Violência urbana: problema frequente no Brasil contemporâneo ( MODELO ENEM)

“Violência não é um sinal de força, a violência é um sinal de desespero e fraqueza”. Essa ideia do monge tibetano Dalai Lama retrata o que motiva as práticas agressivas, as quais são cada vez mais frequentes nas cidades brasileiras, realidade que precisa ser modificada. Nessa dinâmica, cabe a análise de duas direções: a fragilidade das relações sociais atrelada à falta de políticas públicas como causas dessas altas taxas de violência urbana e os prejuízos gerados à sociedade como um todo.

De acordo com a visão do sociólogo Zygmunt Bauman, a contemporaneidade é marcada pela “Modernidade Líquida”, em que as relações sociais estabelecidas entre os indivíduos são mais enfraquecidas, de maneira que o individualismo típico das sociedades capitalistas gere a Sociabilidade Violenta. Aliás, isso está associado ao processo de desigualdade social, uma vez que nas favelas, por exemplo, as taxas de violência são altas, já que há grande negligência do Estado, o que desencadeia a formação de poderes paralelos. Dessa maneira, atos que possam arriscar a integridade de uma pessoa se tornam comuns, em especial na sociedade brasileira, tida como a mais violenta do mundo, visto que dados da Organização das Nações Unidas mostram que o país apresenta uma taxa de homicídios diários duas vezes maior do que a aceitável.

Com isso, como de acordo com a terceira lei de Newton, toda ação prevê uma reação, é visível que o aumento nesses índices de violência no meio urbano gera consequências indesejadas. Além de problemas físicos e psicológicos gerados às vítimas, tais atitudes podem atingir níveis mais extremos: a perda de vidas. Aliás, há também a intensificação da cultura do medo, em especial com a banalização do mal descrita pela filósofa Hannah Arendt e promovida pela mídia, que divulga esses atos em abundância e com grande sensacionalismo. Assim, o “Medo Líquido” de Bauman se torna frequente, de maneira que as pessoas se sintam muito inseguras e busquem se isolar nos chamados enclaves fortificados, o que intensifica as desigualdades e gera, assim, um ciclo vicioso.

É visível, portanto, que ações que violam a integridade de outros indivíduos nas cidades aumentaram, o que precisa ser alterado. Dessa maneira, cabe ao Ministério da Justiça e Segurança Pública aumentar o número de policiais e de equipamentos de vigilância como câmeras nas ruas das cidades brasileiras por meio de maiores investimentos no setor, com o fito de que os cidadãos se sintam mais protegidos e de que a violência, em especial a associada à criminalidade, seja atenuada  devido à presença mais expressiva de forças policiais. Além disso, isso poderá,  quando vir acompanhada de uma intensificação da participação estatal nas favelas, diminuir o poder das milícias locais, o que promoverá a redução de muita violência na sociedade como um todo.