Promulgada na Assembleia Constituinte em 1988, a Constituição Federal, garante o direito à liberdade de expressão aos brasileiros. Contudo, tal direito não é observado no Brasil contemporâneo, no qual ao se expressar falando ou escrevendo fora da norma padrão da Língua Portuguesa os cidadãos sofrem do preconceito linguístico. Constata-se que mudanças, naturais, decorrente do uso da Língua são malvistas, isso somado ao ensino conteudista tradicional brasileiro.
Primeiramente, cabe ressaltar que a Língua sofre transformações ao longo do tempo, ela é extremamente mutável. Logo, não se espera que uma pessoa escreva em suas redes sociais com o mesmo vocabulário que Pero Vaz de Caminha usou na sua “Carta”, mesmo, ambos usando a Língua Portuguesa. Todavia, as diferenças na escrita e oralidade tornaram-se motivo para acontecer o preconceito linguístico, porque tal comportamento é visto como ignorância do falante. Nota-se ainda que, por a Língua ser viva, variações de acordo com região, faixa etária e fatores econômicos, evidencia que o preconceito sucede por não aceitar um comportamento distinto do seu.
Ademais, deve-se atentar que as escolas brasileiras possuem um ensino maçante da gramática portuguesa. Por conseguinte, é cobrado dos estudantes o domínio da norma culta, no entanto, ele não vê tal aplicabilidade do conteúdo em seu dia a dia. Tal afirmativa já perdura por algumas décadas, hasta vista que há cem anos Oswald de Andrade, literário modernista, escreveu o poema “Pronominais” debatendo o distanciamento do ensino escolar com a realidade vivida pelo aluno. Nesse sentido, em sua obra o autor questiona o uso do pronome oblíquo átono “me”, pois, no uso oral, ele é usado para iniciar a frase. Enquanto em sala de aula é cobrado que saiba usá-lo corretamente, empregando a ênclise.
Portanto, cabe ao Governo a elaboração de projetos culturais nas escolas e sociedade civil que combatam o preconceito linguístico. Essa ação deve ser realizada pelo Ministério da Educação (MEC) em parceria com o Ministério da Cidadania, criando cartilhas e panfletos que abordem as variações da Língua, devem ainda, realizar nas escolas oficinas que mostrem a importância do estudo gramatical, rompendo a visão de que a gramática é apenas algo inerte e aplicando seu uso no cotidiano do aluno. Dessa maneira, espera-se, que o direito de pensar, falar e escrever com liberdade de expressão seja garantido, tal qual estabeleceu a Carta Magna.
* Peço que pontuem pelas competências do ENEM.
Muito obrigado!!
yosoyelen
Sua redação está maravilhosa! Só há um uso excessivo de vírgulas (se atente mais a isso).
Ótimo embasamento e tu soube encaixar perfeitamente os repertórios e comparar com o tema proposto.
Sua proposta de intervenção está perfeita. Soluções muito bem colocadas.
Analisando segundo o ENEM:
C1: 160
C2: 200
C3: 200
C4: 200
C5: 200
TOTAL: 960
Espero ter ajudado.
[email protected]
bom você soube argumentar com bastante habilidade, dominando assim o tema preposto, e o exemplo que você utilizou como uma alusão literária do poema pronominais encaixou perfeitamente ao tema proposto, você também soube utilizar as instituições adequadas para resolver a problemática abordada. No entanto na minha opinião você deveria ter explorado mais sobre esse tema, aproveitando da sua capacidade de argumentação e a interpretação sobre os fatos propostos. eu deixo como uma dica: você exemplificar mais o que vai ser abordado em seu texto.
pedrogarcia123
Fala, Leo, tranquilo?
Vamos lá,
Há poucas coisas em sua redação que eu notei que, a meu ver, poderia ser fator de desconto dependendo do corretor. Começando pela vírgula, creio que no início esse trecho ” a Constituição Federal, garante…” tenha sido apenas um erro de digitação em comparação com texto, porém, noto em seu texto outros erros relacionados à virgula, Exemplificando só mais um para que não haja outros a posteriori este: “ao se expressar falando ou escrevendo fora da norma padrão da Língua Portugues”. uma vez que a oração é subordinada e não está na sua posição correta, isto é, após o S+V+O, tende a estar isolada por vígula a fim de manter a correção gramatical. Creio que você já saiba disso, porém é um reforço.
Outro ponto, é relacionado aos seus desenvolvimentos, uma vez que após o seu tópico frasal vem uma conjunção conclusiva que, na minha opinião, faz perder um pouco a fluidez do texto haja vista que a conclusão dá um sentido semântico de término de ideia e o D1 não tem esse sentido, fechou?
Ademais, não consegui notar outra incorreções que sejam prejudiciais à nota.
Outra dica é no término do parágrafo terminar com uma frase reflexiva, por exemplo, ” Dessa forma, se o preconceito linguístico continuar como regra, a liberdade de expressão, na prática, será exceção”. lembrando que isso é apenas uma ideia, haha.
C1: 160 pelas vírgulas que são cruéis para a coesão e principalmente a de introdução que já começa com o mais recorrente de todos que é a separação do sujeito e verbo.
C2: 200, impecável a estrutura dissertativo-argumentativo.
C3: 160, uma vez que comparações tão explícitas como essa: “Logo, não se espera que uma pessoa escreva em suas redes sociais com o mesmo vocabulário que Pero Vaz de Caminha usou na sua “Carta”, mesmo, ambos usando a Língua Portuguesa” faz com que o texto perca um pouco a formalidade exigida.
C4: 160, por conta das duas conjunções após os TF que faz, a meu ver, ficar desconexos.
C5: 200, belíssima proposta de intervenção.
uma obs na conclusão, faça uma breve retomada no início, pois demonstrará planejamento por exemplo ” Portanto, é mister que o preconceito linguístico seja atenuado” ou blá blá blá kkkk, entende?
Para finalizar tente reler de novo a redação a fim de encontrar todos os erros não só gramaticais, como semânticos, por exemplo “a importância do estudo gramatical, rompendo a visão de que a gramática é apenas algo inerte e aplicando seu uso no cotidiano do aluno.” demonstrar a importância do estudo gramatical, rompendo com a visão da gramática? confesso que fiquei bem confuso, porém, em sua proposta de intervenção, são encontrados os 5 elementos.
NOTA: 880.
Gislaine289
Ótima redação. Aborda bem a temática, expondo sua tese. Apresenta uma boa estrutura de texto, fazendo uso de mecanismos linguísticos e repertório sócio-cultural.
Entretanto, percebi alguns desvios gramaticais (à falta pluralidade) e de pontuação (excesso de vírgula).
Avaliaria sua redação: 980
C1: 180
C2: 200
C3: 200
C4: 200
C5: 200