Tema: Obesidade Infantil – Alerta para a sociedade brasileira

Após a Terceira Revolução Industrial a população sofreu uma intensa transformação nos seus hábitos alimentares. Nesse contexto, o mercado alimentício se desenvolveu ao incorporar os alimentos ultra-processados. Hodiernamente, observa-se os efeitos desses, principalmente, na saúde das crianças e jovens brasileiros. Assim, levanta-se o debate à cerca das causas e dos riscos que permeiam a obesidade infanto-juvenil no país.

Em primeira análise, destaca-se elementos que contribuem para a situação do elevado índice de obesidade infantil. Nessa ótica, têm-se as estratégias de marketing de empresas que visam a atração do público infantil; como exemplo, é viável citar o produto Mac Lanche Feliz, ao passo que esse, ao assimilar personagens conhecidos das crianças, induz à compra. Ademais, perpetua-se no Brasil o desconhecimento sobre a educação paladar, prática, saudável, para o contato das crianças com os alimentos. Assim, vê-se um cenário favorável à obesidade entre os jovens.

Em segunda análise, há urgência no debate sobre as consequências da doença para a sociedade. Patologias crônicas, doenças cardiorrespiratórias, distúrbios físicos e psicossociais são algumas das inúmeras dificuldades que crianças no sobrepeso poderão desenvolver ao longo de seu crescimento. Nesse contexto, cálculos recentes mostram um aumento alarmante do número de adultos obesos na próxima década, fator que será um dos resultados da falta de tratamento da obesidade infantil.

Infere-se, portanto, a necessidade da criação de programas socioeducativos pelo Governo Federal e da mobilização social, para a atenuação da obesidade infantil no Brasil. Para tal, o Ministério da Saúde em conjunto com o Ministério da Educação devem interferir na educação básica, por meio da atualização da grade curricular, ao passo que vise práticas saudáveis para reeducação alimentar. Outrossim, às famílias e toda a sociedade devem se mobilizar, por meios que possibilitem o acesso a alimentos saudáveis e saborosos às crianças. Só assim, indubitavelmente, ocorrerá, uma significativa modificação de padrões alimentares, uma atenuação dos casos de obesidade e a garantia do desenvolvimento alimentar infantil.