Título: Silenciar é ser censurado
Anteriormente à Reforma Protestante, iniciada por Martinho Lutero, a Igreja Católica agia de forma ditatorial com as pessoas: se algum pensamento ia de encontro com os benefícios do clero, mesmo sendo eticamente correto, era considerado, a partir disso, um pecado. Dessa maneira, os indivíduos da época, por medo de pecarem, não questionavam os ideais impostos pelo catolicismo. Na contemporaneidade, pode-se observar semelhança com o cenário que antecede a Reforma Protestante, pois o silenciamento é utilizado pela população para contornar a censura promovida por grupos sociais.
Em primeiro lugar, o ocultamento de opiniões fomenta uma crença coletiva, em que o sujeito é obrigado a segui-la para ser incluso na sociedade. Constantemente, o uso das redes sociais evidencia esse quadro, já que elas não são mais utilizadas para promover a globalização, ou seja, abranger diversas culturas e conhecimentos, mas para criticar argumentos incorretos na visão de críticos – aqueles que possuem poder de fala em determinados aspectos sociais. Nesse sentido, a censura é concretizada no século XXI, visto que a oposição de pensamentos é banida do tecido civil pela universalização de uma opinião fundamentada por seletivos grupos, como o clero no contexto anterior a Martinho Lutero. Logo, o silenciamento promove dissertações coletivas, que são obrigatórias, demonstrando a censura nos ideais contrários excluídos por uma parcela populacional da atualidade.
O silenciamento é, também, utilizado para disfarçar as desigualdades, porém, ao não expor os problemas contemporâneos, as diferenças sociais ficam evidentes no cotidiano dos indivíduos. Nesse viés, a cidade de Atenas, situada na Grécia Antiga, continha um espaço reservado para discussões sociais – Ágora -, todavia, era restrito a uma parcela populacional considerada, na época, cidadã. Esse cenário apresentado na Antiguidade retrata os dias atuais, uma vez que, embora a internet seja um lugar de expor opiniões, somente os críticos exercem essa função para não ocasionar divergências, o que demarca as diferenças de privilégios entre pessoas que possuem poder de fala em determinados aspectos e aqueles que se juntaram a uma gama de opiniões. Desse modo, enquanto o silenciamento for efetivado na contemporaneidade, as desigualdades ficarão expostas.
Portanto, pode-se dizer que o valor do silenciamento assemelha-se ao da censura. Isso porque ambos são utilizados na mesma realidade: as pessoas ocultam argumentos para não serem excluídas da universalização de raciocínios, isto é, evitam serem censuradas. Além disso, essa comum prática de aceitar a imposição de pensamentos, usada com intuito de reprimir as diferenças, amplia as desigualdades, haja vista que essa atitude demonstra uma divergência de direitos: poucos têm sua voz valorizada. Assim, infunda-se um dilema relacionado a isso: silenciar é ser censurado, como a Igreja Católica fazia ao se desfazer de raciocínios contrários e incentivar o aceitamento de suas imposições.
Redação modelo Fuvest
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“Aquele que controla o passado(*,) controla(*o) futuro;aquele que controla o presente controla o passado”.Este era o lema do partido político “Ingsoc”,do livro “1984”,(*sem vírgula) de George Orwell. Contudo,a vida em sociedade,a partir do momento que tenta ditar as regras e passa a defender o que considera correto,a liberdade de pensamentos e ações de muitos tendem a ser restringidas.Nesse sentido,o que antes se tratava de controle passa a ser opressão,já que a falta de preparação para as pessoas se adaptarem ao diferente desencadeia conflitos entre gerações.
Em primeiro lugar,é pertinente analisar como a ausência de meios que facilitem a adaptação de uma faixa-etária mais avançada às novidades que vêm com as demais (expressão que deixa o período confuso)(*,)acarreta problemas no ambiente social.Nesse contexto,são geradas controvérsias entre esse problema e o conceito de “modernidade líquida”desenvolvido por (*Z)zygmunt Bauman,sociólogo polonês.Afinal,segundo ele (*,) as relações sociais e tudo o que permeia o indivíduo dentro de uma comunidade não são intactos,ou seja,são líquidos,adaptáveis.Todavia,o ser humano ainda demonstra resistência ao se deparar com mudanças feitas pelos jovens,e,consequentemente,o preconceito aparece.Dito isso,é de extrema importância debater essa questão.
Outrossim,é igualmente preciso apontar os conflitos desenvolvidos entre gerações a partir da não aceitação daquilo que confrontam com os seus modos de modos de viver.Nessa lógica,observa-se,por exemplo,a crítica realizada pelo escritor Monteiro Lobato sobre uma exposição da pintora Anita Malfatti em 1917.Acerca disso,o escritor expôs toda a sua insatisfação com as novas técnicas da pintora trazidas da Europa para o Brasil por ela.Sob essa perspectiva,no contexto atual,mudanças no estilo musical,na linguagem e na moda,por exemplo,não enfrentam preconceitos diferentes do(*dos) que aconteciam no século passado.
Portanto,é necessário que o Estado tome medidas para amenizar esses conflitos geracionais.Sendo assim,para que as pessoas possam conviver com as diferenças sem críticas é necessário que o Ministério da Educação crie projetos educacionais que visem ao ensino acerca da tolerância geracional,por meio de parcerias com editoras e profissionais da educação.Somente assim,a linha de pensamento do partido “Ingsoc” não terá chances para se manifestar na população brasileira.
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