Texto 1
(Localizado em http://www.acnur.org/portugues/recursos/estatisticas/dados-sobre-refugio-no-brasil/. Acesso em 22/08/2016)
Texto 2
(…)A Convenção de Refugiados de 1951, que estabeleceu o ACNUR, determina que um refugiado é alguém que “temendo ser perseguida por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas, se encontra fora do país de sua nacionalidade e que não pode ou, em virtude desse temor, não quer valer-se da proteção desse país”. [protected]
Desde então, o ACNUR tem oferecido proteção e assistência para dezenas de milhões de refugiados, encontrando soluções duradouras para muitos deles. Os padrões da migração se tornaram cada vez mais complexos nos tempos modernos, envolvendo não apenas refugiados, mas também milhões de migrantes econômicos. Mas refugiados e migrantes, mesmo que viajem da mesma forma com frequência, são fundamentalmente distintos, e por esta razão são tratados de maneira muito diferente perante o direito internacional moderno.
Migrantes, especialmente migrantes econômicos, decidem deslocar-se para melhorar as perspectivas para si mesmos e para suas famílias. Já os refugiados necessitam deslocar-se para salvar suas vidas ou preservar sua liberdade. Eles não possuem proteção de seu próprio Estado e de fato muitas vezes é seu próprio governo que ameaça persegui-los. Se outros países não os aceitarem em seus territórios, e não os auxiliarem uma vez acolhidos, poderão estar condenando estas pessoas à morte ou à uma vida insuportável nas sombras, sem sustento e sem direitos. (http://www.acnur.org/portugues/quem-ajudamos/refugiados/. Acesso em 22/08/2016)
Texto 3
Depoimentos de Refugiados quando chegaram ao Brasil:
Chegamos a Brasília, e eu fui me apresentar diante da polícia e disse: “Estou pedindo asilo… estou procurando o Ministério da Justiça…” Depois passei pelo Diretor da Polícia Federal. Ele falava português, eu falava francês. E então chamaram outra pessoa que falava inglês, e eu não sei falar inglês, só sei falar francês. Então telefonaram para o representante da ACNUR em Brasília. Ele disse que eu podia seguir para lá. Nessa entrevista me colocaram a questão de saber porque saí do meu país. Depois de tudo feito, eles disseram-me “pode ir… vire-se…” E eu disse: “mas eu não tenho onde dormir?!” “Vá… vire-se!” Nesse momento, eu senti uma dor… eles me deixaram assim, devo me virar… “como posso me virar se eu não conheço ninguém!?” No dia seguinte, eles me deram uma transferência para vir até São Paulo. Peguei o ônibus na Rodoviária e cheguei aqui. Eu não conhecia a cidade, e por isso me apresentei à Polícia de São Paulo, e eles me enviaram até aqui, na Cáritas.
Se eu pudesse definir o meu problema, o que eu passei, esse êxodo que eu fiz até aqui… Primeiramente eu posso dizer, foi difícil porque o povo brasileiro não tem conhecimento de outras coisas. Quando fala “refugiado”, ele pensa que você matou. Quando fala “refugiado”, ele pensa que foi você que matou, aí ele se assusta, ele tem medo de você. […] Quando você vai procurar emprego ou uma ajuda qualquer e veem a classificação “refugiado”, eles ficam com medo. Isso até no banco! “Uh! Você matou, você assaltou, você é assassino? Você veio se refugiar aqui…”
[A tradutora] começa o trabalho se sentando no meio de um libanês e um nigeriano que aguardavam em silêncio diante dos funcionários que deviam entrevistá-los para formalizar a petição de asilo. “Vou ficar aqui porque vou ‘traduzir’ vocês ao mesmo tempo”, lhes explica em inglês tentando agilizar a tarefa. Não foi possível, pois a comunicação entre o funcionário e o imigrante não se reduz a preencher um simples questionário. A história que o nigeriano tinha para justificar sua fuga do país era tão brutal que era difícil não ficar cravado assistindo como ele interpretava alguém portando uma balestra (arma de arco e flecha) para explicar como sua mulher e sua filha, com quem vivia em Lagos, foram assassinadas. A entrevista se prolongou por quase uma hora, enquanto a tradutora e o nigeriano choravam juntos. (MARTÍN, 2014, destaques nossos)
(Depoimentos localizado em AMADO, Rosane de Sá. O ensino de português como língua de acolhimento para refugiados. In: Anais do SIPLE, 2013. http://www.siple.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=309:o-ensino-de-portugues-como-lingua-de-acolhimento-para-refugiados&catid=70:edicao-7&Itemid=113)
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Os três textos apresentam dados, depoimentos e informações sobre os refugiados e sua situação no Brasil. Com base nesses textos e no seu conhecimento de mundo, escreva um texto dissertativo-argumentativo explanando sobre a situação dos refugiados em nosso país.
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