Tema: uso de ferramentas tecnológicas na educação

Em “Matilda  – produção ficcional norte-americana –, embora seja uma obra lúdica, retrata um colégio tradicional no qual o sistema de ensino é retrógrado e não aplica novos métodos. Fora da ficção a realidade não é muito diferente, a utilização de ferramentas tecnológicas para a aprendizagem ainda é um grande obstáculo no Brasil. Com efeito, há de se desconstruir a omissão do Estado, bem como a desigualdade social.
Sob uma primeira análise, é urgente que se combata a carência de recursos básicos. À vista disso, em 1990, a ONU criou o Índice de Desenvolvimento Humano que avalia a qualidade de vida dos indivíduos de acordo com seu acesso à renda, à educação e à saúde. Ocorre que significativa parte da população brasileira ainda vive em extrema miséria, como Melgaço – cidade paranaense com pior IDH do país – o que se mostra grave problema social no Brasil. Dessa forma, é contraditório que, mesmo sendo nação pós-moderna, a desigualdade ainda seja realidade no Brasil.
De outra parte, a ineficiência estatal prejudica o uso da tecnologia para a aprendizagem. A esse respeito, a Constituição Federal assegura que as autoridades são – ou deveriam ser – responsáveis pela manutenção da educação pública de forma eficaz. No entanto, substancial parcela das instituições de ensino são desestimuladas a utilizarem aparelhos eletrônicos devido a escassez desses equipamentos nas unidades, tal como a Lei Maior contraria, o que negligencia os estudantes brasileiros. Logo, é incoerente que a omissão do Estado continue sendo a regra, visto que o uso da tecnologia na educação será a exceção.
O uso das ferramentas tecnológicas, portanto, precisa ser colocada em prática no Brasil. Nesse viés, o Ministério da Educação – importante órgão administrativo – deve, com urgência, combater a desigualdade social, por meio do investimento em escolas. Essa iniciativa teria a finalidade de desconstruir a omissão do Estado e garantir o acesso a equipamentos tecnológicos para os estudantes, e assim, haverá no país uma sociedade mais justa.

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