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O legado das Olimpíadas do Rio de Janeiro

O legado das Olimpíadas do Rio de Janeiro

Texto 1

Infraestrutura dos jogos Rio 2016 deixará legado para o esporte nacional

Os Jogos Olímpicos serão no Rio de Janeiro, mas a perspectiva de investimentos em infraestrutura esportiva do governo federal tem abrangência nacional. Os investimentos, superiores a R$ 4 bilhões, têm proporcionado a construção e a consolidação de uma Rede Nacional de Treinamento, com unidades que beneficiarão brasileiros em todas as regiões, contribuindo para a formação de novas gerações de atletas.

Somente o investimento em infraestrutura física ultrapassa a marca de R$ 3 bilhões. São recursos destinados à construção de centros de treinamento de diversas modalidades, 249 Centros de Iniciação ao Esporte (CIEs), 47 pistas oficias de atletismo e instalações olímpicas no Rio de Janeiro (RJ). [protected]

Durante a realização dos Jogos, a delegação brasileira e as equipes estrangeiras terão instalações esportivas modernas para os períodos de treinamento. O Ministério do Esporte está investindo R$ 207,5 milhões em construção, reformas e adaptações em unidades militares e na Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ. Após 2016, essas instalações, que atenderão a diversas modalidades olímpicas e paralímpicas, serão incorporadas à Rede Nacional de Treinamento.

Os investimentos em unidades militares estão sendo feitos no Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx), na Escola Naval, na Universidade da Força Aérea (Unifa), no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan) e no Clube da Aeronáutica (Caer).

O objetivo da Rede é interligar as instalações esportivas e oferecer espaço para detecção de talentos, formação de categorias de base e treinamento de atletas e equipes, com foco em modalidades olímpicas e paralímpicas. Também pretende aprimorar e permitir o intercâmbio entre técnicos, árbitros, gestores e outros profissionais do esporte. (Localizado em http://www.brasil.gov.br/esporte/2016/04/infraestrutura-dos-jogos-rio-2016-deixara-legado-para-o-esporte-nacional. Acesso em 01/08/2016)

 

Texto 2

A possível contradição entre interesses privados e interesses públicos – no que tange a resolução ou amenização da questão social – permanece como um dos 110 pontos mais latentes desta fase de implementação do projeto. Ao mesmo tempo em que projetos que conectam a educação e o esporte – como os programas Segundo Tempo, Mais Educação, Rio Cidade Global, Rio em Forma Olímpico, dentre outros – fornecem uma perspectiva positiva para o incremento e inovação de políticas públicas, projetos como o da Vila Olímpica – a ser construída pela construtora dona do terreno onde será localizada a Vila – despertam questionamentos por parte daqueles que poderão ser atingidos negativamente.

A questão da remoção autoritária de comunidades carentes, que estariam em áreas de risco segundo as autoridades públicas, poderia ser reconsiderada no sentido de passar a contemplar o interesse social destes moradores, agregando-os a programas direcionados a estas áreas como as UPPs sociais e o novo programa Morar Carioca. A observância do interesse social se faz mister também no projeto de revitalização da região portuária, o Porto Maravilha, onde, apesar da contemplação de áreas carentes com a proteção de delimitação de áreas de habitação social, da previsão de projetos de reurbanização e do próprio Morar Carioca, a cessão de terrenos para financiar a iniciativa para o setor privado e o privilégio dado ao turismo de alto rendimento e às sedes de empresa, poderão colocar em risco uma melhoria concreta para os setores menos privilegiados da região. Com relação à zona portuária, também é importante ressaltar positivamente a articulação pública, capitaneada pela Prefeitura do Rio de Janeiro, de alteração do projeto inicial para os jogos ao deslocar algumas instalações não esportivas para a região em detrimento da Barra da Tijuca, conforme vimos. Apesar do privilegiamento da região da Barra – um dos maiores pontos negativos do projeto em termo de legado urbano para a cidade – a crescente mobilização em prol da revitalização do Porto poderá concretizar um legado nos moldes de Barcelona, com o necessário diferencial social. (LO BIANCO, Vittorio Leandro Oliveira. O legado dos megaeventos esportivos em questão: as mudanças ou as continuidades na cidade Rio de Janeiro pós-sede. Dissertação de Mestrado. UFRJ, 2010)

 

Texto 3

A 200 dias dos Jogos Olímpicos, na reta final dos preparativos para o megaevento e do fim das grandes obras, cresce a preocupação com o futuro dos milhares de operários que vieram à cidade para trabalhar na construção dos locais de competição, projetos de infraestrutura e mobilidade.

Em entrevista à BBC Brasil, o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho do Estado do Rio de Janeiro (MPT-RJ), Fábio Goulart Villela, diz que o contexto é desfavorável ao trabalhador.

“Nós já estamos vivenciando um período de crise econômica, incertezas, casos de má gestão, e muitas dessas empreiteiras vivem reflexos da Lava Jato. É provável que tenhamos uma série de disputas e negociações”, diz o procurador, citando casos como o da semana passada, quando 300 trabalhadores demitidos de uma das construtoras do Parque Olímpico fizeram protestos por não terem recebido salários nem o pagamento das rescisões contratuais.

“A tendência infelizmente é piorar, e é claro que vai estourar sempre na base, no trabalhador”, afirma Villela, ao ressaltar que muitos desses operários vieram de outros Estados e podem se ver em condições muito vulneráveis sem dinheiro e com poucas chances de encontrar outro emprego no Rio.

Outra questão no radar do MPT são as greves de setores como controladores de tráfego aéreo, policiais federais, motoristas de ônibus, garis, que a exemplo do que aconteceu nos meses anteriores à Copa do Mundo, em 2014, podem fazer paralisações para aumentar o poder de barganha em negociações de reajuste salarial. (Localizado em http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160118_olimpiada_entrevista_mp_jp. Acesso em 01/08/2016)

 

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No mês de agosto de 2016, o tema mais comentado pela mídia brasileira e do resto mundo serão os jogos olímpicos, sediados no Rio de Janeiro. Notícias sobre problemas na infraestrutura estão sendo veiculadas, mas é importante discutir também o que acontecerá com essa infraestrutura após os jogos. Com base no seu conhecimento de mundo e nos textos apresentados acima, escreva um texto dissertativo-argumentativo sobre o seguinte tema:

Infraestrutura das Olimpíadas do Rio de Janeiro: legado para a população ou problema?

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