TEXTO I
“É sempre peculiar o fascínio que as crianças têm diante de um computador, da TV, de um celular, e como esses objetos ocupam tanto tempo na vida delas. Seja em casa, ou nas escolas, praças, restaurantes etc., é cada vez mais comum presenciar em locais públicos pai, mãe, filhos e até bebês com seus objetos tecnológicos e o mínimo possível de contato físico social.
Vivemos numa modernidade na qual situações como essas se tornam comuns. É preocupante, pois nossas crianças estão nascendo nessa cultura, aprendem muito cedo a ser dependentes desses objetos. Nesse aspecto surgem as interrogações: De quais crianças estamos falando? Qual é a concepção de infância na contemporaneidade? O que é mesmo ser criança?”.
Fonte: Adaptado de PEREIRA, B; ARRAIS, T. A influência das tecnologias na infância: vantagens e desvantagens – Acesso em 15.07.2021.
TEXTO II
“Discutir a relação da criança com o computador é indispensável nos dias de hoje. Presente no cotidiano de todos, parece que não podemos mais viver sem ele.
As crianças, em relação aos adultos que entraram em contato com o computador tardiamente, apresentam uma facilidade e uma desenvoltura surpreendentes. Livres da necessidade que nós, adultos, temos de ‘desaprender’ coisas estabelecidas há muito tempo, as crianças mergulham, deslumbradas e curiosas, no ciberespaço, no mundo da informática e da virtualidade.
Algumas preocupações, no entanto, começam a surgir no horizonte dessa modernidade acelerada. Pierre Lévy tem sido um dos autores que alerta para certos aspectos críticos dessa nova forma de interação. Segundo ele, ‘A quantidade e a qualidade de informação circulante colocam em risco profissões e instituições que até então intermediavam o acesso ao conhecimento. Fragilizados pela desintermediação e crescimento de transparência, os sujeitos só podem sobreviver e prosperar no ciberespaço efetuando sua migração de competências para a organização da inteligência coletiva. (Lévy, 1996, p.17). Isso produz impactos e questionamentos na área da educação.
Como combinar o paradigma tradicional do processo ensino-aprendizagem com os desafios trazidos por novos recursos? Como incluir na escola as múltiplas formas de comunicação e interação que nos são oferecidas pela tecnologia? E mais: até que ponto essa inclusão favorece ou não o desenvolvimento cognitivo da criança, permitindo-lhe aprender mais e melhor?”.
Fonte: Adaptado de OLIVEIRA, E; VILLARDI, R. A infância e a modernidade do ciberespaço: os desafios da interação entre criança e computador. – Acesso em 15.07.2021.
TEXTO III
“As vidas das famílias mudaram rapidamente desde o início da quarentena. Milhões de crianças estão em casa enquanto pais, mães e responsáveis se veem imersos nas demandas pessoais e profissionais.
Nesse contexto, o ambiente digital desponta como um recurso fundamental, ainda que não garantido a todas as famílias. Além disso, oferece diversas oportunidades de conexão e socialização com os amigos e familiares. Bem como tem sido uma maneira de acesso à cultura e de novas formas de aprender e brincar. Apesar disso, o ambiente digital também apresenta desafios que precisam ser conhecidos e cuidados.
Muitas pessoas tendem a avaliar o uso da tecnologia pelas crianças com base em apenas um critério: o tempo de tela. No entanto, pesquisadores e especialistas, bem como as recomendações de organizações como sociedades de pediatras, UNICEF e OMS defendem que em uma relação saudável com o ambiente digital deve prevalecer boas experiências e o respeito à privacidade e a capacidade de desconectar das crianças.
É fundamental reconhecer que isso requer ações sistêmicas de diversos setores. Isto é, da sociedade, dos governos, das empresas, das plataformas e toda a indústria da tecnologia. As atividades com tela não devem ser classificadas como se fossem da mesma natureza. Algumas são educativas, outras são diversão. Algumas são de interação e comunicação, algumas de alta qualidade e outras são superficiais e mais passivas. Onde, como e o que se faz nas telas é mais importante do que apenas medir o tempo gasto. Um bom conteúdo adequado à idade é fundamental!”.
Fonte: https://alana.org.br/infancia-e-tecnologia/ – Acesso em 15.07.2021.
TEXTO IV
Fonte: http://www.policlinicadebrotas.com.br/index.php/tecnologia-na-infancia-qual-o-limite/ – Acesso em 15.07.2021.
A partir da leitura dos textos motivadores, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão, a respeito do tema: O excesso de tecnologia na infância na era da cibercultura. Selecione e organize fatos e argumentos relacionados a distintas áreas do conhecimento que contribuam para a defesa de um ponto de vista. Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
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