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Violência Obstétrica em Tese no Brasil

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A violência obstétrica está enquadrada em todo tipo de ação discriminatória, de danos físicos, emocionais e psicológicos ou assédio e negligência à mulheres, praticados por médicos, enfermeiros ou técnicos, durante os períodos de pré-natal, parto e pós-parto. Nesse contexto, mesmo havendo leis que asseguram assistência às gestantes, ainda são recorrentes os casos que se contrapõem aos direitos humanos da mulher. Desse modo, é indispensável discutir o assunto, uma vez que, por ser inviabilizado, não dispõe de atenção governamental necessária e como muitas vítimas não possuem consciência da violação sofrida, a vida da mãe e da criança são postas em risco.
Primeiramente, é importante ressaltar que apesar da prevalência de casos, ainda não há uma lei específica no Brasil que trate sobre a violência obstétrica. Diante desse cenário, o educativo “Violência Obstétrica” da TV Saúde Brasil, buscou abordar casos de agressões sofridas por gestantes e o que poderia ser feito para evitar que situações de maus tratos se tornassem mais recorrentes. Dentre os atos de violação dos direitos da mulher, podem ser elencados a proibição de acompanhante, comentários constrangedores, ações arriscadas e a cesariana sem necessidade, ações que negam o parto digno. Dessa forma, é inerente romper com o imaginário de sofrimento materno durante o parto, como algo que deve ser normalizado, fazendo-se necessária a criação de medidas que garantam a assistência segura da mãe durante todo o período gestacional.
Ademais, o processo de dar a luz a uma criança como um momento de suma vulnerabilidade, pode tornar-se palco de agressões contra as parturientes. Como exemplo disso, tem-se o caso da influenciadora digital Shantal Verdelho, que compartilhou vídeos de seu parto em que vivenciava crimes de humilhação e sugestão de métodos controversos e não consentidos para acelerar o processo, além do uso de manobras irregulares como a de Kristeller, não mais recomendada pelos especialistas pelo alto risco de lesões e danos permanentes que pode causar ao corpo da mulher. Com efeito, o caso teve grande repercussão nas mídias sociais por ter ocorrido com uma figura de visibilidade, todavia, cotidianamente, muitos casos de negligência ainda são ocultados ou normalizados no âmbito hospitalar.
Assim sendo, fica claro que precisa-se repensar sobre os tratamentos e a punitividade diante da negligência sofrida por mulheres durante o período de gravidez. Logo, cabe ao Estado, por meio do Ministério da Saúde atrelado ao Ministério da Mulher, integrar políticas de combate eficazes contra a violência obstétrica, a partir de campanhas com planos gestacionais em que a mãe possa conhecer os métodos utilizados e detectar possíveis violências cabíveis de punição, que caso ocorram, tenham a devida atenção e assistência às vítimas. Em suma, a aceleração de projetos de lei que tramitam em busca da punitividade desses crimes de violência, podem, por fim, garantir à mulher seu direito de um parto seguro e humanizado, evitando que casos como o de Shantal voltem a ocorrer.

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2 Correções

  1. Introdução: parágrafo bem organizado contendo ótimas explicações com poucos desvios gramáticais.

    Desenvolvimento 1: parágrafo bem estruturado, argumentos bem explicados usou um repertório produtivo ótimo parágrafo mais notei alguns erros gramáticais.

    Desenvolvimento 2: ótimo, ideias bem claras e poucos erros gramáticais, parágrafo bem desenvolvido.

    Conclusão: proposta de intervenção boa contendo os 5 elementos necessários, parágrafo bem desenvolvido, apresenta ações necessárias para erradicar o impasse.

    Notas:

    Competência 1: 160 pontos
    Competência 2: 200 pontos
    Competência 3: 200 pontos
    Competência 4: 200 pontos
    Competência 5: 200 pontos

    Nota final: 960 pontos

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  2. Olá Natally, não sei corrigir muito bem redações, mas, adorei a sua redação, está muito bem estruturada e planejada. Parabéns..

    Competência 1: Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita – Nota: 160

    O texto apresenta um bom domínio da norma culta da língua escrita. A estrutura gramatical é adequada na maior parte do texto, com poucos desvios ou erros gramaticais. A escolha vocabular é apropriada, contribuindo para a clareza e coesão do texto. Algumas expressões poderiam ser mais precisas, mas, de maneira geral, você demonstrou habilidade em utilizar a linguagem escrita de forma correta e adequada ao tema proposto.

    Alguns deslizes que observei;

    “à mulheres” “às mulheres”
    • “violências cabíveis de punição”
    “violências passíveis de
    punição”
    • “o que poderia ser feito para evitar que situações de maus-
    tratos se tornassem mais recorrentes” “o que poderia ser feito para evitar que
    situações de maus-tratos se tornem mais recorrentes”
    • “Assim sendo, fica claro que precisa-se repensar” “Assim sendo fica claro que é preciso repensar.

    Competência 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema – Nota: 200

    Você compreendeu claramente a proposta de redação, que é discutir a violência obstétrica no Brasil. Além disso, o texto revela um bom conhecimento sobre o assunto, abordando tanto os aspectos legais quanto os casos concretos de violência obstétrica, como também faz referência à importância dos direitos humanos e da assistência segura às gestantes. O desenvolvimento do tema é consistente e bem fundamentado, demonstrando uma aplicação adequada de conceitos das várias áreas de conhecimento.

    Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista – Nota: 200

    Você selecionou, relacionou e organizou as informações de forma coerente ao longo do texto. Apresentou fatos concretos, como o caso da influenciadora digital Shantal Verdelho, para ilustrar a violência obstétrica e seus impactos. Além disso, interpretou essas informações e fatos de forma a defender um ponto de vista claro e consistente: a necessidade de combater a violência obstétrica no Brasil e garantir o direito de um parto seguro e humanizado às mulheres.

    Competência 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação – Nota: 200

    Você utilizou mecanismos linguísticos de forma eficiente na construção da argumentação.

    Competência 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos – Nota: 200

    Você apresentou uma proposta de intervenção clara e bem articulada, sugerindo que o Estado, por meio do Ministério da Saúde, integre políticas de combate à violência obstétrica, com campanhas educativas e planos gestacionais que informem as mulheres sobre os métodos utilizados e as possíveis violências cabíveis de punição. Além disso, destaca a importância da aceleração de projetos de lei que visam à punitividade dos crimes de violência obstétrica. A proposta respeita os direitos humanos, buscando garantir a segurança e o respeito às gestantes durante todo o processo de gravidez e parto.

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