Um problema anual no Brasil chamado “enchente”

Todos os anos nos deparamos com tristes imagens de devastação de algumas cidades por conta de fenômenos da natureza, mais especificamente das fortes chuvas que recebem. Não que essas tragédias aconteçam por conta da natureza estar “castigando” o homem, que tanto a destrói com o desmatamento por exemplo. Essas tragédias acontecem simplesmente por conta de não termos uma política pública eficiente.

Com o crescimento urbano ocorrido de maneira exagerada nas últimas décadas, muitas cidades não conseguiram se adaptar e comportar a grande “massa” de pessoas que vinham do campo para a cidade. Como consequência disso, muitas pessoas tiveram que se instalar em locais inapropriados para moradia, em construções inadequadas feitas nos morros ou à beira de “barrancos”. Além de trazer um grave risco de vida a essas pessoas, também se prejudica o meio ambiente ao redor, pois com essas construções inapropriadas vêm desmatamentos, assoreamentos, e inclusive, torna o ambiente mais propício a enchentes.

A falta de um planejamento (que deveria ter ocorrido lá atrás, no início da urbanização no Brasil) acarreta problemas que enfrentamos ainda hoje. Claro que temos centros urbanos que têm feito sua parte e investido em infraestrutura, com a criação de formas de escoamento e de locais para armazenamento adequado da água que vem da chuva (em alguns locais têm o nome de “piscinão”). Mas, infelizmente essa não é uma realidade na maior parte do Brasil. Não podemos nos esquecer também da “falta de educação” que algumas pessoas têm ao jogar lixo em qualquer lugar. Não adianta a sociedade somente reclamar do poder público e não fazer a sua parte.

Para que tenhamos cada vez menos a ocorrência de enchentes nas cidades, temos que cobrar do poder público investimentos em áreas de infraestrutura, com a criação dos já mencionados “piscinões” e de infraestruturas para o escoamento dessa água, além de proporcionar uma moradia adequada a pessoas carentes, para que não haja a ocupação (e consequente desmatamento) de áreas inapropriadas para moradia. Também o poder público deve encontrar maneiras para conscientizar a sociedade (por meio de propagandas na televisão, rádio, “outdoors”), explicando quais podem ser as consequências geradas pelos “maus atos” que a sociedade pratica no ambiente que vive.