Uso desordenado de recursos naturais: qual o preço do desenvolvimento? (redação refeita)

No Brasil, a exploração de recursos naturais ocorre desde antes de seu descobrimento, entretanto, como José de Alencar e outros autores do romance indianista mostraram, a relação entre o índio e a natureza era mais consciente, sendo principalmente para subsistência e cooperação. Porém, no século XXI, o que predomina são as vontades do ser humano que visa desenvolvimento e lucro, e na maioria das vezes, sem se importar com as possíveis consequências para o ambiente natural.

Percebe-se a necessidade de primeiramente ter consciência de como ocorre o uso destes recursos, assim como compreender o quanto da natureza é na maioria das vezes desperdiçado. Vem-se retirando cada vez mais do que é realmente necessário, mostrando uma sociedade de consumo globalizada. Já em 1950, o analista de marketing norte-americano Victor Lebow escrevia que apesar de haver uma economia produtiva há a exigência de fazer do consumo um meio de vida, usando e descartando coisas numa velocidade cada vez maior.

Ademais, vários crimes contra a natureza são dolorosamente memoráveis, a exemplo, o caso do Aterro Mantovani, instalado em Santo Antônio da Posse (SP), em funcionamento entre 1974 e 1987, recebeu resíduos de 61 indústrias da região e, em 1987 foi fechado pela Cetesb (agência ambiental paulista) devido a diversas irregularidades, além de os resíduos perigosos depositados ali vazaram para o lençól freático contaminando o solo e a água na região com substâncias como organoclorados, solventes e metais pesados.

Além de pensar no desenvolvimento, deve-se visar a sustentabilidade, já que, muitos dos recursos extraídos não são renováveis, além de que a própria natureza não é totalmente autorrenovável, e mesmo se fosse, ela não teria capacidade de regeneração diretamente proporcional à degradação causada.

Portanto, para que se possa ter pessoas com mais consciência sobre o consumo desenfreado, o ensino sobre o tema deve se iniciar no âmbito familiar e ser reforçado na escola, mostrando como ocorre a produção de determinados produtos e como o ambiente foi afetado com isso. As mídias sociais também devem auxiliar, no quesito de propagar através de seus meios que a vida não é baseada somente no consumo, e que para haver desenvolvimento, podem-se tomar meios que não visem somente lucro, mas também o bem-estar da área em questão. Juntamente, o governo deve elaborar programas que fiscalizem as ações de empresas nos ambientes naturais, tendo em vista prevenir futuros crimes ambientais e também um desenvolvimento mais sustentável.