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Em busca da felicidade
Pouco a pouco vão surgindo projetos urbanos que pretendem devolver às pessoas os espaços à sua volta para transformá-los em lugares agradáveis de encontro, interação e socialização e para que, finalmente, se tornem lugares mais habitáveis e que contribuam para o bem-estar da sociedade.
Essas ruas abrigam espaços para todos os meios de transporte (pedestres, bicicleta, carro, bonde, ônibus), respeitam o meio ambiente, costumam incorporar novas tecnologias e, especialmente, colocam as pessoas e seu bem-estar no centro da ação. [protected]
Um exemplo de como o projeto urbano pode reinventar a vida de uma cidade é Medellín
Um claro exemplo de como o projeto urbano de qualidade pode chegar a reinventar a vida de toda uma cidade é Medellín, na Colômbia. Abalada pela insegurança e pelo tráfico de drogas nos anos oitenta, implementou infraestruturas abertas, verdes e inovadoras, como por exemplo o Distrito de Inovação ou a Rota N (centro de inovação e negócios).
Hoje em dia as comunas são em sua maioria pacíficas e suas ruas estão repletas de automóveis, pedestres e crianças de bicicleta. Em parte graças à criação de espaços recreativos que incluem todos os cidadãos; a taxa de homicídios caiu 80% desde 1990.
Esse é apenas um exemplo de como um bom uso do espaço público pode dar resposta a problemas estruturais existentes na região –como o crime e a violência– à medida que gera mais integração social e melhora a convivência entre moradores.
Essa nova tendência também está associada à promoção de métodos de transporte mais sustentáveis que melhoram a mobilidade urbana.
Cidades a serviço dos mais vulneráveis
Mas um bom projeto e planejamento das cidades não implicariam apenas em recuperar os encontros nas esquinas, o comércio local ou caminhar para o trabalho, mas também poderiam ajudar a solucionar os principais desafios enfrentados pela região.
“A criação de boas infraestruturas de espaços públicos de qualidade e de meios de transporte que cheguem aos mais vulneráveis e excluídos da sociedade é essencial para reduzir os níveis de desigualdade e de pobreza que temos na região”, afirma Verónica Raffo, especialista em infraestrutura do Banco Mundial.
A América Latina tem nove dos 20 países que mais perderam dinheiro como consequência de condições climáticas extremas
Calcula-se que cerca de 111 milhões de latino-americanos vivam em bairros de periferia e que um a cada quatro habitantes das cidades sejam pobres. Segundo a especialista, a exclusão física leva à exclusão econômica, por isso é necessário conectar os mais pobres com o resto da cidade.
Nesse sentido, o Transmilênio, em Bogotá, é um exemplo de como um sistema de transporte pode contribuir em reduzir o tempo que os habitantes de menor renda levam para deslocar-se, o que lhes permite desfrutar de uma melhor qualidade de vida.
Outro aspecto é que um melhor projeto e planejamento urbanos podem contribuir para a redução dos efeitos dos desastres naturais. A América Latina conta com nove dos 20 países que mais perderam dinheiro como consequência das condições climáticas extremas, com um custo estimado de 50 bilhões de dólares (cerca de 117 bilhões de reais) de 2001 a 2010.
Um bom planejamento urbano ajudaria, por exemplo, a construir edifícios em lugares seguros e não em montanhas com risco de deslizamentos ou à beira de rios que costumam transbordar depois de fortes chuvas.
Segundo especialistas, para preservar o espaço público é imprescindível o compromisso não apenas de governos, mas também da comunidade e do setor privado.
“Espaços públicos bem projetados estimulam a inclusão social, a prosperidade e a funcionalidade de uma cidade. Por isso é importante um bom planejamento que dê especial atenção aos grupos mais vulneráveis, promovendo oportunidades para que todos possamos desfrutar de ambientes seguros, inclusivos, limpos e saudáveis”, observa Raffo. (VALS, R. Em busca da felicidade, http://brasil.elpais.com/brasil/2014/09/13/internacional/1410631865_508313.html )
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O texto acima discute a relação entre a qualidade de transporte público, qualidade de vida e diminuição da pobreza. Com base no texto e nos seus conhecimentos de mundo, escreva uma redação dissertativa-argumentativa sobre o seguinte tema:
A relação entre transporte público e desenvolvimento social
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A redação não tem limite de linhas, porém, os vestibulares no geral fornecem ao candidato uma folha pautada contendo de 30 a 40 linhas. Tente não passar desse limite. Leve em conta o tamanho da sua letra de mão na hora de escrever seu texto no computador.
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