm;
2 – “E” não inicia, pelo menos formalmente, os períodos. E, Mas, Porque… Esses conectivos que não têm uma flexibilidade dentro de uma oração também não são indicados para iniciar uma oração. Acho que é porque eles têm uma postura muito firme de conexão entre duas orações, mas não sei explicar tecnicamente;
————————————————— 2º parágrafo
“Em primeira análise, observa-se o hábito de um consumo desenfreado de alimentos no país. Nesse viés, segundo o psicólogo estadunidense Carl Rogers, a empatia é ver o mundo com os olhos do outro e compreender suas dores. Entretanto, uma vasta parcela da população brasileira desconhece o ato empático, pois(1) mesmo com a expressiva situação de fome no Brasil, (2)acaba desperdiçando comida. E(3) este cenário ocorre porque o brasileiro tem o hábito de comprar além do necessário, e múltiplos alimentos acabam por serem jogados no lixo. Dessa maneira, é indubitável que este cenário requer intervenção.”
— Sei que o espaço ficou pequeno, mas senti que dava pra concluir melhor: qual é a consequência direta do excesso de desperdício de alimentos? Um exemplo, se as pessoas comprassem menos, os alimentos ficariam mais baratos e haveria melhor distribuição de alimentos? Enfim, algo desse tipo.
— Não sei como você vai trabalhar suas ideias com isto, mas empatia precisa, atualmente, trazer em seu conceito o Lugar de Fala e, por conseguinte, a distinção entre simpatia e empatia; as pessoas conseguem compreender a fome, consegue sentir simpatia, o que não conseguem é entender que empatia não é se colocar no lugar do outro, mas tomar atitudes, a partir do seu próprio lugar, em benefício do outro. Empatia não pede uma posição passiva como a simpatia. Só trago essa pequena contribuição aqui porque voce parece escrever com as próprias palavras, suas próprias reflexões, não acho que isso demonstraria um erro seu, mas, se puder aprimorar o raciocínio, por que não, né?
1 – Faltou vírgula aqui;
2 – Recomenda-se colocar o artigo antes do verbo, pra facilitar o referencial numa leitura corrida;
3 – Já falei sobre isso;
————————————————— 3º parágrafo
“Em segunda análise, é preciso evidenciar o não hábito da reutilização de alimentaçoes(1) por cidadãos brasileiros. Pode-se verificar, por exemplo, que nos tempos coloniais, os escravos criaram a feijoada, aproveitando(2) as sobras de comida da casa-grande, que incluíam partes descartadas do porco, como pés, orelhas e rabo. No entanto, no Brasil atual, nota-se que a população não é adepta deste costume em seu cotidiano. Desse modo, é de extrema importância que o brasileiro passe(3) a valorizar a sua refeição diária.
— Muito interessante o seu contato com a nossa (não) transgeracionalidade, algumas boas referências históricas não foram transmitidas à nossa cultura branca-ocidental, de transgeracional parece que a gente só tem os traumas. Bah, já tô achando que tu vai fazer psicologia. Espero que esteja trabalhando o seu psicológico para ter esse tipo de referência na hora da prova!
— Aqui também ficou faltou um fechamento de ideia: por que o povo perdeu esse hábito? Qual é o efeito disso? Essas são questões que fecham um argumento. Pensa que a sua redação tem 316 palavras e um redação nota mil tem uma média de 400, qual é o problema que você está em suas folhas?
1- Me ajuda a te ajudar: alimentos kkkk
2 – Só use gerúndio quando realmente inevitável, aqui ficaria melhor com “porque reaproveitavam”;
3 – “Volte”, né?
————————————————— 4º parágrafo
“Portanto, é notório que este empecilho pode ser solucionado com apenas(1) uma plena e eficiente medida. Para tanto, o Ministério da Cidadania deve criar, por meio de verbas governamentais, campanhas de conscientização nos meios midiáticos que detalhem a circunstância atual de fome no país e advertam(2) sobre o descarte de alimentos, sugerindo que o interlocutor crie o hábito do reaproveitamento alimentar e a doação de alimentos. Somente(3) assim será possível combater o cenário apresentado pela ONU.”
— A proposta atende às formalidades do Enem, não acho que haja motivos pra descontar pontos daqui, mas cuidado com os termos restritivos, eles impõem uma enorme responsabilidade sobre o tema e podem tornar o corretor rigoroso, já que ele estuda o ano inteiro sobre o tema e não quer ler que você tem A solução que, na verdade, é pouco indicada pelos especialistas que ele estudou.
1 – Tá, e se eu te falar que o Ministério da Cidadania num tá nem aí pra isso, não tem credibilidade pra inspirar essas mudanças, que a tua proposta já acontece e não tá resolvendo, como fica esse “apenas”? Busque sempre considerar/respeitar outras visões sobre o tema e sobre como ele deve, na opinião delas, ser resolvido – aqui a sua função é propor, não solucionar.
2 – Advirtam, com i mesmo;
3 – Mesmo problema do 1, é um termo restritivo, panfletário, completamente desnecessário, é claro que há diversas maneiras de solucionar um problema proposto.
————————————————— Minhas conclusões
Ótima redação que ficou devendo em número de palavras e reflexões que podem te deixar abaixo dos 900, se os fatores inconscientes do corretor estiverem desfavoráveis à tua nota, mas fica nessa faixa, com as dificuldades concentradas na C2 e na C3, e talvez alguns 180’s nas outras competências.
Portanto, escreva mais, tome cuidado com algumas expressões e faça sempre uma rigorosa revisão da sua norma culta, acho que eu não corrigi nada de muito novo pra você, talvez o E e olhe lá.
See lessA questão da mobilidade urbana.
Mr.Crozma
Obrigado por informar o vestibular, facilita muito a avaliação! nunca corrigi carta, sempre ouvi dizer que as notas são altas quando se obedece à lógica de uma carta. Fiz 4 observações que podem tirar o 10 de você. -- Sobre o "prezado": a relação de moradores para com qualquer chefe do Legislativo éLeia mais
Obrigado por informar o vestibular, facilita muito a avaliação! nunca corrigi carta, sempre ouvi dizer que as notas são altas quando se obedece à lógica de uma carta. Fiz 4 observações que podem tirar o 10 de você.
— Sobre o “prezado”: a relação de moradores para com qualquer chefe do Legislativo é de distanciamento, de respeito; talvez um Digníssimo soasse melhor aqui. E “Senhor”, com certeza.
“Como moradora e dependente do transporte público da cidade de Lândia, solicito essa carta ao senhor Presidente da Câmara Municipal, pedindo melhorias na questão da mobilidade urbana, pois, muitas vezes gasto mais de duas horas no caminho de minha casa ao trabalho.”
— Você não está solicitando uma carta, mas enviando-a, encaminhando-a.
— Faltou uma vírgula depois do “muitas vezes.
“Cabe então ao Sr. analisar estas situações e agir conforme os benefícios da população.”
— Eu não sei dizer se estou sendo rigoroso ou não, mas a atribuição do Poder Legislativo não é executar obras, mas criar leis e fiscalizar o Poder Executivo por meio de, por exemplo, CPIs. Talvez você devesse enfatizar isso.
Mas, assim, talvez, talvez… É muito difícil tirar nota baixa em Carta, ou ver um corretor sendo rigoroso nesses estilos diferentes, a não ser que UEM tenha um vestibular difícil. Foi coerente com os textos de apoio e obedeceu à estrutura.
Não tenho parâmetros pra dar nota, infelizmente :/
Quanto pesam 2 erros leves de português?
Quanto pesa uma possível falta de formalidade no endereçamento?
Quanto pesa uma proposta dúbia em relação ao que o destinatário poderia fazer?
Eis as questões!
See lessA mobilidade urbana e seus impactos na sociedade brasileira
Mr.Crozma
A Nat não está totalmente errada na correção dela, mas quero te mostrar alguns erros que descontam ponto, e outros que podem te complicar, mais cedo ou mais tarde. Já adianto que a correção ficou extensa por conta de erros repetidos, cuja maioria é reparável se você passar a escrever frases mais curLeia mais
A Nat não está totalmente errada na correção dela, mas quero te mostrar alguns erros que descontam ponto, e outros que podem te complicar, mais cedo ou mais tarde. Já adianto que a correção ficou extensa por conta de erros repetidos, cuja maioria é reparável se você passar a escrever frases mais curtas.
Frases curtas facilitam a leitura, organizam os seus pensamentos, possibilitam uma respirada e evitam os erros de pontuação que eu fiz questão de apontá-los na totalidade que eu consegui perceber durante esta madrugada. Quer uma dica, antes de começar a ler o que escrevi? Faça você mesmo uma revisão e use esta correção-aula como gabarito.
Entre aspas, o seu parágrafo; abaixo, meu comentário; numerados, erros de norma culta explicitados ao final.
—————————————————————— 1º parágrafo
“De acordo com a constituição federal de 1998(1), o direito de ir e vir é uma das garantias fundamentais do cidadão, mas lamentavelmente isso não é garantido para todos, já que a mobilidade urbana no Brasil é precária. Visto que(2) com o aumento das passagens de ônibus e sem um meio de locomoção de qualidade,(3) as pessoas optam a comprar um transporte particular, assim aumentando a frota de carros nas grandes cidades.”
— Você começou o texto já dando causas e consequências, isso vai te embaralhar no desenvolvimento. A introdução só dá indícios da argumentação que pretende desenvolver! Em outras palavras, se você pensar em usar conectivos de explicações já na Introdução, desconfie que está tirando do Desenvolvimento alguma ideia primária, e isso tem importância pra organização de um texto argumentativo.
1- Constituição Federal refere-se com letra maiúscula, e foi criada em 1988. Confunde isso não, ela fez 30 anos recentemente, não 20. Democracia jovem, mas não tanto;
2 – “Visto que” não inicia frase. Pensa que uma frase tem que fazer sentido por si mesma, pelo menos na formalidade: “E”, “Mas”, “Porém”, todos esses são conectivos que dependem de outra oração, daí que não podem ser cortados dessa outra com ponto final!
3 – Aqui você fez a explicação da explicação. É importante separar com vírgulas antes e depois, pra não misturar as frases. Você sentiu a necessidade de colocar a vírgula depois, tem que colocar antes também. No caso, depois do “visto que” tem vírgula!
—————————————————————— 2º parágrafo
“As manifestações ocorridas em 2013, pelo o(*) aumento de 20 centavos(1), foi(2) o exemplo de que a população precisava dos transportes públicos, mas muitos dos modais têm péssimas qualidades e com(3) pouca segurança, além de que(4) a rede de transporte pública(5) não atinge todos os pontos periféricos, o serviço não é de excelência e ainda é excludente. A dificuldade das pessoas que apresentam necessidades especiais, por exemplo, mantém uma relação íntima com a mobilidade urbana, assim(6) segundo uma pesquisa feita na cidade de São Carlos em 2004,(7) mostra(8) que apenas 20%(*) das frotas de ônibus eram adaptadas para cadeirantes,(9) dessa forma, deixa(10) claro(11) que os transportes públicos não são para todos.”
— O ponto final vai fazer muita diferença no Desenvolvimento. A começar pela importância de se destacar o Tópico Frasal, que é o argumento propriamente dito, que é o que mais tem que ser destacado, até para o corretor detectar a sua estratégia argumentativa. Esse Tópico Frasal te ajudaria a perceber, por exemplo, que a relação entre “a população protestar por melhores transportes públicos” e “os modais têm péssima qualidade” não há uma relação adversativa, como sugere o “mas”: é uma relação causal. O exemplo não é lá essas coisas não kkkkk depois de 2013, o povo que foi na rua ficou quietinho – aqui no rj: 2,75 à época; hoje, 4,05. Aquele povo usava transporte público mesmo?
* – Só vi depois de corrigir o parágrafo inteiro… “Pelo o” não existe. Pelo = por + o;
1 – Vinte. Recomenda-se que números com até duas sílabas sejam escritos por extenso;
2 – Errado não está, mas recomenda-se, nesses casos, que concorde com a palavra em plural (As manifestações);
3 – “Com” nada, o “têm” tá implícito aí. Corta o “com” e a frase fará sentido.
4 – Sempre que puder evitar o “que”, é melhor, ainda mais nesse caso, em que o “que” surge para evitar a distinção de sujeitos. Olha como seria: “Além de a rede de transporte público não atingir”, que é bem mais formal;
5 – São os transportes que são públicos, não a rede – concordância com os transportes;
6 – Aqui o seu hábito de escrever sem ponto final cria um problema. Impossível você ler esse “assim” depois de fazer uma pausa com vírgula. Ali é pausa de ponto final – vou falar disso mais à frente. Esse “assim”, por si só, já justificaria uma vírgula depois dele, mas tem mais…
7 – Aqui aconteceu o que aconteceu lá no 1º parágrafo, explicação da explicação, lembra? A vírgula após o “assim” tinha justificação dupla! Só que colocar a vírgula ali seria deixar o “assim” à deriva, daí a importância do ponto final antes dele;
8 – Quem mostra? O “segundo” tira dessa frase (as pesquisas) o caráter de sujeito. Tira o “mostra que” e você vai ver que a frase continua fazendo sentido;
* Aqui é pra escrever como número, antes que eu crie essa dúvida, lê-se “vinte-por-cento”: não são sílabas, afinal!
9 – Novamente, cadê o ponto final? Imagina a frase sem o “assim” lá atrás: esse “dessa forma” não poderia estar se referindo à oração anterior? Ponto final define sentidos, fecha ideias!
10 – Quem deixa? Sujeito desconhecido: deixa-se.
11 – Ahh sim, deixo nada, “deixar claro” é oralidade: evidencia-se, conclui-se, observa-se!
—————————————————————— 3º parágrafo
“Com o aumento das frotas de carros nas grandes cidades acabam(1) causando(2) grandes problemas,(3) uma pesquisa feita pela FGV diz que,(4) a frota de automóveis no Brasil cresceu cerca de 400% nos últimos 10 anos, esse número denuncia a falta de políticas públicas. O engarrafamento é um exemplo cotidiano que acontecem(5) com as pessoas que moram nas grandes cidades, em(6) uma reportagem feita pela emissora Band mostra,(7) que(8) quando chega(9) horário de pico, a velocidade alcançada por cada carro é de aproximadamente 10 km/h, a(10) medida que carros se aglomeram(11) uma intensa poluição se acumula, assim(12) prejudicando ao(13) meio ambiente.”
— A argumentação tá ótima, com uma advertência que eu vou fazer lá no final, mas os errinhos bobos de pontuação, repetidos inclusive, situações que eu tenho certeza que você vai aprender a identificar e não vai mais cometer se se habituar às frases curtas.
1 – O “com” efeito do “segundo”, aí é inevitável perguntar: quem acabam?!
2 – “Acabar causando” é oralidade, acaba o quê? Use: ocorrem, surgem;
3 – Aqui era a hora de brilhar com um ponto final. Tópico Frasal destacado! É curioso de onde vem esse vício de escrever sem pausas, eu também o tinha, é normal;
4 – Vírgula não separa o “que” da sua respectiva oração;
5 – “Que” substitui “um exemplo”, então o verbo deveria estar no singular;
6 – Corte o “em”. Uma reportagem mostra, mas numa reportagem se mostra! Vou ter que explicar…
A função da preposição é ligar dois termos, então sua posição natural (na frase de ordem direta) é o meio da frase: depois do sujeito, antes do complemento indireto. Isso significa que a preposição nunca antecede um sujeito! Daí que o verbo nunca vai concordar com o suposto sujeito preposicionado.
“O Flamengo venceu o Vasco” é uma frase confusa, porque não se sabe qual é o sujeito (a frase pode estar invertida), mas se “o Flamengo venceu do Vasco”, sabemos quem venceu o jogo de verdade, só por causa da preposição.
De, com e segundo são preposições;
7 – Vírgula não separa o “que” do seu complemento direto;
8 – “[…], quando chega o horário de pico,[…]” Frase explicativa deslocada, misturada, quase sempre é separada por vírgula;
9 – É importante colocar sempre o artigo no texto. Chega o horário de pico;
10 – À medida que. Na medida em que. Crase no primeiro caso. Sem ela, a frase pode ter outro sentido;
11 – Faltou vírgula aqui;
12 – Aqui tem aquele mesmo problema de pontuação;
13 – Prejudicar é verbo transitivo direto. Quem prejudica, prejudica alguém.
—————————————————————— 4º parágrafo
Conclui-se então(1) que medidas devem ser tomadas, o governo deve aplicar as verbas destinadas ao transporte, construindo ou ampliando ciclovias, incentivar a população sobre a carona solidária e promover programas de incentivo sobre o desenvolvimento sustentável, por meio das redes sociais ou através das escolas, isso faz com que o engarrafamentos diminua(2) e as pessoas optem a(3) utilizar,(4) transportes públicos com mais frequência, assim(5) fazendo valer(6) oque(7) está escrito na constituição(8).
— Finalidade propositiva devidamente cumprida, e ai de você se não citasse as ciclovias. O ciclista aqui agradece.
1 – Vírgulas;
2 – Plural ou singular isso aqui!?
3 – Quem opta, opta por;
4 – Por que essa vírgula?
5 – Já falei exaustivamente sobre isso;
6 – “Fazer valer”, marca de oralidade: concretizando, respeitando, praticando…
7 – Espero que tenha sido erro de digitação;
8 – C maiúsculo de novo.
——————————————– Minhas conclusões
Não estrague o teu potencial com essas dificuldades de pontuação! É sério, se tu tirar menos de 800 no Enem eu vou ficar bolado.
A aposta em dados é PERIGOSA. Você cita muitos dados, e talvez os tenha só porque os consultou recentemente. Esteja preparado para um tema difícil, para o qual os dados não estarão em sua memória!
Espero ter sido bem enfático em relação à sua norma culta. Queria até que a Nat lesse kk.
Sua nota não seria tão ruim, mas imaginando um tema truncado, a insegurança com vírgulas ampliaria o teu estresse e a tua confusão. Foca nisso nas próximas semanas.
Deu trabalho kkkk
See lessA Permanência do Bullying na Sociedade Brasileira
Mr.Crozma
"Em primeiro plano" não fica legal num texto com três prágrafos - haverá outro plano argumentativo? É muito melhor unir as supostas duas propostas, numa ação coordenada, do que apresentar duas propostas separadas só por medo de o avaliador descartar uma das propostas. Ora, a competência do Enem nãoLeia mais
“Em primeiro plano” não fica legal num texto com três prágrafos – haverá outro plano argumentativo?
É muito melhor unir as supostas duas propostas, numa ação coordenada, do que apresentar duas propostas separadas só por medo de o avaliador descartar uma das propostas. Ora, a competência do Enem não exige duas propostas. Logo, concentre-se na sua ideia principal e detalhe-a com melhor precisão, já que o detalhamento das atitudes do MEC pode incluir muito bem uma participação das escolas no sentido de identificar o bullying e promover apoio psicológico (convocando os pais) e reprimindo principalmente os atos de bullying. Inspirando nos professores e zeladores essa função de terapeutas informais.
Seu professor recomenda que você use um parágrafo apenas de desenvolvimento visando o Enem ou como exercício para o colégio? É importante distinguir, o Enem fala em ARGUMENTOS, no plural. Acho até curioso como vocês investem tanto na Proposta, se o próprio manual sequer cogita colocar um “s” entre parênteses, “Proposta(s)” (Pág. 7 do Manual de Redação do Enem 2017; ou pág. 5 da versão 2019 – que eu acho mais feia), porque simplesmente não há critérios para avaliar duas propostas, não há sequer espaço pra isso.
Eu espero de verdade que você não se bagunce a ponto de considerar esrever um parágrafo de desenvolvimento e dois de conclusão!!
Obs: entendo perfeitamente a função pedagógica de se escrever um parágafo de desenvolvimento só, mas acho até curioso cê mandar pra cá se isso é mero exercício de colégio.
Se for sugestão do professor especificamente para o Enem, preciso destacar que a dialética não é nada bem-vinda neste exame, pois ela só enfraquece o teu poder de persuasão, já que você é obrigado a fazer uma proposta e, consequentemente, precisa escrever no sentido da existência do problema abordado pela sua tese.
Nesse sentido, se você me diz que a naturalização é um problema, não é persuasivo me dizer que a maioria sofreu/testemunhou esse problema e, portanto, é uma norma. Você mesmo dá um argumento pro corretor, e como não tem espaço para tornar isso uma contra-argumentação (em vez de dialética), você acaba deixando soltas perguntas como “por que as pessoas deveriam denunciar, se isso já não espanta mais?”.
Enfim, talvez você quisesse evitar esse tipo de observação, já que é um confronto aparente com o seu professor, mas isso é só pra explicar as implicações estruturais que a ausência do 2º parágrafo de argumentação pode ter.
A ideia de dois argumentos é, inclusive, para atender à demanda de Interdisciplinaridade. Por exemplo: faz sentido apresentar duas propostas, supostamente distintas e, portanto, insubordináveis, se ao longo do texto você só me trouxe uma perspectiva – que eu posso chamar de social, da apatia?
Porque se espera que a proposta tenha conexão direta com o assunto, a temática, que você decidiu desenvolver, é isso que traz a coerência; você não vai apresentar algo completamente novo na conclusão, daí é que faz tanto sentido unir as propostas que você apresentou, elas são subordináveis, não são frentes de atuação distantes.
Bom, talvez eu tenha falado o que o seu professor possa estar planejando te falar, ou talvez você esteja pulando etapas, ou posso ter sido útil, sei lá, sei que não me entra na cabeça a ideia de um parágrafo de desenvolvimento, apesar de eu já ter visto uma redação nota mil com 3 parágafos, só que teve erro de digitação do pdf (pág. 37 do Manual 2019).
Pode dar um voto negativo se eu fiz justamente o que você não queria que eu fizesse, eu não consegui me controlar kkkk.
Tirando isso, teu caminho parece estar sendo bem trilhado, mas não quero nem imaginar você escrevendo só um argumento na hora do Enem! Bons estudos!
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