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Obesidade no Brasil -(socorro, é amanhã)
Mr.Crozma
Não vale a pena receber muitos julgamentos um dia antes da prova não kkkk Espero que tenha conseguido dormir. Preste muita atenção na frase-tema. Ela é composta por elementos-chave que delimitam ou ampliam o tema. Considerando que é uma prova sem textos de apoio, nada nela é por acaso. Vale a pena aLeia mais
Não vale a pena receber muitos julgamentos um dia antes da prova não kkkk
Espero que tenha conseguido dormir.
Preste muita atenção na frase-tema. Ela é composta por elementos-chave que delimitam ou ampliam o tema. Considerando que é uma prova sem textos de apoio, nada nela é por acaso. Vale a pena até tentar extrair pensamentos sobre o fato de a frase escolher um artigo definido, em vez de um indefinido kk
Geralmente provas assim têm textos na prova de português que são direcionados à interpretação do tema, que dão ideias, sem, no entanto, se posicionarem de modo a serem copiadas. Espero que seja esse o caso.
Porque, se não for, a banca estará dando uma liberdade enorme de abordagem, e aí não faz nem sentido prender o aluno aos moldes do Enem.
Sendo Enem, a garantia para não se perder está na proposta, que acaba por definir quais tipos de tema podem ser cobrados e qual é o posicionamento que você deve ter, já que obviamente não pode defender um “a obesidade no Brasil não é um problema”, fato esse que deveria te deixar tranquila de que saberá sobre o que escrever.
Quando receber a prova, anote no rascunho todos os conectivos que conseguir lembrar, pois são eles que melhor te guiam na construção de ideias quando está nervosa.
No mais, divirta-se – as suas redações têm cara de nota alta.
See lessRedação sobre os perigos do trânsito
Mr.Crozma
Produtividade. Lembro de você! Muito legal te ver escrevendo "do zero", só com o que pôde saber, provavelmente, em textos de apoio. Esse tema me toca bastante, e você está no caminho certo do desenvolvimento das informações. 162 palavras é o alerta de que você precisa ler mais, mas é preciso garantiLeia mais
Produtividade.
Lembro de você! Muito legal te ver escrevendo “do zero”, só com o que pôde saber, provavelmente, em textos de apoio.
Esse tema me toca bastante, e você está no caminho certo do desenvolvimento das informações.
162 palavras é o alerta de que você precisa ler mais, mas é preciso garantir que não escreva parágrafos embrionários, mesmo em temas sobre os quais não saiba escrever, e isso se faz com atendimento às funções de cada parágrafo.
Todas as três partes do texto dissertativo-argumentativo pedem cumprimento de funções.
A introdução cobra:
1. Apresentação do tema
2. Exposição da tese
3. Antecipação argumentativa, que ficou faltando.
O desenvolvimento pede
1. Tópico frasal (argumento sintetizado)
2. Explicação do tf (contextualização do argumento)
3. Aprofundamento argumentativo (uso de táticas de convencimento), que você precisa estudar.
A conclusão propositiva pede
1. Retomada da tese
2. Uma proposta de intervenção:
– Agente (duplicou: Ministério da Justiça/governo)
– Ação (duplicou: endurecer penas/fornecer ouvidorias)
– Modo (somente para a população relatar…)
– Efeito (não tem)
– Detalhamento de qualquer um dos outros 4 elementos (também não tem)
Com esta exposição, eu apenas quis situar que o problema da pouca produtividade não se basta na falta de leituras, mas é, principalmente, um problema de estratégia dissertativa, que eu não sei como você foi orientada a fazer, ou se ainda vai ver, mas tenho a certeza de que você conseguirá resolver a questão produtividade com o estudo das funções dissertativo-argumentativas.
Pratique-as em temas que você já domina, para não ter a dupla dor de cabeça de precisar de conteúdo e de técnicas dissertativas ao mesmo tempo.
Pode me enviar quaisquer perguntas que tenha a partir daqui. Acho que esse é um momento muito importante nos seus estudos, e será de muito suor.
See lessTema: as duas faces da indústria farmacêutica
Mr.Crozma
I - Projeto 1000. II - 15 anos (2º ano?). III - 516 palavras: sim, excessivo. IV - Tese complicada. V - Argumento 1. VI - Bipolaridade farmacêutica. VII - Argumento 2. VIII - Proposta que fere direitos humanos. IX - Escritas ousadas I - Pelo que li nas suas redações, seu projeto é tirar mil, e aí voLeia mais
I – Projeto 1000.
II – 15 anos (2º ano?).
III – 516 palavras: sim, excessivo.
IV – Tese complicada.
V – Argumento 1.
VI – Bipolaridade farmacêutica.
VII – Argumento 2.
VIII – Proposta que fere direitos humanos.
IX – Escritas ousadas
I – Pelo que li nas suas redações, seu projeto é tirar mil, e aí vou dar a mesma dica que dei pra Thamirys: o mil é político. Não há, no Brasil, apenas 26 alunos gabaritados o suficiente para atender à demanda total dos critérios de correção do Enem. Vejo naquelas redações um enorme problema para servir de exemplo a quem ainda está em evolução – e será esse o seu caso?
II – Eu levo a idade que vocês colocam a sério. Apesar do pokémon, tenho, sim, 27 anos, e se você está mesmo fora do ano de vestibular, devo avisá-lo para reduzir a intensidade que vem imprimindo nestes treinos. Você não quer ficar cansado na época da prova. Aliás, não tem coisa que mais me irrite do que a pessoa passar o ano inteiro sem praticar porque “já sabe” – e aí brota do nada faltando uma semana pra prova (cheia de erros, é claro). O que garante que você não desanimará quando tiver que escrever sobre os mesmos temas que estudou neste ano? No mínimo, o meu pedido é: seja leve.
III – “Ah, mas coube no texto”. Sim, e comeu 2 horas da sua prova, deixou a sua mão dormente, deixou a cabeça girando e ainda faltam 90 questões para resolver. Vestibular pede estratégia. Sempre citarei o texto da Thamirys, nota 980, com 350 palavras. Há notas mil com 330 palavras. Se você consegue esse objetivo com menos, faça o esforço de sintetizar – o corretor também gosta, vai por mim.
IV – Desconsiderando o excesso de linguagem, tentarei me concentrar no cerne do seu projeto textual. O capitalismo é o sistema imposto pela Constituição (art. 1º, IV e art. 170) – não se pode sustentar que o problema é o lucro-em-si-mesmo, pelo menos não sob uma perspectiva constitucional, fora de um espectro revolucionário. Isso trará alguns problemas de incoerência, como você já deve imaginar.
V – O primeiro deles já se encontra aqui, quando a mesma CF/88, cujo artigo 1º foi ignorado na construção da tese, é usada como prova de que o Estado deve pôr fim ao lucro farmacêutico. Além disso, neste parágrafo encontram-se outros problemas argumentativos, como buscar em Aristóteles a resposta para a ausência do Estado brasileiro na questão farmacológica – muy distantes –, ou a própria mistura entre produção e a aplicação de remédios, sem uma transição – como se fossem sinônimos –, além do SUS sendo ignorado na questão da quimioterapia, que é, sim, atendida pelo sistema público.
VI – Chama a atenção o excesso de cuidado que você demonstrou ao substituir o elemento da frase-tema “duas faces”, como se tivesse a obrigação de justificar todas as vezes que decidisse substituir a palavra por um equivalente. Se você confia que não vai se perder no tema, que o termo não vai atrapalhar a leitura, que poderá se enquadrar na lista de sinônimos no manual dos corretores, então não terá problema em substituir, cujo único ponto negativo seria te fazer fugir do tema – mas, pelo que vejo, não vai. A título de exemplo: a deep web foi listada como sinônimo de internet no tema de 2018.
VII – O problema de tratar uma causa no D1 e uma consequência no D2 é girar em torno de uma mesma informação. Uma vez falei isso pra Thamirys, e ela ignorou. O método de exploração de causas e consequências é uma estratégia de aprofundamento argumentativo para cada ideia de tópico frasal – logo, cada parágrafo –, sendo perigoso fazer os 2 parágrafos de argumentação com este nível de proximidade: um falando de seletividade, indiferença estatal; o outro de divisão de classes, exclusão de grupos, sistema de castas. Mas, enfim, vocês devem estar sendo orientados por alguém com estratégia malabarista. O risco é de vocês: eu voto pelo “além disso”.
VIII – Nunca considere propor uma intervenção que exclua algum grupo social, sob o risco de propor algo que atente contra os direitos humanos. Não faz nem sentido fechar a disponibilização de remédios e tratamentos a um grupo que comprove ser miserável – tá na rua, sofreu um acidente, tá sem identificação alguma, tem que comprovar que ganha pouco, senão não vai ser atendido pelo SUS?
IX – Meu foco é sempre nas críticas, mas quero parabenizá-lo por apostar numa abordagem bem diferente. A ideia dos treinos é sempre buscar os seus limites, e eu acho que essa questão que mexe com os fundamentos da nossa República não devem ser tocados numa redação do Enem. O tema da desigualdade é um desafio exatamente por a Constituição ser contraditória no tratamento econômico, e a revolução talvez não seja a melhor proposta para se colocar num vestibular kk.
E não é que você tenha que defender este lixo de sistema para produzir uma redação original, mas é que temas como o da indústria farmacêutica demandam leituras mais específicas – não vai dar pra encaixar perfeitamente um genérico Aristóteles, por exemplo. Por isso que eu falo: se você for realmente do 2º ano, esqueça um pouco das produções textuais e leia, esse é um ótimo período para ler.
Por fim, os poucos erros de norma culta:
Introdução
Ao longo do processo de formação da sociedade, a concentração financeira tornou-se prioridade para a(1) corporação, por intermédio do capitalismo(2) que não só ampliou, mas também popularizou o comércio e a fabricação de produtos. No século XX, após a Revolução Industrial, por exemplo, as empresas capitalistas passaram a ter como base estrutural a lucratividade, a qual baseia a comercialização na aquisição monetária – cenário, infelizmente, observado em farmácias ao fornecer medicamentos por vendas. Paralelo a isso, hodiernamente, fica(3) evidente(4) as duas faces da indústria farmacêutica –(5) caracterizadas pela obtenção de lucro e(6) auxílio vital -, as quais são ocasionadas pela negligência governamental e contribuem para a desigualdade social(7).
1 – Não existe “a” corporação;
2 – Faltou vírgula;
3 – Palavra informal, eu evitaria;
4 – Eco e Falta concordância – cuidado com as inversões;
5 – O que justifica o uso do travessão no lugar da vírgula aqui?
6 – Cadê a preposição?
7 – Eco é tão negativo quanto repetição de palavras.
Argumento 1
Sob esse viés, denuncia-se a ignorância estatal no fornecimento de medicamentos e tratamentos médicos como mobilizadora da bipolaridade – palavra que descreve a mudança temperamental utilizada para representar a oscilação de objetivos no comércio farmacêutico. Segundo Aristóteles, filósofo grego, “a política não deveria ser a arte de dominar, mas de fazer justiça”, dado que a irrelevância(1) governamental na distribuição da vitalidade(2) demonstra ser uma atitude manipuladora. Associado a isso,(3) está a indiferença do Estado como uma injustiça social, visto que o controle do fornecimento de qualidade de vida apresenta a seletividade econômica de um indivíduo(4) para o corpo civil: tratamentos médicos, como a quimioterapia, estão limitados para pessoas com uma alta renda financeira. Dessa forma, é dever estatal fornecer a saúde – direito previsto na Constituição Federal de 1988 – para combater a ideologia industrial na concentração de dinheiro sobre uma regalia humana.
1 e 2 – Cuidado com algumas palavras que você usa para substituir e, por ventura, acha bonitas: elas podem atrapalhar muito a leitura;
3 – Não existe esta vírgula – outra vez a inversão te atrapalhando;
4 – A seletividade é de quem é seletivo, e não de quem é “selecionado” (indivíduo, neste caso).
Argumento 2
Por conseguinte, as diferenças sociais ficam(1) explícitas e mais amplas pelas duas faces da indústria farmacêutica, as quais aumentam a exclusão de grupos em uma sociedade. Durante a construção da civilização indiana, a qual concentra a segunda maior população mundial, fica(2) claro as desigualdades societárias pelo Sistema de Castas – divisão da corporação pela hierarquia financeira -, haja vista que os privilégios são medidos pela aquisição monetária. De modo conjunto, o Sistema de Castas(3) pode ser relacionado ao comércio de remédios, uma vez que ambos possibilitam a exclusão social pela hierarquia econômica presente no capitalismo: grupos caracterizados pela baixa concentração de dinheiro são incapacitados de comprar drogas curativas, sendo, desse modo, afastados do âmbito civil. Logo, para a concretização do acesso à saúde para todos os cidadãos, evidenciado na Carta Magna, a divisão de classes – característica do capitalismo atual – deve ser aniquilada.
1 – Já falei;
2 – Idem, com o adicional da repetição de palavra;
3 – Repetição de palavra.
Conclusão
Portanto, é mister que o Estado tenha atitudes para mobilizar a inclusão comunitária pela distribuição de remédios. Para desestruturar a bipolaridade da indústria farmacêutica, urge que o Ministério Público – órgão responsável pela criação e alteração legislativa(1) – reformule, por meio de investimentos na produção de drogas vitais, leis que tornem obrigatório o fornecimento de medicamentos e tratamentos gratuitos, tendo em vista que a saúde é uma dádiva humanitária. Tais leis serão específicas para o público sem poder econômico, que(2) lado a lado, necessitam do Ministério da Educação para fundamentar a igualdade e contornar a desigualdade pela educação nas escolas. Somente(3) assim será possível concluir a estrutura social pelo desenvolvimento humano, o qual tornou-se capacitado pela tecnologia que teve início na Revolução Industrial.
1 – O Enem tolera erros que não são de competência do ensino médio, como dizer que o MP cria leis (por que MP, afinal, e não Poder Legislativo?), mas daí a inventar de usar como detalhamento um agente que você não conhece detalhadamente, ah, aí é ousadia demais!!
See less2 – Faltou vírgula;
3 – Uma coisa é você demonstrar convicção na sua proposta, outra é dizer que só ela pode resolver a situação: evite o “somente”.
A banalização do discurso de ódio e as suas consequências na sociedade brasileira
Mr.Crozma
I - Apresentação de texto e suas técnicas. II - Transição entre tese e fios soltos. III - Em primeira análise ou nesse contexto? IV - Voz passiva e voz ativa. V - Argumentação. VI - Proposta dupla. I - O Lumr foi perfeito ao identificar o seu problema com o TEMA. A palavra “banalização” é elemento-cLeia mais
I – Apresentação de texto e suas técnicas. II – Transição entre tese e fios soltos. III – Em primeira análise ou nesse contexto? IV – Voz passiva e voz ativa. V – Argumentação. VI – Proposta dupla.
I – O Lumr foi perfeito ao identificar o seu problema com o TEMA. A palavra “banalização” é elemento-chave da frase-tema, você não poderia ignorar esse elemento delimitador do tema (tal qual era delimitador de tema a tal palavra “estigma” no tema passado, que derrubou um monte de notas). Lumr faz alusões a técnicas de apresentação de tema, num esforço de tentar demonstrar que a apresentação do tema, aquela primeiríssima frase, estava errada.
A apresentação de tema é a forma pela qual o examinador identifica que você está tratando o tema que ele cobrou e para o qual se preparou, ao longo do ano, no sentido de estudar. Ele quer que você resolva a banalização, e não o discurso de ódio: este problema aqui você não tem nem chance de resolver, seria ingênuo acreditar que alguém do Ensino Médio seria convocado a resolver o problema do ódio discursivo, assim como foi ingênuo achar que os candidatos estavam sendo convocados a propor algo no sentido de acabar com as doenças mentais ano passado.
Portanto, tenha em mente qual é a função dessa primeira frase, que é um contrato, basicamente, que você estabelece com o corretor, e para ajudá-lo a propor um contrato dissertativo-argumentativo, há algumas técnicas, tais como a da alusão histórica e a da referência cultural, ambas citadas pelo Lumr. Essas e outras abordei no blog que deixei no meu perfil.
II – Parece que há um problema na transição do primeiro ao segundo parágrafos, e o problema parece ser a escolha de palavras que fazem a melhor comunicação coesiva entre o fio solto e o tópico frasal.
Os fios soltos são as ideias postas no primeiro parágrafo como promessas de abordagem argumentativa. O tópico frasal é o resumo do argumento no parágrafo de argumentação. Esses dois você sabe que tem que escrever. A dificuldade, parece, está na substituição de palavras para não repeti-las.
Aprender é uma coisa, informar-se é outra. Veja: a ideia do tópico frasal é a mesma do fio solto. Vou trabalhar com um exemplo:
“Sendo assim, é importante debater a falta de educação para as redes sociais, bem como as feridas que isso gera como consequência.
Em primeira análise, o autodidatismo não é a resposta adequada aos parâmetros civilizatórios de expressão de opiniões.”
Eu falei de “falta de educação” e falei de “autodidatismo”, e isso foi o suficiente para não repetir as palavras, mas porque pensei em “educação” e pensei na forma de educação que estou criticando: ora, se as pessoas estão aprendendo sozinhas, elas estão praticando autodidatismo, então posso pegar essa palavra e usá-la como substituta.
Enfim, isso também vai valer para o terceiro parágrafo: a repetição da ideia é PEDIDA pelo examinador, para ele identificar melhor a sua estratégia argumentativa. O que você não quer é repetir palavras, mas veja que você também não precisa ser neurótico quanto a isso: o Enem não conta como repetição de palavras as que fazem parte da frase-tema. Discurso de ódio está na frase-tema? Fique à vontade para citar “discurso de ódio” quantas vezes forem necessárias, porque o Enem entende que essa repetição vem da preocupação do candidato em não tangenciar o tema. Se precisar repetir a palavra para não perder a sua linha de raciocínio, repita-a.
III – “Em primeira análise” ou “Nesse contexto” não me é de relevância alguma: vá no caminho que o contexto melhor sugerir – você dar uma continuidade entre o fio solto e o tópico frasal ou quer brecar essa divisão? Vai do seu gosto, porque nesse parágrafo não há sequer necessidade de conectivo interparagrafal.
IV – Lumr sugeriu limitar a sua variedade de recursos linguísticos ao criticar o uso da voz passiva. Se vocês quiserem ganhar 200 na Competência 1, não vão conseguir essa pontuação se se limitarem a frases diretas, pobres, sem ousadia de recursos. A escrita dos 200 não pede palavras difíceis, mas, sim, demonstração de conhecimentos dos recursos. Voz passiva, sim. Inversão de palavras, sim. Diversidade de pontuações, sim. Orações subordinadas, sim. Elipses, sim. Crases, sim. Desde que saiba usar tais recursos, todos são muitíssimo bem-vindos.
V – Há vários problemas no desenvolvimento: (1) repertórios coringas, (2) improdutividade e (3) estratégia incompleta. Vamos por partes.
1. Não recomendo trabalhar com citações, pois elas te levam a um caminho genérico, pelo qual você força uma conexão que dificilmente se encaixa no argumento que você prometeu desenvolver, e o parágrafo acaba sem evoluir o debate.
2. Até porque, se tentasse evoluí-lo, perceberia, por exemplo, que não dá pra falar que os adultos estão sendo punidos por seus discursos de ódio.
3. Já o problema da estratégia é que o tema pede para você abordar consequências. Isso se encaixa melhor, então, quando você traz duas consequências como argumentos, e aí eu vejo um problema na sua estratégia de causas e consequências. É que causa e consequência é tão estratégia de aprofundamento argumentativo quanto a exemplificação, a comparação, a citação…
Então não se espera que o aprofundamento de um argumento se divida em dois parágrafos: a exploração das causas e das consequências vai dentro de um argumento de cada vez, sendo a estrutura, então, Tópico Frasal + Causas e Consequências.
Isso me leva a criticar, ainda, o uso da citação no lugar do Tópico Frasal. Isso bagunça o texto. Primeiro você apresenta o seu argumento, pra depois aprofundá-lo com a sua estratégia de aprofundamento argumentativo, que pode ser causa e consequência, citação, exemplificação e assim por diante.
Só para te dar uma ideia: espera-se que cada parágrafo argumentativo tenha mais linhas do que o parágrafo conclusivo, e aqui vamos para o último problema que eu quero abordar.
VI – A C5 só dá 200 pontos. O desenvolvimento tem grande importância para as competências 2, 3 e 4. Você não pode achar que numa dissertação-argumentativa o centro da sua dissertação deve ser uma conclusão propositiva. Se você citar 2 ações, 5 agentes, 3 meios, 10 efeitos e 15 detalhamentos, isso contará o mesmo que propondo 1 ação, 1 agente, 1 meio, 1 efeito e 1 detalhamento. Então, se faltar espaço para produtividade de 8, 9 linhas em cada parágrafo argumentativo, pode botar a culpa em quem te disse que você tinha que escrever duas propostas “pra garantir” que se escrever besteira numa proposta, tem a outra que “pode” salvar. Ora, ora, se você já sabe qual é a proposta mais completa que você está apresentando, não faz nem sentido escrever a menos a completa, não é?
Aí você pode argumentar que é pela coerência, porque se trouxe dois argumentos, era pra trazer duas propostas. Ora, então diga ao corretor que trata-se de “uma proposta possível”; se você conseguir conectar os dois argumentos numa proposta em comum, melhor ainda. O importante é entender que a apresentação dos 10 elementos toma muito espaço e muito tempo, além de possivelmente deixar pobre uma das propostas. Há maneiras mais simples e inteligentes de se construir coerência. Isso é o que proponho.
Ignorei outros erros porque entendo ter trazido situações complexas, que podem demandar de você uma mudança radical de estrutura de texto, não sendo tão importantes agora os erros de norma culta.
Em caso de dúvidas, fique à vontade.
See lessDesafios para a formação educacional de surdos no Brasil
camilaburity
Oie, serei direta (não estou sendo grossa), e outra sou estudante também. “Mesmo após a construção do colegio carioca” informação desnecessária, não colocaria, ficou encheção de linguiça. Problema 1: Suas teses não ficaram claras, na realidade eu vi apenas uma problemática que seria o fato das escolLeia mais
Oie, serei direta (não estou sendo grossa), e outra sou estudante também.
“Mesmo após a construção do colegio carioca” informação desnecessária, não colocaria, ficou encheção de linguiça.
Problema 1: Suas teses não ficaram claras, na realidade eu vi apenas uma problemática que seria o fato das escolas não apresentarem intérpretes. Lembre, ou seu texto será “causa e consequência” ou você precisará apresentar dois problemas, e eles DEVEM ser citados na introdução, seja direta, deixe tudo o mais claro possível.
Sobre o D1: Não agregou em nada, você não colocou nenhuma informação útil, não sei se você tentou usar o site “biolibras” como forma de repertório, porém não seria considerado, pois ele não acrescenta NADA no parágrafo, você poderia muito bem dizer que o intérprete funciona como ponte e tals, sem mencionar o site. O D1 ficou desorganizado também, você deveria ter usado o último período no início, poderia até citar a constituição e tals, ficaria muito melhor.
D2: vi agora que você citou a declaração universal, mas você falou no d1, ficou bem bagunçado as ideias. O dado ficou solto, lembre de completar.
*o ideal são 7 linhas (introdução e conclusao) 8 linhas (desenvolvimentos) usufrua. Entretanto, lembre que é uma redação discursiva argumentativa, você precisa argumentar, pôr sua opinião de forma imparcial, apresentar dados ou agregar valor ao seu texto através de livros, séries, alusões histórias, ou citar filósofos e sociólogos. Dá uma lida no modelo de redação mil.
Conclusão: Bom, a sua conclusão aparentemente cumpriu tudo direitinho, mas o seu texto de modo geral ficou fraquinho, mas tenho crtz que você consegue melhorar, tem muito tempo pela frente.
C1: 120 (gramática)
See lessC2: 80 (repertório)
C3: 120 (conectivos)
C4: 80 (Organização do texto, de modo geral)
C5: 160-200 (conclusao)
Danos psicológicos causados pelo uso das redes sociais no Brasil
Mr.Crozma
I - 437 palavras. II - Introdução histórica. III - Escrever para um leigo. IV - Incoerência argumentativa. V - Proposta incompleta. VI - Problemas com pontuação. I - Muitas palavras. Isso não é um problema em si, mas quem quer fazer uma boa prova deve considerar o todo, e o todo da prova pede que nãLeia mais
I – 437 palavras. II – Introdução histórica. III – Escrever para um leigo. IV – Incoerência argumentativa. V – Proposta incompleta. VI – Problemas com pontuação.
I – Muitas palavras. Isso não é um problema em si, mas quem quer fazer uma boa prova deve considerar o todo, e o todo da prova pede que não se gaste toda a energia na redação, para que sobre tempo e disposição para fazer as questões. Se uma redação consegue nota mil com 330 palavras, penso que nos treinos você deve buscar esse objetivo minimalista, porque as redações com 500 palavras são feitas por quem só quer o mil na redação para aparecer no G1, muitas vezes dispensando o bom rendimento nas questões – esse não pode ser o seu parâmetro.
II – Toda demonstração de conhecimento pode parecer encheção de linguiça, e a introdução histórica tem esse propósito de apresentar um repertório sociocultural logo de cara. Eu prefiro recomendar uma introdução clássica, citando todos os elementos da frase-tema logo na primeira frase, para não acontecer o suspense que aparentemente você gosta de dar – o Enem é chato, não gosta de suspenses: seu corretor quer previsibilidade e você deve ser pragmática. Se o Enem cobra UM único repertório e espera que ele seja utilizado no desenvolvimento, deixe o repertório para o desenvolvimento e já adiante ao corretor que você entendeu qual era o tema que ele esperava corrigir. O Enem não tem uma escrita prazerosa. Triste, eu sei.
III – O leigo não pode temer conhecer palavras novas. Se você conseguir explicar um conceito filosófico a um leigo, certamente a universidade gostará de te receber. A questão não é não usar os conceitos filosóficos, mas dar uma garantia ao corretor de que você sabe do que está falando, e é muito legal ler alguém ousando um conceito diferente, então não pense que vai pesar negativamente para o corretor que você demonstre o seu conhecimento sobre uma matéria tão importante para a compreensão dos problemas do nosso mundo. A meu ver, o problema do terceiro parágrafo está na aparente contradição: você me traz a autoridade dizendo que são os excessos o problema e, logo em seguida, diz que o problema não está no excesso de horas gastas, mas na forma como essas horas são gastas, sem estabelecer a relação de contradição por meio de conjunções adversativas, o que pode ter causado uma confusão interpretativa ali.
IV – Não há incoerência entre os seus argumentos, e eu consigo enxergar a progressão que você queria passar, primeiro falando de uma irrealidade, que em si não é nociva; para depois falar de doenças, essas, sim, o maior problema do tema; e aqui cabe pontuar que essa progressão é bem respondida na proposta, já que você dá mais atenção a solucionar o terceiro parágrafo, mas a forma como os seus argumentos estão sendo apresentados poderia ser melhor construída se você usasse tópicos frasais antes de apresentar o repertório.
Tópico frasal é a sua forma de pensar, é o resumo do seu argumento, é o argumento propriamente dito. Repertório é a argumentação, ou seja, a estratégia argumentativa. O exemplo é estratégia, a utilização de conceito interdisciplinar é estratégia, e são ótimas estratégias, mas facilite ao corretor perceber essa progressão textual com os tópicos frasais, ainda que fiquem muito parecidos com o seu desfecho de introdução, porque, com o tópico frasal, você consegue demonstrar a relação entre os dois parágrafos de desenvolvimento para além de um simples “em segundo plano”, já que ali a relação não é de igualdade, mas de escala, e é importante demonstrar ao corretor a sua estratégia argumentativa.
V – Estou de má vontade com a sua proposta – ou melhor, as propostas. Você não tem tanto espaço assim na proposta para encaixar 3 agentes, 3 ações, 5 efeitos… Enfim, vai faltar alguma coisa, sendo certo que cada elemento da proposta conta como 1 só. Se trouxer 3 agentes, 3 ou 1 valerão a mesma coisa: 40 pontos. Então reorganize isso com o objetivo de ser curta, coerente com a sua progressão textual e cumprindo os 5 elementos – um de cada. Vou dividir a sua proposta.
Mera declaração, aparentemente sem efeito propositivo: “para solucionar a nomofobia é necessário que o indivíduo esteja disposto a mudanças de hábitos”
Agente da Proposta 1: o Governo
Ação 1: implemente medidas de ajuda
Detalhamento 1 da ação 1: disponibilização de psicólogos para jovens que não tenham condições financeiras
Detalhamento 2 da ação 1: é fundamental a organização de palestras
Efeito 1 da ação 1: a fim de ensinar para os indivíduos quais mudanças de hábitos são necessárias
Efeito 2 da ação 1: esclarecer como funciona a nomofobia e como evitá-la
Agente da Proposta 2: a mídia
Detalhamento do Agente da Proposta 2: instagram, facebook, twitter
Ação 2: providencie anúncios autoexplicativos sobre as consequências do uso excessivo das redes sociais
Efeito 1 da ação 2: a fim de alertar os jovens
Efeito 2 da ação 2: evitar complicações futuras
Como corretor, vou pegar a proposta mais completa e caçar os elementos. Nos dois faltou um meio. Esse “por meio de” não está apresentando um meio, mas uma especificação. E aí eu vou querer saber como serão essas palestras, ou como será feita a disponibilização de psicólogos, ou por onde se darão os anúncios autoexplicativos (dentro da plataforma, fora dela, com uso de algoritmos… Ai, por que a plataforma iria ser contra o vício em suas próprias plataformas? Nem faz sentido isso); a segunda proposta parece te trazer um belo de um problema de coerência, até porque você não falou de responsabilização das plataformas em nenhum momento do texto, algo do tipo “vício induzido”…
Enfim, você parece ter sido orientada por alguém que falou que você devia colocar duas propostas. Recomendar duas propostas tem dois objetivos: o primeiro é garantir que o aluno não fale uma única proposta imprestável; o segundo é garantir que a proposta dele esteja coerente com algo que ele desenvolveu no texto. Não acho que os ótimos alunos precisem de duas propostas para construir a coerência com um mínimo de bom senso. Seja como for, pense primeiro em cumprir os 5 elementos da sua melhor proposta. Depois você inventa o desencargo de consciência com 30 agentes, 500 efeitos… Mais de 200 na C5 não vai conseguir, isso eu garanto!! Se quiser contra-argumentar, sou todo ouvidos.
VI – Me surpreende que só tenha perdido 40 pontos na C1 do Enem. Corretor carrasco deveria ser carrasco por inteiro, né? Enfim, seus problemas de pontuação precisam ser remediados para ontem. Vou apontar todos os erros de norma culta. Alguém com a tua produção textual não pode se contentar com menos de 200 na C1. E menos de 200 significa, no máximo, dois da maioria dos erros – alguns apontamentos são apenas sugestões – que aponto a seguir:
Durante a Guerra Fria(1) os Estados Unidos criaram a internet com objetivos estritamente militares. Entretanto, em 1995 a primeira rede social surgiu, chamada de “classmates”(2) na(3) qual tinha como objetivo conectar pessoas, em especial estudantes,(4) se popularizou(5) nos Estados Unidos e (6) Canadá. Paralelo a isso, novos aplicativos foram sendo criados e aprimorados, e(7) dessa vez(8) com ampla dimensão, buscando sempre facilitar a comunicação(9) entre os indivíduos. Ademais(10), (11)é preocupante(12) pois(13) até mesmo no cenário brasileiro(14) as redes sociais passaram a ser vistas como(15) forma de “fuga” do mundo real,(16) contudo, infelizmente o seu uso exorbitante desencadeou diversas consequências, como a nomofobia e depressão.
1 – Faltou a vírgula no adjunto adverbial de tempo que tem 3 ou mais palavras deslocado para o início da frase – não pode errar essa vírgula boba;
2 – Faltou a vírgula para isolar a oração subordinada adjetiva explicativa, e aqui eu só posso recomendar que estude as orações subordinadas adjetivas para saber quando usar a vírgula ou não;
3 – A qual. O verbo “tinha” está conjugando o sujeito que o “qual” está substituindo, e o sujeito nunca é preposicionado, então nunca será, por exemplo: “Na classmates tinha como objetivo…” – cadê o sujeito do “tinha”? Se ele for indefinido, você deve colocar a partícula “se”: “Na classmates, tinha-se como objetivo…”;
4 – Também não existiria o “Na classmates se popularizou nos Estados Unidos”;
5 – Popularizou-se – após a vírgula, ênclise;
6 – Faltou paralelismo: nos Estados Unidos e NO Canadá;
7 e 8 – Destaque entre vírgulas expressões como essa que venham no meio da frase, sempre que tragam uma explicação, um detalhamento;
9 – Dimensão, comunicação… Cuidado com o Eco, ele não é bem-vindo numa dissertação;
10 – Muito cuidado com o uso dos conectivos. Se você apresentar um conectivo com o sentido que não estabelece a correta relação entre as frases, você limita a sua nota na C4 a 160 pontos. Aqui não é adição, mas adversidade: “APESAR de ter sido criada para facilitar a comunicação, a internet ganhou contornos preocupantes…”, percebe? Não era “ademais”;
11 – O que que é preocupante? A frase deve fazer sentido por si só. Destaque a frase do resto do parágrafo e você fará a mesma pergunta que eu fiz;
12 – Faltou vírgula antes da conjunção explicativa;
13 e 14 – Essa expressão “até mesmo no cenário brasileiro” exerce função de adjunto adverbial com 3 ou mais palavras que precisa ser destacada entre vírgulas quando não vem no fim da frase e, por conseguinte, está deslocada;
15 – Sempre que couber colocar um artigo, coloque-o;
16 – Essa pausa aqui é de ponto final ou ponto-e-vírgula. O corretor pode deixar passar, mas percebe que o “contudo” fica solto, podendo fazer referência tanto à frase anterior quanto à frase posterior? Ponha o ponto-e-vírgula para demarcá-lo como referência à frase posterior.
Em primeiro plano, é relevante citar o filme “Sierra Burgess é uma loser”(1) no(2) qual narra uma história de uma jovem fora dos padrões que mediante trocas de mensagens se apaixona por um menino, mas a Sierra se passava por outra pessoa na internet, desse modo enganando o indivíduo. Logo, é notório que (3)nas redes sociais(4) os cidadãos podem optar por qualquer identidade,(5) muitos jovens que se sentem deslocados do mundo real ou sofrem com baixa autoestima migram para a internet buscando ser alguém diferente ou encontrar pessoas que o(6) entendam,(7) infelizmente muitos acabam se excluindo da realidade.
1 e 2 – Mesmo problema de “2” e “3” no primeiro parágrafo;
3 e 4 – Adjunto adverbial com 3 palavras deslocado para o meio da frase pede vírgula na frente e atrás;
5 – Aqui ou faltou um conjunção “e”, ou era pausa de ponto final/ponto-e-vírgula;
6 – Os. Referência a “jovens”, no plural;
7 – Outro de pausa frouxa, como no “5” deste parágrafo.
Em segundo plano, é fundamental mencionar o epicurismo(1) no(2) qual aponta que o principal motivo para a pessoa não encontrar a Eudaimonia – felicidade – são os excessos. Logo, é pertinente explicar que o uso excessivo e indiscriminado das redes sociais pode ocasionar o transtorno psicológico chamado nomofobia(3) que significa medo irracional(4) de ficar sem o celular ou(5) aparelhos eletrônicos. Dessa forma(6), é fundamental esclarecer que esse transtorno não está relacionado à quantidade de horas que os indivíduos passam(7) no celular, mas sim(8) a forma como o mesmo(9) utiliza o aparelho, isto é, se a pessoa fica(10) preocupada com quantidade de curtidas(11) suas publicações alcançam,(12) se deixa de aproveitar momentos para postar fotos. Nesse sentido, é evidente que a nomofobia provoca a ansiedade e(13) em piores situações(14) a depressão.
1 e 2 – Eu espero ter explicado bem essa questão aqui…;
3 – Mesmo caso de vírgula que cabia na oração subordinada adjetiva explicativa;
4 – Pleonasmo. Todo medo é irracional;
5 – Faltou paralelismo: sem o celular e sem os aparelhos eletrônicos; não dê brecha a esse tipo de desconto;
6 – Aqui está o conectivo inerte que causa alguma confusão: pra mim era um “entretanto” aqui;
7 – O corretor pode ver oralidade na expressão “passar horas”, em vez de “gastam tempo” – não se veria, nem sei se existe uma lista de oralidades proibidas pelo Enem;
8 – Evite o “mas sim”, que é pleonástico – se quiser dar ênfase ao sim, destaque-o entre vírgulas: “mas, sim,…”;
9 – “Mesmo” não deve ser usado como pronome relativo – o Enem diz que releva, assim como diz que releva o erro do “onde”, quando não se refere a lugar; do “através”, quando usado no sentido de “por meio de”; da confusão entre isso/isto e outras variações desse tipo…; mas, ainda assim, é um erro, e um erro que um corretor que não prestou atenção no manual pode ignorar. Só arrisque em casos extremos, mas nunca se habitue ao erro tolerado pelo Enem;
10 – O “fica” é oralidade sim, não pega esse erro quem não quer;
11 – Comer palavra é erro grave pro Enem;
12 – Cabia um “e” ou um “ou” aqui;
13 e 14 – Expressão explicativa pedindo vírgula.
Portanto, é válido explicar que para solucionar a nomofobia é necessário que o indivíduo esteja disposto a mudanças de hábitos e(1) para isso, é essencial que o Governo implemente medidas de ajuda, por meio da disponibilização de psicólogos para jovens que não tenham condições financeiras,(2) além disso, é fundamental a organização de palestras(3) a fim de ensinar para os indivíduos quais mudanças de hábitos são necessárias, como também esclarecer como(4) funciona a nomofobia e como(5) evita-la(6). Ademais, é importante que a mídia – instagram(7), facebook(8), twitter(9) – providencie anúncios autoexplicativos sobre as consequências do uso excessivo das redes sociais(10) a fim(11) de alertar os jovens e evitar complicações futuras.
1 – Faltou a vírgula para destacar o “para isso” na frente e atrás;
2 – Pausa de ponto final;
3 – Recomendo que use a vírgula para separar os elementos, já que é opcional e ajuda o corretor;
4 e 5 – Repetição evitável do “como”;
6 – EvitÁ-la;
7, 8 e 9 – Redes sociais sempre em letra maiúscula;
10 – Mesma recomendação do “3” deste parágrafo;
11 – Repetição evitável do “a fim de”.
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See lessTô muito triste com o que aconteceu. Se você ainda confia em mim, receba como presente o meu apoio ao teu ano de estudos.
Obesidade infantil: uma questão de saúde pública
Mr.Crozma
309 palavras. Introdução clássica. Excesso de promessas dissertativas. Respaldo argumentativo suspeito. Necessidade de reorganizar a proposta. Problemas com pontuação. As redações nota mil costumam ter pelo menos 330 palavras, e eu acho completamente razoável uma quantidade de 12 palavras por linhaLeia mais
309 palavras. Introdução clássica. Excesso de promessas dissertativas. Respaldo argumentativo suspeito. Necessidade de reorganizar a proposta. Problemas com pontuação.
As redações nota mil costumam ter pelo menos 330 palavras, e eu acho completamente razoável uma quantidade de 12 palavras por linha – sua letra não fica tão necessariamente pequena e você também não precisará escrever tanto. De toda forma, como aventaram aqui, o número de palavras está até razoável para a quantidade de linhas que o Enem oferece.
Não há necessidade de demonstrar conhecimento no primeiro parágrafo. É necessário você conhecer a introdução clássica, para, na hora de um branco na prova, você ter essa saída de emergência. Lembre-se que você está ainda no começo dos seus estudos e o seu professor quer lhe oferecer alternativas.
Sobre usar a introdução por referência cultural, a ideia é garantir um texto-circuito, criando a imagem no começo e encerrando a mesma imagem no final. Nesses casos, eu acho até mais interessante usar um título. Se o professor insistir que faça a clássica, apresente-lhe um título e veja o que ele acha. Você não tem nada a perder testando possibilidades.
Ainda sobre a introdução, ela é uma promessa de texto, e a ideia dos 2 parágrafos argumentativos é oferecer mais espaço para você trabalhar as ideias que prometeu desenvolver. Eu anotei três ideias que você prometeu abordar, e uma delas acabou sendo pouco desenvolvida, o que te traz o risco de não ter os 200 na Competência 3, que fala do projeto de texto estratégico. O “estratégico” aqui é não deixar informações desenvolvidas pela metade.
Como em duas frases você pretende abordar de forma completa as ideias que tentou trabalhar no segundo parágrafo? Eu vou querer saber que “maus hábitos” são esses; quem são essas mulheres que não têm acompanhamento; por que não têm acompanhamento; e assim vai. Se você quer ser convincente, você tem que reduzir as promessas feitas no primeiro parágrafo, porque se fosse para desenvolver três ideias, seu professor recomendaria 3 parágrafos de desenvolvimento, e eu tenho certeza de que ele não recomenda.
A questão argumentativa é complicada de avaliar na sua fase de estudos, porque em tese o treino deve ser à semelhança da prova, com direito a cronômetro, folhinha-Enem e, claro, zero consultas. Então o natural é ter mais dificuldade na hora de mobilizar os argumentos, coisa que você pode não ter tido enquanto pesquisava sobre o tema.
Por ser mulher, talvez tenha alguma facilidade em falar sobre obesidade infantil, não sei, mas é muito difícil imaginar que vocês terão dados memorizados para o tema Enem. Pega os temas anteriores ao das doenças mentais e se imagine com um dado sobre educação para surdos, cinema, controle de dados… Foram temas difíceis de imaginar que os candidatos teriam dados, e ano passado ainda rolou uma pegadinha interpretativa: colocaram dados de depressão num tema sobre o preconceito e uma leva, no nervoso, ignorou a palavra estigma e foi vidrado nos milhões de depressivos como argumento. Ou seja, além de o repertório baseado em texto de apoio não ultrapassar os 120 pontos, agora parece que há a chance de tangenciar o tema se focar no dado do texto de apoio.
Apesar de tudo isso, a maneira como apresentou o terceiro parágrafo está irretocável, e ele sozinho já garantiria os 200 na competência 2, mesmo que o argumento 1 tivesse feito uso dos textos de apoio. O que a C2 quer é UM repertório com respaldo e com produtividade; o outro é construção de coerência. De preferência, o argumento mais forte vem no terceiro parágrafo, pela questão da progressão textual, algo que aparentemente foi feito.
Um último comentário estrutural vai para a sua conclusão, que não tem muitas pausas e você terá que arranjar uma maneira de separar os elementos da proposta sem se complicar com a pontuação. Isso significa lembrar que a conclusão tem um propósito de retomada da tese, de contextualizar a sua estratégia conclusiva por meio de proposta de intervenção, que é a tal da necessidade de um tópico frasal conclusivo. Além disso, avisar ao corretor de que está apresentando apenas um caminho das causas que explorou, estabelecendo aí uma justificativa para ter abandonado completamente o seu argumento mais forte na hora de propor.
Não estou aqui falando que você deve produzir duas propostas, mas arranjar uma maneira de tratar das duas na conclusão, pelo menos nessa etapa de transição para o parágrafo final, senão o terceiro parágrafo fica à deriva. Em outras palavras, você não quer ter pressa na conclusão. Vai fazendo pausas, apresentando, então, o tópico frasal, agente+ação+detalhamento, depois dá outra pausa, aí vem com o meio; mais uma pausa, efeito… Algo nesse sentido. Se você puder escrever em três frases, mais organizado ficará.
Abaixo, todos os erros de norma culta, e aqui peço a ênfase dos seus estudos na parte da pontuação, que realmente vão tirar os 200 de ti na C1 se não forem remediados.
Diante do constante aumento do índice de crianças e adolescentes com obesidade no Brasil e em outros países, torna-se necessária uma reflexão referente à obesidade infantil. Nessa perspectiva, é fundamental abordar os maus hábitos durante o período gestacional e a falta de fiscalização à alimentação e (1)a rotina das crianças nos primeiros anos de vida, visto que,(2) esses fatores agravam o problema e colaboram para o surgimento de futuras doenças cardiovasculares.
1 – Faltou paralelismo nessa ausência de crase;
2 – Vírgula depois de um “que” eu conto nos dedos, essa aqui não existe e é falta grave.
Primeiramente(1), vale ressaltar o impacto que os maus hábitos por parte das gestantes causam(2) na saúde dos bebês. Segundo o doutor Dráuzio Varella, mães que engordam demais durante a gravidez,(3) tendem a ter um risco 80% maior de gerarem filhos obesos. Nesse viés, constata-se,(4) a importância dos cuidados com a alimentação durante a gestação.(5) Dado que,(6) a falta de acompanhamento e instrução adequado nesse período,(7) proporciona que a criança tenha tendência ao sobrepeso e prejudica a sua qualidade de vida.
1 – A palavra “primeiramente” não existe – se é tolerada pelo Enem, não sei, já vi até em redação nota mil, mas segue não existindo;
2 – Problema de concordância: qual é o sujeito deste verbo?
3 – Não se recomenda usar vírgula separando o verbo do sujeito, mesmo quando este for gigante;
4 – Mais uma vírgula que eu não consigo entender, nem falando você faz essa pausa. Há que se lembrar de que o uso da vírgula é excepcional e possui regras que você conhecer para saber se põe ou não uma vírgula;
5 – Ponto final separando orações subordinadas é falta grave;
6 – Mais uma vírgula depois do “que” – estude bem quando aparecer o tema “orações subordinadas” no colégio;
7 – Outra vez um sujeito gigante sendo separado por vírgula do seu verbo.
Ademais, outro fator preocupante,(1) é a falta de fiscalização aos comportamentos nos primeiros anos da infância. Sabe-se,(2) que com a globalização, os meios de entretenimento, como a TV, e os alimentos calóricos e “fast-foods”, ficaram muito populares mundialmente. Por conseguinte, esses elementos tornaram-se presentes no modo de vida de muitas famílias. Dessa forma, em busca de alegrar os filhos e mantê-los ocupados durante a realização de tarefas, muitos pais acabam por não se atentarem com(3) a má alimentação e a(4) rotina sedentária das crianças, possibilitando o surgimento precoce de doenças(5) como(6) o diabetes e a hipertensão.
1 – Aqui não tem nem a desculpa do sujeito grande!!
2 – Agora apareceu do “que”? kkk. Bahh, não pode ser aleatório não hein!
3 – Atentar-se a algo;
4 – Faltou paralelismo;
5 – Faltou vírgula;
6 – Repetiu o “como” no mesmo parágrafo, ora, ora.
Portanto, infere-se que é essencial que o Ministério da Saúde crie medidas eficazes de acompanhamento à alimentação e(1) rotina das crianças, mediante a disponibilização e (2)exigência de pré-natal e(3) consultas pediátricas com instruções de boa alimentação e(4) hábitos saudáveis.(5) A fim de reduzir a taxa de crianças com obesidade, prevenindo o desenvolvimento de doenças futuramente e, consequentemente, melhorando sua qualidade de vida.
1 – Faltou paralelismo;
2 – Idem;
3 – Ibidem;
4 – Ibidem;
5 – Aqui não era pausa de ponto final não hein, mais uma falta grave.
Algumas questões deixei de abordar, apenas torcendo pra você ver nas suas aulas do colégio, bem como deixarei sem nota, mas já esclarecendo que não seria mil, como as colegas falaram, e, dependendo do critério, nem 900 seria, mas não que você esteja tão longe de uma nota boa. Claramente é uma boa aluna.
Se precisar de algum esclarecimento que deixei incompleto, você sabe onde me chamar.
See lessPrincipais desafios para a inclusão educacional e aceitação social da pessoa autista no Brasil (corrijam conforme o ENEM, obrigada! :))
Mr.Crozma
Texto com: 379 palavras, +30 desvios, 2 propostas, uso correto dos conectivos, boa organização textual, um repertório baseado em texto de apoio, algumas palavras destoantes, duas frases gigantes, muitos resumos e algumas estratégias argumentativas não tanto convincentes/produtivas. Vamos a ele. A CoLeia mais
Texto com: 379 palavras, +30 desvios, 2 propostas, uso correto dos conectivos, boa organização textual, um repertório baseado em texto de apoio, algumas palavras destoantes, duas frases gigantes, muitos resumos e algumas estratégias argumentativas não tanto convincentes/produtivas.
Vamos a ele.
A Constituição Federal de 1988, art. 6º, diz que é de direito social a assistência aos desamparados, tornando necessário o adminiculo(1) aos portadores de autismo. À vista disso, a inclusão educacional e (2)aceitação de autistas no Brasil deveria(3) ser de prioridade para o governo,(4) contudo(5) esse cenário não se faz presente nos dias atuais. Em suma(6) com a inoperância governamental, no que concerne ao transtorno de desenvolvimento, e(7) a falha no sistema acadêmico, faz-se necessário(8) medidas para resolver o impasse.
1 – Faltou o acento e é uma das palavras que pesam muito na avaliação da sua norma culta. “Se usa a palavra, deve saber usar vírgula”, e aí o corretor redobra a atenção;
2 – Faltou paralelismo: “a inclusão e A aceitação”;
3 – Concordância: deveriam;
4 – Prefira a pausa de ponto-e-vírgula aqui – estude essa matéria, ela pode te ajudar;
5 – Use vírgula após conjunções conclusivas e adversativas, com a exceção do “mas”;
6 – Idem;
7 – Faltou paralelismo: “com a inooperância e COM a falha”;
8 – Fazem-se necessárias. Quando apassivadora, a partícula “se” não torna o verbo invariável – ao contrário de quando é indeterminante do sujeito.
Em primeiro lugar, cabe ressaltar que a inoperância governamental é a principal catalisadora do problema, visto que o povo é influenciado diretamente pelas decisões dos mesmos(1). Existem regimentos como a Lei Berenice Piana – dando(2) auxilio(3) em necessidades básicas como(4),(5) saúde, educação e equidade de oportunidades – e o Estatuto da pessoa com deficiência(6), nos(7) quais garantem a proteção e a inserção de pessoas com TEA (transtorno do espectro do autismo) no meio social,(8) entretanto(9) esses preceitos não isentam a responsabilidade do poder executivo(10) de atuar publicamente, buscando tornar o assunto supracitado digno de conscientização. Em resumo, fica(11) exposta a despreocupação dos tais(12), no que tange a(13) problemática.
1 – Dos “mesmos” quem? Ah, e sabia que “mesmos” só pronome relativo na oralidade? Pois é, evite este termo;
2 – Evite o “dar” – oralidade ou generalidade;
3 – Faltou acento;
4 – Repetição do “como”;
5 – Sem essa vírgula; no máximo um dois-pontos;
6 – Estatuto da Pessoa com Deficiência;
7 – Os quais garantem;
8 – Prefira o ponto-e-vírgula;
9 – Use a vírgula depois da conjunção adversativa;
10 – Poder Executivo;
11 – “Fica” tem o mesmo problema do “dá”;
12 – Dos “tais” quem? Cê sabia também que algumas palavras que são elementos da frase-tema têm as suas repetições toleradas ao longo do texto? O enem entende que repeti-las é aceitável, já que os alunos podem estar com medo de fugir do tema;
13 – No que tange À problemática.
Paralelamente,(1) ao descaso das esferas educacionais nessa questão, é fundamental o debate acerca da aversão ao grupo em pauta, decerto que a exclusão acadêmica é o maior dos problemas a ser comentado. Segundo Pitágoras, filosofo(2) grego, autor da frase “Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens”,(3) consequentemente(4) se a temática fosse presente em aula(5) a exceção subsistiria. Em consonância, é imprescindível que a ignorância da população, incluindo também a discriminação, decorrem(6) da falha pedagógica. Dessa maneira, é inadmissível que, em pleno século XXI, esse revés persista relutante no cenário nacional.
1 – Vírgula indevida;
2 – Faltou acento;
3 – Pausa de ponto final, não de vírgula;
4 – Faltou vírgula;
5 – Idem;
6 – Se você separa um sujeito do outro sujeito com uma vírgula e expressões como “bem como”, “incluindo”, entre outras, seu sujeito não é composto.
Destarte, para que ocorra a inclusão educacional e aceitação social da pessoa autista no Brasil, é preciso que o Poder Executivo, em parceria com o Ministério das Comunicações, promova campanhas de descortino, por meio das redes sociais como,(1) Instagram, Twitter e Facebook, de maneira a garantir que os regimentos,(2) acerca do TEA,(3) façam-se conhecidos por todo o povo brasileiro. Ademais, cabe as(4) Secretarias de Educação de cada estado fomentar cursos profissionalizantes aos professores e implementar aulas extras aos alunos, por intermédio de doutores especializados no assunto(5) com finalidade de formar crianças e jovens em(6) cidadãos respeitosos e conscientizados.
1 – Vírgula indevida;
2 – Idem;
3 – Ibidem;
4 – Faltou crase;
5 – Faltou vírgula;
6 – Transformar em ou formar como.
——————————————————————— Considerações
Você ainda tem muito tempo até o seu Enem. A redação Enem é uma prova muito tranquila, e sinto que você precisa mais é focar na norma culta, porque o 200 na C1 significa que o texto tem, no máximo, 2 desvios.
O repertório baseado em textos de apoio limitam a nota da competência 2 a 120. Então, não aposte nos textos de apoio para ter os seus argumentos. Além disso, sugiro que estabeleça uma conexão mais forte entre os seus repertórios e a tal da discussão, para gerar uma produtividade confiável.
Pitágoras está falando em punições: o que punições tem a ver com a discussão proposta?
E daí que a Constituição diz que há o direito à assistência social?
São essas algumas das relações que o texto merecia estabelecer para ser efetivamente considerado “estratégico”. Enquanto eu puder fazer perguntas relevantes, seu projeto de texto terá alguma falha acima do permitido.
Você escreve duas propostas, e eu sugeriria escrever uma só. Seja pelo tempo, pela quantidade de linhas, pelo tamanho da letra 0.7 que você vai ter que usar para encaixar 380 palavras, a proposta menos completa não ajuda tanto aqueles que sabem o que estão fazendo. O corretor só quer ver uma proposta que tenha sentido com o que você argumentou, ele não quer a solução de todas as causas que você propôs.
Evite “em suma”, “em resumo”: o leitor não quer ler duas vezes a mesma coisa se você escreveu bem o que veio antes.
Aqui, outro ponto: manere no tamanho das frases. Quando passar de 2 linhas, desconfie que começou a ficar grande demais – e aí vai vir aquele erro de pontuação, um outro de concordância, você pode perder a linha de raciocínio, os espaços para diversificar os conectivos diminuem, você começa a sentir a necessidade de gerundismo… Enfim, evite as frases gigantes.
Evite também palavras difíceis. Já apontei uma delas, mas o que eu quero dizer é que a competência 1 cobra demonstração de conhecimento nas técnicas de escrita, tais como o uso de frases invertidas, frases com oração subordinada, elipse, ponto-e-vírgula, hífen, essas coisas, porque quem escreve de maneira muito simples não pode tirar mais de 160 na C1, o que não significa que ser erudito ajude muita coisa – às vezes atrapalha você e o leitor. Sê leve.
Sem mais a acrescentar.
See lessBons estudos!
O aumento de homicídios entre os jovens brasileiros e seus fatores motivacionais
Mr.Crozma
Farei uma correção breve, pois não sei o que você já leu de mim. Poderia ter marcado com um voto positivo para eu ter uma referência do que não repetir. Atente-se para as frases longas. Você escreveu todos os parágrafos em frase única, o que cansa o leitor, aumenta as chances de você errar pontuaçãoLeia mais
Farei uma correção breve, pois não sei o que você já leu de mim. Poderia ter marcado com um voto positivo para eu ter uma referência do que não repetir.
Atente-se para as frases longas. Você escreveu todos os parágrafos em frase única, o que cansa o leitor, aumenta as chances de você errar pontuação e concordância, tira oportunidades de variar conectivos e te impede de tirar 200 na competência 1. O ideal é que cada frase ocupe no máximo duas linhas, o que é suficiente para fechar a ideia. Um bom exercício que sugiro é tentar identificar no seu texto em quais momentos está uma vírgula onde deveria estar um ponto final. Como há um problema generalizado de pontuação no texto, sigo o recomendado pela Milly e acrescento: faça exercícios.
Evite os gerundismos (ocorrendo, trazendo, dando). Eles não passam a melhor relação entre as orações que o escritor pretende ligar. O Gerundismo apenas transmite a sensação de continuidade, é genérico. Procure, portanto, ser sempre específica. Se é uma relação de causalidade, escreva um “já que”; se é de consequência, use um “consequentemente”; se é de conclusão, use um “portanto”, e assim por diante.
No Enem, você precisará usar dois conectivos que liguem parágrafos se quiser ganhar os 200 pontos na competência 4. O Enem espera mais que esses dois conectivos estejam no terceiro e no quarto parágrafos, sendo dispensável esse que foi pontuado pela Milly, apesar de ser bem-vindo sim.
Se a norma culta aparenta ser prioridade, acho que o senso crítico está aguçado. Apenas proponho que aumente a sua produtividade. Seu texto possui 250 palavras, o que dá aí algo em torno de 23, 24 linhas. Você quer escrever no limite, para fechar brechas argumentativas, questões que o corretor possa fazer ao seu texto sem receber resposta. Nessa linha de raciocínio, os dois parágrafos de desenvolvimento poderiam ter como desfecho uma consequência que de certa forma pudesse retomar a ideia do tópico frasal.
De toda forma, a sua prioridade de estudo deve ser a variedade dos recursos coesivos e a pontuação como um todo – incluindo a necessidade de escrever frases curtas -, porque isso tudo está travando o seu ótimo potencial dissertativo.
Milly foi generosa na nota. Competências 1 e 4 seriam 120.
Me privo de falar da proposta porque sei que a organização vai melhorar quando você se debruçar sobre os conectivos.
Bons estudos!!
See lessA educação financeira no Brasil
Mr.Crozma
Eu não vi a terceira temporada, mas acho que La casa de papel não é a melhor referência que temos para EDUCAÇÃO financeira. Pode discordar, mas aí vou querer detalhes, detalhes esses que talvez não caibam numa introdução. Meu conselho, então, é que você procure estudar formas de introdução. Talvez eLeia mais
Eu não vi a terceira temporada, mas acho que La casa de papel não é a melhor referência que temos para EDUCAÇÃO financeira. Pode discordar, mas aí vou querer detalhes, detalhes esses que talvez não caibam numa introdução.
Meu conselho, então, é que você procure estudar formas de introdução. Talvez esteja pensando primeiro no repertório pra só depois tentar cumprir a função que se espera daquele momento do texto.
“Pouco se fala sobre a educação financeira.” – essa é uma introdução clássica, que em nada te faz perder pontos no Enem porque você não tem necessidade de apresentar uma referência cultural ou intelectual em todos os momentos do texto.
Tudo o que eu quero dizer é: pense primeiro na função e, só depois, num possível repertório sociocultural que enriqueça o debate. Se não couber, não precisa ficar com peso na consciência, faz o básico, que é melhor do que ter uma parte do texto que não fecha as ideias, que não será explorada da melhor forma.
“Pois” é um tipo de conectivo chamado operador argumentativo. Ele se difere do “dessa forma” porque, enquanto este é inerte e passa a simples ideia de continuidade, aquele tem como intenção marcar um argumento – mais especificamente para ele, uma explicação. Os operadores argumentativos são esperados no desenvolvimento, e quando eles aparecem na introdução, isso pode gerar uma bagunça de ideias, sendo que o desenvolvimento tem esse espaço todo justamente para vc desenvolver melhor os seus argumentos. Considere, portanto, sempre estranhar quando colocar um operador argumentativo na introdução, pois ele pode estar trazendo uma frase que não será bem desenvolvida no texto.
Vejo que aprendeu a usar o tópico frasal e, logo seguida, fazer a explicação do tópico frasal, o que é perfeito em termos de estrutura argumentativa. Seus tópicos frasais argumentativos, no entanto, estão contrastando com o padrão dos tópicos frasais da introdução e da conclusão.
Provavelmente isso se deve à dificuldade de encontrar conectivos que lhe permitam o ponto final, e aqui eu te ajudo: “isso porque” é “uma razão para isso”. Necessariamente terá de fazer uso de um pronome demonstrativo, mas é de boa fixar os conectivos que vão pro seu texto, essa é uma parte mecânica que demanda bastante pragmatismo seu para alcançar os 200 pontos da C4.
Sobre as autoridades citadas, uma maneira de melhor conferir fluidez a essas citações é pensar as autoridades como causa da causa, prova da causa ou exemplo da causa. Quer dizer: sempre estabelecer uma relação de sentido entre a causa e a citação, para efetivamente demonstrar o propósito argumentativo da frase citada.
Digo isso porque não vi essa relação entre a educação ser transformadora do mundo e a educação financeira, vai transformar como? Que realidade? Enfim, esse tipo de conexão importa para a C3.
Por fim, não encontrei detalhamento na proposta. O detalhamento é uma informação a mais sobre qualquer um dos outros 4 elementos, e aí você tome cuidado para não ocupar espaço demais citando duas propostas, porque nenhuma delas multiplica a nota no número de agentes, ações e assim por diante.
O detalhamento costuma vir em forma de uma explicação a mais, de um exemplo, de uma contextualização ou de uma justificativa. Então escolha a melhor forma de detalhar que sirva a ti e não deixe de detalhar!
Se errei em alguma coisa, culpo o sono! Bora, doutora!
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