Texto 1
OMS apela para indústria farmacêutica por vacina contra a ebola
Foto: Reprodução
Diante da epidemia que não dá sinais de perda de força, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apelou para que as grandes empresas do setor farmacêutico e agências reguladoras apressem a fabricação de vacinas contra o vírus. A doença já infectou mais de 3,5 mil pessoas na Guiné, Serra Leoa e Nigéria, com mais de 1,5 mil mortes. Até o momento os testes de segurança da primeira vacina contra o ebola começaram a ser realizados pela GlaxoSmithKline. Nesta quinta-feira (4), a entidade reuniu em Genebra, na Suíça, os 200 maiores especialistas no ebola e selecionou dez novos tratamentos que podem ser usados para frear a doença como candidatos para investimentos. No entanto, a OMS alertou que, se os recursos não forem empregados para valer, muita gente ainda morrerá antes de remédios e vacinas estarem disponíveis. A organização também informou que selecionou oito remédios e duas vacinas que passam por testes e começam a dar sinais de que podem ser parte de uma resposta global ao problema. De acordo com a vice-diretora da OMS, Marie-Paule Kieny, a meta do encontro desta semana entre os especialistas é o de concentrar esforços em alguns remédios com maior potencial e acertar um compromisso de que chegarão ao mercado no tempo mais curto possível. Descoberto pela primeira vez em 1976, o ebola até então não recebeu atenção de trabalhos científicos nem do setor privado. Este alegou que não havia mercado para o desenvolvimento de vacinas. (Localizado em http://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/12432-oms-apela-para-industria-farmaceutica-por-vacina-contra-a-ebola.html) [protected]
Texto 2
Brasil tenta se livrar de doenças ‘esquecidas’ pela indústria farmacêutica
Doenças como malária, doença de chagas e leishmaniose matam ainda mais de 1 milhão de pessoas por ano em áreas pobres
por Marcelo Pellegrini
Enfermidades como a malária, esquistossomose e doença de chagas são conhecidas das populações em áreas pobres do mundo, como América Latina, África e a porção tropical da Ásia. No entanto, essas moléstias apelidadas de “doenças negligenciadas” ainda são responsáveis pela morte de mais de 1 milhão de pessoas por ano.
Este grupo de doenças negligenciadas – composto pela esquistossomose, leishmaniose, malária e doença de chagas e do sono – ganhou o apelido por ser ignorado pelos laboratórios farmacêuticos. Comuns em áreas pobres do mundo, as populações atingidas por essas doenças não possuem recursos para pagar por um tratamento que exigiria anos de pesquisa e um alto investimento dos laboratórios. Por essa razão, entre 1975 e 2004 apenas 1,3% dos medicamentos disponibilizados no mundo eram para as doenças negligenciadas, apesar delas representarem 12% das doenças.
No entanto, o esforço de instituições filantrópicas e de instituições públicas, principalmente do Brasil, está mudando esse cenário. Em junho, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou a produção de uma vacina contra a esquistossomose, doença que atinge 200 milhões de pessoas no Brasil, África e na América Central. A vacina estará disponível em até cinco anos e é fruto da liderança brasileira no combate a este um grupo de doenças. “O Brasil entendeu que se não investisse no tratamento de doenças que atingem essa população negligenciada, o País não teria como se desenvolver com sustentabilidade”, afirma Gustavo Romero, pesquisador da Fiocruz e professor da Universidade de Brasília (UnB).
A liderança brasileira é necessária devido à incidência das doenças negligenciadas no País. Mais de 20% dos casos de doenças de chagas de todo o mundo e cerca de 90% dos casos de leishmanioses da América Latina ocorrem em território brasileiro. Isso explica porque, segundo o professor Gustavo Romero, em dez anos o País se tornou líder em pesquisas sobre doenças negligenciadas.
Atualmente, o investimento brasileiro gira em torno de 75 milhões de reais ao ano, a maior parte proveniente do Ministério da Saúde e do Ministério de Ciência e Tecnologia, através das agências de fomento à pesquisa CNPq e Finep.
Para 2012, 20 milhões de reais já estão reservados para os editais de pesquisa. “O Brasil já é líder em pesquisas nesta área, mas ainda é preciso um volume maior de investimentos para tirar o rótulo de doenças negligenciadas”, diz o professor Romero, que também coordena a Rede Brasileira de Aleternativas Terapêuticas para as Leishmanioses, doença que mata 300 pessoas por ano no País.
Apesar dos investimentos públicos e do anúncio da vacina contra a esquistossomose, as expectativas de cura para as doenças negligenciadas, em geral, são de longo prazo. “Trabalhamos com a expectativa de termos algo concreto em 20 anos. É um período longo, mas pelo menos temos essa expectativa hoje”, diz. “Há 15 anos, ninguém cogitava um controle da doença”, completa Romero.
Atualmente, as instituições brasileiras trabalham em cooperação científica com a Índia e outros países africanos, asiáticos e da América Latina para obter avanços nos tratamentos dessas doenças. “Temos que trocar informações sobre pesquisas e testes de medicamentos para avançar mais rápido neste tema. O setor público colocou essas doenças na pauta, agora, temos que trabalhar para mantê-las em discussão e aumentar os investimentos na área”, conclui Romero. (http://www.cartacapital.com.br/saude/brasil-tenta-se-livrar-de-doencas-esquecidas-pela-industria-farmaceutica)
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Com base nos textos acima e no seu conhecimento de mundo, escreva um texto dissertativo-argumentativo no qual você construa uma reflexão sobre as consequências geradas pelas escolhas das indústria farmacêutica.
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A redação não tem limite de linhas, porém, os vestibulares no geral fornecem ao candidato uma folha pautada contendo de 30 a 40 linhas. Tente não passar desse limite. Leve em conta o tamanho da sua letra de mão na hora de escrever seu texto no computador.
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