Texto 1
O atraso do herói
Costuma-se dizer que as produções culturais, em particular na área da ficção, têm o poder de prenunciar acontecimentos reais.
Só depois de um negro ter sido eleito presidente dos Estados Unidos, todavia, é que se tem notícia de renovação equivalente no usualmente tão dinâmico universo das histórias em quadrinhos.
Foi lançado nos EUA o gibi em que o Homem-Aranha adquire nova origem étnica. Com a morte de seu antigo alter ego branco, Peter Parker, o herói passa a ser encarnado por Miles Morales, jovem negro de ascendência hispânica.
É verdade que já houve heróis negros nos quadrinhos americanos -mas limitaram-se a papéis coadjuvantes. Com alguma blague, pode-se dizer que, até agora, era mais fácil um super-herói ser totalmente verde, como o poderoso Hulk, do que negro.
As coisas mudam, se bem que lentamente. Mesmo num evento tão convencional como os concursos de beleza feminina, foi a vez de uma negra, a angolana Leila Lopes, sagrar-se a Miss Universo.
Comentou-se que seu sorriso teria cativado o júri. Talvez se deva acrescentar a circunstância de sua beleza fugir ao estereótipo plastificado da maioria das concorrentes.
Estereótipos têm lugar assegurado, evidentemente, na maior parte dos eventos e produções da indústria cultural.
O garoto tímido que se transforma em super-herói intrépido (e branco), assim como a mocinha anônima (e loura) que desponta para a realeza num concurso de Miss Universo, fazem parte do mesmo repertório de clichês.
Por isso mesmo, algumas áreas da cultura de massa mostram impermeabilidade ao que há de complexo e heterogêneo no mundo contemporâneo. Também por isso, soam frequentemente forçadas tentativas de impor o “politicamente correto” ao conteúdo dos contos de fadas e da ficção.
Melhor o “politicamente correto”, sem dúvida, do que o preconceito. Menos do que uma imposição ideológica, entretanto, é a própria realidade, no jogo das reivindicações políticas e das mudanças cotidianas, que vai dissolvendo as construções mentais cristalizadas no passado.
O processo, sem dúvida lento, prescinde de passes de mágica e superpoderes fabulosos. O Homem-Aranha negro não chega tão tarde, todavia, a ponto de tornar-se dispensável a sua intervenção.
(http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1809201102.htm)
Texto 2
COMO FUNCIONA O ESTEREÓTIPO:
É um conjunto de características presumidamente partilhadas por todos os membros de uma categoria social. É um esquema simplista mas mantido de maneira muito intensa e que não se baseia necessariamente em muita experiência direta. Pode envolver praticamente qualquer aspecto distintivo de uma pessoa – idade, raça, sexo, profissão, local de residência ou grupo ao qual é associada.
Quando nossa primeira impressão sobre uma pessoa é orientada por um estereótipo, tendemos a deduzir coisas sobre a pessoa de maneira seletiva ou imprecisa, perpetuando, assim, nosso estereótipo inicial.
(http://www.brasilescola.com/psicologia/atitude-preconceito-estereotipo.htm)
Texto 3
(http://brazilianbullshit.wordpress.com/2012/05/02/visao-cultura-diferentes-midias-rio-de-janeiro/)
[box type=”shadow”]Tendo como base os textos acima e seu conhecimento de mundo, escreva um texto argumentativo dissertativo respondendo a seguinte pergunta:
Qual a relação entre preconceito e criação de estereótipos?[/box]
A redação não tem limite de linhas, porém, os vestibulares no geral fornecem ao candidato uma folha pautada contendo de 30 a 40 linhas. Tente não passar desse limite. Leve em conta o tamanho da sua letra de mão na hora de escrever seu texto no computador.
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