TEMA: Esports – Competições profissionais de jogos online

Em 2016, o League of Legends atingiu a marca de 14,7 milhões de torcedores assistindo o jogo online simultaneamente. Tal fato comprova a popularidade que os esports ganharam da mesma forma que os esportes; contudo, essa modalidade competitiva ainda não está incorporada em eventos esportivos devido ao preconceito que ainda sofre por parte da população e por ser desconsiderada como prática esportiva.

Nota-se a princípio que ainda há uma concepção retrógrada sobre o tema por parte daqueles que não estão acostumados com o assunto ou que não sabem da indústria em ascensão que rege essas competições, a indústria dos games. Esse debate acentuou-se no Brasil depois das declarações da conselheira do Flamengo, Marion Kaplan, que ofendeu os praticantes dos esports os classificando como ”nerds autistas” e que a equipe jogadora do Lol teria que procurar ajuda psiquiátrica. Essa postura demonstra a dificuldade de aceitação da prática dos jogos online pois é uma categoria vista como inferior aos esportes tradicionais e, desse modo, julgada como hobby e não como profissão.

Ademais, de acordo com a definição do significado da palavra, esporte é a ”prática regular de uma atividade que requer exercício corporal e que obedece a determinadas regras, para lazer, desenvolvimento físico ou para demonstrar agilidade, destreza ou força.” Nesse sentido, os esports devem ser considerados como estilo esportivo uma vez que os jogadores profissionais desenvolvem suas habilidades através de uma intensa rotina de preparo, sob dietas e acompanhamento de fisioterapeutas que os auxiliam da melhor forma para evitar lesões a longo prazo causadas pela quantidade de tempo em desempenho gamer, resultado da demonstração das suas aptidões em diversas competições mundiais de jogos.

Dessarte, é preciso incorporar os esports à categoria de modalidade esportiva. Assim, o governo federal – responsável pela administração dos interesses públicos em todo o território nacional – deve criar o ”departamento dos jogos” como parte integrante do Ministério da Cidadania onde serão fiscalizadas condutas antiéticas ou ilegais realizadas virtualmente, além de investir verba de pelo menos 2% no setor, advinda do corte de gastos com os auxílios moradia, paletó e combustível dos deputados federais do país como forma de promoção e subsídio aos jogos. Dessa forma, contribui-se para a ampliação das competições gamers nacionais atraindo o público interessado e capital de empresas patrocinadoras aumentando o turismo e, consequentemente, expandindo o conhecimento dos indivíduos sobre a temática a fim de diminuir o preconceito social presente.