Desde a Antiguidade, a ideia de que as mulheres são inferiores permeia pelo mundo tudo, inclusive pelo Brasil. Com isso, sua subordinação aos homens, em especial ao marido, é ainda frequente em pleno século XXI, de maneira que uma era marcada pelo empoderamento feminino seja também representada pela violência contra as mulheres, com a justificativa de que devem submissão e obediência aos esposos. Nessa dinâmica, cabe a análise de duas direções: o pensamento antiquado que viola a integridade das pessoas do sexo feminino e suas trágicas consequências para a sociedade como um todo.
Diante do fortalecimento do movimento feminista, essa população ganha maior destaque, mas situações de expressão do machismo são comuns, a exemplo de episódios de violência retratados frequentemente pela mídia. Com visões ultrapassadas, muitos homens ou até mesmo algumas mulheres acreditam que é função das esposas agradar o marido, de forma que devam lhe prestar obediência, o que faz o casamento se assemelhar a uma relação de servidão e não no amor e no respeito recíproco como deveria. Dessa maneira, quando esses indivíduos acreditam estar “ameaçados” pela independência das mulheres, podem agir agressivamente, seja com golpes ou mesmo com palavras, um sinal de fraqueza e de desespero na visão do monge tibetano Dalai Lama.
Com isso, como de acordo com a terceira lei de Newton, toda ação prevê uma reação, é visível que esse comportamento gera sérias consequências. Danos físicos e psicológicos são comuns, além de muitas vezes resultar em morte, o que parece um caso extremo, mas é parte da realidade brasileira, visto que dados do IBGE mostram que em 30 anos as taxas de feminicídio subiram cerca de 230% no país. Aliás, a situação é ainda pior pelos altos níveis de subnotificação, uma vez que apesar de haver legislação adequada, como a Lei Maria da Penha, muitas pessoas se veem receosas de praticar a denúncia, o que agrava o quadro. Assim, a sociedade em geral também é prejudicada, já que a insegurança é propagada, em especial com o “ Medo Líquido” de Zygmunt Bauman, em que a fragilidade das relações sociais leva à sociabilidade violenta, de forma que as pessoas não estejam protegidas nem dentro do próprio lar.
É visível, portanto, que a violência contra as mulheres é intensa no Brasil, realidade que precisa ser modificada. Dessa maneira, cabe ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos estimular a denúncia em casos de sua ocorrência, além ceder informações a respeito das formas como isso pode ocorrer, por meio de campanhas que circulem pelas redes sociais, com o fito de reduzir a subnotificação e buscar, assim, solucionar ou atenuar os prejuízos provenientes desses atos violentos. Além disso, melhor ainda é propagar, juntamente com o Ministério da Educação, a ideia da igualdade de gênero com palestras que atinjam as escolas de todo o país, a fim de que as crianças possam crescer com esse pensamento, pois de acordo com Immanuel Kant, “ O homem é aquilo que a educação faz dele”.
Thaiane
No primeiro parágrafo, vc teve alguns desvios gramaticais (acredito que passou batido na hora de revisar, ent toma cuidado qndo for passar a redação pra folha no dia do Enem)
“Nessa dinâmica, cabe a análise de duas direções: o pensamento antiquado que viola a integridade das pessoas do sexo feminino e suas trágicas consequências para a sociedade como um todo.” Nessa parte, vc diz serem duas direções, porém aparenta ser só uma direção (causa e consequência desse pensamento antiquado)
No D1 vc cita Dalai Lama, mas podia ter explorado melhor esse argumento. Não identifiquei erros gramaticais
Já no d2 vc argumentou muito bem (ficou sensacional)
Sua conclusão ficou muito boa, só senti falta de um pouco mais de detalhamento (amei a citação no final)
C1: 200
C2: 200
C3: 200
C4: 180
C5: 180
Nota: 960
gaabssyll
Ótima redação, parabéns!!! De acordo com o meu ponto de vista cumpriu com os critérios do enem. Trouxe bastante informações e uma ótima proposta de intervenção.
Obs: AMEI O FINAL DA REDAÇÃO COM A CITAÇÃO!!!!!!!
A única que eu citaria nessa redação é o fato de muitos homens sairem impunes desse crime por ter dinheiro e status social e colocaria uma proposta de intervenção para isso também.